Fanfic: Será que é amor? MyU e AyA | Tema: Rebelde, RBD

      Ao ver Christopher chegando, Luna correu para abraça-lo. Ele, por sua vez, ficou super feliz em vê-la em casa e saber que ainda tinha o restinho da noite para comemorar o dia dos pais com ela.

      - Papai! Que saudade! - Luna sorriu.

      - Que saudade, filha! - pegando Luna no colo e a abraçando.

      - Olha papai, vem ver! - ela se mexeu, para que ele a colocasse no chão e o puxou para irem até aonde estavam os desenhos, entregando à ele umas 20 folhas - Fiz esses desenhos pra você!

       Christopher sorriu, emocionado.

       - Que lindos, filha! Eu amo você!

       - Eu também te amo, papai! - disse abraçando-o novamente.

        Christopher viu Maite, lhe deu um beijo nos lábios e logo percebeu que havia acontecido algo.

        - O que foi, amor? O que aconteceu?

         - Não.. eu estava preocupada com ... - pensou. -  com a Luna que estava correndo, aí ... sei lá! Desculpa! Bom, olha quem veio visitar a gente! - Maite disse tentando desviar o assunto.

         - Any! Que surpresa!

         - Olá!! - Anahí se levantou para abraçá-lo. - Quanto tempo hein?

         - Verdade! E o Poncho? Como está?

          - Super feliz! - ela disse sorrindo.

          - Hum...sério?? Pelo jeito temos novidades?

          -  Vamos ser tios! - Maite disse animadamente abraçando Anahí.

           - Sério, Any? - Christopher disse surpreso, abraçando a amiga - Parabéns!! Já era hora hein? Que bom! Fico muito feliz por vocês!

           - Obrigada, Ucker! E parabéns.. - Anahí disse, mas foi imediatamente repreendida por Maite pelo olhar - pelo dia dos Pais!

           - Obrigado, Any! De verdade, a Luna é meu melhor presente! Ela e a Maite! 

           Ele sorriu, trazendo Maite para um beijo. 

         - Que tal comemorarmos o dia dos pais jantando pizza? - Christopher disse.

          - Ebaaa!! - Luna levantou os braços comemorando - Eu quero de queijo, papai, por favor!!

          - Sim, claro, filha! De queijo... - ele riu. 

          - Queijo e milho! - Luna sorriu.

         - Ótimo! Papai também adora! - Christopher acariciou o cabelo da filha.

          - Fica pra jantar com a gente, Any? - Maite perguntou.

          - Bem que eu gostaria! - Anahí disse. - Mas logo logo o Poncho vai chegar em casa!

           - Chama ele! - Christopher disse. - Afinal, ele também tem motivos pra comemorar o dia dos pais, não é mesmo - rindo

            - É, com certeza! Vou ligar pra ele! - disse pegando o celular.

          Pediram pizza para eles e logo Poncho chegou. Dava para perceber em seu rosto a felicidade do momento que estavam vivendo. Todos deram o parabéns e durante a noite conversaram sobre vários assuntos.

        Maite até tentava se distrair e se entreter com todos, no entanto ficava preocupada em fazer logo o teste e saber se realmente estava grávida. Aquilo não saía de seus pensamentos.

         - Mai... Quer ir na farmacia agora? - Anahí falou baixo com a amiga - A gente vai rapidinho, os meninos ficam cuidado da Luna.

          - Não, melhor não... vamos amanhã! É melhor!

            - Pra que ficar com essa agonia até amanhã?

             - É... - Maite suspirou, concordando com a amiga. Queria resolver logo a situação e tirar a dúvida da sua cabeça. 

             - Vamos logo! E assim eu não corro risco da Jessy chegar aqui amanhã cedo e ir com você no meu lugar! - Anahí brincou. - Esse meu direito ninguém tira!

         - Deixa de ser sem graça, Any!

         - O que cochicham? - Poncho perguntou.

          - É que eu estou com azia...- Anahí disse. - Vou lá na farmácia comprar alguma coisa...

          -Mas meu amor, não é qualquer remédio que você pode tomar... - seu marido disse, preocupado.

          - E azia acho que é normal na gravidez, não é Mai? - Christopher perguntou.

         Maite ficou um pouco desnorteada. Não queria mentir para o marido, mas a ansiedade estava lhe consumindo. 

           - Até é... Maite falou nervosa. -  Mas acho que a na farmácia deve ter alguma coisinha que ajude...

            - É, está meio forte! - Anahí forçou uma expressão de dor. 

            - Eu vou lá com você amor, aí a gente já vai pra casa. - Poncho disse.

            - Ah não... - Anahí disse. - Quero passar mais um tempinho com a Luna! A Mai vai comigo e daqui a pouco a gente já está de volta!

            - Tudo bem, eu vou com você! - Maite disse. 

            - Quero ir mamãe!! - Luna falou empolgada.

            - Fica aqui com seu pai e com o tio Poncho! A gente já volta!

           As duas se levantaram para sair e Luna fechou a cara.

             - Ah não mamãe, por favor! Deixa eu ir, eu quero passear com vocês! - fazendo carinha de choro

              - A gente já volta, meu amor! - Maite disse. 

