Fanfic: Supernatural Love

Alguns dias se passaram. Anahí estava faltando às aulas com desculpa de estar farta do ambiente escolar. Na realidade o que lhe incomodava era poder dar de frente com o seu “carma”. Ela decidiu descer ate os fundos da casa, lá havia uma pequena biblioteca, onde sua mãe guardava livros antigos. Distraída começou a buscar uma explicação e por sorte, uma solução para o seu pequeno “problema”. Revirando as estantes, ela subiu num escada, para facilitar a busca. Até que encontrou um, que pareceu lhe interessar. Descendo desatenta, levou um susto com a imagem não tão agradável de Silas a sua frente.

Anahí: Esta louco! Como aparece por trás das pessoas sem avisar – ela punha a mão sobre o peito, como se quisesse segurar o coração, que já não batia. Era apenas por hábito –.

Silas: Perdão. Não quis assusta-la. Só vim buscar um cartão, que me encarreguei de entregar á senhorita.

Anahí: Cartão? Sobre o que?

Silas: É de sua mãe – o livro que estava sobre sua mão caiu ao chão. Ela em seguida juntou, se recompondo –.

Anahí: Como assim da minha mãe?

Silas: Uns dias antes de morrer ela me pediu que lhe entregasse esta carta, caso algo lhe acontecesse. - de reflexo Anahi  pegou pelo pescoço do desprezível e lhe pôs nos altos. Sobre a parede. Seus pés balançavam enquanto sua mão seguravam as dela, pedindo ajuda, com a voz abafada. Seus olhos já eram de um vermelho sangue. Ela estava com raiva e queria respostas -. 

Anahí: Como assim ela te disse tudo isso e você se manteve calado todo esse tempo!

Silas: Só cumpri ordens senhorita, ela insistiu que eu não dissesse nada!

Anahí: Então se ela disse essas coisas é porque previa o que ia acontecer! E você se calou! Podíamos ter evitado algo! Como se atreve! - Joguei seu corpo longe. Ele caiu sobre algumas caixas que estavam no chão. Minha lagrimas salgadas e quentes se espalharam – Você tem algo haver com a morte dela? Foi o único que encontrou o corpo!

Silas: Claro que não! Eu jamais seria capaz! Dona Nora me acolheu aqui, me deu comida e abrigo. Nunca poderia lhe fazer mal.

Anahí: Saia! Antes que eu não responda mais por mim – Silas correu o mais depressa que pôde, arrastando sua perna defeituosa, eufórico de medo. Anahí se descontrolou, pegado a carta, abrindo-a rapidamente. Para entender oque estava escrito -.

~X~

Na universidade, Maite e Dulce trocavam idéias da matéria. As duas faziam arquitetura, embora não fosse o curso dos seus sonhos.

Maite: Eu disse que essa equação estava errada. O ângulo da sala é outro.

Dulce: Tudo bem. admito que me precipite - elas trocaram mais algumas informações e encerraram o assunto -.

Maite: Ela não veio hoje de novo. 

Dulce: Quem. Annie?
Maite: Ela mesma. Se continuar assim, irá reprovar!

Dulce: Eu já avisei, mas ela ignora.

Maite: Esses dias eu andei pensando bastante. Agora somos só nós três. E um fato claro é que não temos o mesmo sangue. Não tem curiosidade em saber quem é sua verdadeira mãe?

Dulce: Não. A única que conheci se chamava Nora. 

Maite: Eu também a amava Dul. Mais eu queria entender o que aconteceu. 

Dulce: Mas nossa mãe já nos disse. Fomos encrontradas no riacho do bosque dos gritos. E isso basta.

Maite: Tem razão. Por agora é melhor esquecer isso.

Dulce: Não só por agora. E sim, esquecer para sempre! Seja lá o que for. Não existe justificativas para se jogar um filho, fora.

Maite: Mas pense... E se elas forem igual a nós? Seria bom ter com quem esclarecer certas coisas.

Dulce: Se você quer tanto saber - Dulce se levantou imparcial - Procure sozinha - então saiu -.

Maite não falava por mal. Ela entendia a reação da irmã. Mais sua curiosidade era maior. "como era seu rosto" "seu corpo" "sua personalidade" e o principal "porque a abandonou?" perguntas que pareciam nunca ser respondidas. Ela permaneceu sentada, com os olhos distantes. "Eu quero saber" repetiu a si mesma. Fechou o livro voltando para a aula das 10:25 hs.