Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...
One more night (DulcexNaya):
Como ela pode chegar em casa todos os dias? Como ela pode me olhar todos os dias? Como tem coragem de beijar meus lábios e apenas fingir que não há nada de errado?
Como ela conseguiu pisotear toda a vida que construímos juntas?
Honestamente, não sei como ela consegue deitar ao meu lado na cama e agir como se não tivesse cuspido nos votos que fizemos para a vida toda. Eu adoraria saber porquê ela sai, noite após noite, e continua me traindo, sendo que ela vê a dor que isso me causa. Eu não sou alheia. E nem ela é. Eu sei exatamente o que ela está fazendo quando diz que está trabalhando até tarde. E ela sabe que eu sei.
Mesmo assim, eu fico, como um acordo silencioso. Ela fode quem ela quer porque pode, porque é o que seu corpo pede, porque ela tem a necessidade de compartilhar sua beleza com os outros. E eu me mantenho calada. Ela fica, não porque se sente obrigada por causa de nossa filha ou por causa da casa que pagamos ridiculamente caro a alguns anos, mas porque ela se importa. Porque ela me ama.
Apesar de sentir isso, ela continua saindo e fodendo qualquer pessoa que lhe dê mole. Homens e mulheres. Todas as noites.
Eu reconheço o perfume até de seus amigos contra ela. Sei que Heather não faz por querer machucar ninguém, ela transa com Naya porque sente a mesma necessidade que ela. Mas Mark é outra história. Ele transa com ela porque pode, porque, assim que pede, ela concorda. Ele faz isso para me lembrar de que a teve antes mesmo que eu a conhecesse.
E eu assisto tudo se desenrolar. Vejo os olhares trocados nas festas, vejo as marcas de batom, chupões que eu sei que não fui eu que deixei lá. E, ainda assim, continuo sendo a esposa que todos desejam, que levo minha filha com um sorriso ao parque, faço a janta e não exijo nada mais do que ela chegue em tempo de colocar a filha para dormir.
E nem a única coisa que eu peço, ela faz.
As pessoas nos observam nas ruas por diversos motivos. Porque somos pessoas públicas e eles nos reconhecem da TV ou de algum pôster por aí. Porque não concordam com nossa relação. Porque acham que somos uma família feliz. Ou porque a desejam. Continuam olhando para ela como se fosse um pedaço de carne que queiram devorar. Naya tenta ser discreta, mas eu sei que ela os olha de volta. Todos eles.
Em reuniões familiares, seus próprios pais a ignoram. Eles não apoiam o ‘estilo de vida’ da filha. Mas continuam conversando comigo, com sorrisos gentis e olhares piedosos. Eu converso com o maior sorriso que consigo ter, mas meus olhos queimam de dor e humilhação. Sua família inteira sabia sobre suas traições, até meus pais sabiam, mesmo que eu não tivesse dito uma única palavra sobre isso.
Mas a gota d’água acontece no aniversário de 5 anos de nossa filha. Ela chegou atrasada porquê estava muito ocupada comendo Lea em algum camarim do estúdio. Nossa filha chora e grita que a odeia, e eu não faço nada para acabar com a birra. Ambas as nossas famílias estavam lá e ela havia me prometido que chegaria a tempo, mas eu deveria saber mais do que acreditar naquilo.
Nossos familiares lançam olhares furiosos e decepcionados mais uma vez, mas, naquele momento, ela teve a decência de abaixar a cabeça e sentir vergonha. Não que fizesse a mancha de batom de seu pescoço desaparecer.
Naquela noite, depois de colocar nossa filha dormir, eu pego seus travesseiros e uma coberta e jogo em seus braços, declarando que ela iria dormir no sofá a partir daquele momento.
Ela cai de joelhos e começa a chorar. “Eu te amo!” Ela promete que nunca mais vai fazer aquilo de novo, que vai mudar, implora perdão, mas eu já tive o suficiente.
“O sofá é seu até você acordar para a vida e perceber o que é importante, ou até você encontrar uma casa para você.” Declaro com convicção, apesar da dor em meu coração se tornar insuportável de repente.
Naya dorme no sofá por alguns dias, até eu desistir e acabo deixando-a voltar para os meus braços. Nós fizemos amor naquela noite, com ternura e como não fazíamos a muito tempo, mas não pude impedir as lágrimas de saírem ao me lembrar de que ela havia tocado outras mulheres (e homens) do jeito que ela deveria ter tocado apenas a mim.
“Eu te amo, Dulce, eu te amo tanto.” Ela sussurra no meu ouvido enquanto traça um caminho com as mãos quentes pelo meu corpo. Eu apenas a seguro mais perto, com medo que ela vá desaparecer, que o pesadelo recomeça-se.
