Fanfic: *Pedazos* - Vondy | Tema: Vondy - Amor - Drama - Ódio - Passado.

sabrina_sassoto: Minha primeira leitora.. Ooba *-* ! O que você acha sobre isso? Porque a Dul é assim?

A semana se passou rápido e cada vez mais Christopher ia à empresa Saviñon. Graças à sua competência Dulce havia o contratado como advogado pessoal. Por outro lado, Dulce estava fria mais que o normal. Não autorizava a entrada de Anahí em seu escritório, e só via a mesma quando chegava em casa e já a encontrava dormindo. Estava cada vez mais insuportável para Maitê conviver com a chefe, cada vez mais Dulce a tratava com desprezo. E com Christopher não era diferente. O mesmo tentara várias vezes aproximar-se, mas ela sempre tinha uma dura resposta a lhe dar.

Era uma tarde de sexta-feira, Christopher encontrava-se aguardando Dulce na recepção junto a Maitê a qual já tinha uma boa amizade. Após vinte minutos sentado esperando, Dulce sai de seu escritório e o ordena a entrar. Ele atende, entra e senta-se na cadeira de frente para Dulce. Já não tentava mais aproximações, amizade, etc.. Apenas informava-lhe como tudo estava. Ficaram alguns segundos encarando-se e Dulce finalmente pronunciou-se.

- Como anda os relatórios Sr. Uckermann? – O perguntou enquanto deixava de encará-lo para digitar algo em seu computador.

- Muito bem, Srtª. Aliás, melhor do que eu imaginava. Conseguiremos os 10% de sua mãe, caso a mesma dificulte algo. Iremos recorrem à justiça, sim? – Perguntou enquanto observava algo na papelada que estava segurando. Na verdade ele estava era evitando olhá-la. Não sabia explicar-se, mas a cada dia sua atração por aquela mulher fria o atraia.

- Sem sombra de dúvidas. – Falou por fim, depois de alguns segundos de silêncio.

Dulce tentava evitar as aproximações de Christopher sendo rude. O mesmo vinha tentando aproximação a semana inteira, mas pelo visto já tinha desistido. Era o que ela pensava...

- Sabe Srtª Saviñon. – Ele começou, fazendo-a o fitar. – Já faz uma semana que estou tentando uma aproximação amigável e a Srtª não facilita. – Ele completou com os dedos acariciando o próprio queixo.

- Não estamos aqui para amizades Sr. Uckermann, estamos a trabalho. – Ela respondeu friamente.

- Mas não existem regras em nosso contrato que nos proíbam de ter uma relação amigável. – Ele retrucou.

- Mas já não temos, ora? – Ela perguntou já dando indícios de nervosismo.

A verdade era que Dulce sentia sensações estranhas ao lado de Christopher, e por isso queria evita-lo ao máximo.

- Porque tem este jeito frio com as pessoas? – Imediatamente Dulce travou. O que iria dizer? Não podia conta-lo nada...

- Simples. Sou assim – Uma fria e dura resposta. Outras pessoas acreditariam. Mas Christopher, ele não. Ele sabia que todos a temiam por seu jeito, mas ele não deixaria se intimidar. Se teria de enfrenta-la, assim o faria.

- Eu não creio. – Ele respondeu a fitando. Desta vez, sem sorrisos.

- Como não crê? – Ela tentava ao máximo não demonstrar seu nervosismo. Mas sabia que Christopher já havia notado.

- Simplesmente não posso crer que uma mulher tão linda como você possa ser assim, digamos, naturalmente. – Ele por fim falou após analisa-la. Realmente estava disposto a descobrir esse mistério. E se para isso teria de desafiá-la. A desafiaria.

- Pois então fique sem crer. – Disse secamente. Ela estava começando a se irritar com tal enfrentamento. “Imbecil” – Pensou – Mas não poderia perder sua postura.

