Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...
Muito obrigada pelos favoritos e pelos comentários, fico feliz por ver que estão gostando :)
Your mom (Dulvato):
Eu sempre fui uma romântica de coração. Quando era criança, imaginava que meu príncipe encantada iria me resgatar de um momento ruim, montado em um cavalo branco, com uma capa linda, sorriso torto, cabelos cacheados e tudo que o figurino manda. Quando eu cresci e percebi que sou gay, meu sonho mudou um pouco. Seria uma princesa que viria me resgatar. Quando atingi idade suficiente para descobrir quem sou, eu percebi que queria ser aquela que iria resgatar, não quem iria ser resgatada.
Mas, de qualquer forma, sempre terminava de um jeito: uma casa, uma aliança e uma família. Nada muito complicado. Só que uma parte nunca poderia faltar, porque eu sempre ouvi falar daquilo quando criança, já vi em filmes e sempre achei a coisa mais romântica a ser feita. Pedir a mão da namorada para os pais dela.
E foi assim que eu me meti nesta roubada.
Dianna de La Garza estava me olhando por mais de cinco minutos, enquanto eu segurava em sua linha de visão uma caixinha azul com o anel mais lindo que encontrei. Eu havia feito a pergunta (eu gostaria da sua permissão para pedir sua filha em casamento) e agora estava esperando uma resposta. Ela só parecia muito surpresa.
Demi Lovato e eu estamos em um relacionamento a quase um ano (dez meses e 29 dias para ser exata) e amanhã era o seu aniversário. Eu iria levá-la para um restaurante no centro de LA, então para um passeio no parque e pretendia pedi-la em casamento no mesmo lugar onde terminamos nosso primeiro encontro. Parecia pouco tempo, mas eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. Eu havia conhecido a mulher perfeita, a mulher que podia me fazer ter hiatos na respiração com o simples ato de sorrir, a mulher que eu tinha certeza que seria a mãe dos meus filhos algum dia.
“Não.”
“Não?”
“Não.” Dianna balançou a cabeça, completamente decidida de sua resposta.
Fechei a caixinha e coloquei minhas mãos no meu colo, um pouco perdida sobre o que fazer a seguir. “Posso pedir por quê?”
Dianna respirou fundo. “Demi tem só 22 anos. Não acha que ela está muito nova para se casar? Ela mal sabe o que quer ainda.”
Senti meu coração se partindo ao meio, então uma faca o cortando em pedaços mínimos só para completar. “Mas eu a amo.”
“Eu sei disso.” Dianna me deu um sorriso que, suponho, era para ser tranquilizador. “Não tenho duvidas que têm fortes sentimentos pela minha filha, mas ela continua sendo muito nova, apesar disso. Você não acha melhor esperar alguns anos? Assim, se ela aceitar, ela vai ter absoluta certeza do que está fazendo. Sem contar que já vai ter vivido mais, ter conhecido mais a vida.”
“Entendo.” Na verdade, não. “E... quando tempo você acha que... Eu devo esperar?”
“Minha filha sempre foi uma caixinha de surpresas para mim.” Dianna suspirou. “Mas eu suponho que quatro anos é um bom tempo.”
Quatro... Anos?! 1460 dias? Mas que... Não foi bem isso que eu pensei que seria sua resposta ou eu, definitivamente, não teria perguntado. Acho que eu só tinha que pedir para seu padrasto. Ele gosta de mim. Provavelmente ia rir e me pagar uma cerveja, ou algo do tipo.
“Não é que eu não quero que você case com minha filha.” Dianna parecia ler meus pensamentos. “Só acho muito cedo para isso.”
“Com todo o respeito, senhora La Garza, se eu esperar mais quatro anos, você vai me considerar muito velha para casar com a sua filha. Vou ter 32 até lá.”
Dianna cruzou as mãos no colo e olhou para o tapete, antes de balançar a cabeça. “Não precisa ser quatro anos exatos. Você pode pedi-la em casamento em seu aniversário de namoro, então.”
Eu não queria discutir. Honestamente, a ideia toda foi minha. Eu que não consegui largar mão da romântica dentro de mim. Eu deveria, mas achei que seria apreciado por todas as partes envolvidas. E agora vou ter que lidar com o fato de que não poderei fazer o que vinha planejando pelas últimas semanas.
Simplesmente não conseguia mais ficar lá, então me levantei, murmurando uma despedida rápida, e saí, tentando não correr no caminho até a porta. O dia estava quente, como esperado em Los Angeles, e o ar abafado não fez nada para melhorar o meu dia.
Eu só não podia acreditar no que havia acabado de acontecer.
“Mamãe é muito protetora.”
