Fanfic: Será que é amor? MyU e AyA | Tema: Rebelde, RBD

 Maite sentou no sofá e Anahí foi até ela, sentando-se do seu lado.

           - Amiga, como você está se sentindo? - Anahí perguntou.

          - Eu vou deixar vocês duas sozinhas para conversar melhor. Quer que eu leve o seu filho para o quarto, Anahí? - Mane pergruntou.  -  Rick e a Luna estão dormindo lá.

          - Tudo bem, obrigada Mane!

          Ele pegou o Enzo em seus braços e o levou deixando as duas sozinhas na sala.

         - Como que você soube, amiga? - Anahí perguntou.

        - Recebi as fotos e mensagens no meu celular! Amiga, eu fui muito trouxa! Você conhece o Christopher, ele sempre foi galinha, mas eu imaginava que ele tinha mudado sabe? Nesses cinco anos juntos, nunca tive nenhum motivo pra desconfiar dele .... E agora ele me joga esse balde de água fria!

       - Mai, foi tudo uma armação da Manoela! - Anahí disse.  - Ele nunca faria isso com você! Ele te ama mais que tudo nessa vida!

       - Any, não venha defende-lo com argumentos que ele colocou na sua cabeça! Você não estava lá e não sabe o que ele pensa, sente e faz quando ninguém está olhando! Não seja advogada dele por coisas que você nem sabe a verdade!

       - Eu confio nele, amiga! Sei que ele nunca faria isso com você!

       - Não é assim! Ele me traiu e quer manipular você pra que me convença a aceita-lo!

       - Vocês deveriam pelo menos conversar!

       - Eu vou conversar! Para acertar as coisas do divórcio, visitas da Luna,  guarda do Rick, pensão e tudo mais. Mas ele não vai me enrolar como fez com você! Não vou perdoar uma traição!

         - Ele está tão mal, Mai!

         - E como você acha que eu estou??? - perguntou irritada. -  Ele era o cara que eu mais confiava no mundo!

          Anahí viu que não adiantava discutir com a amiga, afinal, ela estava nervosa e poderia fazer com que a situação piorasse.

          - Eu confio nele, Mai! Mas tudo tem se tempo, espero que você consiga ouvi-lo e possa dar uma nova oportunidade!

             Maite balançou a cabeça. Realmente estava muito tensa e também não queria descontar em Anahí a raiva que estava de Christopher.

           - E porque você veio pra cá? Para se vingar do Ucker?

          - Não!!! – disse num susto – Claro que não! Eu não faria isso! Eu vim buscar a Luna e o Mane insistiu para eu ficar! Mas eu não vou ficar aqui! Só que o Mane está fazendo de tudo para me convencer, comprou até berço novo pro Rick!

         - Ele está com segundas intenções, não está?

        - Está! – Maite revirou os olhos – E ele fala isso abertamente! Fico chateada porque ele não respeita o meu momento de dor! Ele fica dizendo que vai tentar me reconquistar, que vai criar o Rick, que vai ensinar o Rick a chama-lo de "pai" e todas essas coisas! - dizia com raiva – E o pior de tudo é que ele disse pra Luna que o Christopher não é seu pai e que agora não precisa mais chama-lo assim.

        - Meu Deus!!!! - Anahí levou um susto com as palavras de Maite. - Ela deve estar arrasada!

       - Nem me fale! Teve até pesadelo agora! Quase que eu peguei o Rick e a Luna e saí daqui! Isso é coisa que se fale pra menina? Poxa! Ela ama o Ucker! Ele é um canalha sim, mas ela não merece sofrer! Ela é uma criança!

        - Foi uma atitude ridícula do Mane! Sinceramente... Mas você não está pensando em voltar para ele, né?

        - Não! - disse rapidamente. - Eu não quero! Eu vou morar um tempo com a minha mãe, até organizar minha vida... E depois sei lá, vou morar sozinha com meus filhos... não sei, estou muito confusa ainda!

         - Fica calma amiga! Desculpa eu estar te fazendo tanta pergunta! Tudo tem seu tempo! O que você mais precisa agora é se restabelecer! Se precisar pode contar comigo para cuidar do Rick e da Luna! Se quiserem morar um tempo em casa, ou dormirem por lá, fiquem a vontade!

