Fanfics Brasil - 2 No Ritmo do Amor

Fanfic: No Ritmo do Amor | Tema: Portiñon, AyD.


Capítulo: 2

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Primeiro dia do ano... Tomei um banho e fiquei pensando na vida... Desde que meu pai faleceu, nossa vida não era fácil, tínhamos que ajudar nas despesas da casa... Minha mãe era secretária num escritório de arquitetura, mas, há dois meses estava afastada por motivo doença: estava com depressão... Poncho era supervisor de vendas em uma rede de supermercados... Eu estava no último ano do curso de Ed. Física, em busca de um estágio, e trabalhava na academia da praia no período da tarde. O salário não era grande coisa, mas dava pra gastar nas boates e ainda levar minhas namoradas para passear, olha, quando eu digo namoradas, não me julguem, tá? Prefiro dizer namoradas a dizer “garotas que eu saio”. Bom... voltando ao assunto... Ucker trabalhou como vendedor numa loja de roupas no shopping, mas, seu contrato terminou no dia 31 de Dezembro e ele voltou a elevar as estatísticas dos desempregados, está com a faculdade trancada, devido à dificuldade de encontrar emprego estável hoje em dia. Eu só não tranquei a minha porque sou bolsista numa das melhores faculdades particulares do Rio de Janeiro... Conclusão: não pago nada.


Primeiro fim de semana do ano, mas precisamente Sábado à noite... poncho já estava esmurrando a porta do meu quarto, isso que dá comprar um carro em sociedade com dois irmãos idiotas. Funciona assim: cada final de semana, o carro fica com um de nós, a menos que esse “um” não tenha planos para ele, aí tem sorteio, ou “par ou impar”, no entanto, tem sempre um fim de semana que saímos os três juntos, por isso, hoje eu tinha que agüentar o chato do Pedro me apressando. Coloquei a calça correndo, penteei os cabelos... Peguei uma camiseta qualquer dentro do armário... Coloquei o tênis... Corri pra sala e peguei as chaves do carro que estavam ao lado do DVD. - Eu dirijo – Disse animada... Adoro dirigir. - Nada disso mocinha! – Disse Ucker enquanto roubava a chave das minhas mãos – Hoje não! Você dirigiu da última vez, lembra? - Devolve essa chave seu palhaço! Peguei primeiro – Segurei-o pelo pescoço numa gravata, logo comecei a rir, Ucker havia começado a torturar-me com cócegas na barriga... Isso me faz perder a força. Vocês não perdem não? - Parem com isso já! – Poncho pegou as chaves de Ucker – Vamos logo! Já vai dar meia noite! Eu dirijo e vocês dois podem ir se estapeando no banco de trás, tá legal? - Abraçou Maite que se divertia com a nossa briguinha – Vamos amor – Disse. Isso era injusto, não é? A última palavra era sempre do Poncho. Só porque ele é o mais velho? Ou porque foi ele quem deu o valor mais alto quando compramos o carro? Não, não! Isso não quer dizer nada... Vivemos em uma democracia... Então...Onde está a democracia desta casa? Eu e ucker nunca decidíamos nada!


Chegamos na boate quase na hora do show que Ucker estava ansioso para assistir começar. Ele nem azarou as meninas, ficou só no chopp gelado mesmo. Maite e Poncho sentaram-se em uma mesa, como sempre, não se desgrudavam. Eu? Bom, eu acompanhei o Ucker até o bar e também fiquei só no chopp gelado, a balada não era GLS, portanto, eu não me animo muito para encontrar alguém, às vezes até acontece de ficar com alguma menina, mas, isso é raro... Não crio ilusões. Lá pras duas da manhã... A boate ficou às escuras... Os holofotes foram ligados na direção do palco... As pessoas começaram a se aglomerar na frente dele, a maioria homens, diga-se de passagem. Me enfiei no meio dos marmanjos juntos com Ucker que não escondia a sua animação, parecia uma criança quando vê doce. Porque homem é um bicho tão bobo? Balancei a cabeça no sentido negativo e até sorri com esse pensamento, tendo em casa dois irmãos mais velhos, percebo o quanto essa classe é tola. Disputamos espaço com uns carinhas que pareciam não enxergar de tão bêbados, enquanto uma voz masculina começou a instigar a galera... O DJ trocou a música de suspense por uma totalmente sensual.... Luzes coloridas começaram a girar na frente do palco, depois, quando a moça entrou... Ficou apenas uma luz fraca... O chato era ouvir aquela gritaria masculina ao meu lado. Um saco! Tentei não prestar atenção neles... A stripper estava vestida de médica... Máscara cirúrgica no rosto, jaleco branco até os pés, um estetoscópio pendurado no pescoço... Uma loucura... A mulher erguia o jaleco um pouco acima do joelho toda vez que se aproximava do mastro... Ela rebolava... Brincava com o estetoscópio no pescoço... Quando ela se esfregava naquele mastro e descia até o chão, os marmanjos iam a loucura, e eu também... Putz! Era sensual demais! Eu já estava suando frio... Completamente excitada... A garota virou-se de costas para o palco... As luzes se apagaram completamente, dois ou três segundos depois o holofote acendeu na direção dela...


