Fanfic: Desastroso - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy- Suspense- Romance- Hot

Capitulo Doze

─ Então o que você está dizendo exatamente?  

─ Eu quero namorar. -disse Christopher. ─Ver para onde vai. Eu nunca namorei antes, e não sei como funciona, mas você é o tipo de garota que um homem deve tratar como uma mulher, não como um caso de uma noite. - Perplexa com esta conversa toda, soltei a primeira coisa que me veio à mente.

─ Você nunca esteve em um relacionamento antes? Seus olhos ficaram sérios.

─ Nunca tive tempo para um relacionamento sério. - Olhando para ele, inclinei-me sobre a mesa.

─ Mas você terá tempo para namorar comigo? - Sua expressão relaxou.

─ Vou conseguir o tempo para você, para conhecê-la melhor.

Eu disse tudo em uma respiração rápida como sempre faço quando estou brava ou nervosa:

─ E se eu não for a mulher que acha que sou? E se um de nós leva isto mais a sério do que o outro? Um de nós pode acabar mal. E se eu ficar na posição de estágio em sua empresa? Como as pessoas vão olhar para nós, para mim? Como é que vai interferir na minha posição, se não funcionar com a gente? Eu não sei se posso lidar com tudo isso. -estava extremamente nervosa. Rindo mais uma vez, ele passou a mão pelo cabelo, pensando antes de falar.

─ Pare de pensar sobre cada pequeno resultado. Mas, para responder às suas perguntas, sim, você é exatamente o que eu pensei. Ninguém vai acabar mal. Você terá a posição externa, não há nenhuma dúvida sobre isso. Não se preocupe com o que os outros possam pensar. Se, e eu quero dizer isso, se não der certo entre nós, sua posição permanecerá; sua vida profissional e vida pessoal são duas questões distintas.

─ Não quando seu trabalho e vida pessoal são combinados. Eu não sei Christopher. Vi dois lados separados de você até agora. Ontem à noite você parecia com raiva e muito imbecil. -ele levantou uma sobrancelha. ─ Desculpe... e então hoje você parece ser educado e cavalheiro. Relaxando os ombros, ele inclinou-se sobre a mesa, cruzando as mãos.

─ Ontem à noite, minha raiva não foi dirigida a você. Estava com raiva de Jeremy por deixar você para trás. Ele estava disposto a permitir que você tomasse um táxi sozinha tão tarde da noite. Isso me chateou, isso é tudo. Peço desculpas se a ofendi de qualquer maneira.

Olhei para ele pelo que pareceu um longo tempo, tentando pensar nisso. Não dissemos nada por alguns segundos, apenas olhamos para o outro. Em menos de 24 horas tudo mudou. Ele era um homem muito bonito, mas um homem ocupado, como ele mesmo disse. O que queria de mim? Por que eu? Felizmente o homem mais velho reapareceu pronto para assumir nosso pedido, Christopher os fez.

─ Posso pensar sobre isso? -eu precisava de uma mente clara para analisar isso no meu próprio tempo, não enquanto ele estava olhando para mim com aqueles grandes olhos castanhos.

─ É claro. -inclinando-se mais perto, me estudou. ─ Que tal mudar de assunto? De onde você é Dulce. Eu posso dizer que você não é de Boston por causa do seu sotaque.

Eu sorri. ─ Meu sotaque? Eu sou de Philly, e na Philadelphia não temos sotaque como vocês!     Ele balançou a cabeça, sorrindo.

─ Há quanto tempo você está em Boston? Você veio aqui para estudar Direito em Harvard ou morava aqui antes de entrar para universidade?

Por que ele estava tão formal? Eu não estou em uma droga de entrevista, ou talvez esta seja a entrevista!

─Vim para cá com meu irmão, quando eu tinha 14 anos de idade. Ele era dez anos mais velho do que eu e cuidou de mim depois que nosso pai faleceu. Foi emocionalmente desgastante para nós, por isso saimos. Ele foi contratado como um detetive, e comprou uma casa aqui e cuidou de mim. -tomei um gole de água para me distrair por um momento. Eu não queria chorar. Ainda era muito cedo, cada vez que falava sobre o meu irmão ficava um pouco emocional.

─ Sinto muito por sua perda. Se você não se importa que eu pergunte, como seu pai faleceu? Tomando um gole de água antes de responder, mudei no meu lugar.