          - Obrigada Any! Mas eu vou para a casa da minha mãe! Eu não vou voltar com o Ucker e nem com o Mane! Também não vou ficar aqui! Além de ser loucura, Mane me pressiona demais!

         Mane que ouvia do quarto, percebeu que estava agindo errado com Maite. Não queria que eles fossem embora e portanto mudaria de tática. Seus pensamentos foram interrompidos por Luna que voltou a se debater e a chorar em meio ao sono.

        - Não papai! - ela choramingava em meio ao sono. - Eu também sou sua filha... você dizia que me amava! Papai! Volta! Volta, papai! Eu te amo! Não vai embora! Eu também sou sua filha!

       Mane correu até a cama e pegou Luna no colo encostando a cabeça em seus ombros.

       - Calma, filhinha! Fica calma, amor! Está tudo bem! – dando um beijo no rosto da filha que acordou devagar.

         - Eu quero meu papai! – disse Luna voltando a chorar.

         Aquelas palavras cortavam o coração de Mane, porém ele percebeu que era maldade demais destruir assim o amor da filha por Christopher.

        - Ele está lá fora filhinha, você o viu antes de entrar! - Mane disse. 

        - Eu quero ver meu papai...me leva lá! Por favor! - a garota pedia chorando.

      - Tudo bem Luna – Mane suspirou.

          Ela esfregou os olhos para enxugar o choro e Mane a colocou no chão, dando as mãos para ela. Como estava nervosa, Luna nem notou que Enzo estava ao seu lado, mas quando viu Anahí na sala, ela se assustou.

       - Tia Any??

       - Oi meu amor! – indo até Luna e abaixando para dar um beijo em seu rosto – O que houve, princesa? Estava chorando? – disse limpando suas lágrimas

       - Estou com saudade do meu papai! – disse voltando a chorar.

       - Ah meu amor, não fica assim! Ele te ama! – abraçando a menina.

      - É que ela estava tendo pesadelos! - Mane explicou.

       - Luna! – Maite foi até Luna também e a pegou no colo – Nós já conversamos sobre isso! O Christopher sempre vai ser seu pai e sempre vai te amar muito! – disse fuzilando Mane com o olhar, repreendendo-o.

        Mane ficou sem jeito, percebendo que realmente deveria consertar a situação.

        - Eu vou leva-la um pouquinho lá fora para vê-lo! - Mane sugeriu.

       - Está tarde! A Luna não vai sair agora! - Maite disse.

       - Por favor, mãezinha! Eu quero muito ver meu papai! – voltando a chorar. - Eu prometo que vou me comportar para sempre.

        Ver aquela cena, cortava o coração de todos.

        - É só um pouco, Mai! Só para a Luna se acalmar!

        - Eu levo a Luna, Mai! Fica tranquila!

       - Tudo bem! - Maite suspirou. - Só coloca um casaco, Luna.

       Luna correu para o quarto para pegar um casaco e Anahí saiu com a criança que ainda chorava.  

        Assim que Ucker ouviu a porta se abrindo, ele levantou-se depressa na esperança de ser Maite. De qualquer modo, ficou feliz em ver Luna que correu para seus braços.

        - Amorzinho! Minha vida!

        - Papai! Por favor, não me abandona, papai! – dizia em meio ao choro

         - Nunca filha! Nunca vou te abandonar! Papai te ama muito! De onde você tirou essa ideia????

        - Ela estava tendo pesadelo! - Anahí explicou.

        - Tadinha! Deve estar assustada com toda essa história!

        Anahí assentiu com a cabeça, pois não queria complicar as coisas dizendo o que sabia de Mane.

       - O papai te ama muito! - Christopher acariciou o cabelo de Luna.

      - Entra comigo papai! Dome comigo, por favor! - ela pediu.

      - Claro, filha! – vendo que essa era a oportunidade perfeita para ver Maite.

       - Não, Ucker! - Anahí impediu. - Queira ou não essa é a casa do Mane! A Maite está lá dentro e ela não quer que você entre! Muito menos ele!

