Fanfic: noite com o inimigo ( adaptada AyA) | Tema: anahi e poncho/ ponny

• hadassa04: jana linda obrigada *-*


• danny_portilla: continuando linda*-*


• dayy: hahahaha sim muito fogo


• layaneponny: layene vsf u.u ..... P.S: te love 

CAPÍTULO SETE

Na manhã seguinte, Any ficou grata por Poncho parecer preocupado. O trajeto até o aeroporto foi silencioso. Ele lhe levantara o rosto e examinara cuidadosamente o seu lábio, e ela sentira a temperatura subir.

— O inchaço desapareceu. Mais alguns dias, e não se verá nada.

Any sentiu vontade de dizer que já sabia, e, em parte, apreciava a sua preocupação, ainda que fosse superficial. O jatinho particular era extremamente luxuoso, e ela se sentiu intimidada por mais uma demonstração da fortuna de Poncho, enquanto, com indiferença, ele ocupava uma poltrona dupla junto à parede oposta. Depois que o avião levantou voo e ela recusou o champanhe, o silêncio caiu entre os dois. Any desejou ter trazido um livro pelo qual pudesse se fingir interessada. Estava consciente demais da presença de Poncho e se sentia tentada a lhe perguntar o que havia de errado.

Ela se arriscou a olhar para ele e o viu com a cabeça apoiada no encosto da cadeira, de olhos fechados. Seu rosto estava tenso. Não deveria estar dormindo. Any observou a sombra que as pestanas faziam sobre as marcantes maçãs do seu rosto, o queixo contraído. A camisa aberta no pescoço deixava entrever os pelos dourados do seu peito contra a pele morena. Poncho abriu os olhos e a pegou olhando para ele como uma adolescente excitada. A despeito da sua aparência relaxada, ele estava alerta como um animal preparado para dar o bote.

— Tenho uma proposta a lhe fazer — disse ele.

— Que tipo de proposta? — Extremamente nervosa, ela cruzou as pernas e pigarreou. Poncho olhou para suas pernas e, instintivamente, ela as fechou.

— Acho que você mostrou o quanto está determinada a salvar a sua propriedade.

Any corou ao pensar no desespero que sentira no quarto de Alex Morales. O homem poderia tê-la machucado muito mais do que fizera.

— Eu não faria de novo o que fiz ontem à noite. Foi estupidez.

Ele reagiu imediatamente.

— Você estava fora do seu terreno.

Any se rebelou, mas ele tinha razão, e ela só queria esquecer o assunto que a fazia reviver tantas emoções dolorosas.

—Você ainda pretende arrumar um investidor? Não vai vender?

— Nunca! — declarou ela, abanando a cabeça.

— E vai continuar a procurar um investidor?

— É preciso.

— Era isso que eu temia — Poncho disse secamente.

— O que quer dizer? — perguntou Any, preocupada.

— Não será fácil. Morales já deve estar denegrindo o seu nome. Se ontem à noite ele me disse que vocês haviam dormido juntos, deve estar dizendo o mesmo para os outros.

Any se sentiu nauseada. O seu desejo era gritar que era inocente, mas Poncho não acreditaria.

— O que isto quer dizer?

— Quer dizer que, a não ser que vá para a Europa para fazer contatos, você não terá nenhuma chance de encontrar um investidor.

Any começou a se sentir mal. Não possuía dinheiro para a viagem e não poderia pedir ajuda ao seu antigo empregador, que tinha um negócio florescente, mas não o suficiente para lhe emprestar o que ela precisava. Além disso, ela o abandonara depois de ele ter financiado o seu curso. Já fora bastante generoso.

— Então, o que está fazendo? Mostrando o quanto o meu caso é perdido?

Poncho a levara exatamente para onde queria. Bem, não exatamente. Ele queria realmente vê-la deitada, implorando por ele. Mas aquele seria um meio de atingir seu objetivo. A noite anterior lhe mostrara o quanto ele perdia o controle ao chegar perto dela. Precisava possuí-la, mas, ao mesmo tempo, se proteger daquela fraqueza. E a proposta que iria fazer o protegeria.

— Eu vou investir na sua propriedade.

Any ficou muito pálida, respirou fundo e o sangue voltou a lhe colorir o rosto.

— De jeito nenhum. Você está pretendendo me destruir.

Poncho sorriu.

— Admito que de início eu queria que você fosse embora, mas, desde que voltou para casa, a vida se tornou mais divertida.

Ela cruzou os braços e Poncho não conseguiu desviar os olhos dos seus seios. Precisava possuir aquela mulher. Se não o fizesse, ficaria louco.
Any fervia por dentro. Então, Poncho considerava-a divertida? Ela percebeu que ele se sentava ao lado dela e esticava as pernas, prendendo-a no assento.

— O que acha que está fazendo? — resmungou ela. Ele sorriu.

— Vou lhe mostrar que só lhe resta aceitar a minha proposta, ou as suas terras serão devastadas e os seus empregados ficarão sem nada, depois de longos anos de trabalho.

Any fechou a boca que abrira. Maria e Hernán nada possuíam além do que ela lhes dava. Sequer recebiam o salário. Poncho pareceu ler seus pensamentos e falou gentilmente:

— Se você aceitar o meu investimento, farei um plano de aposentadoria para Hernán e Maria. Hernán poderá voltar a trabalhar nos vinhedos. Você poderá contratar um novo chefe vinhateiro. Precisa de novos barris, e sabemos que eles custam caro. A última vez que eu soube, seu pai ainda usava uma basquet press.