Fanfic: Acaso do Destino | Tema: Levyrroni

William sentiu o corpo responder à provocação.

WLevy —Seus olhos — deixou escapar. — Seu cabelo — adoraria emaranhar-se naquelas madeixas sedosas. — Sua boca — acrescentou. Os lábios eram tão carnudos e rosados. —. Seu corpo.... Da cor da pele, o que o levou a pensar em nudez, em erotismo e em luxúria.

Maite enxergou o desejo nos olhos esverdeados e no rubor das faces. Iria para a cama com ele? Um desconhecido; Faltando três semanas para o casamento?

MPerroni —E é só isso de que gosta em mim? Lábios, cabelo, corpo?

Ele sentiu a pélvis latejar. As coisas estavam ficando complicadas. O quanto ele revelou? Revisou suas ações, reações. Acaso confessasse quem era, ela iria se transformar sem pestanejar. E tornar-se-ia a Princesa Perroni. Porém, ele não desejava uma encenação. Queria conhecê-la. Queria suas qualidades e defeitos. A verdade para saber com quem iria se casar. Ou mesmo se deveria casar com ela. Todavia, ponderar a conveniência do casamento não mitigou o desejo. Ele a queria. O corpo palpitava. As calças estorvavam-no. Ela devia ser inocente.... E ele o nobre príncipe...... Mas, tragicamente, nada era o que devia ser.

WLevy — Não — retrucou ele sussurrando ao ouvido dela. — Eu não quero só o seu corpo. Quero a sua alma, também.

Maite acanhou-se ante a crueza da resposta de William. Ele tinha uma voz decidida, e quando declarou que a queria de corpo e alma. ela se sentiu emboscada... E fitá-lo nos olhos foi mais um erro em uma noite repleta de erros. Jamais encarara um homem tão intimamente. Os olhos não eram castanhos como pensara, mas verde, da cor dos bosques perfumados de Londres. Confiantes. Meigos. Inteligentes. Bonitos. Sentiu os lábios recurvarem de admiração, e então músculos imperceptíveis vincaram os cantos daqueles olhos, e ela perdeu o fôlego. Estavam próximos demais. William era corpulento demais. Os calafrios recobriram cada centímetro de pele, arrepiando até os seios, fazendo os mamilos despontarem contra o macio sutiã de renda e seda aparecendo nitidamente na camisa branca transparente. Foi uma reação estranha, e deveras intensa, também.

William se remexeu e encostou o joelho no dela. Maite sufocou ante o calor agudo que a trespassou. Comprimiu as coxas, tentan­do repelir a torrente de desejo. Bastou um toque, e o corpo ficou ardente, instigado. Úmido. Erguendo o rosto, buscou o olhar de William. E não soube se foi a candura oculta nos olhos ou aquela boca carnuda,  mas quis beijá-lo. Quase se desesperou para sugar a boca do belo. Havia tanto que desejava compreender. De que forma os lábios de um homem podem atiçar a imaginação e como seria sentir o sopro suave da respiração dele, torturante contra a pele...

MPerroni —Quer a minha alma? — sussurrou.

WLevy —E isso é muito ruim? Sussurrou ele sensualmente.

Ela não conseguiu evitar. Os lábios curvaram num sorriso largo.

MPerroni — Dizem que o melhor sexo começa pelo cérebro.

William sorriu também. Contudo, não um sorriso bem-humorado. Em vez disso pareceu pronto a declarar guerra.

WLevy —Verdade. O cérebro é o órgão sexual mais relevante. Deve-se usar o cérebro para obter o máximo de prazer.

Ela corou, não só mediante as palavras, mas pela intensidade daquele olhar. Maite ficou tão excitada. Nunca sentiu nada semelhante. Po­rém as sensações fiadoras não eram gentis, divertidas. Eram sensuais. Arrebatadoras.

Fogo e paixão. O que pensou desejar...