        - Mas a Luna está pedindo! - Christopher disse.

        - Você sabe que as coisas não são assim, Ucker!

        - Por favor, tia Any! – Luna voltou a chorar, pois sabia que conseguia as coisas desse jeito.

       - Eu vou entrar e falar com o Mane e com a Maite! - Anahí disse. 

       Na sala, Maite estava morrendo de raiva pelo o que Mane havia feito com Luna.

       - Mai, desculpa! Eu sei que passei dos limites! Na hora eu agi pela emoção! Eu vou conversar com a Luna!

       - Por favor! Sei que você se sente mal ouvindo a Luna chama-lo de pai! Eu também me sentiria assim. Mas nós somos adultos, podemos superar isso. Ela é uma criança que já está sofrendo demais! Romper outro vínculo para ela seria destruidor.

      - Eu vou consertar tudo! Eu prometo!

        Anahí entrou na sala e eles se preocuparam em não ver Luna junto com ela.

         - Onde está minha filha??? - Maite perguntou assustada.

        - Ela está grudada no Ucker! Não quer sair de lá... - ela disse sem graça. - E... er... ela pediu se ele pode dormir com ela...? 

        - Não!!! Lógico que não!!! Aqui ele não entra!!! - Mane disse.

       - É que ela está chorando tanto! – disse com dó.

        - Ele não entra aqui! - Mane disse. - Se você quiser deixar que ele a leve para dormir na casa dele, aí tudo bem! Mas aqui ele não entra!

          Anahí olhou para Maite sem saber o que fazer.

      - Não sei! – Maite suspirou. – Sinceramente, eu não sei! Não posso deixar que ele a leve porque ele pode usar isso como desculpa para poder me ver...como se fosse um "sequestro". Se você deixasse ele entrar, eu me esconderia no quarto da Luna e ele fica no seu quarto até a Luna dormir...

        - Está louca? Eu não quero que ele entre na minha casa, muito menos que se deite na minha cama!

        - É que o Rick está lá... Ele vai querer ver o filho também!

        - Problema dele! - Mane falou irritado.

       Maite ficou pensativa enquanto Anahí continuava olhando para ela pedindo uma solução.

       - Fala para o Ucker ir para a casa da minha mãe! Eu vou para lá! Sei que minha mãe vai ficar com raiva do Christopher e sei que está tarde! Mas pelo menos lá ele tem como ficar com a Luna uns minutinhos, até que ela se acalme...

       - Então vocês podem ir para casa! - Anahí sugeriu. - Depois você e as crianças dormem lá mesmo. É melhor, para a sua mãe não ficar assustada.

          No desespero Mane viu que ele precisava ceder em muita coisa para Maite continuar lá com os filhos.

       Ele respirou profundamente antes de falar.

        -  Ok! O Ucker pode entrar,  mas você fica no meu quarto e ele vai pro quarto da Luna! Vou levar o berço do Rick para lá!

         - Ok... obrigada Mane! – Maite disse.

         Maite e Anahí ajudaram a levar o berço de Rick para o quarto e quando estava tudo pronto, Maite foi para o outro quarto, enquanto Anahí pegou o filho e foi chamar Christopher  com Luna.

     Poncho entrou junto para não ficar sozinho. Luna entrou feliz segurando a mão de Christopher.

         - Mamãaae! O papai está aqui!

        - Sua mãe está dormindo, Luna! - Mane disse.

        - Ela está no quarto da Luna? - Christopher perguntou esperançoso.

      - Não, está dormindo na minha cama! – disse tranquilamente na intenção de provocar o Christopher.

       - QUE????

       - Ela está lá no quarto dele, - Anahí disse. - mas fica tranquilo que o Mane está dormindo no quarto dos fundos!

         - Vamos lá, papai! – Luna puxou Ucker.

        - Não filha! Sua mãe quer descansar agora. - Mane disse. - Vai com o Christopher para o seu quarto, o Rick está lá também!

       - Sério??? – disse maravilhado.

         Ele foi para o quarto e pegou Rick em seus braços, chorando ao vê-lo novamente.

