Fanfic: Ilha do amor (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

Ele sabia que iria se arrepender por está-la seguindo. Seria muito mais inteli­gente deixá-la partir irritada e não vê-la nunca mais.

Mas evidentemente, pensou, levantando o pescoço para ver aonde ela tinha ido, o executivo tinha uma legação a cumprir no testamento. E Anahí era a única pessoa que conhecia e que poderia lhe indicar o para­deiro da misteriosa Perdita que Edith havia mencionado.

Chega. Ele havia se enchido. Poderia se virar sem ela, e Perdita teria que fazer o mesmo sem as quinze mil libras que Edith havia lhe deixado - a não ser que lesse seu anúncio, o qual ele estava obrigado a espalhar sob a forma de cartazes. Ele resmungou. A quem estava enganando? Era Anahí que o estava detendo. Delicada e mesmo assim forte, ela às vezes soltava raios cortantes que nem um laser pelos olhos e pela língua, e tinha uma voz tão suave que acalmava seu cérebro agitado.

O que era mais estranho é que se tratava de uma mulher meio démodé, para a qual Poncho jamais olharia duas vezes se passasse por ela em Londres. Ele gostava mais daquelas que faziam o tipo elegante, de alto nível social, que se vestiam bem.

Sua mente flutuava enquanto pensava no corpo de Anahí. Leve e fle­xível. Incrivelmente sensual a despeito de sua fragilidade...

Não. Esse desejo irresistível de vê-la novamente era muito ridículo. Ele estava voltando para casa e...

Pulou quando uma galinha saiu de trás dos arbustos. Não era uma gali­nha comum - era do tamanho de um peru e sua pele parecia uma espécie de couro rosado. E tinha uma barba negra. Ela o viu, parou surpresa e veio em sua direção.

- Suponho que você também pertença a Edith, certo? - murmurou subi­tamente embaraçado por estar conversando com uma galinha.

Anahí logo iria embora. Todas as galinhas teriam que ser mortas ou vendidas para o mercado mais próximo. Problema resolvido. Jane seria designada para essa tarefa e, com isso, ficaria longe dos aborrecimentos, pen­sou aliviado.

Uma vez dentro de casa, ele subiu para o andar de cima em busca do quar­to principal. Ele não estava interessado em mais nada, só no lugar onde dormiria.

Jane havia pendurado seus ternos e guardado o resto de suas roupas. Ele checou para ver se tinha tudo de que precisava e se acomodou à mesa que ficava perto da janela, onde ela havia colocado o seu computador.

Enquanto esperava ele inicializar, Poncho se livrou do paletó, pendurou-o atrás da cadeira e ficou olhando para a vista do jardim.

Era alto o suficiente para que se pudesse ver o fim da ilha.