Fanfic: Desastroso - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy- Suspense- Romance- Hot

Fazia quatro horas desde que eles saíram. Desde então, estive andando para lá e para cá no quarto, perguntando o que diabos levava tanto tempo. Olhando para o celular pela vigésima vez, me joguei na cama e olhei para o teto. Estava me segurando de ligar ou enviar mensagens para ele. Era tão difícil de fazer quando eu estava preocupada.

O que eles estavam fazendo?
Fosse o que fosse que eu sabia que era ruim, e algo me dizia que tinha uma coisa ou duas a ver com Lou. O mero som da voz daquele homem me dava arrepios, e muito mais seu nome. Podia sentir o desconforto de Christopher em sua voz e postura quando conversou com Lou. Jimmie e Ucker estavam em algo mais profundo do que eu poderia imaginar, mas não sabia o que era e por que era tão difícil se afastar.

─Dulce?

A voz assustada de Elle congelou meus pensamentos. Inclinei em meus cotovelos enquanto ela rapidamente corria para mim. Seus olhos estavam quase em lágrimas, e o controle apertado em que segurava seu cobertor, me permitiu levá-la em meus braços.

─Teve um sonho ruim? -perguntei quando ela se enrolou em uma bola no meu colo. Balançou a cabeça e olhou para mim.

─Não, eu ouvi um barulho lá embaixo, na sala de estar. Eu não acho que o papai ou o tio Ucker estão aqui. Alguém está em casa.

Congelei. O que faço? Respirando fundo, tentei esconder o meu medo por causa dela.

─Está tudo bem. Tenho certeza que não é nada. Vou verificar para ver o que o barulho é. Tranque a porta atrás de mim, e se eu não voltar em 10 minutos, chame a polícia. Meu celular está bem aqui. -eu disse apontando para a mesa de cabeceira.

─Você acha que poderia fazer isso? -ela assentiu com a cabeça. ─Bom, vai ficar tudo bem. Não se preocupe. Estarei de volta em breve. -disse, dando-lhe um sorriso tranquilo.

Ela me seguiu até a porta, trancando-a atrás de mim. Virei a maçaneta para me certificar de que estava segura. Eu não conseguia ouvir nada, mas o quarto de Elle está no corredor mais perto da escada. Fazendo o caminho pelo corredor, na ponta dos pés, de modo que, se alguém estivesse aqui, ele não podia me ouvir. Quando cheguei ao topo da escada, hesitei, esperando ouvir alguma coisa antes de descer as escadas.

Esperei três minutos longos. Não havia barulho, então decidi voltar para o quarto. Virei lentamente o pé. Quando ouvi um estrondo, rapidamente me virei apoiada em direção à escada. Inclinei para ver se havia alguém no fundo da escadaria. Meu coração quase parou.

Eu poderia fazer isso, era, provavelmente, nada. Lentamente, na ponta dos pés desci as escadas, ouvi mais alguns baques e uma voz murmurando.
No final da escada, segui a voz. Quando cheguei à porta da frente do escritório de Christopher, eu chupava no meu lábio inferior e mordia. Respirando fundo, não sabendo o que esperar, abri a porta. Seu escritório estava escuro, e a única luz era da lâmpada no canto direito. Pulei quando vi Ucker levantar a cabeça por trás de sua mesa. Ele estava largado e deitado sobre um braço, enquanto a outra mão segurava uma garrafa meio vazia de aguardente.

─Christopher, você me assustou.

Relaxando os ombros, fui em sua direção. Quando cheguei mais perto, notei que seus olhos estavam raiados de sangue. Ele mal podia mantê-los abertos.

─Você bebeu tudo isso? -perguntei, estendendo a mão para a garrafa em sua mão.

Ele recuou em sua cadeira e bebeu um gole da bebida, em seguida, bateu a garrafa de volta na mesa fazendo um barulho batendo. Agora eu sei de onde o barulho vinha.

─Você é tão bonita. -sussurrou em um tom estridente.

─O que há de errado, querido? -perguntei preocupada.