Dei um pulo e olhei para trás. Madison estava saindo da garagem, com as mãos no bolso da calça de moletom. Reconheci sua presença com um aceno de cabeça, antes de suspirar e guardar a caixinha em meu bolso. Madison parou ao meu lado e, por algum motivo, ficou encarando meu carro comigo. Demi estava em uma viagem de compras com Dallas e pensava que eu tinha um dia ocupado no estúdio gravando alguma coisa. Era para ser uma surpresa. Mas que bosta.
“Principalmente de Demi.” Madison continuou depois de vários minutos. “Ela não consegue ver que Demi não é mais aquela garota que entrou na reabilitação tremendo de medo. Mamãe sente necessidade de proteger Demi de qualquer coisa, até do vento.”
“Ela não precisa protegê-la de mim.” Murmurei, parecendo uma criança emburrada.
“Eu sei, mas mamãe é assim. Ela acha que Demi vai quebrar com o vento.” Madison fez uma pausa longa, então riu um pouco, parecendo amargurada. “Depois de tudo que fizeram com Demi, eu não a culpo. Só que ela exagera.” Ela se virou para mim e abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saiu. Por fim, ela exalou fortemente. “Não deixe minha mãe tomar as escolhas por você. Por favor. Você já é adulta o suficiente para saber o que deve ou não fazer. Se acha que quer casar com Demi e que ela quer casar com você, ignore minha mãe. Ela vai prorrogar esse dia para sempre, daqui quatro anos, se você perguntar novamente, ela vai pedir mais alguns anos. É sério, ignore.”
Xxxxxxxxxxxxx
A conversa ficou em minha mente por horas. Tirou meu sono, minha concentração, meus pensamentos. Gostaria de dizer que tirou meu apetite, mas estaria mentindo, porque estou sempre disposta a comer. As coisas continuaram assim, até eu chegar à conclusão que não iria contra a vontade da mãe de Demi. Romântica nata, se lembra?
A caixa encontrou um lugar no fundo da minha gaveta de partituras e ficou lá, esquecida, por meses.
Foram quatro meses depois, no Natal, que eu me vi encurralada em uma parede. Demi havia feito um discurso lindo e agora estava ajoelhada na minha frente, segurando uma caixinha com um anel de tirar o fôlego.
A única coisa que eu queria fazer era dizer que sim, colocar aquela coisa maravilhosa, e comemorar o momento, mas a conversa com Dianna de alguns meses antes me fizeram repensar esta decisão.
“Ãn... Eu acho que temos um pequeno problema aqui.” Falei.
Demi franziu a testa e se levantou. Eu podia ver lágrimas queimando em seus olhos e a culpa rastejou pelo meu corpo rapidamente. “Certo, está tudo bem. Acho que é muito cedo mesmo. Você não tem que explicar.”
“Não, não é isso. Eu quero me casar com você.” Segurei seus ombros e forcei-a a olhar para mim. Pude ver que Demi segurava as lágrimas o máximo que podia. “Eu realmente quero.” Hesitei por apenas um segundo, antes de ver uma lágrima escapar de seu domínio. “Eu só não sei se sua mãe quer.”
“Minha mãe? O que a minha mãe tem a ver com isso?” Demi parecia confusa, mas ainda magoada.
“Hm, bom, esta vai ser uma conversa constrangedora.” Cocei minha testa por alguns segundos, então suspirei. “Eu pedi sua mão em casamento para a sua mãe alguns meses atrás e ela disse que não.”
Seus olhos se arregalaram comicamente e ela parecia esquecer que ainda segurava a caixa com a aliança. Bom, pelo menos ela não parece mais que foi chutada para fora de casa. “Como é?”
“É. Foi em seu aniversário. Eu queria fazer uma surpresa, mas achei que deveria pedir permissão antes. Sabe, ser educada e tudo.” Romântica é a palavra certa, mas não sei se seria uma boa ideia admitir aquilo em voz alta. “E, bem, ela disse que não era uma boa ideia.”
“Por quê?!”
“Ela pode ter falado que você está muito nova para se casar.” Ainda bem que eu não sou Dianna, porque Demi parecia prestes a assassiná-la quando disse aquilo.
“Como ela... Quantas vezes eu vou ter que dizer para ela parar de cuidar da minha vida?! Caramba! Eu falei um milhão de vezes que a vida é minha e as escolhas também! Ela não deveria ter decidido isso por mim. Você deveria ter pedido e eu deveria responder, não ela! Eu já sou maior de idade, caramba.”
Limpei a garganta. “Tecnicamente, ela ainda é a sua mãe.”
Demi voltou a olhar para mim e me arrependi imediatamente de ter aberto a boca. “Por que você pediu para ela e não para mim?”
“Eu achei que seria uma boa ideia, na época.” Defendi-me rapidamente.