─ Ele era um policial na Filadélfia. Foi baleado e morto ao responder a um assalto a um posto de gasolina local. Quando apareceu em cena, estava sozinho. Ele telefonou para a central, deixando-os saber que parecia claro e que iria atender o funcionário. Mas quando entrou o ladrão ainda estava ali: um garoto de dezenove anos de idade. Ele se assustou quando viu meu pai de uniforme, e sua primeira reação foi de puxar o gatilho. - Ele ergueu as sobrancelhas, não esperava essa resposta.

─ Uau, sinto muito por ouvir isso.

O clima entre nós tornou-se muito grave. Este era um assunto que eu gostava de evitar quando as pessoas perguntavam... porque ninguém conseguia entender o motivo de não ter ninguém na minha vida. Contei essa história algumas vezes antes, mas desta vez me sentia diferente. Eu não conseguia explicar o porquê.

─ E sua mãe? -continuou a questionar. Limpando a garganta, eu pensei em mudar a atenção para ele, mas desabei por dentro.

─ Eu não sei quem é a minha mãe. Depois de dar à luz a mim, ela deixou meu pai, meu irmão e deixou-me aos seus cuidados. Ouvi histórias diferentes, mas a principal foi a de que ela sofria de depressão e não conseguia lidar com ser mãe ... e ainda sobre o assunto, eu não conheço ninguém do lado da minha mãe, da família também. Meu pai era filho único. Seu pai faleceu quando ele era jovem, e minha avó morreu quando eu tinha nove anos de câncer de mama. Então, depois que meu pai morreu, era apenas meu irmão e eu. Quando meu irmão morreu em outubro, ficou muito difícil. -parei e tentei fazer uma piada com a minha auto mesquinhez.

─ Bem, acho que sou uma pessoa solitária. -ri nervosa, tomando mais um gole de água, desejando que tivesse pedido esse vinho.

Seus olhos se arregalaram em choque. Pensei que talvez ele visse que eu estava emocionalmente confusa e repensando estar querendo conhecer-me melhor.

─ Seu irmão morreu também?

─ Sim, mas isso é um assunto do qual preferiria não falar. Foi há poucos meses que ele morreu, e ainda estou tendo problemas com isso. -ele balançou a cabeça em resposta, sabendo para não tocar mais nesse assunto. Consegui segurar minhas lágrimas ao falar sobre o meu irmão, a primeira vez desde a sua morte.

─ Então, você mencionou um irmão. Ele é mais velho? Mais jovem? -perguntei, tentando desviar a conversa para longe de mim. Ele se contorceu na cadeira, agora que a situação se invertia.

─ Uh, sim, ele é mais velho, mas não muito, por quatro anos, ele está com 33. Uh, era só eu e ele crescendo. Temos uma relação estreita. Quando meu pai morreu, eu estava apenas começando no primeiro ano da escola. Minha mãe levou-o muito duro e forçou meu irmão e a mim, a termos um bom relacionamento. Naquela época, nós nos odiávamos. —ele riu, pensando. ─Funcionou. Eu acho que as mães sabem o que é melhor, hein? -encolhi os ombros, eu não sabia. ─Oh, desculpe, eu não quis dizer... -disse ele. Eu o interrompi.

─Não se preocupe com isso. Você sabe, eu acho que vou ter que beber vinho.

─ Sim, estou de acordo. -e chamou o homem mais velho. Depois de algumas taças de vinho, esquecemos os assuntos delicados e discutidos outras coisas, como Christopher assumiu a empresa de seu irmão, que deu início a tudo. Seu irmão parou de advogar e começou uma empresa privada. Não falamos sobre a empresa de seu irmão. Ele também mencionou como dentro de um ano depois de assumir a empresa, conseguiu dobrar o tamanho e a clientela e triplicar o lucro.

Também falamos sobre Harvard, que também se formou lá. Ele se lembrou do professor Johnson como seu instrutor. Me fez sentir um pouco mais confortável quando explicou que o professor Johnson fez comentários semelhantes acerca de um dia ele ser maior do que a média dos advogado. Saber que o professor Johnson tinha um olho para saber quem se daria bem, me fez sentir à vontade. Christopher também traduziu entre o Sr. Giuseppe e eu, e gostei do velho quanto mais conversamos e riamos durante toda a noite.