Fanfic: Ilha do amor (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

- Não, obrigada - agradeceu curta e grossa.

- Pegue! - encorajou-a.

- Não. - disse com dignidade. - Não preciso disso. Talvez seja melhor você ir embora e me deixar aqui arrumando as minhas coisas. Preciso encon­trar outro lugar para ancorar meu barco antes do anoitecer.

- Você é uma mulher teimosa - murmurou, espantado com o fato de ela ter recusado tanto dinheiro.

- Um dia - comentou ela - você vai aprender que há coisas na vida mais importantes do que o dinheiro. A integridade é importante para o meu bem-estar.

- Integridade? - precipitou-se.

- Sim. Dá para você sair, por favor? Você está invadindo o meu barco.

 Agora era ele que estava invadindo`! Mal podia acreditar! Poncho, então, virou-se abruptamente, e voltou para a mansão, muito perturbado pelo valor que Anahí deu para a sua honra.

Irritou-se por se dar conta de que não parava de pensar nela. O fulgor dos olhos castanhos, cheios de desprezo. A boca suave que subitamente pas­sou a ostentar desdém e que estremecia indignidade. O corpo flexível rígido de raiva. E o orgulho. Tanto orgulho - apesar do jeito que escolheu para ganhar a vida.

Ele se acalmou. Talvez fosse tudo que lhe restava, a única coisa que podia conservar sua autoestima. Embora detestasse o que ela fazia Poncho a admirava. Nunca conhecera ninguém como Anahí. E provavelmente jamais conheceria.

Em sua profissão, ela precisava saber como seduzir os homens e fazer com que a desejassem. E com certeza, acertou em cheio com ele. Poncho se contorcia de dor em seus quadris.

Pensou com desgosto que não queria se envolver em seus jogos sexuais. Ela só estava interessada numa coisa: na permissão para poder manter seu bordel flutuante ancorado à ilha.

Estranhamente deprimido, apesar da perspectiva da chegada de seu filho no dia seguinte, ele desceu para a cozinha, pegou uma refeição instantânea, e a empurrou para dentro do forno de micro-ondas.

Ao comer seu conteúdo sem graça naquela casa silenciosa, ele se viu pensando em Anahí e nos bons amigos dos quais ela falara. Para sua sur­presa, ele tentou imaginar como a moça iria se virar sem eles, já que signifi­cavam tanto para ela.

Lentamente ele voltou para a sua mesa no piso superior, andando pesa­damente enquanto se aproximava da janela.

Poncho suspirou. A noite negra e sem luar estava repleta de pequenas luzes brancas e mágicas, que decoravam a trilha que ia até onde estava o barco de Anahí. Era uma bela visão.

Ele abriu a janela. O executivo começou a sentir fragrâncias deliciosas e incomuns.