Fanfic: Fanfic sem Título
PREFÁCIO:
"Impossível!" - diriam alguns. Outros já achariam que meu caso exige um tratamento psiquiátrico com urgência! Mas a maioria diria mesmo que eu deveria estar internado num manicômio. O que houve comigo realmente foge à realidade. Mas está tudo lá, pra quem quiser ver. Você deve estar se perguntando do quê exatamente estou falando! Bem, não sei o que vai acontecer comigo aqui e nem se vou sobreviver a isto. E é por isso que resolvi juntar minhas anotações deste diário; para que se algum dia alguém encontrá-lo, todos possam ter conhecimento do terror que passei bem como comprovar os acontecimentos absurdamente sinistros ocorridos nesta região na qual me encontro. Espero que alguém faça alguma coisa para acabar com esse mal!
O que vou narrar pra vocês pode parecer absurdo, mas foi exatamente o que aconteceu naquele fatídico dia de 13 de Junho - inclusive uma sexta-feira. Se você está lendo isso, é porque não estou vivo mais...
Marcello Leão
Capítulo 1
Pesadelo em Pleno Dia
Adoro viajar! Como sou representante de vendas de artigos esportivos sempre estou com o pé na estrada, viajando pela região. Mas desta vez eu não estava indo para qualquer lugar; eu estava indo para Palmeira do Norte onde eu tinha alguns clientes por lá - bons clientes, diga-se de passagem - e eu já estava rindo sozinho, pois eu sabia que era venda boa na certa!
O céu estava nublado de uma cor cinza escura. O vento frio soprava e enquanto eu dirigia, ouvia na rádio as previsões de chuva para os próximos dias. A estrada não estava muito movimentada e eu achava isso bom. Estava eu curtindo a paisagem naquela viajem tranqüila enquanto minha mente era invadida por pensamentos nos vários assuntos cotidianos.
Foi quando o inesperado aconteceu: o pneu traseiro de meu carro estourou assim sem explicação. Tremendo azar! Nunca havia acontecido comigo. Estacionei no acostamento culpando o dia de sexta-feira 13. Bem que dizem que é um dia de azar; mas eu nunca acreditei nesses tipos de superstições.
Desci do carro e fui ao porta-malas pegar o estepe. Mas eu não conseguia encontrar o macaco e nem a chave de roda - para meu azar. Após algum tempo procurando decidi desistir e esperar que algum carro passasse na estrada para me socorrer. Mas a estrada estava deserta. O único som que eu podia ouvir era do gélido vento que soprava. Eu sentia um clima estranho no ar, um clima tenso. Talvez fosse só a minha imaginação, afinal era dia de sexta-feira 13, e nessa hora, devido ao meu grande azar, eu já estava acreditando em superstições!
Notei um pouco mais a frente no acostamento uma estradinha de chão que levava a uma casinha ao longe, no meio da mata. Devido à demora de um carro passar na estrada, decidi seguir a estradinha de chão e pedir ajuda para os moradores da casa. Eu tinha ainda mais uns 40 minutos de viagem até Palmeira do Norte; mas que agora estava atrasada devido àquele maldito pneu. Entrei no carro e segui a estradinha de terra em uma velocidade bem baixa para não danificar o carro com aquele pneu furado.
Já eram 17:00 e levei um pouco mais de 40 minutos para chegar na tal casa; que por ironia era o tempo que eu levaria para chegar em Palmeira do Norte. Parei o carro logo na entrada e desci. Olhei para o relógio e eram 17:46. Pensei em ligar para meus clientes para avisá-los que atrasaria um pouco, mas meu celular estava fora de área - o que não é nenhuma novidade. Dirigi-me à entrada da casa e bati na porta. Esperei uns breves segundos e nada. Só o silêncio. Bati novamente com mais força, afinal, pensei que os moradores não tivessem ouvido. Mas como da outra vez, ninguém veio me atender. Tive a idéia de ir até o carro e usar a buzina. Buzinei várias vezes e para meu espanto, ninguém apareceu.
Cogitei a possibilidade de então não haver ninguém na casa, mas logo vi que tal possibilidade era remota, pois havia uma caminhonete velha de cor vermelha estacionada na garagem e pude perceber que as janelas da casa estavam abertas. Espiei pela janela e vi que não havia ninguém, o local estava bastante silencioso. Foi quando começou a chuviscar. Dirigi-me à porta da casa xingando o rapaz da rádio que havia feito a previsão de chuva para os próximos dias! Bem, mas eu nunca acreditei muito em previsões, quanto mais de chuva! Girei a maçaneta da porta e para a minha surpresa estava aberta. Entrei meio acanhado para me abrigar da chuva. Caso os donos da casa chegassem, pediria desculpas e explicaria a eles minha situação.
Sentei no sofá e fiquei aguardando. Já estava anoitecendo e eu estava preocupado com meus clientes. Peguei novamente meu celular, mas estava fora de área - é sempre assim, quando mais você precisa nunca funciona! Passei então a reparar na decoração da casa. Era uma casa simples, meio rústica até. Móveis simples e antigos. Na parede havia um relógio de pêndulo, cujo tic-tac já estava me causando certo desconforto. A chuva começou a ficar mais forte e podia-se ouvir os trovões a toda hora. Para piorar a situação, a casa ficou sem energia - talvez por causa da chuva. Fiquei lá, sentado naquele sofá verde, no silêncio perturbador ao som do constante tic-tac e no escuro daquela casa estranha. Confesso que essa situação me deixou com medo, afinal, eu estava sozinho, no escuro, no meio do nada e com uma chuva torrencial com direito a trovões e relâmpagos. Muitas vezes os trovões eram tão fortes que parecia que havia caído no quintal da casa. Não demorou muito para começar a ter goteiras. Sim, a casa era velha e um pouco fria.
Olhei no relógio e eram 20:32. Comecei a ficar com um pouco de sono, mas eu não estava me sentindo à vontade para dormir naquela casa; os donos poderiam chegar a qualquer momento e se vissem um estranho dormindo em sua casa eu poderia ter sérios problemas. Mas a sonolência foi tomando conta de mim. Então resolvi tirar um cochilo de meia hora apenas. Programei meu relógio para despertar às 21:00 e tirei um cochilo.
Continua...
Autor(a): roggerbiancchi
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Capítulo 2O Amanhecer dos Mortos Após algum tempo acordei saltando e assustado. Acordei com um barulho na porta em um dos cômodos da casa. O barulho era como se alguém estivesse arranhando a porta e por vezes, algo batia na mesma. Olhei no relógio e eram 2:16 da madrugada. Meu Deus! Eu havia dormido ...
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