              - Tia Any, me leva com vocês! Por favor... -  Luna insistiu agoniada.

              Ao ver Luna insistindo tanto, Anahí quase resistiu e levou a garota com elas, no entanto, ela sabia que era deixar Luna em casa. 

           - Fica com o papai e o tio Poncho, meu amor! - Anahí disse. - Afinal, alguém tem que cuidar da casa não é, Luna? Vai deixar os dois sozinho aqui fazendo bagunça?

           - É, Luna! - Christopher disse. - E a gente vai brincar de alguma coisa!

           - Verdade! E também, você nem me mostrou seus desenhos... - Poncho tentou entreter a menina. 

           - Tá... - Luna disse chateada indo sentar no chão.

           As duas deram um beijo em Luna e saíram correndo para a farmácia. Anahí irradiava de alegria na esperança do teste de gravidez atestar postivo, enquanto Maite tentava não criar ilusões.

          - Aquela carinha da Luna - Anahí suspirou.  - Eu não queria dizer não pra ela...

          - A gente não pode satisfazer todas as vontades dela pra ela não ficar mimada demais. - Maite deu risada.

          - Mai!!! Ela é uma fofa! Um amor de menina! Não imagino ela metida e mimada.

           - Eu e o Ucker tomamos bastante cuidado pra isso não acontecer! Não quero que ela seja uma criança chatinha que ninguém gosta. - rindo.

           - Ela é uma fofa, nunca vai ser assim, Mai!

          Foram na farmácia e compraram o teste, ficaram preocupadas que os garotos não desconfiassem de algo. Assim que entraram, Luna ainda estava um pouco chateada e Anahí foi abraça-la.

         - Está vendo como a gente voltou rápido?

         - Mas eu queria ter ido junto! - Luna disse em tom de chateação.

         - Ah, mas olha o que a tia trouxe? - entregando um pacotinho com chocolates.

         -  Obaaa!!! Obrigada tia Any! - Luna sorriu.

          - Ai Any! Como eu sou tonta, nem percebi você comprando isso! - Maite disse.

          - Eu sei que você não iria deixar - Anahí riu.

          - Não mesmo...

           - Quanta coisa você ganhou hoje, Luna! - Christopher disse. - Lápis de cor, chocolate...

          - E uma boneca do meu pai! - Luna saiu correndo para pegar a boneca.

          - Hum.. - não muito contente.

          Christopher viu que Luna abraçava a boneca com carinho. Ele se sentia mal por se incomodar dessa forma.

          - Que boneca bonita! - Poncho disse.

          - Meu pai que me deu! - Luna disse orgulhosa.

         Maite olhou para o marido e viu sua expressão.  Deu um beijo em seu rosto para consolá-lo e sorriu.

          - Relaxa amor, é só uma boneca... - Maite disse com uma leve risada - Bom, vou no banheiro.

           - Espera! Um enjoo! Posso ir vomitar antes? - Anahí disse, encenando que estava com ânsia.

           Enquanto Anahí correu pro banheiro, Maite balançou a cabeça e foi atrás fechando a porta,

           - Que desculpa, hein?

           - Vai logo Mai! Estou ansiosa!!!

           Ali, na frente de Anahí mesmo, Maite fez o teste e as duas ficaram esperando o resultado aparecer. A expectativa das duas era grande. 

             Maite tinha medo de ficar aguardando uma resposta positiva e se decepcionar, entretanto isso era algo inevitável. Queria muito que o teste confirmasse que estava grávida.

              Quando finalmente apareceu o resultado, seus olhos se encheram de lágrimas.

              - Vamos, Mai! O que é? - Anahí perguntou ansiosa.

             - Any... - sem conseguir dizer, apenas estendendo a mão pra amiga olhar.

             - Duas faixinhas! Você está gravida amiga! - dando um abraço apertado em Maite - Parabéns, parabéns, parabéns!!! Ah, eu estou muito feliz Mai! Por você, pelo Ucker... por vocês dois! Acho que estou mais feliz do que quando eu soube da minha gravidez!!!

               Maite abraçou Anahí novamente e começou a chorar, soluçando. Não conseguia explicar aquela felicidade que a fazia tremer. Anahí pulava comemorando.

              - Vamos lá dar a noticia ao Ucker! - Anahí disse animada.

               - Eu preciso falar com ele primeiro antes de contar pra Luna! Fica com ela na sala, por favor?

             - Lógico, Mai! Vai pro quarto, pra Luna não te ver chorando, senão ela vai ficar preocupada!

             - Any... - Maite sorriu, ainda com os olhos cheio de lágrimas. -  Eu estou muito, muito feliz! Você nem imagina o quanto!

             - Eu imagino, Mai! Eu imagino! - Anahí secando as lágrimas da amiga - Agora, deixa eu me recompor para que ninguém perceber nada!

             - Obrigada, Any! - Maite sorriu.

           Ela foi para o quarto e Anahí voltou animada para sala.

           - Você está bem feliz para quem estava vomitando! - Christopher observou.

