Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...

Não é preciso dizer ‘eu te amo’ em voz alta (DulcexDianna):

03:29

Por algum motivo, Dianna se sentiu sendo tirada para fora de seu sono tranquilo. Ela estava tendo um sonho muito bom onde ela comia brownies no paraíso tropical, então não havia motivos para acordar disso. Mas, por algum motivo, seu subconsciente tirou-a de seu estado sonolento.

Então ela investigou o motivo. E não demorou para achar.

Dulce estava se contorcendo na cama, resmungando coisas incompreensíveis, suada e chutando as cobertas para longe como se elas tentassem prendê-la no inferno.

Dianna jogou as cobertas no chão para facilitar a luta da outra mulher e se aproximou com cuidado, sabendo o quão imprevisível alguém tendo um pesadelo pode ser. Ela colocou uma mão no ombro tremendo à sua frente e sussurrou calmamente: “Dulce.”

Mais resmungos foram ouvidos, então Dulce chutou o ar de repente, parecendo irritada. Dianna tentou novamente, balançando seu ombro dessa vez. “Dulce, acorda. É só um pesadelo.”

Quando Dulce continuou resmungando, Dianna segurou a sua mão e começou a fazer círculos na pele suave, sussurrando palavras de conforto ou qualquer coisa que ela pensasse que poderia ajudar. Depois de mais alguns minutos, Dulce se acalmou e acordou, parecendo extremamente confusa.

“Hey.” Dianna afastou uma mecha de cabelo de sua testa suada e tentou dar um sorriso tranquilizante. “Você estava tendo um pesadelo. Está tudo bem?”

Dulce continuou confusa, mas então seus olhos brilharam de compreensão e encheram de lágrimas. Ela negou com a cabeça, mordendo o lábio inferior para segurar o choro. Era idiota, na verdade, mas ela não podia se segurar, afinal, era apenas três horas da manhã e ela ainda estava sonolenta.

Dianna puxou-a para perto e prendeu-a em seus braços em um abraço forte. “Quer falar sobre o que aconteceu?”

Dulce fungou e enterrou o rosto entre os seios de Dianna. “Só nunca mais me deixe assistir filmes de terror à noite.” Ela resmungou.

A mulher loira queria rir do pedido infantil, mas se segurou, sabendo o quão sensível sua namorada estava naquele momento. Então, ela apenas abraçou-a até Dulce voltar a dormir, e só então deixou seu corpo voltar a descansar.

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06:50

Dianna havia acordado primeiro, como sempre, afinal, tinha que chegar até a gravação da série antes que Dulce tinha que chegar à gravadora. E, como sempre, ela não havia ligado a função ‘soneca’ do despertador. Ela sabia que daria tempo de Dulce se arrumar se ela acordasse apenas após Dianna estar pronta, então ela a deixaria dormir o máximo possível, ainda mais depois do pesadelo durante a noite.

Dianna se encaminhou para o banheiro e, assim que passou pela porta, a coisa apenas bateu nela. NÃO!

Ok, ela poderia estar sendo apenas dramática em reagir daquele jeito, mas era compreensível. Seu condicionador de cabelo havia acabado no dia anterior e ela havia se esquecido de comprar mais. Dianna não podia viver sem aquele tipo de condicionador. O dia anterior já tinha sido um pesadelo. Ela teve que usar apenas metade do que usava normalmente e os fios ficaram caindo do lugar o dia inteiro!

E se ontem foi daquele jeito, imagine como seria aquele dia. Um pesadelo. Um completo e tremendo... Oh.

Ela abriu o box de vidro do banheiro, pensando em todos os xingamentos que podia se lembrar e então viu o frasco do seu condicionador na prateleira. Ela franziu a testa em confusão quando pegou o frasco e viu que estava cheio. Dianna tinha absoluta certeza que não havia comprado mais. Aliás, ela tinha certeza que não chegava perto de uma farmácia, ou mercado, a uma semana. E o salão de onde conseguia o condicionador ficava do outro lado da cidade e não valia a pena o trabalho depois da semana longa que tivera.

Só então Dulce entrou no banheiro meio grogue – a cantora tinha a tendência de não conseguir acordar direito por um bom tempo – e se inclinou para dar um beijo em sua namorada loira. “Bom dia.”