         - Filho! Eu te amo tanto! Te amo muito, meu amor!

         Junto com o filho, deitou com a Luna na cama e mesmo que estivessem apertados, ele não se importou de estarem assim, muito pelo contrario. Ele não gostou em ver o berço novo azul de Rick, aquilo significava que Mane havia comprado especialmente para o filho e isso não era um bom sinal.

         Luna já estava adormecendo quando Rick começou a chorar. Christopher pegou depressa o filho nos braços e foi para a sala. Ele reconhecia aquele choro que era de fome.

        - Mane, a Maite precisa amamentar o Rick... – Christopher disse muito sem graça.

        - Ah sim, tudo bem... – disse pegando Rick no braços.

       - Eu levo...

       - Não! Ela não quer te ver! Se ela quiser, ela vem aqui!

       -  Por favor... avisa que eu estou no quarto da Luna... - Christopher disse tristemente.

       - Ela já sabe!

       - Er... tudo bem!

         Anahí e Poncho olharam com pena para Christopher que voltou triste para quarto. Enquanto Mane entrava no quarto onde estava Maite.

       - Ah, obrigada Mane! – pegando o filho nos braços - Pensei que o Ucker ia fazer  eu ir lá buscar!

       - Não, eu não permitiria!

        Sem pensar muito, Maite levantou a blusa e começou a dar de mamar para o filho. Mane respirou fundo, não queria que Maite percebesse o deslize e pedisse para sair. Queria continuar ali, a admirando sem que percebesse que estava com segundas intenções.

       - Ele quer te ver, Mai! - Mane puxou um assunto.

      - Não, eu não quero vê-lo! Não hoje...

      - Vocês precisam conversar! Mesmo que vocês se separem, precisam resolver muita coisa!

      - Eu sei, Mane! Mas eu não quero conversar com ele agora, não estou com cabeça!

       - Tudo bem! Cada coisa tem o seu tempo! Ele está com a Luna agora, ela ficou bem mais tranquila! - Mane sorriu.

       - Que bom! Sabe Mane, não é que ela goste mais dele do que de você, mas é que realmente ela ficou assustada com a ideia de perde-lo.

        - Eu sei, foi uma burrada minha, mas prometo que vou consertar!

         Maite parou de dar de mamar para o filho e demorou para arrumar a blusa de volta até arruma-lo. Inevitavelmente, Mane perdeu o olhar no seu corpo e vários pensamentos vieram em sua cabeça, sonhando em voltarem em um relacionamento. Assim que Maite percebeu o que havia feito, arrumou a blusa rapidamente.

        - Mane!!!!!! - ela falou assustada.

      Ele se despertou de seus pensamentos.

      - Oi! Desculpa! Não...eu não... Desculpa Mai! Mas realmente eu estava com a cabeça longe!

       Maite balançou a cabeça inconformada e entregou Rick para ele.

      - Leva para o Ucker e vê se ele se despede das crianças logo! - Maite disse. 

     - Tudo bem! – pois era o que mais queria também!

       Christopher olhava para a porta super preocupado com a demora de Mane, não queria que ele ficasse lá durante a amamentação, pois era lógico que aquele era um momento íntimo. Queria invadir o quarto e tirar Mane de lá, entretanto sabia que poderia piorar as coisas.

         Mane saiu do seu quarto com Rick nos braços e entregou a Christopher.

        - Obrigado! Como está a Mai?

      - Está abalada, mas ela vai ficar bem!

      - Ela vai ficar aqui? – perguntou com medo.

      - Acho que sim! O quartinho da Luna está todo montado e o Rick já tem o bercinho dele...

      - Porque você comprou coisas novas? Eles vão voltar pra casa!

      - A Maite que veio pra cá, Ucker! Eu não ia deixa-los sem conforto! - Mane disse. - E ela veio porque quis!

        Christopher abaixou a cabeça sem saber o que dizer. Queria chorar mas não podia fazer isso na frente de Mane. Deu um beijo no filho, colocou-o no berço e acariciou os cabelos de Luna, dando um beijo em sua testa.