Ela não tocou em outra pessoa depois daquela noite. Eu simplesmente sabia, assim como sabia que ela me traía antes. Ela chega em casa cedo e não olha mais as pessoas que a olham de volta.
Eu não poderia estar mais feliz. Ela ri sem esforço, e eu a beijo sem medo de onde seus lábios estiveram antes, e eu a amo do jeito que nunca tive liberdade para fazer antes. Ela leva a mim e nossa filha para piqueniques e jantares fora. Naya se senta com seu pai e conversa com ela pele primeira vez em anos. Até mesmo sua mãe voltou a lhe dar os longos abraços que eu sei que ela adora.
Eu me sentia inteira e verdadeiramente feliz em anos. E isso era meio que uma novidade.
Nossa filha completa 6 anos e Naya está lá para celebrar com ela. Ela me segura perto e beija minha nuca a cada poucos segundos.
Mas eu não podia simplesmente esquecer a dor que ela me fez sentir por anos. Não foram meses ou apenas algumas vezes. Foram anos e anos de sentir o perfume de outra pessoa sobre ela.
Não tenho certeza como acabei daquele jeito, mas, quando dei por mim, estava debruçada sobre o braço do sofá, ouvindo a respiração ofegante de Christopher atrás de mim. Antes que pudesse vomitar, levei-o para porta assim que terminamos de nos vestir.
Seu carro estava no lugar de Naya e ele tentou me beijar antes de sair, mas eu desviei e olhei para o chão. Apenas tenho o pressentimento que ele tinha um sorriso presunçoso no rosto quando se virou, mas ficou aterrorizado quando viu que havia um carro ao lado do seu.
Eu também fiquei. Naya estava escorada no capô, fumando e olhando para nós. Foi quando eu percebi que ela não só sabia o que estávamos fazendo, mas como havia visto também.
Depois de Christopher sair, Naya apagou o cigarro e caminhou até a porta, onde eu estava escorada, com lágrimas nos olhos. Eu fiquei esperando um tapa ou uma gritaria, porque a fúria em seus olhos não era nada que eu tenha visto antes, mas Naya me puxou para perto e me abraçou com força.
Comecei a chorar contra seu ombro e me agarrei em sua cintura como se estivesse me afogando e ela fosse meu bote salva-vidas. Falei que não sabia porquê tinha feito aquilo, que me arrependia e que jamais iria acontecer de novo.
Naya apenas beijou minha testa e murmurou: “eu te amo”.
Não havia mais nada que falar.
Por duas semanas, as coisas ficaram estranhas. Naya havia voltado a dormir no sofá e a chegar tarde em casa. Eu estava em pânico, pensando que tudo estava acabado daquela vez, até sua mãe me ligar um dia. Naya já estava atrasada por três horas e eu estava sentada na mesa com as velas derretidas e pratos de comida vazios. Nossa filha já estava dormindo, pois havia ficado cansada de esperar por sua outra mãe.
“Falei com a minha filha.” Foi o que minha sogra falou quando questionei o motivo de sua ligação. Pensei que ela me odiasse por fazer aquilo com sua garotinha, mas ela me surpreendeu. “Ela não pode brincar com o fogo e esperar que não vai se queimar.”
Não tinha certeza se aquilo significava que ela me apoiava, que me odiava ou que entendia, mas fiquei grata. Não tirava minha culpa pelo que fiz, mas amenizava um pouco.
Ela chegou pouco tempo depois e apareceu na cozinha. “Onde você estava?” Aquela frase me lembrou dos nossos primeiros anos de casamento, onde eu ainda perguntava aquilo, esperando receber uma resposta convincente.
“Trabalhando.” Era sempre aquilo que eu tinha como resposta e, todas as vezes, eu sabia que era mentira.
“Por que você fez isso de novo?” Comecei a chorar. “Eu te pedi perdão pelo que fiz. Você não tem o direito de recomeçar a dormir com qualquer pessoa. O que eu fiz pra você me odiar tanto assim?”
“Eu não estava fodendo por aí!” Ela exclamou com raiva. “Estava falando com a minha mãe.” Sua voz estava mais suave e um pouco culpada por ter gritado antes. Ela não pode me culpar por estar desconfiada. “Eu sinto muito... Mas eu prometo que estava só falando com a minha mãe.”
Minha cabeça se abaixa, mas, antes que eu possa me desculpar, sua mão apareceu na minha frente. “Vem pra cama comigo.”
Não sei se ela havia percebido que era a primeira vez que iríamos dormir juntas depois do ocorrido, mas segurei sua mão e deixei-a me puxar para cima. Naya me pegou no colo, estilo noiva, e não pude impedir um sorriso de aparecer. Fazia tanto tempo que não agíamos daquele jeito, tanto tempo que ela não me olhava como se eu fosse a única coisa em seu mundo, do mesmo jeito que ela me olhou no dia do nosso casamento.