Ao ver Dulce, seus pensamentos sobre o condicionador voaram de sua mente. Depois da noite que ela teve, Dianna tinha que constatar que agora ela estava bem. “Bom dia. Você dormiu bem?” Era uma pergunta inocente, mas Dianna não queria lembrar Dulce dos acontecimentos se ela já tivesse esquecido.

“Metade da noite, sim.”

Dianna acenou. Se Dulce não queria falar sobre aquilo, ela não iria pressioná-la. Então, ela ergueu o frasco para a outra mulher ver. “Você sabe da onde isso veio?”

Dulce coçou a nuca, e olhou para sua namorada pelo espelho. A pasta de dente não permitia que ela falasse, então ela cuspiu a coisa primeiro, então deu de ombros. “Eu me esqueci de falar. Passei no salão ontem e comprei para você.”

A testa de Dianna voltou a ficar franzida. “Como você sabia que eu precisava?”

Dulce secou o rosto e parecia, finalmente, acordar. “Como eu não poderia saber disso? Você falou do seu cabelo o dia inteiro ontem.”

“Eu não...” Ok, talvez ela tivesse reclamado um pouco. Mas foi com motivos!

Dianna olhou para a garrafa mais uma vez. Não era só a marca que ela usava, mas também o tipo que ela usava. Dulce tinha se preocupado o bastante em prestar atenção naquele pequeno detalhe e ter dirigido para o outro lado da cidade (Dianna sabe perfeitamente que o estúdio fica perto de sua casa, mas a 12 km do salão) e pagar a pequena fortuna que o condicionador custava. E ela nem pediu créditos por isso, ou sequer um obrigado. Dulce apenas colocou no chuveiro para Dianna usar esta manhã.

A sensação conhecida de calor subiu sobre o peito de Dianna e ela se inclinou para beijar Dulce. “Obrigada.”

Dulce não respondeu, mas sorriu levemente quando Dianna entrou no chuveiro rapidamente.

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11:52

Os saltos de Dulce faziam barulho no concreto enquanto ela se encaminhava para um trailer prata que ela sabia exatamente de quem era. Ela bateu na porta e esperou os risos cessarem e a porta de metal se abrir. Como esperado, Heather abriu a porta com um sorriso enorme.

“Hey, Dulce!” Ela exclamou com a mesma animação de sempre. Dulce podia jurar que mesmo no Apocalipse, Heather teria um sorriso. “Entre.”

Dulce subiu no trailer e sorriu ao ver Naya sentada na cadeira giratória, se balançando de um lado para outro, enquanto lia o roteiro. Dianna estava em um banco, lixando as unhas. Heather voltou para o sofá e voltou a ler o roteiro. Dianna olhou para cima quando sua amiga pulou no sofá e abriu um largo sorriso ao ver sua namorada.

“Oh, hey, querida.” Ela se levantou e deu um breve beijo em Dulce.

“Olá.” Dulce sussurrou. “Olá, Naya.”

“E aí?” A garota olhou para cima do roteiro. “Quer ver uns beijos de Brittana?”

Dulce riu. “Por mais quente que isso seria, tenho que voltar ao estúdio em alguns minutos. Só vim perguntar para esta garota aqui se ela almoçou.” Ela cutucou o peito de Dianna.

Ao mencionar comida, Dianna percebeu que não havia comido desde o café da manhã, onde sua namorada havia feito algumas panquecas. “Não. Eu terminei de gravar agora pouco e queria descansar antes de começar de novo.” Admitiu.

“Foi o que eu imaginei. Por isso trouxe alguma comida para sustentação.”

Dianna podia ver com o canto de seu olho que Naya estava rindo. “Querida, eu não quero parecer ingrata, mas eu não acho que Burger King, ou McDonald’s, seja a ‘sustentação’ que eu preciso.”

Dulce revirou os olhos. “Eu sei, e por mais que eu já tenha tentando te convencer que carne é bom, aceitei o fato que você é vegetariana e não vai mudar isso.” Ela ergueu um saco que carregava nas mãos. “Por isso parei naquele restaurante que você gosta e trouxe sua salada.”

O riso de Naya parou. Ela estava com inveja. “Você... Você realmente trouxe o almoço dela. E do Cardigan.”

“Na verdade... Trouxe o suficiente para todos.” Dulce ergueu outros dois sacos e entregou para as outras garotas. “Aproveitem.”

Enquanto as outras comiam, só percebendo naquele momento o quanto estavam com fome, Dianna sorriu para Dulce. “Você realmente sabe como entrar no coração de uma menina.”