        - Não vou mais incomodar vocês, já estou indo! Vou respeitar o tempo da Maite! Obrigado por deixar eu ver os meus filhos.

           Mane quase respondeu que Luna não era a sua filha, mas sabia que aquilo não era necessário.

      Passaram pela sala e Anahí e Poncho, que estavam com Enzo nos braços, levantaram.

       - Vamos indo... a Luna já dormiu. - ele disse em um tom melancólico.

      - Está tudo bem? - perguntou Poncho.

      - Com as crianças? Sim, sim... – disse desanimado.

      Eles agradeceram ao Mane e saíram. Ainda na porta, Ucker conversou com o casal.

       - A pior coisa que a Maite podia ter feito era ter vindo para cá! Aposto que ela fez isso por vingança!

     - Ela disse que só veio buscar a Luna e acabou ficando! - Anahí disse.

      - O Mane que deve estar fazendo de tudo pra ela não sair daqui! - Poncho disse. 

      - Com certeza, Ucker! Ele não queria que você entrasse na casa dele para ver as crianças, mas quando a Maite disse que iria para a casa da mãe, ele abriu mão na hora!

        - NÃO ACREDITO! – disse com raiva – E EU AINDA AGRADECI A ELE!!!!

        - Calma, Ucker! Ele deixou você ver as crianças! - Poncho tentou argumentar.

        - SÃO MEUS FILHOS!!! EU TINHA QUE VÊ-LOS!!!! E A MAITE NÃO É PROPRIEDADE DELE PARA ELE SELECIONAR QUEM VAI FALAR COM ELA OU NÃO!!!

        - Calma, Ucker! -Anahí disse. - Ela que não quis... Ela ainda está abalada com a situação! E fica tranquilo! Ela não vai voltar com o Mane! Ela me garantiu isso.

        Sem conseguir mais se segurar, Ucker começou a chorar.

         - Meu medo é ela cair na lábia dele e acabarem voltando...

         - Isso não vai acontecer Ucker! Ela te ama!!! Ela só está nervosa, mas ela te ama muito!

          Eles abraçaram o amigo e ficaram com ele até que ele pudesse se acalmar e voltar para casa.

         Mane levou o berço de Rick de volta para o quarto onde estava Maite, mas ficou dormindo com Luna no outro quarto. Por mais que não fosse mais dizer nada sobre Ucker, estava disposto a fazer de tudo para que Luna só visse a ele próprio como seu pai.

         No dia seguinte Mane acordou bem cedo e deixou uma bandeja com café da manhã no quarto para Maite.

           Assim que ela acordou e viu a surpresa, ela não podia negar que havia gostado, ainda que essa situação a incomodasse.

             Comeu o café da manhã com Rick em seu colo e depois de trocar de roupa, foi para sala e encontrou Mane organizando alguns documentos na sala.

          Ao ver a cena de Maite chegando na sala com o filho nos braços, ele ficou maravilhado. Sempre sonhara com isso.

        - Bom dia!!! - Mane sorriu.

        - Bom dia, Mane! Cade a Luna?

        - Já foi para a escola! - Mane disse. -  Bem cedo liguei para ônibus escolar e avisei que ela estava aqui. Dei o banho e café da manhã para ela e depois eles passaram aqui para busca-la.

       - Poxa! Obrigada, Mane! Eu realmente havia esquecido que a Luna tinha que ir pra escola! Como ela está?

        - Está melhor! Estava mais animadinha hoje!

        - Que bom! E... bom... Obrigada por deixar o Ucker ver as crianças ontem... E obrigada pelo café da manhã na cama!

       - Vou fazer de tudo para vocês se sentirem a vontade!

      -  Obrigada Mane, mas hoje eu realmente devo ir para casa da minha mãe.

     - Não, Maite, por favor! Fiquem aqui!

     - É o melhor a se fazer Mane! Alias, eu não sei o que eu estou fazendo aqui! Não quero dar razão ao Christopher fazendo achar que eu também o traí... Prefiro não ficar aqui!

      - Minhas portas sempre estarão abertas pra vocês, Mai! - disse segurando em sua mão.

      Maite tirou as mãos das de Mane e deu um sorriso.

