Fanfic: Fanfic sem Título
PREFÁCIO:
Vampiros: Realidade ou mito? Dizem que todo mito tem um fundo de realidade. Uma realidade muitas vezes tão perturbadora, que preferimos condicionar a nossa mente a uma mentira a fim de aceitarmos melhor a realidade. Então rotulamos de "mito". Talvez o incompreensível seja o medo do desconhecido. Não que eu esteja dizendo que os vampiros são uma realidade. Bem, pelo menos não da forma que todos conhecem; como em livros e filmes. De certo modo, o misticismo e a realidade se entrelaçam.
Quem pode clamar uma verdade absoluta? Quem é tão pretensioso a ponto de considerar-se o dono da verdade? Carrego uma maldição em meus genes. É como uma doença cujo remédio é o próprio mal que ela causa. Talvez minha maior dificuldade não seja conviver com essa maldição, mas aceitá-la como única condição de minha própria sobrevivência.
Capítulo 1
A Descoberta
Durante toda a viagem mantive-me calado. Definitivamente, essa tinha sido a viagem mais longa e silenciosa que eu já havia feito. Eu ainda não havia digerido a conversa que tive com minha mãe na noite passada. Está aqui, entalado em minha garganta, aquele grito de revolta.
Minha vida depois dos dez anos tinha mudado drasticamente. Fui obrigado a abandonar a escola, a abandonar meus amigos e condenado a viver isolado em casa sob cuidados e limitações dos quais eu sequer sabia a razão! Tive uma vida difícil e privada; não podia sair, me divertir, namorar, não podia nada! Meu mundo passou a ser minha casa e minha mãe. Mas o pior de tudo desta quarentena era o fato de não saber os motivos por trás destas restrições. Minha mãe nunca quis me contar ou esclarecer estes fatos. Minha paciência estava se consumindo e uma hora ou outra, eu sabia que iria explodir. E foi o que aconteceu! Na noite passada...
Assim que chegamos a nossa nova casa, senti como se eu estivesse fugindo de mim mesmo, fugindo de minha própria vida. Vida nova, casa nova e pessoas novas! Talvez minha mãe tivesse razão. Talvez fosse uma boa idéia ter deixado tudo pra trás e respirar ares novos. Ao entrar em casa percebi que já estava toda arrumada; minha mãe não havia perdido tempo. Joguei minhas malas no sofá e disse sem olhar diretamente a ela.
- Estou saindo! - já me dirigindo até a porta.
- Espere filho! Aonde vai? - ela disse com um tom de preocupação.
Não respondi. Fui até a rua e olhei para os dois lados. Descendo a rua avistei uma praça típica de cidades do interior; com bancos para se sentar, Igreja, jardins e tudo mais. Eu não estava acostumado com este tipo de coisa, afinal, eu cresci em uma cidade grande. Apesar desta pequena e pacata cidade de Nova Estação parecer um tédio, fiquei curioso em conhecê-la. Resolvi ir até a esta praça e refletir sobre tudo. Minha vida havia virado de cabeça para baixo. Talvez pesasse o fato de nunca ter conhecido meu pai. Ter crescido na ausência de uma figura paterna contribuiu na minha condição de adolescente rebelde. Desde cedo, sempre tive a sensação de que o universo conspirava contra mim, muitas vezes, de maneira até sórdida.
Durante o caminho até a praça fui pensando em como seria minha vida dali pra frente. Será que eu conseguiria ter uma vida normal? Aliás, era tudo o que eu queria! Ser um adolescente normal de 17 anos. Mas as palavras de minha mãe ecoavam em minha mente. No fundo eu sabia que seria, de certo modo, impossível ter uma vida normal depois de tudo. Ainda estava um pouco difícil de acreditar. Parecia absurdo demais!
Ao chegar à praça, sentei-me em um banco, respirei fundo e com um olhar perdido no horizonte, olhei para minhas mãos; eu estava de luvas. Por muitos anos usei essas luvas e agora eu sabia o motivo. Um flash de minha infância passou diante dos meus olhos. Eu não pude parar de pensar que se o que minha mãe disse era verdade então eu seria mesmo um vampiro! Não um vampiro como todos conhecem é claro, um tipo de vampiro diferente.
Olhei atentamente para minhas luvas e lembrei de tudo o que minha mãe havia dito. Na ocasião eu havia cobrado muitas explicações dela. Afinal, por que eu era diferente? Por que ela me tratava de forma diferente? Por que eu tinha que ter cuidados especiais? Por que tive que abandonar a escola e meus amigos? Tantas perguntas e nada de respostas! Após alguns poucos anos sem entender o que havia de errado comigo, chegou um momento em que eu não suportava mais aquela situação e exigi ferozmente explicações de minha mãe. Eu a pressionei até que ela contasse.
- Alex meu filho - disse ela com a voz trêmula e fraca. - Acho que não tenho mais como esconder de você. Eu sabia que esse dia chegaria - ela respirou fundo e enxugou as lágrimas que deslizavam de seu rosto com uma das mãos. - Eu até havia ensaiado várias vezes quais palavras eu usaria neste momento, mas o nervosismo é tanto que de nada adiantou - disse ela deixando escapar um sorriso aflito.
Naquele momento olhei-a atentamente esperando o que ela poderia dizer. O que seria tão grave para ela ter aquele tipo de reação? Ali, naquele momento, eu sabia que a metade da minha vida teria as respostas que faltavam.
Foi então que ela me olhou e lacrimejando muito disse:
- Você vai entender os motivos pelos quais eu nunca lhe falei sobre seu pai.