Apenas aquela luz no ambiente todo... A morena baixou o jaleco na altura do ombro... Balançou aqueles cabelos negros, lisos e vistosos... Ameaçou deixar o jaleco cair, mas, não o fez, balançou o dedo negativamente e virou-se de frente para nós... A luz do holofote novamente se apagou sob o protesto da platéia... Quando voltou... Veio acompanhada de outra mais fraca, num tom vermelho, direcionado para o corpo da mulher tortura, digo, da stripper, aumentando ainda mais a sensualidade dos seus gestos... De repente, a morena exuberante rasgou o jaleco com as duas mãos e deixou a mostra um espartilho vermelho. Que corpo era aquele? Deus do céu! Perfeito demais! Passei a mão pela boca com medo de estar babando... Os homens que estavam a minha volta ficaram em coro: - Tira! Tira! Tira! Pra mim, ela não precisava tirar mais nada... Estava estonteante com aquele espartilho... Ela estava sexy demais... E eu... Bom, eu queria tanto ver aquele rosto, não me lembrava de ter visto uma mulher tão bonita antes... A não ser a moça do Re...veil..lon...putz! Quando eu ia terminando o meu pensamento, ela, digo, a stripper retirou a máscara cirúrgica... Sabe quando você não consegue raciocinar? Fui empurrando os homens que estavam a minha frente... Tentando aproximar-me do palco... A garota começou a tirar o espartilho... Seus seios agora estavam à mostra... Seu corpo moreno exposto, coberto com óleo para que as luzes o deixassem ainda mais em evidência... Ela continuava de calcinha... Se esfregava sensualmente no mastro... Segurava com as duas mãos... Descia até embaixo... Numa dessas decidas, eu já estava na primeira fileira... De frente pro palco... De frente pra ela... Imaginem só! Eu era a única mulher ali... Aqueles olhos verdes fitaram os meus de repente... Bem na hora que ela tirou a última peça de roupa... Ficamos nos olhando por alguns segundos, notei que ela quase perdeu o ritmo da música, olhava-me surpresa... E eu? Bom... não nego que eu estava fascinada, e deveras confusa...


A música terminou, e com ela a performance da garota também... Ela saiu do palco, e uma mulher a esperava com um robe preto de seda... Envolveu-a nele... E logo ouvimos novamente uma música de suspense, e o homem com a voz sensual voltou a usar o microfone, não demorou e outra menina subiu no palco... Empurrei os homens novamente, agora tentando afastar-me do palco... Fui xingada por alguns, pedi inúmeras desculpas pelos pés que eu pisoteei... Depois de muito esforço consegui sair dali... Dei a volta no palco e vi que havia um corredor, no final dele uma porta com dois seguranças da boate mal encarados... Ela foi naquela direção quando deixou o palco, imaginei por dedução... Burlei a corrente que impedia o acesso ao corredor... Aproximei-me como quem não quer nada... Encarei os dois seguranças... - Oi – Disse séria – Boa noite rapazes... Eu quero falar com a Anahi – Apertei o automático. - Não tem nenhuma Anahi aqui dentro não menina! – Disse o mais alto. - Essa área é proibida, sabia? – Disse o outro segurança já apontando a saída pra mim. - Mas... A moça que... Que acabou de entrar aí? - Você não pode ficar aqui! – Alterou-se o mais alto, já ia colocando aquelas mãos todas em cima de mim. - Calma cara! Não precisa empurrar... Já tô saindo. Beleza? – Disse também brava com ele. Eu já estava fazendo o trajeto de volta quando a porta se abriu. Virei-me novamente para aquele local... Vi quando a moça passou apressada pelos seguranças de encontro ao lado oposto ao que eu estava. - Anahi! – Gritei o nome dela... Ela parou na hora... Fui correndo na sua direção... Os seguranças me seguraram, impedindo que eu me aproximasse dela... Anahi olhou pra trás... Fez um gesto para os dois trogloditas e eles na mesma hora soltaram os meus braços – Isso mesmo... Me solta! – Sussurrei, quer dizer, pensei. Enquanto eu ia na direção dela, meus olhos não conseguiam parar de repará-la... Estava tão diferente daquela menina que eu vi no Reveillon, um visual pesado, sabe?


