Fanfic: You belong with me - Você pertence a mim | Tema: amorzinho

4 capitulo

- Essa é a Alice, não é? - ele cruzou os braços e falava com ironia.
- Não. Esse é o meu amigo. -
Quando foi que eu comecei a enfrentar meu pai???
- Amberly, não piora as coisas. - disse minha mãe
- Oi, eu sou o Dylan. - ele estendeu a mão. Coitadinho. Ele está nervoso. Meu pai apertou a mão dele me surpreendendo. Parecia que ele estava espremendo a mão do Dylan.
- Para, pai. - Puxei a mão dele.
- É melhor irmos pra casa. - Ele falou já se virando.
- Eu não vou. - Puxei a cadeira e sentei. O Dylan e a mamãe me olharam como se eu fosse louca.
- Como é? - ele cerrou os olhos.
- Ela não falou nada. Vamos, Amberly. Chame a Alice. Onde ela está? Depois você conversa com o Dylan, não é esse seu nome? - Ela olhou para o Dylan.
- É-é. - ele gaguejou
- Prazer, eu sou a Cecília. - ela sorriu pra ele. Acho que quis deixar ele mais a vontade. Voltei a falar.
- Eu estou com meus amigos. E só vou sair com eles. - cruzei as pernas.
Ele me puxou pelo braço.
- Para, você vai machucar ela. - minha mãe disse assustada - Amberly, é melhor você chamar a Alice pra irmos. Depois você fala com eles.
- Eu não quero minha filha solta, saindo com qualquer garoto. Como se fosse essas vadias que não tem mãe.
- Você tá dizendo que eu não crio minha filha direito?
- Sim. Se eu tivesse aqui...
- Se, se você tivesse aqui, você nunca tá. - interrompi
- A Amber não é nenhuma vadia. E a gente só estava conversando.
- Eu não acredito que você está fazendo esse barraco todo por causa de uma conversa de adolescentes. E saiba que eu crio ela bem. Tô sempre presente. E sei o que ela vai fazer na rua. E prefiro assim.
Minha estava exaltada. Eu tava com tanta raiva que nem conseguia falar nada.
- Você fica dando liberdade a ela. Você não está vendo como ela está vendo como ela está diferente? Olhe as roupas que ela veste. Como você deixa ela usar isso. E ainda sair sozinha. Quando eu estou fora você não deixa ela dormir na casa dos meninos também não.
QUE RAIVA. Eu me levantei e puxei o Dylan em direção a saída. Não estava acreditando nisso.
- Não fala assim da nossa filha. Ela ainda nem beijou. - minha mãe continuou falando, mas depois dessa frase eu não conseguia ouvir nada além das batidas do meu coração. Agora o Dylan ia saber que eu era uma BV. Eu sou tão otária. Eu saí correndo. E o Dylan me acompanhou.

Já estava escuro. Eu precisava achar a Alice e o Theodoro. Eu não queria mais ficar ali. Que cena patética. Prefiro quando meu pai tá viajando mesmo. Eu estava perdida em pensamentos quando eu vi a Alice e o Theodoro. Ele estava com as mãos em volta da cintura dela. E ela não parava de sorrir. Eu ouvi o Dylan chamando eles.
- Ei, não fica assim. Seu pai é um tanto exagerado. E não precisa ficar com vergonha pelo que a sua mãe disse. Isso não é vergonha pra ninguém. É até...fofo. - ele soltou um sorriso.
- Eu queria enterrar minha cabeça depois dessa ceninha ridícula. Ele nunca tinha feito isso.
- É que você tá crescendo. Ele deve tá com ciumes, uma filha bonita assim. - Ele tirou meu cabelo dos olhos. Ja estava todo emaranhado. Eu corei.
- O-obrigada. - sorri.
O Theodoro e a Amber se aproximaram e explicamos a eles o que aconteceu. Minha mãe me encontrou. Dei graças a Deus por ela estar sozinha.
- Cadê ele?
- Eu mandei ele ir para casa. Já vai pro Brasil.
- Boa viagem. - falei grosseira. Mas me arrependi de imediato.
- Venham, eu levo vocês pra casa.

Minha mãe é maravilhosa, ela levou eles dois com a gente. DOIS MENINOS QUE ELA MAL CONHECE. Talvez ela seja um pouco doidinha. Mas eu amo esse jeito dela. Já eram oito da noite.
- Poxa, Amber. Se eu soubesse que ia acontecer isso eu não teria te chamado de novo.
- Não. A culpa não foi sua.
- Mas você vai ficar brigada com seu pai?
- Não sei. Eu só quero ir pra casa.
- Posso dormir com você? - ela me abraçou
- Eu quero. - disse o Theodoro. Nós rimos e a Alice deu um tapa nele
- Deixe de ser saliente.
Minha mãe balançou a cabeça.
- Acalmem os ânimos, vocês são muito novinhos.
- Desculpa. Eu estava brincando - falou o Theo
- Eu sei. - ela riu. É incrível como ela sempre mantém a calma.
Eu fiquei só olhando pra fora do carro o tempo todo. Já estava começando a nevar lá. Eu amava quando isso acontecia. Me deu saudades de quando eu brincava com a Sierra e Alice de fazer anjos de neve. Pena que ela foi embora.
Eles moravam em um bairro perto do nosso, dava umas três quadras de distância. Então a mamãe parou o carro na frente de minha casa pois eles falaram que iriam a pé mesmo.
- Muito obrigado, dona Cecília.
- Só Cecília, por favor. E por nada, bonitinho. - ela sorriu.
- Valeu mesmo. - Falou o Theodoro.
Ela assentiu
- Vamos, meninas. Melhor não forçarmos a barra mais hoje.
- Tudo bem, mãe. Jájá entro.
- cinco minutinhos.
- Sua mãe é o máximo. - Falou o Theodoro.
- A tia Cece sempre foi um amor de pessoa. Já a minha...
- Aham, Theodoro. Minha mãe é maravilhosa. Meu pai não foi sempre assim. Mas enfim. Podem se despedir. Temos exatamente três minutos.
Eles foram pra o canto do jardim. Esses adolescentes de hoje em dia. Ri sozinha.
- Bom, eu gostei de te conhecer.
- Eu também, espero que a gente possa conversar em um momento menos constrangedor. - Falei sériamente
- Não liga pro que seu pai disse. Você é linda. E esse seu jeitinho também... - ele se aproximou sorrindo.
E que sorriso. SERÁ QUE ELE VAI ME BEIJAR? AI MEU DEUS. Eu não sei como essas coisas acontecem. Rápido, pensa em alguma coisa.
- Até segunda na escola. - ele falou. E me deu um abraço. Não sei se digo "ufa" ou "ahhhh"

- Até, Dylan...