          - Estou ótima!  - Anahí disse animada. - O que uma gravidez não faz, né? 

          - Passou a azia? - Poncho perguntou.

         - Nem sinto mais nada! Tomei um remédio ótimo! - Anahí sorriu. - Ucker, a Mai pediu pra você ir para o quarto um pouquinho.

           - Aconteceu algo? - Christopher estranhou.

           - Ela não estava alcançando uma caixa de fotos, pediu pra você ajudar ela.

           - Ah, tudo bem...

        Luna se levantou para ir com o pai e Anahí foi distrai-la discretamente.

        - Luna, tem como trocar a roupa dessa boneca? - mexendo na boneca de Luna.

        - Dá sim, tia! - pegando a boneca da mão de Anahí e tentando mostrar.

        - Ah, então vamos mostrar pro tio Poncho como se troca um bebê, para ele já ir aprendendo. Você me ajuda?

          - Ajudo! - disse contente.

          - Opa, estou precisando de umas lições mesmo! - Poncho sorriu.

           Christopher entrou no quarto e viu Maite sentada na cama, seus olhos estavam um pouco inchados demonstrando que havia chorado, mas havia um sorriso nos lábios que eram impossíveis de ser tirados.

            - O que aconteceu, amor? - Christopher perguntou preocupado.

             - Você acredita em milagres? - ela sorriu.

             - Acredito! - estranhando a pergunta.

             - Então, este é o nosso milagre! - Mostrando o teste de farmácia - Acabei de fazer o teste, deu positivo... E.. Eu estou ... grávida! - disse emocionada.

             No mesmo momento os olhos de Christopher encheram de lágrimas, ficou sem reação, com uma mistura de ansiedade e felicidade invadiam seu corpo.

             -Um filho... nosso? - disse emocionado. - Realmente...meu e seu?

              - É... - disse segurando o choro.

            Christopher não conseguiu dizer nada e conduziu Maite para um beijo. Colocou a mão em sua barriga e deu um beijo demorado.

             - Eu te amo Mai! Eu tinha certeza que um dia isso iria acontecer!

           Ele trouxe mais uma vez Maite para um beijo que se misturava com as lágrimas que caiam de seus olhos. Ficaram abraçados por um tempo até que decidiram ir para sala.

              Assim que os viu, Luna correu até eles assustada.

             - Mamãe?? Papai?? O que aconteceu?

            Anahí se levantou, sorrindo. Poncho estava sem entender nada, olhando bastante assustado também.

             - Filhinha, mamãe e papai tem uma boa notícia pra você!

             Os dois se abaixaram ficando na mesma altura de Luna.

             - O que? O que?

             - Lembra que a tia Any disse agora pouco que tem um bebêzinho na barriga dela que logo logo vai vir pra brincar com você? - Maite perguntou.

            - Lembro...

             - Então, agora aqui dentro da barriguinha da mamãe, também tem um bebezinho que vai chegar pra brincar com você! - Christopher acariciou a barriga de Maite.

             - Você vai ter um irmãozinho! - Maite sorriu.

               Luna olhou assustada para os dois.

              -  Vocês vão ter outro bebê???? - perguntou assustada.

              - Vamos meu amor, um bebezinho que você vai brincar junto! - Maite disse.

              - E eu?? - Luna perguntou.

             - Você é nossa filha linda! - Christopher disse.

            - Eu não quero outro bebê aqui! Não tem espaço! - Luna disse nervosa.

            Maite deu risada e abraçou Luna dando um beijo em seu rosto.

            - Claro que tem, Luna! Você vai adorar brincar com ele!

           - Não vou! Eu não quero outro bebê aqui! - disse brava cruzando os braços e fazendo bico.

            Anahí e Poncho se aproximaram e ficaram agachados com Luna também.

           - Mas meu amorzinho, você ficou tao feliz que eu vou ter um bebê! - Anahí disse carinhosamente. 

           - Mas não é da mamãe e do papai.  Eu não quero outro bebê aqui! - dizia brava, começando a chorar.

            - Você me ensinou a cuidar de bebê, Luna! - Poncho disse. - Vai adorar ter um bebê de verdade pra cuidar!

            -  Eu não quero! Não quero! Quero mamãe e o papai só pra mim!- disse chorando.

             - Minha princesa- Christopher abraçou Luna e a pegou no colo - A gente vai te amar como sempre te amou! Nada vai mudar!

             - Eu não quero, não quero! - disse ainda chorando.

            Maite e Ucker se olharam sem saber o que fazer.

            - Poxa, um momento tão perfeito... tinha que estragar assim? - Maite suspirou.

             - Calma amor, ela vai entender. 

             - Alguém teve irmãozinho na escola Luna? - Anahí a abraçou.

              - A Rafaela - disse soluçando de tanto chorar.

             - E os pais dela esqueceram ela pra só cuidar do bebê? - Poncho perguntou.

            - Aham... - ela disse, se aconchegando mais nos braços de Anahí.

            - É isso... - Poncho disse.-  Ela deve ter visto a Rafaela triste e tem medo que aconteça com ela.