O rosto maquiado... Vestia uma blusa vermelha decotada, uma saia jeans curta, justa... Sandálias de salto alto... Aqueles olhos verdes eram a única referência que eu tinha daquele dia na praia... Parei de frente pra ela... - Não me chame mais assim! – Disse séria... Brava... - Mas... – Fitei-a sem entender. - Meu nome é Samantha! Está me confundindo com alguém – Disse e deu-me as costas... Já ia se dispersando quando segurei o seu braço... Puxei-a... Ela virou-se novamente pra mim... - Te vi na praia... No Reveillon, não lembra? – Apertei o automático – Você ajoelhada na areia... O seu pedido... Você estava com um vestido branco... O show da Ivete! – Podem dizer! Desandei a falar... Mais idiota que isso só o olhar que eu devia estar lançando pra ela. - Olha aqui menina! – Frisou o menina – Esquece que você me viu algum dia na praia, tá legal? – Fitou minha mão que ainda estava presa no seu braço – Pode me soltar? Estou com pressa... Tem um cliente me esperando lá embaixo – Disse erguendo uma sobrancelha. - O que? Cliente? – Fitei-a com medo de pensar o que eu inevitavelmente estava pensando... Soltei-lhe o braço... Fiquei olhando pro chão... Pras paredes... Meio perdida, sabe? Ela caminhou em passos rápidos na direção de uma escadaria que parecia ir de encontro à rua... Me refiz rapidamente do primeiro impacto e fui atrás dela... Desci as escadas em disparada, e vi quando Anahi, quer dizer... Samantha... Ah! Sei lá quem é ela... Bom... Vi quando ela entrou em uma Mercedes prata que nem nos meus sonhos eu pensei em comprar um dia. O carro foi embora... E eu, fiquei como? Completamente atordoada com os últimos acontecimentos, né? Qualquer um ficaria, podem apostar! E sei também que vocês não iriam querer estar na minha pele... Putz! Nem eu queria estar na minha pele nesse instante! Jesus! Parecia um pesadelo! Desde “O Albergue” eu não ficava tão assustada. - A garota de gestos meigos da praia... Que não saia da minha cabeça um só minuto, era uma... Uma... Garota de programa? Isso é sério? Será que ela não podia ser só stripper? É uma profissão tão bonita! – Coloquei as duas mãos no alto da cabeça... Pensei alto, quer dizer falei em voz alta, e um rapaz, digo, uma... Drag queen que estava atrás de mim ouviu, e veio a meu encontro. - Ihhhh!!!! Esquece a Samantha amor – Disse ele, digo, ela... Ah! Como nos referimos a uma drag sem magoar? - O quê? – Perguntei saindo do meu estado de indignação profunda. - Tô falando da moça que acabou de entrar no carro daquele empresário – Colocou as mãos na cintura – Ela se chama problema menina! Quer um conselho? Disse. - Não! – Apertei o automático, achei aquele, digo, aquela...Criatura um tanto doida, sabe? - Mas vou lhe dar... E de graça, o que é melhor – Sorriu debochada, ou seria debochado? – Essa moça é chave de cadeia... Caia fora! E se quer fazer um programinha com ela, saiba que com mulher é bem mais caro. Tá legal? Não fique gastando o seu dinheiro com essas mulheres.


Cacete! Ela, digo, ele... Foi falando, falando... Pra mim, dizia coisa com coisa... Eu estava mais consumida na cena de Anahi, digo Samantha entrando no carro daquele... Empresário? Acho que foi a única palavra que ele ou ela disse, que consegui prestar atenção. - Olha... – Fiquei pensando em como devia me referir a drag sem ofendê-la, né? - Pâmela – Disse simpática, exibindo um sorriso. - Sim... Pâmela... Obrigada pelos toques, mas... Me dê licença... Meu irmão tá me esperando lá... – Apontei a rua, logo mudei de direção e apontei as escadas por onde desci. - Vai lá amor – Disse Pâmela – Te cuida, viu? - Va...Leu – Disse e subi as escadas em disparada. Voltei correndo para a boate... Ucker segurou o meu braço... Eu passei por ele e nem o vi, acreditam nisso?


 


Continua..? :)



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Autor(a): portinon19

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Tá, vou fingir que alguém me respondeu dizendo: vai la, continua!  kkkk :3 ... - Onde você se meteu Dulce? Disse Ucker. - Cara! Você não vai acreditar! – Disse quase sem respirar... Procurei uma cadeira para me sentar... Não encontrei nenhuma, apoiei então as costas na parede mesmo... puxei o ar que me faltava e con ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • dmportinon Postado em 13/01/2015 - 02:48:14

    Ah não para não, posta mais..

  • littleana Postado em 04/01/2015 - 16:57:38

    Posta mais pfvr

  • flavianaperroni Postado em 04/01/2015 - 04:27:05

    Leitora nova. Ó/ Posta mais por favor não pare de postar

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 02/01/2015 - 16:06:32

    Côtinua amoree <3 Quero mais :-) Posta mais!

  • jason Postado em 01/01/2015 - 13:51:09

    não vai postar não?

  • portinon19 Postado em 30/12/2014 - 16:46:03

    Mais tarde vou postar sim girl's hehe. Vou postar a mais.. amanha viajo e dps so dia 2 kk.

  • dyas Postado em 30/12/2014 - 11:04:40

    Aguardando mais capitulos. Continua s2

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 30/12/2014 - 00:15:22

    Vai postar mais amanhã néh? <3

  • portinon19 Postado em 29/12/2014 - 19:53:46

    hahah tenho leitoras o/ dmportinon e dyas, siim esta web é muito linda! Sou apaixonada por ela kk. Anymaniecahastalamuerte.. Eu acompanho a sua e adoro ela! Continue postando ;)

  • dmportinon Postado em 29/12/2014 - 18:17:55

    Já li essa, e é muito boa, que bom que ta postando de novo! Posta mais.


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