Fanfics Brasil - 1 *Pedazos* - Vondy

Fanfic: *Pedazos* - Vondy | Tema: Vondy - Amor - Drama - Ódio - Passado.


Capítulo: 1

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Eu estava no meu escritório, digitando alguns documentos que precisava entregar ao meu advogado na semana que vem, quando escuto leves batidas na porta.


- Entre! – Ordenei me ajeitando em minha cadeira.


- Srtª. Dulce - Maitê minha secretária chamou com a respiração pesada.


- Diga. – Falei a fitando.


- É, bom... – Ela disse parecendo procurar palavras para me dizer o que queria.


- Anda, diga Maitê. – Disse sem paciência.


- Anahí está ai e quer falar com a Srtª. Posso manda-la entrar? – Perguntou firmando a voz.


- Sim. – Disse voltando a minha atenção ao computador.


Anahí era minha irmã mais nova, e só ela conseguia me fazer ceder algo. A única pessoa em quem eu tinha confiança, era ela.


Fiquei alguns minutos pensativa, até que escuto a porta bater, olho e vejo uma Annie séria e com os olhos cheios de lágrimas vindo em minha direção.


- Dul! – Ela correu e me abraçou desabando em um choro de dar lástima. No início eu não correspondi muito bem, fazia tempos que eu não recebia um abraço. Apenas apertos de mão, sempre.


- Anahí, o que aconteceu? – Perguntei realmente preocupada. Ela era a única coisa valiosa que eu tinha na vida agora. Perdê-la seria como perder o resto dos pedaços que ainda tenho em meu coração.


- Eu... Eu estou grávida. – Sussurrou e foi quase inaudível. Mas, ao entender as palavras “Eu estou grávida” que me lembrei de tudo. E automaticamente uma estú.pida lágrima resolveu cair. Rapidamente limpei e retomei a minha expressão séria e fria de sempre.


- Como? – Perguntei segurando suas suaves mãos.


- Poncho e eu estávamos em uma briga daquelas, e como sempre acabou na cama. Estávamos tão excitados que esquecemos a camisinha e acabou acontecendo. Mas o problema não é esse. – Ela voltou a chorar desesperadamente.


- Annie se acalme. Vou chamar Maitê para lhe trazer uma água com açúcar. – Disse pegando o telefone e discando para a secretaria. Rapidamente ela atendeu.


- Precisa de alguma coisa Srtª? – Perguntou.


- Sim. Traga-me uma água com açúcar. – Disse secamente.


- Só um minuto. – Falou logo após desliguei e voltei a olhar para Anahí que agora estava com a cabeça recostada em meu colo. Eu realmente não sabia o que fazer. Há tempos que ninguém me procura para chorar em meu ombro. Menos de cinco minutos depois Maitê entra com um copo com água e açúcar e uma caixinha com lenços.


- Trouxe água e esses lenços. – Disse colocando-os em cima da mesa. – Com licença. – E se virou para sair, mas quando suas mãos chegaram a maçaneta da porta Annie a gritou.


- Mai! – Assim que a chamou a mesma virou-se para olhá-la. – Obrigada. – Sorriu. – Foi muito gentil em trazer esses lenços. Muito obrigada mesmo. – Maitê devolveu o sorriso a Anahí e se retirou.


- Porque a agradeceu? – Perguntei friamente.


- E porque não deveria? – Retrucou indignada com minha pergunta.


- Ela não fez mais que a obrigação dela. – Disse a fitando.


- Claro que fez. Você a pediu apenas água e ela trouxe até lenços. E além do mais eu e Mai somos amigas. – Ela disse limpando as lágrimas.


- Amigas? Desde quando? – Perguntei. Agora já tinha me esquecido do problema de Anahí e só pensava na amizade dela com Maitê.


- Desde que vim aqui pela primeira vez, aquele dia que briguei com a mamãe. – Ela disse, fazendo minha raiva aumentar. Blanca, há tempos que eu não a vejo. Tivemos uma séria discussão sobre Anahí e depois nunca mais nos falamos. Já faz quatro anos. – Mas, mudando de assunto... Dul, eu preciso da sua ajuda. – Vi seus olhos se avermelharem ao lembrar o que teria que me falar. Estava com medo. Eu vi o medo em seus olhos.


- Diga. – Disse.


- Poncho Dul, ele... Ele acha que eu o trai. Mas, não foi assim e me mandou embora, eu não tenho para onde ir. – Vi que estava tentando segurar as lágrimas. Mas, não tinha sucesso. – Ele me bateu. – Sussurrou tão baixo que eu tive que assimilar as palavras. Quando entendi o que disse, meu semblante mudou. Aquele olhar duro e frio, se tornou um olhar cheio de ódio, rancor e tristeza.


Levantei-me e andei de um lado para o outro tentando esquecer as lembranças que vinham em minha mente. Todo aquele sofrimento. Porque? Porque logo comigo? Soquei a mesa e disse.


- Pegue tudo o que trouxe e vá para minha casa. – Eu não demonstrava, mas estava desesperada. A história que Anahí me contou, me fez voltar a mente tudo o que aconteceu como flashes. Eu precisava ficar sozinha.


- Tudo bem. – Ela disse se levantando. – Vai comigo?


- Não. – Respondi seriamente e ela por perceber meu tom de voz naquele momento perguntou.


- Aconteceu algo? – Em seus olhos eu via que se preocupava, mas eu não podia, não podia falar.


- Não aconteceu nada. Agora vá para lá e me espere. Á noite te encontrarei lá. – Disse abrindo a porta para que ela passasse. Vi que abriu a boca para dizer algo, mas logo se calou. Apenas sussurrou um “Tchau” e saiu. Fechei a porta e deixei algumas lágrimas teimosas escaparem. Tudo aquilo estava voltando novamente.