           - Meu amor, os papais da Rafela não esqueceram ela! - Maite ficou do lado de Anahí. - Eles a amam muito, só que o bebê precisa de cuidados também! A gente também te ama! Não vai esquecer de você!

          - Pelo contrario! A gente vai te amar cada dia mais! - Christopher disse.

          - E agora vai receber amor de mais um: do seu irmãozinho. - Maite sorriu.

          - Eu não quero, não quero... - dizia em meio aos soluços.

           Todos tentaram acalmar a Luna até ela conseguir dormir. Logo Anahí e Poncho decidiram ir embora por estar tarde demais. Os casais se felicitaram mais uma vez. Estavam felizes pois os filhos nasceriam na mesma época.

                Maite deitou na cama e Christopher sentou ao seu lado e começou a beijá-la sem falar nada.

      - Quem diria hein?  - Christopher disse emocionado. - Depois de 4 anos.. finalmente um filho nosso!

        - Eu tinha certeza que um dia viria amor! Veio no momento certo! - Maite sorriu.

         - A Luna está tão chateada! - Christopher suspirou. - Espero que ela não fique mal de verdade!

         - Não vai ficar não, amor! - Maite disse. - A gente vai conversar com ela amanhã quando ela acordar e vai acabar entendendo. Imagino que deva estar assustada em saber que ela não vai  mais ser a única, aí junta com alguma coisa que a amiguinha deve ter falado na escola e isso causa um impacto mesmo!

         - Me preocupa que ela tenha alguma depressão infantil, se sinta rejeita, algo assim...

          - Lógico que não amor, ela vai entender! Eu sou a irmã mais velha de dois garotos e sobrevivi, não? - disse rindo. - Meus pais conversaram comigo na época e eu entendi. Ela também vai entender!

           - Amanhã a gente conversa com ela e fica tudo certo! Espero que sim...

           - Vai ficar amor, vai ficar...

           - Bom, mas agora temos que comemorar a chegada do bebê hein? - conduzindo Maite para um beijo.

           - Com certeza! - ela sorriu.

         Os dois se beijaram e fizeram amor entregando-se por completo e deixando evidente a felicidade que sentiam de estarem juntos, principalmente com o fato de um milagre estar acontecendo.

         Sempre que acordava, Luna corria até o quarto dos pais e pulava em cima da cama para acordá-los. Porém, naquele dia pegou a boneca que Mane havia dado e ficou brincando sozinha em seu quarto.

         Maite e Chirstopher estranharam o silêncio na casa e assim que se levantou, Maite foi até o quarto vê-la.

         - Meu amor! O que você está fazendo aí tão quietinha? - Maite perguntou carinhosamente.

          - Nada... - disse sem olhar para Maite.

         - Luna, - sentando-se no chão de frente para filha - A mamãe e o papai te amam tanto. Eu não queria que você ficasse assim sem falar com a gente...

         - Eu não quero nenhum bebê... - ela disse com raiva.

         - A mamãe e o papai vão ter um bebê, mas você vai ganhar um irmãozinho que vai te amar muito. E você vai ser um exemplo pra ele, porque você vai ser a irmã mais velha.  Vai ser maior que ele, então imagina: Ele vai te ver como uma rainha, que sabe andar, falar, pintar, correr, montar blocos e fazer um monte de coisas que ele ainda não consegue. Vai querer aprender tudo com você, amor!

          - Mas eu não quero, mamãe!

          - Você diz isso porque ainda não conhece ele! Olha só, a Ana Paula, ela não tinha irmãozinho também, aí veio o Santi que é super divertido e ama a Ana Paula!

          - A Ana Paula não gosta do Santi!

          - Ela gosta sim! - Maite disse. -  É que ela quer brincar com gente da idade dela! Que nem você vai preferir brincar com os seus amiguinhos, e o seu irmãozinhos com os amiguinhos dele, mas sempre que puderem, vão brincar juntos também!

          - Eu não vou brincar com ele! - disse com raiva.

          - Você vai adorar brincar com ele! Você vai ver quando ele chegar! Agora me diz uma coisa, você ama a mamãe?

           - Amo! 

          - Então promete que vai voltar a sorrir pra mim e me encher de abraços e beijos como você faz todo dia?

           - Prometo! - disse sorrindo ainda que demonstrasse chateação.

           - Obaaa! - pegando Luna no colo e dando vários beijos nela

            - Mas só se o bebê for embora!

            - Ai Luna!

        De tarde, Mane foi visitá-los sem avisar. Christopher foi quem abriu a porta e se assustou em ver a expressão de preocupação estampada no rosto de Mane.

           - Oi Christopher!

            - Oi, boa tarde! Aconteceu alguma coisa?

           - Er...aconteceu! - mane disse sem graça. - A Maite está aí? Eu estou com alguns problemas e preciso conversar com vocês. Mas precisa ser longe da Luna! - falando baixinho.

             Ao ver Mane na porta, Luna saiu correndo e pulou em seus braços.

            - Paaaaai! - disse empolgada.

          - Olá minha princesinha! - ele deu um beijo em seu rosto. - Como vai a menina mais linda do mundo??? 

         - Paai! Você vai ter um bebê também?? 

