Fanfic: ♥O Duque e Eu♥(Adaptada) | Tema: Vondy

Quando anoiteceu, quase se tinha convencido de que ele não fizera nada de mau. Quase. Tinha aceitado este matrimônio sabendo de que romperia o coração ao Dulce, e nunca tinha gostado daquilo muito. Queria à Dulce. Demônios, possivelmente a queria mais que a qualquer outra pessoa que tinha conhecido, e por isso se mostrara tão resistente a casar-se com ela. Não queria destroçar seus sonhos. Não queria privá-la da família que ela tanto desejava. Preparou-se para afastar-se de seu caminho e ver como se casava com outro, alguém que pudesse lhe dar uma casa cheia de filhos.

De repente, estremeceu-se de cima abaixo. A imagem do Dulce com outro homem não era tão suportável como o tinha sido há um mês.

Claro que não, pensou, tentando utilizar a parte racional do cérebro. Agora era sua mulher. Era sua.

Agora tudo era diferente.

Sabia o muito que queria ter filhos e se casara com ela, sabendo de antemão que não ia lhe dar nenhum.

"Mas - se disse a advertiu." Ela sabia perfeitamente onde se metia.

Christopher, que tinha passado o dia em seu escritório, brincando com aquela estúpida pedra, de repente se levantou. Não a tinha decepcionado. Não era assim. Havia-lhe dito que não teriam filhos e ela, ainda assim, tinha aceito casar-se com ele. Entendia que pudesse zangar-se um pouco ao saber as razões, mas não podia dizer que tinha aceitado o matrimônio com falsas esperanças ou expectativas.

Levantou-se. Já era hora que tivessem outro bate-papo, desta vez a instâncias suas. Dulce não tinha descido para jantar e o tinha deixado sozinho, em silêncio, com o único ruído do garfo contra a porcelana da baixela. Não tinha visto sua mulher desde a primeira hora da manhã; muitas horas.

Dulce era sua mulher, disse-se. Deveria poder vê-la sempre que lhe desse vontade.

Foi pelo corredor e abriu de par em par a porta do dormitório ducal, totalmente preparado para lhe dar um bom sermão sobre algo; estava certo de que o assunto lhe ocorreria quando começasse a falar, mas não estava ali.

Christopher piscou várias vezes, incrédulo. Onde demônio estava? Era quase meia-noite. Deveria estar na cama.

-Dulce? - gritou, dirigindo-se ao quarto de vestir. - Dulce?

Não houve resposta. Não se via luz entre o chão e a porta. Era impossível que trocasse às escuras.

Abriu a porta. Tampouco estava ali.

Christopher tocou o sino. Muito forte. Então, saiu ao corredor para esperar ao criado que tivesse tido a má sorte de responder a sua chamada.

Foi uma das criadas, uma garota loira e miúda cujo nome não recordava. Olhou-o no rosto e empalideceu.

-Onde está minha mulher? - gritou.

-Sua mulher, senhor?