Lá fora...


- Mai, eu estou tão preocupada com a Dul. – Anahí disse olhando para Maitê que estava sentada à sua frente.


- Porque? – Ela perguntou soltando os papeis que segurava em cima da mesa.


- Ela me pareceu estranha quando contei a ela. – Disse lembrando-se da expressão da irmã ao dizer que Poncho a agrediu. – Ela pareceu ficar com o olhar perdido.


- Não deve ser nada. Você sabe que ela é assim, fria e dura com todos. – Maitê disse começando a digitar algo em seu computador.


- Eu sei como é. Mas tive a impressão de que estava prestes a chorar. – Dito isso Maitê soltou uma sonora gargalhada. – O que foi Mai?


- “Mas tive a impressão que estava prestes a chorar” – Ela imitou. – E desde quando Dulce tem sentimentos? – Ela indagou, não sabendo que havia alguém mais a escutando.


+/-


Eu estava limpando aquelas malditas lágrimas que insistiam em cair, e decidi ir buscar um pouco de água. Quando ia abrir a porta, escutei uma voz familiar dizendo.


- Eu sei como é. Mas tive a impressão de que estava prestes a chorar. – Ouvi Maitê soltar uma gargalhada. – O que foi Mai? – Anahí perguntou.


- “Mas tive a impressão que estava prestes a chorar” – Ela imitou. – E desde quando Dulce tem sentimentos? – Ela indagou. Escutei a risada de Anahí e abri a porta. Fingi não ter escutado nada e segui em direção ao banheiro. Adentrei o mesmo, sentei em cima do vaso sanitário e chorei.


Aquilo havia me magoado. “E desde quando Dulce tem sentimentos?”. Tenho sim, e muitos. Apoiei minhas mãos no balcão do espelho me observando.


- Não tenho sentimentos? Assim será. – Dito isso, lavei meu rosto e saí dali. Passei por Maitê e parei.


- Anahí já foi? – Perguntei a observando.


- Sim. Acabou de sair e pe... – Não estava a fim de escutá-la.


- Cale a boca, e volte ao trabalho. – Disse de uma vez a assustando.


Continuei andando e entrei em meu escritório. Lembrei-me de que teria de me encontrar com meu advogado e liguei para a secretaria.


- O que deseja? – Maitê perguntou do outro lado da linha.


- Ligue para Pablo imediatamente e diga-o para ir ao Mülle’r, precisamos resolver um assunto. – Disse séria.


- Sim, só um minuto. – Desligou. Logo depois retornou.


- Ele avisou que há alguns problemas e não poderá ir,...


- Como assim não poderá ir? – Perguntei. Ele era meu advogado e tinha que comparecer quando eu o convocasse.


- Houve alguns problemas, mas ele está mandando um advogado, que também é muito bom Srtª. – Disse tentando me acalmar.


- Ok. Diga-o para ir até lá ao meio dia. – Falei.


- Sim. E o meu almoço? – Perguntou.


- Hoje não terá almoço. Peça comida e fique por aqui, há muito trabalho a ser feito. – Disse dura.


- Dulce, por favor eu pre...


- Cale a boca. Não terá almoço hoje, há muito trabalho a ser feito. Não reclame, pois correrá o risco de perder seu trabalho. Adeus. – E desliguei. Eu estava com ódio. Todas as pessoas eram iguais... (Ou quase todas).


 


“Nem todos são iguais. Há pessoas de todos os tipos no planeta”. 



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Autor(a): Sweetmann*Vondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Eu já havia chegado ao restaurante fazia meia hora e nada do tal “advogadinho eficiente” que Pablo estava mandando. Já estava cansada de ficar ali bebendo aquele vinho horrível e revisando a cada minuto todos os documentos necessários. Mas vinte minutos se passaram e nada desse homem chegar eu resolvi ir embora, deixei o dinheiro do v ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • anne_mx Postado em 06/08/2015 - 22:28:16

    Bom n sei por quais motivos vc parou de postar mais foi uma pena pq a fic é incrivel e eu seria sua leitor fiel se vc continuasse!!!!!!!111

  • amodycaya Postado em 31/12/2014 - 00:38:59

    Ai é uma pena q vc tenha q para a fic pois é uma história mt boa.Mas se vc está com problemas é melhor resolvê-los e espero de coraçäo q td fique bem.Estarei aki esperando q vc volte!

  • candy_telles Postado em 29/12/2014 - 16:02:05

    O que aconteceu com a Dul no passado? Por esses capítulo da para perceber que nem a haver com bebê, amor, e o Rodrigo!Uma cousa inesquecível que até hoje atormenta os pensamentos dela e seus "sonhos", mais ela está errada em mal tartar as pessoas descontando o seu passado nelas que nem sabe de nada, ela já sofreu o suficiente ela deveria dar uma chance para si! CONTINUA!!!!!!

  • sabrina_sassoto Postado em 27/12/2014 - 20:39:32

    Então eu acho que a Dulce estava gravida do Rodrigo, e o mesmo a espancou a fazendo perder o bebê. Acertei ??? Acho que não rs'. Gatita me conta o que aconteceu, não posso ficar ansiosa rs'. Gauta vou divulgar a sua fic na minha, tenho poucas leitoras, mas garanto que são as melhores!

  • sabrina_sassoto Postado em 26/12/2014 - 22:28:01

    Ahhhh Gatita eu fui a primeira a comentar. Tuts Tuts Tuts rs'. O que aconteceu para a Dul se tornar uma pessoa tão marga??? Continuaaa


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