          - Não... Por que filha?

           - A mamãe e o papai vão...- disse desanimada.

          - Sério? - perguntando para Christopher - Parabéns!! E você dizendo que nunca ia poder ter filhos!

           - Pois é, o milagre aconteceu! Você deve imaginar a minha felicidade!

            - Com certeza! Imagino! Parabéns!

           Maite apareceu na porta e foi cumprimentá-lo.

          - Parabéns, Maite!

          - Obrigada! - ela sorriu.

         - Paizinho... - Luna disse. -  Posso morar na sua casa quando o bebê chegar?

         Maite e Christopher se assustaram com a pergunta de Luna e se olharam com medo. Por mais que soubessem que Luna não iria embora tão fácil assim, sabiam que o fato de a Luna "preferir" a casa do pai seria um ótimo argumento se ele quisesse pedir a guarda - desejo este que ele sempre teve.

           No entanto, ao invés de Mane sorrir com a pergunta ou demonstrar emoção ele aparecia ter ficado abalado como se aquilo lhe machucasse.

            - Filha!!! Que isso??? - Maite perguntou assustada.

            - Meu amor, - Mane deu um beijo em Luna - Eu iria adorar que você morasse comigo, mas a sua mãe e o Christopher não iriam gostar.

             - mas... mas... eles tem o bebê! - ela disse em tom de chateação.

            - Filha! - Christopher disse. - A gente conversou com você que o bebê não vai mudar em nada! E vai ser mais legal ainda porque vai ter mais gente pra brincar...

           - Com certeza! - Mane sorriu.  - E agora vai ter os seus brinquedos e o do seu irmãozinho! Imagina essa casa cheia de brinquedos? Não vai ser legal?

           - Vai... - disse ainda sem ânimo.

           - Então vamos comemorar que logo logo chega mais um amiguinho pra brincar de correr com a gente! - Mane disse. 

          - Dois não é, Luna? Falou para o seu pai que a tia Any também vai ter um bebê?

          - Sério?? Que legal!!! - ele disse animado.

          - Todo mundo, pai! - falou aborrecida - A mamãe, a tia Any, a tia Neni, a dinda...

          - Sério??A Jessy? - perguntou surpreso.

          -Não, Luna! - rindo - A dinda não está grávida!

            -é...

           - E nem a tia Neni... - Maite disse, fazendo referencia a como chamavam a irmã de Anahí, Marichelo. - É só a mamãe a e a tia Any que estão grávidas.

            - Ah... - ela suspirou, mesmo sabendo daquilo, não aliviava a sua tristeza.

            - Filha, cade aquela boneca que eu te dei ontem? - Mane perguntou.

             - Vou lá pegar! - saindo correndo pro quarto pra pegar a boneca,

            - Ela e esse ciúmes! - Maite disse.  - Não sei de onde surgiu!

             - Mas logo passa! Ela logo se acostuma... - Mande disse rapidamente, cortando assunto. . - Eu preciso conversar com vocês longe da Luna... Christopher, você fica um pouquinho com ela enquanto eu converso com a Mai?

         Christopher ficou um pouco desconcertado, sabia que era besteira pensar nisso mas dizer "Mai" em vez de "Maite" não lhe agradou muito, assim como pedir para conversar sozinho com ela. Porém, dava para perceber na expressão de seu rosto que realmente estava com algum problema que o deixava preocupado.

          Foram até a cozinha e Maite percebia que Mane carregava uma expressão de angústia e preocupação. Maite indicou uma das cadeiras e eles se sentaram ao redor da mesa para conversar.

           - O que foi, Mane? Porque você está assim? Aconteceu algo?

            - Aconteceu! Eu fui contrato por uma gravadora na Espanha, com um promocional de turnê, gravações, eventos e até participações em séries.

            - Nossa, sério? Parabéns Mane! Isso é ótimo!!! É um investimento triunfal para a sua carreira! Você vai mostrar seu trabalho por lá e pode dar continuidade.

           - Eu sei! É uma proposta maravilhosa... Se não fosse um pequeno detalhe na minha vida: a Luna! Eu não vou poder vê-la com tanta frequência, pois se eu conseguir vir para o México uma vez por mês, vai ser muito!

      - Verdade... - sentindo-se preocupada - Isso realmente vai ser difícil pra Luna!

       - Para mim também! Já dói vê-la somente aos finais de semana, imagina agora nem ao menos saber quando vou estar com ela? Posso ficar até meses sem conseguir voltar...

        - Logo agora que ela já está sofrendo com a historia da gravidez...

         - Outro baque pra ela... - mane disse tristemente.

         - Quando você vai?

         - Esse sábado. Ou seja, nem esse fim de semana mais vou tê-la comigo.

         Maite respirou fundo tentando pensar melhor.

         - Realmente vai ser difícil pra ela... Mas, Mane, olha! Calma! Ela vai ficar triste e tudo mais, assim como você também, mas com a tecnologia de hoje, vocês vão se ver sempre por câmera e manter contato.

         - Eu sei... Mas não é mesma coisa...

          - Sei que não... Pelo menos não corta o contato...

