Fanfic: noite com o inimigo ( adaptada AyA) | Tema: anahi e poncho/ ponny

• edlacamila:filhaaaa senti sua falta aqui nos comentarios, mas esta perdoada pq esta trabalhando u.u hahah se viu que fogo dos los As hahahahahahhahah 


• hadassa04: janaaa minha rainha hahahah não se preocupe sabe que sempre trago fics boas pra vcs ja estou providenciando a proxima


• dayy: ohh sua linda hahah tadinho do poncho ..... co relação a segunda temporada não tem como pq a fic é adaptada e não tem continuação :\ mas assim que acabar essa eu ja começo a postar outra novinha pra vcs hahahah tão boa quanto essa 


• danny_portilla: obrigada sua linda *-*


• veldapuente:sim ta acabando :/ mas uma acaba e começa outra hahahha


• franmarmentini:pois é fran enquanto a Any não contar toda a verdade as coisas não se resolvem :/

CAPÍTULO DEZ

O celular que Poncho lhe dera vibrou dentro do bolso do jeans, e Any soltou uma praga antes de atender e ouvir um autoritário:

— Onde você está?

Ela imediatamente derreteu e sentiu o sangue correr para os lugares mais sensíveis do corpo.

— Estou nos tonéis. — Ela desligou. Estava abalada desde o momento em que Poncho dissera que o relacionamento deles voltaria a ser platônico assim que o contrato fosse assinado. Deveria ter ficado feliz. Não era tola para imaginar que seria algo mais. Ela sabia que havia muita coisa entre os dois. A briga entre as famílias podia ter acabado, mas causara danos demais para serem sanados pelos dois…

Any suspirou e quase morreu de susto ao ouvir um sussurro:

— Não caia lá dentro.

Ela se voltou e viu Poncho parado na passarela que cercava os tonéis. Estivera tão pensativa que não ouvira o ruído do jipe, nem os seus passos sobre o metal.

— Uma vez eu caí… Tinha nove anos.

— Como aconteceu? — perguntou Poncho, espantado.

— Eu estava brincando de esconde-esconde com o meu irmão, Álvaro. Hernán estava aqui, ajudando a decantar as uvas. Eu fiquei fascinada, debrucei demais para olhar e caí. Felizmente, Hernán me pescou imediatamente. — Any sorriu envergonhada. — Ele me agarrou pelos cabelos. Eu fiquei mais aborrecida com a dor do que com o fato de que poderia ter me afogado em vinho tinto fermentado. Hernán e Maria me levaram para casa e me banharam. Jamais contaram aos meus pais… — Any estremeceu. — Se tivessem contado, meu pai teria me trancado no quarto por uma semana sem comida.

— Ele costumava fazer isso? — perguntou Poncho revoltado.

Any estremeceu e tirou alguns resíduos do enorme tonel vazio.

— Algumas vezes… Se algo o zangava. Ficou mais frequente depois que Álvaro morreu. Ele era um homem irritado… Revoltado por ter uma filha inútil a quem não poderia passar o seu legado. — Any percebeu que estivera resmungando e mudou de assunto. — Os tonéis precisam de uma reforma. O meu pai os colocou aqui porque queria voltar a usar tanques de concreto.

— Podemos nos livrar deles, se você quiser, e usar aço. Depende do que você achar melhor.

Os dois voltaram ao nível do solo e discutiram os méritos de uma reforma ou da modernização das instalações. A caminho da clínica, Any sentiu que retomara o controle. Mas o seu controle foi abalado quando ela presenciou a preocupação que Poncho tinha com Maria, e a insistência para que ela fosse bem-cuidada. Ele mostrava que se importava com pessoas que nem trabalhavam para ele…

Na volta, Any estava silenciosa, e se admirou quando Poncho perguntou:

— Por que o seu pai mudou de ideia? Ele expulsou você e sua mãe e lhes deu as costas. Por que, de repente, ele deixou tudo para você?

Any ficou tensa e não conseguiu falar por algum tempo. Só conseguia pensar naquela tarde fatídica e nas coisas terríveis que havia ouvido. Ela se sentiu enjoada.

— Pare o carro, por favor.

Poncho parou o carro perto de um mirante de onde se via os Andes à distância. Any saiu do carro e cambaleou, sentindo um tremendo peso. Poncho também saiu do carro e tocou-lhe o ombro.

— Any, o que foi?

Ela pulou para trás, de olhos arregalados. Ele a viu pular, viu seus olhos cheios de horror… Ela já olhara para ele daquele jeito antes. Encolhera-se daquele jeito quando ele a tocara…

— Há algo… que você não sabe. Algo que aconteceu, depois que nos encontraram. — Ela se voltou de frente para a vista. Poncho contraiu o peito como se esperasse um golpe.

— O que eu não sei?

— Eu não quero lhe contar — Any falou baixinho. Poncho pegou-a pelo ombro e fez com que ela o encarasse. Soltou-a, como se odiasse tocá-la, e Any teve a sensação de que era inevitável. Talvez ela lhe devesse uma explicação. Aquilo fecharia o círculo.

— Diga, Any.

— Eu não lhe disse naquele dia porque não podia… E depois, porque eu não queria que você tivesse uma sombra terrível envenenando a sua cabeça como envenenou a minha.

Poncho sacudiu a cabeça, confuso, e olhou para ela muito sério.

— Não vamos sair daqui até que você me diga, Any.

Ela olhou em volta, sentindo-se desmaiar. Sentou-se sobre a amurada do mirante e começou a falar, hesitante.