Fanfic: Acaso do Destino | Tema: Levyrroni

Os últimos 11 meses deixaram Maite mais forte. Mais determinada. E faria o que fosse ne­cessário. Assim que regressasse. Contudo ainda restava um dia de liberdade, mais uma noite encar­nando Lupi, a mulher, e não Maite a princesa. Então Will ergueu a pró­pria taça em um brinde.

WLevy —Saúde — disse ele, tilintando a taça na dela.

Contemplando o enigmático, sensual Will Levy, Maite cogi­tou se ainda encontraria o romance que a faria suportar anos de relações conjugais insossas.         E ela queria fogo. Sexo. Paixão.

MPerroni— Saúde — sussurrou, levando a taça aos lábios, sabendo que a avó reviraria no túmulo. Desculpe, vovó, pensou Maite, mas necessito desta noite. Ne­cessito de algo tão intenso de que me lembre para sempre. Algo só meu, que ninguém possa tirar de mim. Podia escutar o nhenhenhém da avó às suas costas. Só as tolas brincam com fogo, ela costumava dizer, e não esqueça o que a cu­riosidade causou ao pobre gatinho... Cuidadosa, abaixou a taça, e, ao depositá-la na mesa, Will apoderou-se da sua mão esquerda.

Ela estremeceu. Ele fitou-a nos olhos e concentrou-se na mão outra vez. Por um longo momento simplesmente inspecionou os dedos.

 WLevy— Nenhum anel? - indagou enfim, segurando firme.

O calor explodiu dentro dela.

MPerroni— Não sou casada.

WLevy—  Mas já recebeu propostas?

Maite amaldiçoou a pontada de remorso. Sabia que jamais fica­ria sentada ali se encontrasse o Príncipe Max. Max parecia um faz de conta. Príncipe milionário e misterioso aceita desposar princesa falida... Contudo por que nunca tentou encontrá-la? Ele foi a Londres. Inspecionou o futuro reino, o palácio,  mas nunca se preocupou em apresentar-se. Nunca se importou com ela. Apenas tinha deixado um anel de noivado, mais ela nunca usou. Cabisbaixa, Maite enrubesceu.

MPerroni— Não ligo muito para jóias.

Will apertou seus dedos com mais força.

WLevy— Não está namorando, está?

O instinto de autopreservação avisou para ser prudente, muito prudente. Notou a impetuosidade no semblante dele. Estava zangado. Mas por quê?

MPerroni— Ora, eu paquero de vez em quando.

Ele soltou-lhe a mão e ligeira ela cerrou o punho, tentando es­quecer aquele toque, quente como uma língua de fogo.

Por que o toque da mão dele fez com que desejasse mais calor, mais emoção? Talvez... talvez fosse ele... Os olhares encontraram-se e ela discerniu algo naqueles olhos que a inundaram de calor novamente.  Ele a desejava. Era loucura. Absurdo. Mas talvez fosse o homem certo. Que tomaria sua virgindade, dar-lhe-ia experiência, permitindo que não entrasse no casamento como uma noiva ignorante.