Fanfic: ♥O Duque e Eu♥(Adaptada) | Tema: Vondy

-É Dulce? Está doente?

Christopher levantou a cabeça de repente.

-Que eu saiba, não, Por quê? Parece doente? É que há...?

-Não, está bem. -Os olhos de Alfonso encheram-se de curiosidade-. Christopher - disse, ao final-, o que está fazendo aqui? É claro que a quer. E, por muito que me custe entendê-lo, ela parece que também o quer.

Christopher apertou a têmpora com os dedos para tentar aliviar a dor de cabeça que parecia persegui-lo.

-Há coisas que não sabe - disse, afinal, fechando os olhos pela dor. - Coisas que não entenderia.

Alfonso ficou calado um bom tempo. Ao final, quando Christopher abriu os olhos, Alfonso se levantou e se dirigiu para a porta.

-Não o obrigarei a voltar para Londres - disse, em voz baixa. - Deveria, mas não vou fazê-lo, Dulce precisa saber que volta por ela, não porque seu irmão mais velho lhe tenha posto uma pistola nas costas.

Christopher esteve a ponto de dizer que foi por isso que se casou com ela, mas mordeu a língua.

Não era verdade. Ao menos, não de todo. Em outras circunstâncias, teria se ajoelhado frente a ela lhe rogando que se casasse com ele.

-Sem embargo - disse Alfonso-, deveria saber que as pessoas estão começando a falar. Dulce voltou para Londres sozinha, apenas duas semanas depois da rápida cerimônia. Está-o levando com boa cara, mas deve ser doloroso. É certo que ainda ninguém lhe aproximou e a insultou, mas todos temos um limite na hora de suportar a compaixão de outros. E essa maldita Whistledown esteve escrevendo coisas sobre ela.

Christopher franziu o cenho. Não estava há muito tempo na Inglaterra, mas lhe bastava para saber que a fictícia lady Whistledown podia provocar grandes dose de dor e angústia.

Alfonso, aborrecido, amaldiçoou.

-Veja o médico, Hastings. E depois volte para sua mulher - e se foi.

Christopher tirou o envelope e ficou olhando um momento antes de abri-lo. Ver Alfonso lhe tinha causado muita impressão. Saber que tinha estado com Dulce o fez estremecer-se de dor. Maldita seja. Não sabia que ia sentir sua falta.

Entretanto, isso não queria dizer que não estivesse zangado com ela. Tinha-lhe roubado algo que ele nunca tinha querido lhe dar. Ele não queria filhos. Havia dito. Dulce se tinha casado com ele sabendo-o.

E o tinha enganado.

Ou não? Coçou - com força os olhos e a fronte enquanto tentava recordar os detalhes exatos daquela desgraçada amanhã. Dulce foi a que levou a voz cantante na cama, mas recordava perfeitamente havê-la animado a seguir. Não deveria ter animado algo que sabia que não poderia parar.

Certamente não estaria grávida, pensou. Não tinha demorado mais de dez anos sua mãe em dar a luz a um filho são?

Mas, de noite, só em sua cama, enfrentava a toda a verdade.

Não tinha fugido só porque Dulce o tivesse desobedecido ou porque havia a possibilidade de ter gerar um filho.

Tinha fugido porque não suportava o que tinha se passado com ela. Sua mulher o tinha reduzido ao estúpido gago de sua infância. Tinha deixado-o sem palavras e tinha recuperado aquele horrível sentimento de não poder dizer o que sentia.

Não sabia se poderia viver com ela outra vez se isso implicava voltar a ser esse menino que mal podia articular palavras. Tentava lembrar-se de seu noivado, de seu falso noivado melhor dizendo, e de quão fácil era estar e falar com ela. Mas cada lembrança estava tingida de dor pela conclusão onde os tinha levado: ao dormitório de Dulce naquela terrível manhã, com o Christopher falando com tropicões.

E se odiava quando lhe acontecia isso.

De modo que tinha fugido a outro lugar já que, como duque, possuía uma infinidade de propriedades. Esta casa estava no Wiltshire e não estava exageradamente longe do Clyvedon. Poderia voltar ali em um dia e meio de viagem. Gostava de pensar que, se podia voltar tão rápido, não podia considerar uma fuga em toda regra.

E agora parecia que teria que retornar.

Respirou fundo e tirou a carta. Desdobrou o papel e leu:

Christopher:

Meus esforços, como você os chamou, deram seu fruto. Mudei-me para Londres, assim estarei perto de minha família. Esperarei aqui receber notícias suas.

Sua Dulce

Christopher não estava certo de quanto tempo ficou ali sentado, quase sem respiração, sustentando o papel entre os dedos. E então, afinal, sentiu a carícia da brisa, ou a luz mudou ou possivelmente foi um ruído da casa, mas algo despertou do sonho e o fez levantar-se. Saiu ao corredor e chamou o mordomo.

-Que preparem a carruagem - ordenou quando apareceu-. Vou a Londres.

Sigo dizendo ela pode não estar gravida.

Que acham dos comentarios chegar a 300 chgando ai quem sabe role uma mini maratona em!