Dulce sorriu e se inclinou para beijar a bochecha de Dianna. “Aproveite o almoço. Eu tenho que ir. Você tem muito o que gravar ainda?”

Dianna suspirou. “Quatro cenas até o final do dia ou estamos mortos.”

Dulce acenou com a cabeça. “Eu sei que combinamos que iríamos assistir ao jogo de futebol juntas, mas eu vou entender se você não puder.”

“Eu vou estar lá, ok? O jogo é às sete, certo?”

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18:57

Dulce suspirou após olhar para o relógio pela terceira vez em um minuto. Ela apenas tinha que aceitar que Dianna não iria aparecer. Dulce nem podia culpá-la, ela tinha que trabalhar e Dulce sabe muito bem como os diretores podem ser chatos. E Dianna nem gosta de futebol, americano ou não.

A mulher segurou o pote de pipoca mais perto e abriu sua garrafa de cerveja, inclinou-se contra o encosto do sofá e aumentou o volume da TV. O juiz estava prestes a dar início ao jogo e Dulce estava animada pelo jogo a mais de um mês.

Poucos segundos depois, a porta se abriu e Dianna entrou, segurando vários papéis nas mãos. “Já começou?”

“Não.” Dulce murmurou distraidamente, muito surpresa para falar corretamente.

Dianna soltou os papéis em cima da mesinha ao lado da porta e correu até o sofá, onde se sentou e pegou sua garrafa de cerveja da mesa de centro (Dulce havia colocado lá só para, você sabe, garantir). “Ótimo, achei que ia perder o começo. É sempre emocionante quando o juiz dá a partida. Eles estão com mais energia e é mais legal vê-los jogando.” Dianna se interrompeu quando viu que Dulce estava olhando-a. “O que foi?”

“Você veio.” Dulce sussurrou quase em reverência.

“É claro que vim.” Dianna parecia surpresa por sua dúvida. “Eu disse que vinha, não é?”

“Bom, sim, mas eu não estava esperando que...”

Dianna passou a mão pelo braço da outra mulher e sorriu. “Eu nunca vou mentir para você. Sei o quanto você gosta dos jogos e eu gosto de ver você assistindo. Estou aqui, assim como prometi.”

Dulce acenou em acordo e sorriu, antes de erguer o volume da TV, no momento exato que o juiz deu o apito inicial. Dianna, sabendo que sua namorada gostava de espaço para poder se levantar e/ou reclamar, escorou-se do outro lado do sofá, mas deixou seus pés se tocando.

Pela próxima hora e meia, Dianna sabia que passaria mais tempo observando sua namorada do que prestando atenção no jogo.

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23:09

Dianna pairou sobre Dulce, como sempre fazia quando fazia amor com sua namorada. As pernas de Dulce estavam espalhadas, uma mão agarrava o travesseiro e a outra segurava os fios loiros com força, mas ainda suavemente.

Dianna podia pensar que aquela noite seria mais agitada, mais rápida, mais necessitada, mas ela estava errada. Por algum motivo, depois que as coisas evoluíram e elas saíram de suas roupas, elas assumiram um ritmo lento, cheio de carícias e toques suaves, suspiros e sussurros.

Ela não podia reclamar. Se era o que Dulce queria, precisava, ela, de bom grado, faria.

Dentro daquelas paredes, passando pela porta de entrada de seu apartamento partilhado, Dulce não precisava ser a figura forte que ela fingia ser lá fora. Ela não precisava ser a mulher confiante, sem medos e orgulhosa. Ela podia deixar suas barreiras caírem, podia revelar os medos e as fraquezas, porque Dianna faria tudo ao seu alcance para nunca machucá-la, nunca deixá-la triste e sempre, sempre, deixá-la ser quem ela queria ser.

Do mesmo modo que ela mesma, Dianna Agron, podia deixar suas barreiras escorregarem, tirar sua maquiagem, prender seu cabelo, colocar roupas largas e velhas, e se sentir em casa, porque era onde Dulce estava e ela sempre se sentiria bem com isso.

Então, quando ela caiu ao lado de Dulce e puxou-a para perto, ela sentiu um beijo em sua clavícula e um suave: “Eu te amo”. Não que ela precisasse ouvir estas palavras. Dulce mostrava para ela todos os dias o seu amor. Da mesma forma que Dianna tentava transmitir em ações a sua resposta também sussurrada: “Eu também te amo.”

Porque não é preciso dizer as palavras em voz alta para ser verdade.