Fanfic: Acaso do Destino | Tema: Levyrroni
O Mordomo acompanhado da jovem aia fizeram uma reverência à porta do aposento de Maite.
Mordomo— Ele chegou, Alteza. Ele Chegou. O Príncipe Levy está a aguardando com o seu avô.
MPerroni— Obrigada. Descerei logo. Maite se acovardou.
Por que esperou até o último minuto? Por que não contou logo ao avô?
Mas preferiu contar na presença do Príncipe Levy, para evitar mal-entendidos.
Maite respirou fundo, ensaiou as palavras novamente. Não haverá casamento, vovô. Não posso desposá-lo, príncipe. Talvez brigassem com ela, contudo o sermão do avô não adiantaria.
Não era mais criança. E não passaria o resto da vida tentando fazer todo mundo feliz.
Uma última noite com William a fez compreender que, por mais que desejasse ser como Dul e Anne, fracassaria. E talvez ambas aceitassem os casamentos, mas ela não.
Pois não casaria com alguém que a via como simples meio de alcançar um objetivo. Não, ela queria um homem igual a William. Sexy, forte, apaixonado.
É agora ou nunca, resolveu, vislumbrando-se no espelho da penteadeira - o vestido longo de crepe branco e um singelo pingente de ouro no cordão em torno do pescoço e, presos em um coque, os cabelos não mais castanho-escuros, mas de uma tonalidade luminosa em cor mel. Tal qual o avô apreciaria vê-la — bonita, dócil, todavia não se sentia dócil. E sim armada para a guerra.
Maite tentou acalmar-se, e contemplou um porta-retratos na penteadeira. A mãe, no ano em que ganhou o disco de platina. Na foto, a mãe, muito chique na cerimônia de premiação, aparentava ter o mundo a seus pés.
Maite a invejava. Você teve sorte, mamãe, pensou. Você teve tudo.
Desceu a escadaria, evitando pensar. Hoje era a festa do avô, e todosos amigos e entes queridos compareceriam, incluindo Max Levy.
E julgou irônico que ele esperasse até a festa — duas semanas untes do casamento — para conhecê-la. Que noivo apressado.
Com tardia convicção, decidiu que jamais desposaria Max.
Se não houvesse dormido com William...
Contudo, não foi o sexo que mudou sua opinião, foi William. Gostava dele. De verdade, Will fizera amor tão intensamente, que nunca esqueceria tamanha paixão.
Adentrando o Salão da Rainha, o menor dos três salões de baile do palácio, os tabiques de madeira branca e a coroa reluzente em contraste com as paredes azul-cobalto, Maite perscrutou o recinto à procura do avô.
Avistou-o. Desacompanhado. E sentiu um aperto no coração.
Os cinco esplêndidos candelabros venezianos orlados com cristais azuis cintilavam sobre o Rei Remi Perroni, de fraque e com o cabelo ralo penteado para trás, realçando a face ainda encantadora.
Seria o segundo aniversário sem a avó.
Maite engoliu em seco e, ao avançar na direção dele, a multidão se dispersou e percebeu que se enganara.
Ele não estava só.
Maite petrificou, incapaz de dar outro passo.
O avô estava perante o magnífico quadro - o quadro favorito da avó -, prestando atenção em um dos convidados. Não discerniu o rosto, só que o convidado era alto - muito alto - e Maite sentiu o sangue gelar.
Somente um homem transpirava tamanho poder. Restou-lhe apenas admirá-lo, perplexa.
Fizera de tudo ao seu alcance para esquecer William Levy e aqui estava ele, à vontade com o avô.
Talvez fosse outra pessoa, ponderou, arrepiada. Talvez possuísse o cabelo e postura idênticos, pois havia muitos convidados elegantes. Sofisticados.
Ande logo, ralhou consigo mesma.
Aproximou-se do avô, viu-o sorrir, o convidado virar-se e o choque inundou-a em ondas.
MPerroni— William?
Era Will, e olhava para ela, calado.
