Fanfic: Ilha do amor (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

- Veja - dizia ele cuidadosamente -, a casa não era bem o que eu espe­rava. Pois fica dentro de uma ilha... Sim... Bem, suponho que isso seja emo­cionante... Você tem que atravessar uma ponte... Não. Estreita. De madeira, como aquelas nos filmes de aventura...

Intrigada, ela deu uma rápida olhada para Poncho, que parecia surpreso, como se não esperasse que seu interlocutor fosse ficar interessado na compra. Será que era sua ex-mulher? Namorada?

- Mas não tem nenhum cinema por perto, nem lanchonete... - alertou ele, o que fez com que Anahí percebesse que aquele cara estava falando com uma criança. - Barcos? Hã... Sim, há barcos, mas não saberia dizer se... - Fez-se uma longa pausa na qual Poncho ficou escutando tudo atentamente, com o rosto radiante como se o sol tivesse acabado de nascer. - É claro que vou tentar. Deixa comigo. Até amanhã, Sam. OK. Bem cedo, contanto que sua mãe deixe - concordou pleno de uma alegria inesperada. - Sim, eu sei que só vai dar para ficar no sábado. Ela me falou da festa que você tem no domingo. Entendo. Não vejo a hora de encontrá-lo.

Ele não podia acreditar. Sam realmente queria visitá-lo! Embora tenha pensado, com tristeza, que era sem dúvida por causa da ilha e da ponte. Ainda assim, era um começo.

Sorrindo, ele percebeu o olhar curioso de Anahí.

- Era o meu filho - disse ele. - Virá passar o dia amanhã.

- Ele vai ter muita coisa para fazer - respondeu a moça suavemente.

- Você acha? - Poncho parecia perplexo.

- Ele pode montar um acampamento com galhos e coisas do gênero. Mandar você construir uma casa na árvore. Sua imaginação por aqui não terá limites. Brincar de pirata, ilha do tesouro... Oh, este lugar é o sonho de qual­quer menino.

Será que era? Talvez estivesse certa. Lentamente ele fez um aceno com a cabeça, e começou a enxergar as possibilidades. E, de repente, com uma satisfação que fez com que pensasse que talvez tudo aquilo não viesse a se tornar um desastre no fim das contas, ele agiu com uma generosidade incomum.

- Olha - disse ele grosseiramente. - Sei que você precisa ganhar a vida do jeito que for possível. E sei que vai ser difícil encontrar outro lugar para ficar. - Poncho pôs a mão no bolso de trás de sua calça, e puxou a carteira, sem perceber o olhar de espanto de Anahí. Ele tirou um bolo de notas de cinquenta, as deu para a moça, e logo ficou com a consciência tranquila. - Tome. Para te ajudar a se estabelecer num outro lugar.