Fanfic: Desastroso - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy- Suspense- Romance- Hot

Finalmente olhando para cima, ele pressionou seus lábios. Sua respiração começou a falhar e eu podia ver seu peito arfando para cima e para baixo através do tecido fino de algodão, que agora estava coberto de sangue manchado.

─Eu... eu... foi uma troca ruim.Dul... eu... não havia mais nada que eu pudesse fazer.

Engoli em seco, levando minha mão à boca. Olhando em seus olhos, eu queria que ele dissesse isso, para esclarecer.

─Você matou alguém?

Seus olhos estavam me implorando para entender. Eu não conseguia parar de olhar para ele com medo, em estado de choque. Ele estava lá, meu Uckker, o homem que aprendei a amar e conhecer, mas ele estava coberto de sangue e me pedindo para entender uma -troca ruim- comecei a sentir náuseas e tonturas.

Tropeçando para trás alguns passos, me inclinei contra a pia. Apertando a minha mão ao longo da borda do tampo em granito e colocando minha outra mão contra meu estômago, olhei para o chão. Olhei para a camisa ao lado do meu pé. Ela estava coberta de muito sangue, sangue de outro homem. Ele poderia ter sido marido de alguém, ou pai, tio, filho de alguém ou irmão.

As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Comecei a chorar, sentindo pena de um homem que não conhecia, mas podia sentir a tristeza de sua perda, da perda de sua família. A imagem de Marcus de pé em frente a um homem e estourando seus miolos veio à mente: sangue e crânio espalhado por todo lado. O pensamento instantaneamente trouxe vômito à minha garganta, incapaz de segurá-lo, corri para o banheiro. Uma vez que abri a tampa, vomitei.

─Dul, bebê. -Ucker estava ao meu lado, passando a mão ao longo das minhas costas.

─Não! Fique longe de mim!

Eu o empurrei com a mão, enquanto continuei, tentando jogar as tripas. Lágrimas caíram dos meus olhos. Uma vez que terminei, descansei minha cabeça no meu braço, que estava enrolado ao redor do assento do vaso sanitário. O gosto do vômito na minha boca me fez querer fazer de novo. Depois de alguns segundos, consegui levantar e caminhar até a pia. Ucker estava encostado na parede, olhando para mim desesperado. Eu o ignorei e escovei os dentes, tentando apagar o gosto. Depois de enxaguar a boca duas vezes, invadi o quarto.

O que deveria fazer? Não conseguia nem olhar para ele, muito menos ficar no mesmo quarto que ele. Fui até a gaveta que ele disse que era minha e de uma só vez peguei todas as minhas roupas, jogando-as em cima da cama. Caminhando de volta, abri as segundas e terceiras gavetas e fiz o mesmo.

Ele se aproximou de mim e pegou meu pulso. Afastando-me, passei por ele e me dirigi para o armário. Vi minha pequena mala e rolei-a para o quarto. Quando entrei de volta, Ucker estava colocando minhas roupas de volta nas gavetas.

─Christopher, o que diabos você está fazendo? -gritei.

─Você não vai a lugar nenhum, Dul, eu não vou deixar. Por favor, você tem que falar comigo. Deixe-me explicar. -implorou.

─Ucker, estou cansada disso! -soltando a mala no chão, levantei a minha mão para o meu peito. ─Eu não posso mais fazer isso: as noites, sua segunda vida. Eu te amo... -as lágrimas começaram a assumir novamente e estava praticamente chorando. Não tinha certeza se eu era até compreensível. ─Eu te amo muito, e vai doer ir embora, mas tenho que fazer o que é melhor.

Ele correu para mim, mantendo distância, não tendo certeza se eu estava pronta para ele me tocar. Seus olhos estavam perdidos e confusos.

─Por favor, Dul, não me deixe; eu sei que fodi... não tinha escolha, Dul. Por favor, você é a única pessoa pela qual eu vivo. -sua voz se rompeu nas últimas palavras.

─Você não entende, não é mais só comigo, Christopher. Eu tenho uma grande responsabilidade para cuidar e pensar agora. É muito maior do que nós dois, e não estou pronta para trazer isso agora. -eu disse, acenando com a mão em sua camisa ensanguentada.
Olhando para sua camisa, ele trouxe seu olhar de volta para mim.

─Por favor, Dulce não faça isso, eu preciso de você.

─Alguém precisa mais de mim. -eu disse, apertando as mãos contra a minha barriga.