Fanfic: Acaso do Destino | Tema: Levyrroni

WLevy—  Surpresa? - murmurou com sarcasmo Will, afinal.

MPerroni— Odeio você.

WLevy—  Não me odiou na cama.

MPerroni— Cretino. Você disse que era William Levy Gutierrez...

WLevy—  E sou.

MPerroni— O que aconteceu com Maximiliano?

WLevy—  Como seu avô explicou, não existe Maximiliano ou Max nenhum.

MPerroni— Mas...

WLevy—  Engano seu.

MPerroni— Inacreditável.

WLevy—  E o título de Príncipe Max? Foi só uma omissão conveniente?

Você não sabia meu nome. Não julguei de bom-tom enfiá-lo pela sua garganta abaixo.

MPerroni— Ah, por favor! Você é um cafageste.

WLevy—  Por favor o quê, bella? O que o seu coraçãozinho deseja agora?

A raiva carregava uma entonação sexual, evocando a paixão entre ambos.

Estava testando, seduzindo-a como em Nova Orleans.

E, engraçado, até ontem a perspectiva de se casar com Will a entusiasmaria, mas agora era diferente. Ele traiu sua confiança.

MPerroni—  Não vou casar com você.

WLevy—  Não seja boba.

MPerroni—  Boba? Vou dizer o que é bobo. Nós dois. Acabou. O noivado. O casamento. - Segurou o anel, tentou tirar os extraordinários diamantes cercados por rubis do dedo. – Pra mim Chegaaaa.

A mão dele cobriu a sua.

WLevy—  Deixe isso aí.

MPerroni—  Não. Você me enganou. Me deixou acreditar que...

Ele apertou seus dedos e, segurando firme, puxou-a para si, a ponto de lograr sussurrar-lhe ao ouvido.

WLevy—  Que tudo foi lindo e maravilhoso? Que você foi sexy e insaciável na cama?

MPerroni—  Fale baixo. - As lágrimas pendiam dos cílios. Não podia chorar em público.

As pessoas observavam, e Will sequer sorriu para disfarçar.

WLevy—  Como o seu avô disse, precisamos de ar.

E Will arrastou-a consigo pelo salão abarrotado em direção ao terraço.

A noite estava morna e, logo que pôde, Maite rechaçou-o.

MPerroni—  Não pode me obrigar. O casamento é arranjado.

 WLevy—  Justo como o sexo.

 MPerroni—  Ah, que golpe baixo.

O que aconteceu naquela noite não importa.

WLevy—  Não?

MPerroni—  Foi só... uma... exceção. Não acontecerá novamente.

WLevy—  Acho que está confusa, Maite... Lupi... seja lá quem for. Porque era você e eu em Nova Orleans. Você e eu na cama.

MPerroni—  Não. Você era um desconhecido. Alguém inofensivo...

WLevy—  Inofensivo? Bella, decerto não me conhece.

MPerroni—  Não me ameace.

WLevy—  Não estou ameaçando. Ainda.

Deus, como era ingênua, pensou Will, vendo Maite esquivar-se, debruçando-se na sacada de pedra.

Nem sequer imaginava o que ele passou na última semana. O primeiro impulso foi pegar um avião, exigir-lhe explicações. Po­rém sabia que era temperamental demais. Que precisava de um tempo, e ela, também.

Mas cansou de ser paciente.

Lupi quebrou todos os tabus, e precisava compreender o por­ quê.

WLevy— Você dormiu comigo.

MPerroni—  Você reparou?

WLevy—  Quero uma resposta séria. Por que dormiu comigo?

MPerroni—  Porque quis.

WLevy—  Não é suficiente.

MPerroni—  Que pena! É tudo que conseguirá.

WLevy—  Errado - murmurou ele. - Já consegui mais. A ultima coisa que nunca desejou me dar. - Ela enrubesceu. Sabia que estava encurralada.  —  É isso que chateia você, não é? - continuou. - Pensou estar liquidando a virgindade por aí, mas entregou-a a mim. Justamente a mim Seu noivo, seu príncipe, Bella.

MPerroni—  Então cometi um engano. —  Por quê? Por que eu?

WLevy—  Nunca teve intimidades com outro homem.

MPerroni—  Não se mostre tão espantado. Você me viu na boate. Viu as calças de couro, a maquiagem pesada. Me viu cantar e entendeu o que quis — que eu era suja. Rodada - e não pouco, mas um bocado. E errou feio.

Os olhos fulminavam, revelando a mágoa e a ira. — Nunca fui promíscua. Curiosa, sim. E por isso dormi com você. Grande coisa.

 Com os cabelos presos na nuca e o pingente dourado entre os seios, Will julgou-a semelhante à mitológica deusa Diana, ultrajada ao ser flagrada banhando-se por um caçador. A deusa ti­nha um gênio infernal.

WLevy—  Grande coisa - arremedou, momentaneamente solidário aos mortais que enraiveceram a bela Diana.

MPerroni—  Vá embora - bradou Maite.

WLevy—  Não vou a lugar nenhum até resolvermos isso.

MPerroni—  Resolver o quê? Que foi o primeiro homem a dormir comigo? Que eu não queria casar virgem? Ora, já sabe de tudo.

WLevy—  Por que não quis mais ser virgem? Você não é, é? Perguntou com sarcasmo.

MPerroni—  Óbvio que não. Respondeu ela furiosa.

WLevy—  Exato. Jamais acreditaria que fosse tão inexperiente.

Tudo entre am­bos pareceu tão espontâneo.  Como se fosse feita para ele.

Maite foi irreprimível, fascinantemente sensual na própria inocência.  Mostrou-se tão cúmplice...

—  Não se dorme com um homem sem contar uma coisa dessas.

MPerroni—  Eu não sabia que devia fazer um anúncio solene. Obrigada, Will.

Não cometerei gafes da próxima vez.

WLevy—  Da próxima vez você não será mais virgem.