      - Obrigada pelo apoio, Mane!

     - Bom... E o acordo sobre a Luna continua, certo? Ela virá pra minha casa aos finais de semana?

     - Claro! - Maite lhe disse.

      - E o Rick? Será que ele pode vir junto?

      - Não, Mane! Além de ser muito pequeno... não tem nada a ver!

      - Ele é irmão da Luna! Não quero que ele deixe de fazer passeios que a Luna faz apenas por não ser meu filho!

       - Quando ele crescer a gente vê isso, ok? Agora eu vou terminar de arrumar as coisas... - disse indo para o quarto.

     Quando Luna chegou, Maite já estava com as malas prontas para ir para a casa da mãe. Mane foi atender a porta para receber a filha e a viu desanimada.

       - Oi pai... – disse sem ânimo.

       - Oi minha princesa!! Como foi a escola? – disse a abraçando. 

      - Tudo bem... foi tudo bem...

      - Hoje a mamãe vai te lavar para a casa da sua vó! Mas que você acha de ficar aqui comigo?

      Luna abaixou a cabeça

      - E... minha mamãe?

      - Você pode falar com ela que quer ficar aqui e pedir pra ela ficar também! - Mane sorriu.

      - E meu papai? - perguntou preocupada.

      - Christopher? Ele vai vir te visitar aos finais de semana!

       Luna continuou olhando para baixo. Mane a olhou e deu um beijo em seu rosto.

     - Eu te amo filhinha! Gostaria muito que vocês morassem aqui comigo!

       Sem expressar nada, Luna continuou olhando para baixo. Ela se sentia muito triste. Não conseguia entender o porquê não poderia mais morar com Christopher. Mesmo sendo pouco tempo, parecia que estava uma eternidade sem vê-lo.

          Maite chegou na sala com as malas e empurrando o carrinho de Rick com o corpo já que as mãos estavam ocupadas, ao ver Luna naquele estado, soltou as malas, deixou o carrinho onde estava e foi correndo até ela.

       - Luninha! Que foi, meu amor? - disse se abaixando.

       - Nada... – Luna dizia ainda de cabeça baixa.

      - O que você disse para ela Mane??? – disse nervosa, olhando para ele.

      - Nada! - Mane respondeu. - Ela apenas perguntou do Christopher!

      - E o que você disse???

      - Eu disse que ela vai continuar vendo ele! Não foi Luna?

        Luna afirmou com a cabeça ainda olhando para baixo.

         Maite tinha a certeza que não era apenas isso que Luna havia escutado, mas preferiu não discutir na frente dela.

      - Meu amor, você vai ver sempre seu pai, tudo bem? – disse abaixando-se um pouco mais para  que Luna a olhasse – Ele te ama muito! Nunca vai te abandonar! Você tem várias pessoas que te amam: Eu, Mane, Christopher, Rick! Nunca, nunca, nunca te deixaríamos!

      - É verdade Luna! – Mane pegou Luna no colo, deu um beijo  e a colocou no chão.

      - A gente vai pra casa da vovó e pode ter certeza que seu pai vai lá te visitar! - Maite lhe disse.

        Luna finalmente levantou a cabeça e deu um sorriso.

       - Hoje??? – disse com os olhos brilhando.

        - Não... hoje não!

        - Por favor, mãezinha! Eu... tô com saudade dele... – disse começando a chorar.

        - Meu amor! Não chora! - disse abraçando a filha – Eu vou falar com sua avó para ligar para ele, tudo bem?

        - Aham – disse esfregando o olho.

        - Vai tudo ficar bem, meu amor!

        Mane olhava a cena com bastante tristeza. Não queria que a filha sentisse falta de Christopher daquele jeito.

       Rick começou a reclamar com um choro e Maite foi até o carrinho e pegou o filho no colo.

       - Não chora amor! Calma... mamãe está aqui...

       - acho que ele também está com saudade do papai... - Luna disse.

      - Você vai vê-lo hoje Rick!

        Ela deu um beijo nele. Aquela situação também estava lhe matando. Sofria em pensar na traição de Ucker, mas não podia privar os seus filhos de verem o pai.