Fanfic: You belong with me - Você pertence a mim | Tema: amorzinho

8 capitulo

Logo cedo minha mãe me acordou pra tomar café, ela vai ficar o domingo todo fora de casa. E eu aproveitei pra começar a decorar meu "cantinho". Quatro anos atrás eu e Alice descobrimos uma passagem secreta no quintal. E falamos que seria nossa futura casa. Claro. Hoje eu sei que não. Mas ainda quero decorar. Pra ser meu refúgio. Colocar todos meus livros e uma cama só de colchão. Sempre foi nosso sonho.
Tutorial como abrir a passagem secreta:
É só ir no quintal, pular 3x em cima do X, marcado por nós duas. E abre. Parece coisa de livro. Mas é verdade.

O telefone tocou e a mamãe atendeu

- Oi - sim - ela tá aqui. - ok. - outro. - Amber, é pra você.
- Quem é? - fui em direção ao telefone.
- Seu pai - ela tampou a saída de voz do telefone. Quem usa telefone fixo hoje em dia?
- Diga que eu morri.
- Amberly. - ela me repreendeu. Revirei os olhos.
- Oi, George. - Falei sem paciência

Ele me pediu desculpas. E eu disse que ok. Foi uma conversa rápida fiz questão de desligar logo. Minha mãe saiu, chamei a Alice pra me ajudar mas ela tinha ido visitar uns parentes. Então o jeito é arrumar sozinha.
- Se bem que dá um pouco de medo ir lá pra baixo sozinha... - me deu um arrepio - Preciso de tintas. - Peguei o casaco e saí até a loja mais próxima. De pijama.

Eu estava chegando já na loja quando dois homens de moto começaram a me acompanhar devagar. Fiquei desconfiada. Um deles desceu da moto e ficou falando alguma coisa que não deu pra ouvir porque eu corri. Senti que eles estavam correndo atrás de mim. Olhei pra trás pra conferir. Fiquei muito nervosa. Só consegui ouvir as batidas do meu coração. Quando eu senti alguém me segurando pelos braços. Eu fechei os olhos. Imaginei que seria um deles. Rezei pra que alguém chegasse.
- Por favor, não faça nada comigo. - Eu estava atordoada e ainda com os olhos fechados. Meu coque já tina desmanchado então meus cabelos estavam espalhados no rosto.
- Calma, calma. Tá tudo bem. - Ele me abraçou.
Quando eu ouvi a voz senti um alívio imenso. Era o Theodoro.
- Eles já foram? - perguntei entre soluços.
- Já. Você tá bem? - ele parecia preocupado, me afastou dele pra conferir.
- Eu tô bem. Obrigada. Se você não tivesse chegado nem sei o que teria acontecido. - ele me puxou pra um abraço e afagou meu cabelo.
- Por que você tá fazendo isso?
- Porque você é minha amiga. E amigos protegem amigos. Pra onde você estava indo?
- Comprar tinta.
- Dia de hoje? O que você tinha em mente? - perguntou confuso. Já me guiando em direção a loja.
- Um projeto meu. Aproveitei que minha mãe saiu pra começar. Acho melhor eu voltar pra casa. - tremi na última frase.
- Sozinha? Nem pensar. Você não pode chamar a Alice?
- Ela está na casa da avó.
- Você está tremendo. Vem, eu te ajudo.
Compramos as tintas e ele me deixou no portão da minha casa. São dez e meia da manhã. Mas o frio é como se fosse da noite.
- Muito obrigada. De verdade.
- Não precisa agradecer. - ele sorriu. FOCO AMBERLY. FOCO.
Começou a chover muito forte.
- Droga. Preciso ir. Qualquer coisa, é só chamar.
- Espera. Você não quer entrar? Quer dizer. Podemos ficar aqui na área. - Eu já estava toda molhada. Meus cachos já estavam aparecendo. Ele assentiu e ficamos sentados perto da porta. Pelo menos a chuva não chegava ali.

- Espero que ninguém veja um menino de 16 anos entrando na minha casa. - dei um sorrisinho tímido.
- Hipoteticamente não estamos na sua casa. - ele riu. - E o seu projeto? Fiquei curioso.
- É um projeto super secreto - gesticulei
- Posso ver?
- Eu ainda não comecei...
- Eu te ajudo. Se você quiser.
- Não quero problemas com a Alice. - fiquei séria.
- Não precisamos esconder isso dela.
- Mas o beijo sim...
- O beijo sim. - ele assentiu
- É engraçado.
- Aham. - ele riu
- Vem, eu vou te mostrar. É uma passagem secreta. Eu descobri com a Ali. - Me levantei
- Passagem secreta? - ele levantou confuso.
Fomos até o quintal tava todo molhado. Mas no "sub solo" não pega chuva. Ou pega?
- Você chega aqui. E dá três pulos.
- Tá brincando?
- Não. - respondi seriamente.
Ele pulou e quase escorregou. Tava bem molhado mesmo. Fiquei rindo dele. A passagem abriu.
- Eu achei que você estava blefando... - parecia admirado
- Pois é. - tropecei no último degrau. Ele me segurou. - Obrigada. De novo.
- Eu esqueci de te entregar o colar.
- Claro. O colar.
Eu levantei o cabelo que agora parecia um miojo com molho de tomate e água. E ele colocou o colar no meu pescoço. Ficamos sentados conversando por muito tempo. Rimos bastante também. Em nenhum momento ficou o clima chato que eu imaginei que ficaria.
Liguei pra Alice.
- Acho melhor eu ir. A chuva já passou.
- Tudo bem...
- Obrigada. Eu gostei da passagem secreta. Se precisar de ajuda pra arrumar, pode contar comigo. - Subimos.
- Por nada. Obrigada você por tudo que fez por mim hoje. - Abracei ele. Eu amo abraços. Principalmente abraços sinceros.
Quando chegamos na entrada, o Dylan estava quase tocando a campainha, ele parou. Balançou a cabeça negativamente e saiu.
- Dylan, espera.