- O que de tão mal podem ter lhe feito? – No mesmo instante todo aquele pesadelo volta. Dulce estava tento sonhos e acordava desesperada praticamente todas as noites e Anahí a acalmava. “Porque tudo isso está acontecendo outra vez?” – Pensou ela – Logo veio a sua mente a imagem de um bebê. Lágrimas queriam sair de seus olhos mas ela as impedia.

- Se retire de minha sala... – Ela engoliu em seco. – Por favor.

Christopher após sua praticamente súplica levantou-se e saiu dali rapidamente. O que aconteceu com ela para ficar desse jeito? Lembrou-se de Annie, talvez ela soubesse de algo.

Sabia que a mesma estava no prédio e resolver perguntar a Maitê, que já o olhava intrigada.

-Você viu a Annie? – Perguntou.

- Sim, ela está no banheiro. Enjoos. – Ela disse.

- Ah sim. – Ele respondeu e logo depois sentou-se na cadeira à sua frente.

- Ucker – Maitê o chamou e o mesmo a fitou no mesmo instante. – Aconteceu algo? Precisa de alguma coisa?

- Não. – Ele respondeu. – Obrigado. – A mesma lhe sorriu e voltou a fazer seus trabalhos. Alguns minutos depois Annie volta limpando a boca com as costas das mãos.

- Mai, pode me trazer um café? Não estou aguentando em pé. – Ela perguntou parada em frente à mesa de Maitê.

- Claro. Espere aqui. – Ela levantou-se e saiu de lá. Christopher olhou Anahí sentar-se ao seu lado e o fita-lo.

- Porque esse nervosismo todo? – Ela perguntou.

- Dulce. – Na mesma hora Annie arregalou os olhos. – Eu não sei o que aconteceu com ela. Eu juro que não fiz nada de errado. Apenas a perguntei o que de tão mal fizeram a ela, para se tornar assim. – Ele disse mirando as mãos.

- Acredite ou não, Dulce tem muitos motivos para ser assim... – Ela respondeu agora mirando a parede. – Se você soubesse...

- Ora, então me conte. – Exclamou. Além do aperto que estava sentindo ao identificar que Dulce estava se mostrando frágil, estava curioso em saber o que de tão mal a aconteceu.

Anahí relutou, mas acabou iniciando a contar.

- Á uns anos atrás, Dulce “namorava” – fez aspas – Rodrigo. Ela jurava que o amava... – Foram interrompidos por uma voz que conheciam bem.

- Annie. Entre aqui por favor. – Dulce ordenou da porta de seu escritório. Christopher fitou Anahí e a mesma lhe lançou um olhar como se fosse um pedido de desculpas.

Assim que Anahí entrou, Dulce a olhou por completo. Depois sentou-se em sua cadeira e ficou observando o nada. Annie cansada de apenas observar resolveu chamar a atenção dela.

- Dul... – Ela disse a olhando. Dulce não respondeu, continuou fitando o nada como se não estivesse ali. Annie vendo o estado da irmã se comoveu, sabia o quanto Dulce havia sofrido. Aquela perda. Ela podia jurar que já tinha superado, mas Annie sabia que não. Sabia que talvez ela poderia nunca se recuperar do que houve. Ainda lembrava-se daquele dia, estava guardado em sua mente.

- DUL! – Ela gritava chorando. – Acorda! Por favor... – Ela olhou para suas mãos e viu sangue... – NÃO! NÃO, DULCE, ACORDA!

Parecia que aquilo havia acontecido ontem. As imagens ainda eram nítidas em sua mente.

Fora despertada de seu transe quando ouviu Dulce dizer.

- Nunca mais ouse dizer a ninguém isso está me ouvindo? – Dizia entre dentes.

- Dul, ele gosta de você... – Ela disse tentando acalmá-la.

- Não importa. Eu não quero que ninguém mais saiba e não quero que conte mais nada a Christopher. – Ela dizia. – Estamos entendidas?

- Sim. – Annie disse. Aquela não era a Dulce que ela conhecia. Ela precisava recuperar sua irmã.

- Agora saia. – Apontou a porta para que a mesma saísse. E ela o fez.

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