Fanfic: Acaso do Destino | Tema: Levyrroni

Ele deslizou a mão coluna acima, para amparar a nuca. Ela rea­giu em cada ponto que a mão dele tocou.

WLevy—  Seu coração disparou - comentou ele.

MPerroni—  Você exerce esse efeito sobre mim.

WLevy—  Aposto que diz isso a todos os homens.

MPerroni—  Não. - Tentou sorrir e fracassou. Em compensação, afagou-lhe o rosto. Ele se encolheu ante o carinho suave embora sem repelir.

WLevy—  Você tem um rosto lindo - sussurrou.

MPerroni—  Não tenho. É comum.

WLevy—  Não há nada de comum em você.

Fitou-a nos olhos, e a boca cobriu a dela outra vez. Oh, como ela adorava a sensação daqueles lábios nos seus. A pressão instigante parecia dizer que um beijo não é só um beijo, mas puro prazer. Então ele intensificou o beijo, afagando a boca com o polegar e uma sensação febril inundou-a. Derreteu por dentro, enquanto os seios arfavam, os mamilos despontavam, incrivelmente sensíveis. A reação dela incitou-o. Os lá­bios de Will tornaram-se ávidos, dominando, saboreando.  Ele estimulou o lábio superior com a língua, e quando os lábios, trilharam o contorno da boca, a carne tenra do lábio infe­rior, e então a face, com a ponta da língua, declarando sem pala­vras que desfrutaria dela segundo os próprios termos. A mão escorregou pelo decote, colhendo um dos seios., Maite vibrou ante o atrito dos dedos no mamilo. Isso a fez ansiar tanto, e o desejo tornou-a confiante. Natural, concluiu, como a primeira vez deveria ser. Avassala­dora. Lasciva. Sexual. E a mão insinuou-se sob a blusa, a palma calorosa no abdome, os dedos leves na cintura fina. Ela tentou rechaçar a vertigem, mas o toque era prazeroso de­ mais.  Quando ele levantou o bojo do sutiã de seda, a pele morna con­tra o seio ainda mais cálido, Maite acreditou que se dissolveria em pura voluptuosidade. Ninguém a tocara assim... Ninguém a fez sentir-se tão indefesa e voraz ao mesmo tempo. Podia imaginar as mãos dele na barriga, nos quadris, entre as coxas. Talvez doesse, refletiu, mas talvez, não, e se doesse, seria ótimo assim mesmo. Com ele. Com alguém tão sensual como William Levy. De súbito, Will impeliu-a com firmeza para a beira da cama. Aturdida buscou apoio, a cabeça girando. Will postou-se sobre ela, silencioso, atento, a eletricidade tangível. Ela viu a intempérie de paixão nos olhos verdes. Ele ofegava, e os lábios impetuosos esmagavam os seus. Abruptamente, beijou-a com alento, um beijo ardente, que a possuiu por inteiro. E enquanto a língua explorava a sua boca, ela desejava capturar as fogosas estocadas. O beijo fez ela pensar no corpo rígido sobre o dela, dentro dela.

WLevy— Tire a roupa.  ordenou rouco.

A ordem, tão direta, deflagrou sensações em todos os pontos.

MPerroni— Agora? - soluçou Maite.

Ele ajeitou-se em cima dela. e o sombrio olhar esverdeado despiu-a inteira.

WLevy— Sim.

Ela queria isso, lembrou, queria descobrir a vida. Com o coração retumbante, alcançou as tiras da blusa amarrada nas costas. Sentiu o olhar dele, a intensa concentração. As mãos vacilaram, ao esforçar-se para desfazer o nó. Os segundos se arrastaram. O olhar dele tornou-se implacável. Flamejante. Enfim, desatou o nó e tirou a blusa. Ele não falou nada.

Maite corou, acanhada de jeans e sutiã meia-taça. O jeans, lembrou. E erguendo-se, quase esbarrando em Will, abaixou o zíper e, arfante, despiu o jeans. Que se uniu à blusa aos pés da cama. Maite vestia uma lingerie muito singela de seda - calcinha branca, su­tiã branco. E nos cândidos trajes de baixo, sentiu-se ainda mais nua. Espiou Will, não viu nada de encorajador no seu rosto. O que ela estava fazendo aqui? Entregando a virgindade a William Levy para evitar concedê-la a Max, Príncipe de Milão, Conde de Veneza, seja lá qual fosse o título. Não vou casar por amor, lamentou. Max sequer tentou me conhecer. Em vez disso enviou um secretário qualquer ao palácio, para me inspecionar de cima a baixo, e cuidar que eu assinasse a papelada. Papelada. Sou uma noiva contratada. Uma princesa ba­rata. Uma pechincha. Estava furiosa com ele, por julgar correto invadir o mundo dela, sem ao menos perguntar cara a cara se gostaria de se casar com ele. Custaria tanto assim ao Príncipe Max tirar um dia de folga para conhecer a futura esposa? Mais de uma vez ela pediu ao avô que providenciasse o encontro, antes do noivado ser anunciado, mas o avô argumentou que o príncipe era ocupado, e que deveria confiar nele. É um bom homem, retrucou, exato o que você e Londres precisam.

A raiva quase asfixiou a paixão.

Exceto a avó, todos presumiam que fosse igual a Dul e a Anne, para quem o dever representava tudo. Mas o dever era a última coisa com que se importava. Em contrapartida, amava a música. De todo coração. Quando cantava, tocava guitarra, não era uma princesa despojada. Sentia-se capaz. Bonita. Se Londres possuísse atividades econômicas mais fortes — como petróleo, ou exportação — poderia casar-se com quem bem enten­desse.