          - Isso é! Bom, agora falta a coragem pra contar pra ela, nem sei como!

          - Dá uma volta com ela agora, leva ela pra tomar um sorvete e explica direitinho! Sei que ela vai ficar triste, mas com o tempo ela vai entender.

            Mane não acreditou muito nessa hipótese mas sabia que era a unica coisa a ser feita.

            Luna brincou a tarde inteira com Mane se divertindo bastante. A cada riso de Luna, Mane sentia vontade de desistir de tudo e ficar só para estar sempre perto da filha.

           Compraram um sorvete para comerem juntos e Mane resolveu contar para Luna sobre a viagem, mesmo sem saber como.

          - Sabe Luna, o pai te ama muito, muito mesmo.

          - Eu também te amo muito! Muito, muito, muito mesmo!

           - É... - ficando desconcertando - Apesar de eu te amar muito e querer ficar sempre do seu lado, o pai foi chamado pra trabalhar em outro país que fica um pouquinho longe daqui...

            - Muito longe? - perguntou assustada.

            - É, um pouquinho... Tem que ir de avião... - Mane disse.

           - Você vai morar lá ?

           - Vou... E a gente vai se ver menos, não vai ser sempre que vou poder ir na sua casa para brincar...

            - Eu sei... só sábado e domingo! - demonstrando o que sempre aprendeu.

          Ele deu um longo suspiro.

            - Na verdade, - Mane falou meio desconcertado - a gente vai se ver só pela câmera do computador e pelo celular. Vai ser difícil eu vir, porque vou trabalhar muito!

            - Você também vai me abandonar que nem o papai e a mamãe??? - Luna se entristeceu, abaixando a cabeça e olhando para o chão.

          - Ninguém vai te abandonar ,filhinha! Todo mundo te ama... Só que vou trabalhar por um tempo longe e vamos nos ver somente pelo celular e pelo computador!

            Luna abraçou o pai fortemente.

           - Não, pai! Por favor, paizinho! Não me deixa! Por favor! - começando a chorar.

          A cada palavra de Luna era de cortar o coração de Mane. 

         Luna começou a chorar abraçada com o pai, repetindo a frase "por favor, não me abandona" , enquanto soluçava. Mane a abraçou forte e começou a chorar também.

           - Luna, eu nunca vou deixar de te amar! Nunca!

           - Promete, pai?

          - Prometo!

           Ele limpou as lágrimas da filha e a abraçou novamente.

         - Sabe a boneca que eu te dei ontem?

          - A Sara?

          - Bom , deve ser...quer dizer... Isso! A Sara! Sempre que você sentir muita saudade do pai, você abraça bem forte a Sara e vai sentir meu abraço! E sempre que eu puder vou te visitar! Combinado?

          - Combinado - disse de voz baixa - Mas você também precisa de uma boneca pra abraçar pra lembrar de mim!

          - Eu vou lembrar sempre de você filha, a todo momento!

          - Mas precisa de uma boneca também - levantando e puxando Mane pelo braço - Vamos escolher uma boneca pra você levar!

           - Isso, vamos!

           Os dois foram até a loja de brinquedos, e apesar de estar triste, Luna se animou um pouco se entretendo com a escolha.

           Entre todas, Luna escolheu uma boneca de pano de cabelo preto de maria chiquinha e vestido lilás que era a sua cor preferida.

         - Pronto paizinho, é essa!

          - Adorei! Bom, essa eu vou levar comigo! Agora escolhe um presente pra você!

         - Obaa!

         Luna ficou em dúvida em alguns brinquedos e Mane levou todos, como forma de compensar de alguma maneira a sua falta.

          Jessica havia visitado Maite e Christopher para eles contarem as novidades. Ela ficou super contente e emocionada pelos dois. Maite contou também sobre o ciumes de Luna.

         - Que estranho! De quem ela puxou isso? da Anahí? - Jessica perguntou rindo.

         - Só pode! Porque ela nunca foi de ter esse tipo de pensamento! - Maite disse.

           - Ela disse de uma amiguinha da escola que também teve um irmãozinho... - Christopher complementou.

            - É, mas não sei porque tanto ciúmes e medo de que a gente vá esquecê-la. - Maite falou.

             - Olha, eu ainda acho que é a convivência com a Anahí! - Jessica disse de modo divertido.

             - Mas a Luna é uma criança de bom coração, logo ela vai entender tudo isso.

              Logo ouviram baterem na porta desesperadamente como Luna sempre fazia.

           - Mamãae! Papaaaai! Sou eu!!! Abre pra mim!!! Mamãaaaae! - a menina gritava do lado de fora.

          Os três riram com Luna. Maite foi abrir a porta e viu Luna carregando uma boneca e Mane com várias sacolas de brinquedo.

          - Oi mamãe!!! - abraçando Maite,

            - Oi filhinha! Passeou bastante?

             - Aham! 

            - Ai... - Maite disse olhando as sacolas.  - Mais presentes, Mane?

             - É, mamãe! Olha, eu ganhei esse, esse, esse - tirando os brinquedos da sacola para mostrar.

             - Não tira aqui fora Luna, coloca seus brinquedos no chão da sala!  - Maite lhe chamou a atenção.