Ele parecia bêbado. Eu nunca estive com ele enquanto estava bêbado, então mantive distância. Você nunca sabe o que esperar de uma pessoa embriagada.
Tomando mais um gole da garrafa, ele sorriu.

─Nada há de errado comigo. Estou ótimo! -jogou as mãos no ar rindo.

─Ucker, vamos para a cama, certo? -sussurrei, esperando que minha voz baixa reduzisse a sua.

─Sabe o que cara/lho me irrita? -disse ele, descartando meu apelo.

─O que, bebê?

─Quando as pessoas dizem, “Não se preocupe com isso, vai ficar melhor.” Ou, eu amo este, hum ... “Coisas acontecem por uma razão.” -ele caiu na risada.

Eu só olhava para ele bêbado.

─Sim, isso me irrita muito, Ucker. –falei, tentando concordar.

Ele olhou para mim com as sobrancelhas levantadas

─Vejo que é por isso que eu te amo tanto. -ele balançou a cabeça. ─Você não me merece, Dulce. Merece alguém muito melhor do que eu.

Descuidadamente ele levantou, balançando de lado a lado, quando caminhou em minha direção. Tropeçou em um tapete e caiu em mim. Tropecei para trás, mas consegui nos segurar. O álcool de sua respiração e de sua roupa era tão forte que eu não poderia suportar. Ele riu e endireitou sua postura, me puxando para ele.

Olhando nos meus olhos, ele parecia procurar por respostas.

─Por que você me ama? -perguntou.

Olhei para ele, preocupado com a sua pergunta.

─Christopher... você devia saber... você é engraçado, doce, e um cavalheiro. Eu amo como fala sobre sua família. Eu sei que eles significam tudo para você. E hoje te vendo com Elle, eu sei que um dia vai ser um pai maravilhoso.

─Você acha isso tudo sobre mim? -perguntou ele com nojo. Eu balancei a cabeça. ─Eu sou um homem mau. Você só conheçe metade de mim. Se você conheçesse a outra metade, sairia correndo. Estou longe de ser perfeito, Dul.

Agarrando seu rosto, eu consegui um tom severo.

─Ei, ninguém é perfeito. Eu te amo, não importa o quê. Você está me ouvindo?

Ele desviou o olhar. Peguei seu rosto e puxei-o para trás para olhar para mim, seus olhos suavizaram.

─Eu te amo, Ucker, perfeito ou não, mas obviamente, seja o que quer que esteja metido, está quebrando você. Se não me deixar entrar, não vou ser capaz de ajudá-lo.

Pressionando os lábios para baixo, parecia que ele iria se quebrar. Seus olhos lacrimejavam, seu rosto estava vermelho, e soltou um suspiro pesado.

─Dul, eu sou..

─Isso é o suficiente, Christopher. -Jimmie invadiu as sala.

Ele pegou a garrafa de conhaque da mão de Ucker e jogou-a em uma lixeira ao lado da mesa.
Assustada com a sua entrada, eu murmurei: ─Jimmie, Elle está no quarto de Christopher.

─Eu sei. Fui procurá-la quando não a vi em seu quarto. Ela me disse que ouviu barulhos, e você foi descobrir o que era... sinto muito por isso, Dul. Vou levá-lo a um dos outros quartos. -disse, jogando o braço de Ucker ao redor de seu ombro. Então, passou o braço pela cintura dele para segurá-lo.

─Não, não, leve-o para o seu quarto. Eu não posso deixá-lo assim.

Jimmie assentiu uma vez. Ele conseguiu ajudar Christopher subir as escadas e no corredor. No momento em que chegou ao quarto, Ucker pediu pelo banheiro. Jimmie colocou ele em frente ao vaso sanitário. Ele abraçou o sanitário e começou a vomitar. Seu rosto estava vermelho, e as veias saltaram de seu pescoço e testa a cada vez que ele vomitava. Jimmie inclinou-se contra a pia, pernas e braços cruzados. Ele parecia exausto.