É quase dez horas da manhã quando nossa filha aparece no quarto. O lençol esconde nossos corpos nus de seus olhos inocentes. Naya apenas observa com um sorriso enquanto ajudo nossa menininha a subir na cama. Ela deita entre nós, segurando seu ursinho de pelúcia favorito. Naya passa os braços por trás de nós duas e nos puxa o mais perto possível.
Depois de um abraço, incentivo nossa filha a descer as escadas e começar a pegar alguns ovos na geladeira. Assim que ela deixa o quarto, Naya me surpreende pulando em cima de mim e enchendo meu rosto de beijos. Enquanto eu ria, tentava me lembrar de quando me senti tão feliz. A resposta era a época onde as traições ainda não existiam, onde tudo era tão simples, quando ela chegava em casa e me levava para jantar e passávamos a noite inteira juntas.
Mas era passado. Tudo havia sido deixado para trás e eu tinha certeza absoluta daquilo.
Naya apareceu na cozinha depois de um banho rápido. “Bom dia, senhoras.” Ela diz, levantando nossa filha e colocando-a em cima do balcão e beijando sua testa. Ela beija minha testa também e ajuda a menina a descer.
Enquanto nossa filha divaga sobre algo, Naya me abraça por trás e beija minha nuca. Algumas coisas na vida não podem ser corrigidas, como o bacon do café da manhã que ela me fez queimar por me distrair, mas acho que nossa vida em geral era algo que poderia ser concertada.
Autor(a): chavinonyportinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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siempreportinon Postado em 14/11/2016 - 14:57:47
Você escreve muito bem, parabéns!!! Só li as histórias PORTINON e sinceramente acho que deveria fazer uma fic só portinon
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tammyuckermann Postado em 30/10/2015 - 01:08:35
Posta maaais amo as partes portinon *-*
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dulvatoforever Postado em 06/09/2015 - 02:57:51
Faz mas fanfics dulvato s2
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juhdul7 Postado em 03/08/2015 - 22:41:26
Maravilhosos capítulos! Incríveis!! Amei!!
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Julia Klaus Postado em 02/08/2015 - 20:31:52
Suas postagens são muito perfeitas hehehehe Adorando!! Amei a do Poker ali kkkkk
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Lidi Postado em 26/07/2015 - 13:47:18
Sinceramente, essa ultima portiñon Presença, era tudo que queria que tivesse acontecido no casamento da Anahí! kkkk mas né
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Kah Postado em 06/04/2015 - 10:16:47
Caraaa. Como amo tudo isso aqui. Vc tem escrito tão bem, uma escrita que te envolve tanto em cada capítulo. Acho que seus dois últimos capítulos Portinon foram definitivamente os melhores das duas, Poker então nem se fala, rs. Nossa é incrivel como vc prende nossa atenção desde o título da One-shot, bom, pelo menos a minha, não havia lido nada do gênero ainda e estou simplesmente encantada. Por favor, quando for escrever um livro vou querer ir no lançamento kkkkkk. Ahh em Bun in the oven (DulcexNaya), na hora de mudar as cores da parede me lembrei de Portinon em La Familia, quando as duas deitadas no chão da cozinha abordavam o mesmo assunto.
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Dannyk Postado em 05/04/2015 - 17:17:00
ADOREI essas OS's ... Teve a Lali em um cap <3 (Que emoção que você conhece a minha Marianinha) Continua (DULCE X NIKKI COF COF) tão ótimos *-*
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AnnieSilva Postado em 02/04/2015 - 23:41:26
Nossa, amei o Poker ( Portinõn ) <3 <3
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camimaschio Postado em 24/02/2015 - 21:21:00
Bom, primeiramente: eu já fiquei muito feliz quando você disse que faria one-shots, pois não é uma pratica muito comum ainda em alguns shippers e as vezes quem faz não sabe fazer, deixa uma coisa sem pé nem cabeça, o que não é seu caso. Segundo: você não se prendeu só em um casal, você Ta fazendo uma mistura muito maneira, mudando a Dulce de vários jeitos e trejeitos! E a pondo com pessoas que nem imaginei, Ta ficando muito maneiro! Terceiro: suas one-shots me prenderam de uma maneira absurda (claro, alguma mais que as outras). As vezes simplesmente volto e releio algumas haha. sua escrita está maravilhosa, tudo, simplesmente tudo, está incrível! Parabéns! O que me levou à enfim comentar aqui foi o fato de eu parar para ler Se Io Potessi 3 (ou mais) vezes em um mesmo dia. Então eu parei e me perguntei se já tinha lhe dito o quanto suas one-shots estão incríveis tanto com enredo quanto com estrutura. Parabéns pelas one-shots, não são fáceis de se escrever. Parabéns!