            - Tá! Vem pai! Traz meus brinquedos - puxando Mane prelo braço.

             -  Por que você comprou tudo isso, Mane? - Maite perguntou.

             - Eu vou ficar longe dela muito tempo, Mai...

              - Papaaaai!!! - Luna abraçou Christopher ao vê-lo.

              - Oi meu amorzinho! Se divertiu bastante??

             - Ahaam! Diiindaaaaa!!! - indo dar um abraço em Jessica - Que saudade!

            - Eu também estava morrendo de saudade, afilhadinha!! !! Que linda você está! Cada dia mais linda!

             - Dinda, olha o que eu ganhei! Meu pai me deu essa boneca, esse de massinha, esse carrinho, e me deu esse também e esse... - disse tirando os brinquedos da sacola e mostrando cada um.

               - Olha a felicidade dela, Mai! - Mane disse. - Você acha que eu consigo dizer não?

               - Mas tem que dizer né, Mane? - Maite disse. - As vezes é preciso!

               - Não seja assim, amiga! - Jessica disse se aproximando. - É só um presente de despedida e a Luna merece!

              Ela sorriu para mane e o cumprimentou. 

              - Olá Mane! Tudo bom? Quanto tempo não nos vemos!

              - Verdade, Jessy! Que saudade!

              - Eu também! A Mai me contou a novidade! Parabéns pelo contrato!

              - É, bom por um lado mas por outro vou ficar longe da Luna por um tempo.

               - Mas você vai sempre vir visita-la, vai dar tudo certo!

               - Assim espero!

           Maite se sentou ao lado de Christopher para compartilhar o momento de ver Luna abrindo os presentes e mostrando cada brinquedo. Mane não queria ir embora, mas não tinha como ficar ali o tempo todo. Despediu-se de Luna que ficou um pouco chateada e ele combinou com Maite e Ucker de levarem a criança no aeroporto no dia da viagem.

           - Muito lindos seus brinquedos Luna! - Jessica lhe disse.

            - E seus desenhos? Não vai entregar pra dinda? - Christopher perguntou.

             - Vou!!! Espera, Dinda! eu tenho uma coisa pra você! - indo correndo buscar os desenhos.

            - Está vendo?  - Christopher disse. - É o meu melhor presente, Jessy! Agora imagina mais uma criança com essa alegria toda?

            - Imagino! Os dois correndo pela casa!

            - Mais um agitadinho como a Luna? -Maite riu. - Será que eu aguento?

            -O bom é que você nunca vai engordar! - ela riu. -  Correndo atras deles é uma ótima academia!

           - Com certeza!

            - Dindaaa! É pra você! - entregando várias folhas com os seus desenhos.

             - Que desenhos mais lindos Luna! - olhando cada um.

              - A tia Any me deu vários lápis de cor pra eu desenhar bastante!

              - E ela deixou você desenhar pra mim? - Jessica perguntou.

             - Não... ela não gosta... -Luna disse com sinceridade.

             - Luna!!! - Christopher chamou atenção.

            - Ela não gosta, papai! - Luna repetiu, inocentemente.

            - Lógico que gosta, Luna! - Maite disse. - A tia Any só fala brincando.

              - Não fala não, ela não gosta... - falou com sinceridade.

               Jessica deu risada e balançou a cabeça.

            - Minhas hipóteses estavam certas! É a Anahí que ensina esses sentimentos pra ela!

            Jessica pegou Luna no colo para conversar.

          - Sabe Luna, a mamãe contou uma coisa pra dinda que eu não gostei de saber!

            - O que??? - perguntou assustada.

          -  Ela disse que você não quer que a mamãe e o papai tenham um bebê

            - Não... eu não quero - disse de cabeça baixa.

            - Sabe, - Jessica disse. - eu estava falando aquilo da tia Any, porque assim como você está sentindo ciúmes, raiva do bebê, a tia Any sentia muito ciúmes de eu ser amiga da mamãe. Ela não gostava quando eu chegava perto da sua mãe.  Ficava com raiva, dizia que não queria...Sabe por que?

            - Não...

            -  Porque ela gostava muito da mamãe e não queria dividir ela com outra amiga! Queria a amiga só pra ela! Só que ... Luna, me responde uma coisa... você ama a dinda?

            - Amo!

             - E ama a tia Any?

            - Amo!

            - Agora imagina se a mamãe tivesse que escolher entre eu ou a tia Any pra ser amiga só de uma? Você não ia poder ver a dinda ou não ia poder ver a tia Any! Mas aí a mamãe mostrou que no coração dela tem espaço pras duas amigas! Pra dinda e pra tia Any... Agora você vai ver que no coraçãozinho da mamãe e do papai tem espaço pra você e pro bebê!

           Luna olhava confusa para Jessy com uma carinha de que não estava entendendo nada.

            - Esse papo está muito complexo Jessy! - Christopher disse rindo.

            - Está mesmo! - Maite tiu também. - até eu já me perdi.

            - Ah, Luna! O que a dinda está querendo dizer é que no coração da mamãe e do papai tem espaço pra vocês dois.