- Mas o que meu pai tem a ver com isso? - Indaguei sem esconder meu temperamento. - Não foi você mesma que me disse que meu pai morreu em um acidente?
- Mas ele morreu! - ela disse afirmando com a cabeça.
- Então por que está trazendo este assunto agora? Você sabe que me deixa deprimido o fato de eu nunca ter conhecido meu pai! O que você quer com isso?
- Meu filho, eu...
- Mãe! - gritei com a voz um pouco alterada demais do que eu pretendia. O rumo que aquela conversa estava tomando me deixava impaciente. Por alguns segundos, olhei diretamente em seus olhos e ela disse:
- Alex, não me olhe assim!
- Está vendo? Lá vem você de novo com essa estória de que eu não posso olhar diretamente em seus olhos!
- Deixe-me explicar.
- Estou esperando você dizer. Mas você está desviando o assunto tocando no nome do meu pai!
- Seu pai está vivo!
- Como é que é? - naquele momento senti como se minha vida tivesse sido uma grande mentira. - O que você está me dizendo?
Ela começou a chorar mais. Apesar de eu estar furioso, naquela hora, vendo ela ali daquele jeito, naquela fragilidade, me fez sentir que ela tinha um bom motivo para tudo isso. Eu a fiz sentar no sofá e me sentei ao seu lado. Percebendo sua aflição trouxe para ela um copo com água.
- Mãe, me conte tudo! Não me esconda mais nada. Eu preciso saber o que há de errado comigo e agora você me diz que meu pai não morreu?
- Alex, eu não sei como te contar isso. Não sei por onde começar.
- Que tal pelo começo?
Quando ela começou a falar meus olhos arregalaram. Meu peito parecia que iria explodir de tanto que meu coração batia. Não podia ser verdade. Custei um pouco a acreditar nos absurdos que ouvi, mas, pensando bem, com a vida que vim levando nesses sete anos, estranhamente me fez todo o sentido.
Entre outras coisas, ela me revelou que eu era um vampiro! Não desses vampiros que vemos em filmes e livros. Um vampiro diferente. Um vampiro energético! Ao invés de sangue, os vampiros energéticos sugam as energias das pessoas. Todos esses anos venho me alimentando, sem saber, da energia vital de seres vivos. Isso é o que me mantém vivo. Isso é o que me alimenta. Ela disse que é genético e herdei de meu pai.
Meu mundo não desabou, pelo contrário! Ele se construiu fazendo todo o sentido. Por mais absurdo que fosse, ali, naquele momento, obtive as respostas de toda uma vida. Uma vida com limitações e cuidados.
Passado aquele momento de entendimento, senti uma revolta grande dentro de mim. Afinal, tive uma vida privada de amigos, tive uma vida limitada em todos os sentidos. Nunca fui uma criança normal. Eu carreguei essa maldição comigo por todos esses anos! Por quê? Por que meu pai me deu uma vida amaldiçoada? Senti-me injustiçado. Minha rebeldia falou mais alto.
Agora, aqui estou eu. Lembrando disso tudo e tentando entender. Talvez eu tenha sido duro demais com minha mãe. Ela sempre teve uma atenção redobrada comigo durante todos esses anos. Não deve ter sido fácil para ela. Olhei para o céu e o sol já estava se pondo. Foi então que resolvi voltar para a nova casa e fazer as pazes com minha mãe. Agora que eu já estava mais calmo, eu queria saber mais sobre essa minha nova condição.
Continua...
Autor(a): roggerbiancchi
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Capítulo 2Esclarecimentos Ao Chegar em casa procurei pela minha mãe. Ela estava na cozinha preparando o jantar. - Mãe, queria te pedir desculpas pelo meu jeito. Desde a viagem para cá eu pensei muito a respeito de tudo o que me disse e acho que não agi direito com você.- Tudo bem meu filho. Sei que ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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jessicalol Postado em 11/10/2009 - 06:51:27
nova leitora,adorei sua web,nao vou poder comentar mto por culpa do meu pc mais eu estou lendo em,pode continuar postando,quero saber da mulher misteriosa...!!!
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ametrine Postado em 10/10/2009 - 07:25:57
eu to adorando sua web,to lendo tudinho,mas coloca o titulo de novo,fica dificil encontrar sua web sem um titulo,beijos
ametrine -
roggerbiancchi Postado em 05/10/2009 - 10:44:03
Eu queria agradecer o pessoal q tah acompanhando minha web (Sugadores). Esse fim de semana não deu pra postar... mas acabei de postar mais um cap.
Comentem senão vou achar q minha web não tá agradando muito... -
ametrine Postado em 03/10/2009 - 19:13:39
eiiiiiiiii!!!,posta mais,eu to curiosa pra saber quem é a mulher,e o que acontece com a garota?posta maisssssssss
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ametrine Postado em 03/10/2009 - 10:20:54
obrigada,eu ja to acompanhando loucos por dinheiro,t mto legal tbm!
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marcos00 Postado em 03/10/2009 - 10:00:38
ametrine...vai em minha página e em criar webnovela, é bem fácil!!!!Passa depois em Loucos por Dinheiro, é meu e da Isabella220 bjos
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marcos00 Postado em 03/10/2009 - 09:59:31
postaa+++++++++++++++++++++++++
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ametrine Postado em 02/10/2009 - 19:47:55
posta mais ai²
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ametrine Postado em 02/10/2009 - 19:11:58
ola,ta mto legal,eu ja tentei fazer uma web ,mais eu nao consigo,como vc consegue em?,parabens,ta demais!
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claudioangelus Postado em 01/10/2009 - 09:37:41
mito boa. POsta mais ai. Da uma olhada na minha tb. esta no genero ficção, o nome é anjos e demonios