Que confusão! Obviamente já sabia quem ela era e, a julgar pelo silêncio sepulcral, estava furioso.
Rei Remi— Maite, adorada. — O avô atraiu o olhar dela.
Apoiava-se com dificuldade na bengala, porém com os olhos sorriam.
MPerroni— Feliz aniversário, vovô - sussurrou.
Rei Remi— Obrigado, querida. E, Maite, deve saber quem temos aqui.
Sim, pensou, controlando a palpitação enlouquecida, sabia. Ele estava lindo, de trajes formais, a camisa branca em deslumbrante contraste com a pele.
E, sem pestanejar, lembrou o modo como a beijou, como a tocou e como ela ardeu em chamas.
Por isso não pode desposar Max, refletiu. Você entregou o coração a Will, mas quem deveria estar ali era Max e não William. Não que ele se mostrasse muito feliz ao vê-la.
Rei Remi— Ela é linda, não é? - elogiou o avô.
WLevy— É mesmo, ela é muito linda. - concordou Will, e seus olhares se encontraram.
Aturdida, desviou os olhos. Por que parecia contrariado? Foi ele quem disse que era só sexo, e ela assentiu. Sem exigências...
Os dedos crisparam-se instintivamente, o espalhafatoso anel de noivado incomodou. Será que vovô sabia da noite com Will?
Não, concluiu. Do contrário não estaria exultante. Era tão antiquado quanto a própria água-de-colônia.
Um garçom surgiu com uma bandeja de prata.
Rei Remi— Ah, excelente - comemorou o avô. - Champanhe. - Apanhou uma taça, ofereceu outra a Maite, uma terceira a Will. Brindemos ao feliz regresso de minha neta. Eu não podaria pedir um aniversário melhor.
MPerroni— Obrigada, vovô.
Encontrar William nessa situação foi cruel.
Queria reencontrá-lo, mas não enquanto fosse noiva de Max.
Rei Remi— Pronta para o casamento? - indagou o avô.
MPerroni— Vovô - engasgou, corada.
Ele não demonstrou ouvir.
Rei Remi— Só faltam duas semanas.
MPerroni— Por favor, agora não, vovô.
Rei Remi— Não fique nervosa. O Príncipe sabe que é inexperiente...
Agarrou-o pelo braço, interrompendo-o. O avô encarou-a. Que foi?
Ela não conseguiu falar. —Tudo bem, querida. Toda noiva fica nervosa...
MPerroni— Precisamos conversar vovô- desabafou. - Quero conversar com você e o príncipe juntos, mas como ele não está presente...
Rei Remi— Que está dizendo, Maite?
MPerroni— Que não posso desposar o Príncipe Max. Não sem sentimentos pois eu não o amo...
Rei Remi— Ora, claro que não tem sentimentos por William Levy, pois acabaram de se conhecer.
MPerroni— O Sr quer dizer Max - corrigiu ela.
Rei Remi— Quem é Max?
MPerroni— O príncipe. Maximiliano.
Rei Remi— Não existe Maximiliano ou Max nenhum minha filha, só William ou seja príncipe William Levy.
MPerroni— Quê?
De súbito ela não conseguia respirar.
Rei Remi— E haverá casamento sim - persistiu ele.
Impossível... Will não era Max...
MPerroni— Não estou me sentindo bem - avisou, trêmula.
O avô não escutou; e propôs outro brinde.
Rei Remi— Ao futuro.
Ele sempre desligava o aparelho auditivo nas festas, mas o gesto pareceu perverso, considerando as circunstâncias.
WLevy— Ao futuro – William que estava calado arremedou o Rei, erguendo a taça.
O futuro dela...
MPerroni— Estou me sentindo... — Calou-se, e seguraram-na pelo cotovelo.
WLevy— Tonta? - A ríspida voz masculina completou. A voz de Will.
MPerroni— Sim. O toque abrasou-a, tão familiar quanto doloroso. Perdeu o controle dos dedos dormentes. A taça de prata quicou no chão, o champanhe jorrou. — Sinto muito. - Maite apanhou um guardanapo, se ajoelhou e pôs-se a enxugar a poça no piso de mármore.
