Fanfics Brasil - Terra de Zumbis - Capítulo 2 - O Amanhecer dos Mortos Fanfic sem Título

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Capítulo: Terra de Zumbis - Capítulo 2 - O Amanhecer dos Mortos

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Capítulo 2
O Amanhecer dos Mortos


 


     Após algum tempo acordei saltando e assustado. Acordei com um barulho na porta em um dos cômodos da casa. O barulho era como se alguém estivesse arranhando a porta e por vezes, algo batia na mesma. Olhei no relógio e eram 2:16 da madrugada. Meu Deus! Eu havia dormido tudo isso! Meu coração começou a pulsar mais forte. Minha respiração ficou ofegante e senti um frio na espinha. E aquele barulho que continuava. A casa estava toda escura; a energia não havia voltado. O silêncio permanecia. Logo notei que havia algo de errado, afinal, cadê os donos da casa? A chuva pelo menos havia parado. E o barulho, aquele barulho já estava me dando arrepios. Mas decidi checar.


     Andei até o corredor à esquerda e havia várias portas. Fui caminhando lentamente por aquele corredor escuro e o barulho foi se intensificando. Até que cheguei à porta barulhenta. Com certeza. Era barulho de arranhados. Mas o que seria?


     Levei minha mão tremendo levemente até à maçaneta da porta. Girei, mas logo vi que estava trancada. Foi quando que, num piscar de olhos, a energia voltou e as luzes se acenderam - o barulho havia parado. Ótimo! Voltei correndo para a sala. Não estava querendo ficar nem mais um minuto naquela casa estranha e de certa forma pavorosa. Comecei a acreditar que a casa era abandonada. Mas não fazia sentido; a casa estava toda mobiliada com pertences pessoais e uma caminhonete na garagem. Isso! A caminhonete poderia ser minha salvação. Pensei em algo arriscado: queria usar a caminhonete até a cidade mais próxima para trazer um borracheiro. Na hora não me importei com a audácia. Eu estava ali há tanto tempo e ninguém apareceu na casa.


     Fui até a porta da sala e sai me dirigindo à garagem. Lá fora a escuridão era serrada. Podia-se ouvir apenas sons de grilos e corujas. O vento soprava fazendo um uivo e o cheiro de grama molhada invadia meu nariz de forma marcante. Caminhei atentamente até a garagem, mas para meu azar a caminhonete estava trancada. Eu tinha que procurar as chaves. Voltei correndo para a casa e tranquei a porta. Não estava acreditando que aquilo estivesse acontecendo comigo. Peguei meu celular na esperança de conseguir uma ligação, mas estava fora de área.


     Já eram 3:20 da madrugada e foi então que racionalizei a situação: eu não encontraria um borracheiro nessa hora, então, decidi passar a noite na casa e no outro dia bem cedinho, procuraria as chaves da caminhonete e iria até a cidade mais próxima, ou ainda, se meu celular estiver com sinal seria melhor ainda! Ajeitei-me no sofá da sala e dormi, com as luzes acesas mesmo.


     No outro dia, logo que amanheceu, acordei por volta das 7:20. Ainda não havia ninguém na casa. Comecei a achar aquilo estranho. Eu estava morrendo de fome. Não havia comido nada desde que havia chegado. Fui até a cozinha procurar algo para comer. Na volta, passei em um quarto, um quarto de casal. Em cima de uma mesinha havia uma chave. Parecia ser da caminhonete. Peguei-a e fui até a garagem. Abri a caminhonete, tentei dar partida, mas a caminhonete não funcionava. Tentei várias vezes, mas não ligava. Mais essa ainda para piorar tudo. Fui até o porta-malas na esperança de encontrar um macaco e uma chave de roda e por sorte encontrei. A chave de roda talvez não servisse na roda de meu carro, mas já era alguma coisa! Nesta hora já estava feliz - finalmente eu iria sair daquele lugar estranho.


     Fui até meu carro e com muita dificuldade consegui trocar o pneu. Larguei ali mesmo o macaco e a chave de roda e entrei em meu carro. Dei a partida e funcionou - que ótimo! Porém vi algo perturbador: a gasolina! A gasolina estava na reserva! Como não notei isso antes? Mais uma vez minha maré havia mudado para o lado do azar! E agora? Com a gasolina na reserva jamais poderia chegar nem sequer na cidade mais próxima! Pensei em mesmo assim sair dali, e mesmo que eu ficasse sem gasolina na estrada, eu poderia aguardar um carro passar para me socorrer - na verdade eu não estava mais querendo ficar na casa.


     Foi quando ouvi um telefone tocar. O toque era familiar e de um celular - era o meu celular! Eu havia esquecido meu celular no sofá da sala e estava funcionando! Fui correndo até a casa, mas quando cheguei perto havia parado de tocar. Chequei o número e era de um cliente, que inclusive era amigo meu e que estava me aguardando em Palmeira do Norte. Tentei retornar a ligação, mas estava sem sinal novamente. E pra piorar ainda mais, a bateria já estava acabando.


     Desliguei meu celular para guardar um pouco de bateria no caso de eu precisar quando tiver sinal. Coloquei meu celular no bolso e caminhei em direção à porta quando ouvi barulhos; aquele mesmo barulho da noite anterior, barulho de arranhados na porta. Era um barulho horrível. Mas o que será que era aquilo! Por um momento fiquei ali, parado, fitando a porta de onde vinham os arranhados. Dei alguns passos pequenos para me aproximar um pouco.


-Ei! Tem alguém aí? - disse meio confuso. Mas nada respondeu.
-Olá! Quem está aí? - e mais uma vez não obtive resposta. Foi quando de repente o barulho parou.