           - Tem espaço pros dois... - Luna disse em voz baixa como se estivesse tentando assimilar.

           - Ela sabe disso! Não é, Luna? A mamãe falou pra você que vai te amar sempre! - Maite ressaltou.

           - É... - Luna disse com a voz fraca.

           - E a dinda também! E vai te amar muito, muito, muito mais quando ver você brincando com o bebê! - Jessica abraçou Luna dando vários beijos em seu rosto.

            - Tá...  - Luna disse, deixando escapar algumas risadas.

            - Então está tudo bem? - Jessica perguntou animada.

           - Está... Mas ele não pode quebrar meus brinquedos. - falou séria. 

          - Bom, já é um começo - Jessica disse para Maite e Christopher rindo.

          Como era o costume, Luna acordou cedo no sábado e foi pular na cama dos pais para acordá-los.

         - Mamãe!! Papai!!! Acordem!! Acordem vai!! A gente tem que ir ver meu pai!

         - Calma meu amor! - Maite disse se espreguiçando - A gente vai ver seu pai! Mas ainda falta um tempo.

          - Vamos, vamos! Ele está esperando a gente! Vamos!! Acorda papai!

           - Vamos sim! Mas antes vem me dar bom dia! - Christopher abraçou Luna, dando vários beijos em seu rosto.

           Luna retribuiu o carinho e fez o mesmo em Maite.

          -Bom, já que você está tão animada, vamos lá tomar banho que seu pai vai preparar o café da manhã pra gente!

          - Vamos!! - indo correndo pro banheiro.

          - Mas calma Luna, sem correr pra não cair!

          Christopher deu risada.

          - É amor, vai se preparando que daqui a pouco são dois! - Christopher riu.

          - Não vejo a hora! - Maite deu um beijo nele.

         Maite arrumou Luna e foram para cozinha, enquanto Christopher terminava de colocar a mesa para o café.

         -  Meu pai nunca mais vai voltar? - Luna perguntou.

        - Vai Luna... - Christopher disse. - Ele só vai ficar um tempo longe...

        - E se ele se esquecer de mim? - perguntou preocupada.

          - Nunca! - Maite disse. - Ele te ama!

         - Eu também amo ele! - Luna disse. - Eu também amo vocês!

        O casal começou a rir.    

         - Ai Luna! Você é o máximo! - Maite disse entre risadas.

        - É para não ficarmos com ciumes! - Christopher disse baixo para Maite.

        Foram para o aeroporto e logo que viram Mane, Luna correu para seus braços.

       - Paaaai!

       - Minha filha! - ele abraçou e pegou a filha no colo.

       Mane já estava chorando antes da filha chegar, mas quando pegou Luna em seus braços, chorou mais ainda.

         - Você já vai? - ela perguntou.

         - Já filhinha, já...

         - Fica mais um pouco, papai! Por favor! Fica comigo!

         - Eu tenho que ir! Mas olha! - mostrando a boneca que estava em seus braços - Ela vai comigo.

          Luna pegou a boneca e abraçou.

          - Cuida bem do meu pai, tá? - ela deu um beijo na boneca e Mane abraçou Luna emocionado.

           - Tenho que ir! - ele disse. - Eu te amo viu Luna? Nunca se esquece disso: Eu te amo muito!

           - Eu também te amo, pai!

          Luna abraçou forte Mane e começou a chorar, não queria que o pai fosse embora. Aquilo era de cortar o coração de Maite e Ucker que observavam de longe e,  principalmente, de Mane.

          - Sabe... - Christopher suspirou. - Eu me sinto um pouco culpado.

          - Por que?

           - Eu sempre sonhei que a vida perfeita seria se Mane estivesse longe para não ter que dividir a Luna com ele e termos um filho nosso. Agora parece que está tudo se realizando, mas ver essa cena está me destruindo.

        - É ruim ver nossa filha sofrer mesmo! E para o Mane também deve ser muito difícil!

        -  Eu não consigo nem me imaginar longe dela! Iria estar destruído!

        - Ia ser bem mais difícil pra você! Porque nós vivemos 24 hs com ela! O Mane via só aos fins de semana, e menos  ainda,quando tinham os  shows...  Mesmo assim é bem difícil!

          - Espero que a Luna não fique triste sempre. - Christopher disse.

         - Ela já está aceitando o bebê, aos poucos ela vai se acostumando com todas essas mudanças...

          - Ela vai se acostumar sim. - ele sorriu.

          Christopher e Maite foram até os dois e desejaram boa viagem para Mane. No momento que ele iria ir embora, Luna se agarrou em seu corpo não deixando ele ir.

         - Por favor pai, fica comigo, por favor... - Luna disse chorando

          - Luna, seu pai vai trabalhar, mas ele volta! - Maite disse. -  Vai ser só por um tempo!

          - Posso ir com ele, mamãe? por favor...

           - E vai ficar longe da mamãe?

           Luna começou a chorar pedindo novamente para o pai ficar. Mane a abraçou de novo, deu um beijo na sua testa e saiu, pois sabia que se olhasse para trás mais uma vez, não teria coragem de ir embora.