O avô cutucou-lhe as mãos com a bengala.
Rei Remi— Os criados cuidarão disso.
MPerroni— Alguém pode escorregar - balbuciou. Ai meu Deus...
Will tomou-lhe a mão, e ergueu-a não muito gentilmente.
WLevy— Vai sujar o vestido.
O vestido branco era a última das suas preocupações.
MPerroni— Você sabia que eu era a sua noiva? gaguejou ela.
WLevy— Lógico. Seduziu-a sabendo que seria sua esposa. Usou-a como se ela não fosse nada. Ninguém.
MPerroni— Confiei em você. Pensei...
A bengala do avô golpeou o piso impacientemente.
Rei Remi— Fale alto, querida, sabe que não escuto bem.
WLevy— Perdoe-nos, Majestade. - Will elevou a voz, mantendo o tom respeitoso. - Mas a princesa expressava seu constrangimento. Alega que não me reconheceu em Nova Orleans.
Rei Remi— Não reconheceu? - repetiu o rei, intrigado.
WLevy— Sim, Majestade. Não reconheceu que eu era... o seu príncipe.
O queixo de Maite caiu. — Mas você contou que nos encontramos em Nova Orleans.
Perguntou William com sarcasmos.
MPerroni— Não! Eu não sabia quem era você.
O Rei Remi voltou se para Maite.
Rei Remi— Faz apenas uma semana. Como não se lembra dele?
MPerroni— Eu...lembro.
Rei Remi— Então qual é o problema?
WLevy— Só está emocionada em me ver- argumentou Will, sorrindo com deboche. - Talvez a princesa e eu necessitemos de algum tempo a sós.
Um calafrio percorreu-lhe o corpo. Depois do sofrimento que lhe causou? Nunca.
MPerroni— Discordo - retrucou. - É aniversário do vovô...
Rei Remi— Tolice. - O avô bateu a bengala. - Saiam, tomem ar fresco, mas voltem quando o jantar for servido.
O príncipe William Levy é meu convidado de honra.
E o avô deixou-a sozinha com Will.
Autor(a): maralevyrroni
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WLevy— Surpresa? - murmurou com sarcasmo Will, afinal. MPerroni— Odeio você. WLevy— Não me odiou na cama. MPerroni— Cretino. Você disse que era William Levy Gutierrez... WLevy— E sou. MPerroni— O que aconteceu com Maximiliano? WLevy— Como seu av& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 34
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silveria27 Postado em 23/11/2016 - 11:31:09
Puxa! Gostaria tantobque vc terminasse essa fic
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crisjhessi Postado em 03/05/2016 - 01:05:13
eiiiiiiii sumida vai terminar não?
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marcellabeorleg Postado em 30/03/2016 - 11:09:00
Poxa tem muito tempo que ela nao posta sera que ela esqueceu a senha ou o login?
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pansterperroni Postado em 19/07/2015 - 12:35:42
CADE VC FLOR?
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ikemy Postado em 25/05/2015 - 19:16:50
Continua!!!
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pansterperroni Postado em 21/05/2015 - 02:21:18
Continuaaaaa
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Quesia Levyrroni Postado em 01/05/2015 - 11:24:57
ai to anciosa continua quero ver o que a may vai responder
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silveria27 Postado em 21/04/2015 - 18:20:32
Fico super feliz em ver que voltou a postar.
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jessmariana Postado em 13/04/2015 - 19:35:56
Ainda bem que vc volto eu amei os capitulos :-) continua!!!!!
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cats_levyrroni Postado em 12/04/2015 - 17:59:17
Ainda bem q voltou já estava morrendo d sdds e de curiodade tmb!! Loquinha para saber o q acontecerá nos próximos cap e espero q n demore para postar pq n quero ficar mais ansiosa do q antes, acabou numa parte bem interessante só quero ver o q vai rolar nessa conversa