     Chega! Não iria ficar nem mais um minuto naquela casa! Saí correndo para fora quando um estouro me chamou a atenção. Parecia muito um estouro provocado por uma arma de fogo. Na hora gelei. Não pude identificar de onde vinha, mas pelo barulho estava um pouco longe. Saí andando em direção da garagem. Passei pela garagem e dei a volta na lateral da casa. Senti um mau cheiro horrível, mas não dei muita importância. Ao longe pude avistar uma casinha. Talvez fosse de lá que vinha o tiro. Será que tinha bandidos lá? Eu é que não iria ficar ali para ver!


     Virei-me para ir até meu carro quando uma visão aterrorizante despertou minha atenção. Era um corpo no chão, debaixo de uma árvore, e ao julgar pela aparência estava ali há dias. Cheguei perto para averiguar e o que vi foi algo extremamente assustador: o cadáver estava todo mutilado, havia sangue por toda a parte, sua cabeça estava praticamente estourada, faltando um pedaço, e seu pescoço estava todo degolado. O mau cheiro era terrível e estava embrulhando meu estômago! Sua barriga estava aberta, como se estivesse toda devorada.


     Aquilo me deixou perturbado! Eu tremia dos pés à cabeça. Sai correndo de lá até a frente da casa. Mas afinal o que significava isso? O que havia acontecido? Será que era o morador da casa? Meu Deus! Nunca tinha presenciado tal cena grotesca. Quem havia feito aquilo com ele? Ou o quê? Algum animal? Senti que ali eu estava em perigo. Por isso, fui correndo para dentro da casa e fui até a cozinha a fim de pegar uma faca, uma faca grande, por sorte achei um facão. Pronto, eu estava armado e me sentia mais seguro.


     Logo que saí pude ouvir um barulho enorme de coisas caindo e vinha do fundo da casa. Nessa hora senti um gelo na espinha. Meu coração disparou. Fui caminhando até o fundo, passei pelo corredor e segui reto. No final havia uma porta. O lugar parecia uma dispensa. Caminhei até a porta e levei minha mão à maçaneta. Girei lentamente - a porta estava aberta. Ao abrir tomei um susto enorme! Havia outro cadáver - de uma mulher - no chão em um estado terrível. Estava todo coberto de sangue. Do lado do corpo havia uma chave, no chão. Aproximei-me lentamente para pegá-la. Quando me curvei, tive a experiência mais aterrorizante e horrível de toda a minha vida! Senti que meu coração estava saindo pela minha boca! Minhas pernas tremiam como vara verde. Eu tremia descontroladamente e só encontrei forças para dar um berro assustador!


     O cadáver grudou em meu braço! Fiz um movimento brusco para que ela soltasse e me afastei; nesta hora a morta estava levantando, ela gemia o tempo todo e seus movimentos eram limitados, ela não conseguia se mover como uma pessoal normal, ela se movia com dificuldades. Meus olhos não estavam acreditando no que viam! A tal mulher veio para cima de mim, pretendendo me atacar. Com a faca em minha mão não pensei duas vezes, esfaqueei sua barriga três vezes.


     Ela caiu no chão e se levantou novamente. Ela então deu um bote em mim, eu a empurrei e saí correndo. Todo o percurso - da dispensa até o meu carro - fui pensando no que estava acontecendo. Afinal o que era esse lugar e por que aquele morto estava vivo! Lembrei dos filmes de terror que assisti, sobre zumbis, mas aquilo é ficção, ou pelo menos era, até alguns minutos atrás!


     Entrei em meu carro e dei a partida saindo em alta velocidade. Olhei pelo retrovisor do carro e vi a morta-viva na porta da casa. Olhei no relógio e já era 13:35 da tarde. Passados 10 minutos o azar mais uma vez me prestigiava - a gasolina havia acabado! Não dava para acreditar. Não agora! Não agora! Saí do carro e fui correndo pela estradinha de chão; eu queria chegar até a rodovia e parar o primeiro carro que se aproximasse. O caminho era longo e dos lados da estradinha era florestado.


     Para meu espanto comecei a escutar gemidos iguais aos da morta-viva na dispensa. Lá na frente pude ver saindo da mata pelas árvores nas laterais da floresta, o que seriam três mortos-vivos. Na hora parei; os três estavam vindo em minha direção. Olhei para os lados e pude ver na floresta mais alguns mortos-vivos caminhando em direção à estradinha de chão em que eu estava. Não podia ser! Isso não estava acontecendo! Olhei para trás e o caminho estava limpo. Foi uma decisão muito difícil, mas resolvi voltar.


     Corri como nunca havia corrido antes! Tinha intenção de usar a casa para me proteger destes monstros. A casa toda trancada não teria perigo; ficaria trancado lá até quando eu pensasse em algo para escapar dali. No caminho, encontrei aquela morta-viva da dispensa. Ela veio velozmente para cima de mim. Corri em direção a ela, saltei e dei um bicudão com meus dois pés bem no seu peito. Enquanto ela caía, eu já levantava rapidamente para continuar correndo. Senti um alívio quando via que estava chegando na casa; logo que entrei já tranquei a porta. Fechei rapidamente todas as portas e janelas da casa e caí no sofá exausto; eram 14:46 da tarde.


Continua...


 



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Autor(a): roggerbiancchi

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Comentários do Capítulo:

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  • marcos00 Postado em 03/10/2009 - 10:25:17

    aaaaa....Q terrrrooorrr.....Ta d+++++++

  • marcos00 Postado em 03/10/2009 - 10:07:09

    hum.....Interessante...Posta +++++++++++++To virando um grande fã seu


    kkkkk


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