Ela suspirou e beliscou a ponta de seu nariz, um sinal claro de que ela não estava feliz com a situação. “Eu não posso acreditar nisso! A gente já poderia estar planejando o casamento!”
Olhei em volta e tentei encontrar qualquer coisa para falar, mas não queria correr o risco de dizer algo idiota novamente. “Posso tentar fazer isso direito dessa vez?”
Demi me olhou parecendo mais calma, então tomei isso como uma afirmação e desapareci pelo corredor. A caixa estava tão bem escondida, que quase surtei quando não a achei nos primeiros segundos, mas, por fim, fechei meus dedos em volta dela e voltei para a sala, onde Demi ainda estava na mesma posição que eu havia deixado-a.
Limpei a garganta e me ajoelhei na sua frente, abri a caixinha e olhei para seus olhos. “Demetria Devonne Lovato, você vai me dar a honra de ser a minha esposa?”
Demi se ajoelhou na minha frente com um sorriso aguado, com lágrimas escorrendo, mas com uma felicidade saindo em ondas. “Eu pedi primeiro.” Brincou, voltando a mostrar a aliança.
“Juntas?”
“Juntas.”
E então, juntas, colocamos as alianças em seus respectivos lugares.
Dianna não estava muito feliz quando contamos a notícia, mas um olhar zangado de Demi a fez se calar. O olhar de satisfação no rosto de Madison fez-me pensar que eu deveria lhe dar um excelente presente na próxima chance que tivesse.
Autor(a): chavinonyportinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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siempreportinon Postado em 14/11/2016 - 14:57:47
Você escreve muito bem, parabéns!!! Só li as histórias PORTINON e sinceramente acho que deveria fazer uma fic só portinon
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tammyuckermann Postado em 30/10/2015 - 01:08:35
Posta maaais amo as partes portinon *-*
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dulvatoforever Postado em 06/09/2015 - 02:57:51
Faz mas fanfics dulvato s2
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juhdul7 Postado em 03/08/2015 - 22:41:26
Maravilhosos capítulos! Incríveis!! Amei!!
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Julia Klaus Postado em 02/08/2015 - 20:31:52
Suas postagens são muito perfeitas hehehehe Adorando!! Amei a do Poker ali kkkkk
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Lidi Postado em 26/07/2015 - 13:47:18
Sinceramente, essa ultima portiñon Presença, era tudo que queria que tivesse acontecido no casamento da Anahí! kkkk mas né
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Kah Postado em 06/04/2015 - 10:16:47
Caraaa. Como amo tudo isso aqui. Vc tem escrito tão bem, uma escrita que te envolve tanto em cada capítulo. Acho que seus dois últimos capítulos Portinon foram definitivamente os melhores das duas, Poker então nem se fala, rs. Nossa é incrivel como vc prende nossa atenção desde o título da One-shot, bom, pelo menos a minha, não havia lido nada do gênero ainda e estou simplesmente encantada. Por favor, quando for escrever um livro vou querer ir no lançamento kkkkkk. Ahh em Bun in the oven (DulcexNaya), na hora de mudar as cores da parede me lembrei de Portinon em La Familia, quando as duas deitadas no chão da cozinha abordavam o mesmo assunto.
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Dannyk Postado em 05/04/2015 - 17:17:00
ADOREI essas OS's ... Teve a Lali em um cap <3 (Que emoção que você conhece a minha Marianinha) Continua (DULCE X NIKKI COF COF) tão ótimos *-*
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AnnieSilva Postado em 02/04/2015 - 23:41:26
Nossa, amei o Poker ( Portinõn ) <3 <3
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camimaschio Postado em 24/02/2015 - 21:21:00
Bom, primeiramente: eu já fiquei muito feliz quando você disse que faria one-shots, pois não é uma pratica muito comum ainda em alguns shippers e as vezes quem faz não sabe fazer, deixa uma coisa sem pé nem cabeça, o que não é seu caso. Segundo: você não se prendeu só em um casal, você Ta fazendo uma mistura muito maneira, mudando a Dulce de vários jeitos e trejeitos! E a pondo com pessoas que nem imaginei, Ta ficando muito maneiro! Terceiro: suas one-shots me prenderam de uma maneira absurda (claro, alguma mais que as outras). As vezes simplesmente volto e releio algumas haha. sua escrita está maravilhosa, tudo, simplesmente tudo, está incrível! Parabéns! O que me levou à enfim comentar aqui foi o fato de eu parar para ler Se Io Potessi 3 (ou mais) vezes em um mesmo dia. Então eu parei e me perguntei se já tinha lhe dito o quanto suas one-shots estão incríveis tanto com enredo quanto com estrutura. Parabéns pelas one-shots, não são fáceis de se escrever. Parabéns!