Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...

Baby, it’s cold outside (DulcexNaya):

O apartamento estava escuro e silencioso, exceto pelo ruído suave de crepitar, o brilho e o calor agradável vindos da lareira. Dulce suspirou feliz quando sentiu os dedos hábeis de Naya correrem por seus cabelos desarrumados, que ela afirmava preferir. Ela havia revirado os olhos quando a mulher mais jovem havia dito aquilo, mas suspirou satisfeita quando as unhas bem feitas de Naya arranharam seu couro cabeludo. Naya abraçou-a mais perto, aconchegando-a contra seu corpo, respirando o doce aroma de baunilha e flores que parecia emanar de Dulce o tempo inteiro.

O casal havia passado a tarde junto, casualmente descansando no tapete fofo da casa de Naya e fugindo do frio e da neve que caia com força do lado de fora. Fugiam também dos rumores que os seguiam onde quer que fossem, rumores sobre seu relacionamento aconteciam desde que foram fotografadas deixando juntas a festa de Natal do elenco de Glee. Dulce não teria motivo nenhum para estar lá, a não ser que fosse convidada por algum deles, com quem tivesse um envolvimento romântico (como aconteceu com Amber e seu namorado), e sair de lá com Naya criou rumores de seu suposto romance. Eles não estavam errados, mas elas preferiam manter-se o mais longínquo possível da atenção extra. Dulce ignorava a maior parte deles, mas alguns comentários chateavam Naya mais do que ela deixava sua namorada perceber.

“Nay, eu deveria ir. Está ficando tarde.” Dulce murmurou tristemente, virando-se para olhar o céu escuro para fora da janela.

“Mas está congelando lá fora.”

“Está ficando tarde, eu realmente deveria voltar para casa.” Ela repetiu, tentando levantar da posição confortável. Foi uma tentativa mal sucedida, já que Naya estava relutante em deixá-la ir. “Hoje foi incrível...”

“Eu adorei nosso tempo juntas também.” Disse Naya, virando-se para ficar de frente para Dulce. Ela pegou suas mãos. “Deus, suas mãos parecem gelo.”

Dulce arqueou uma sobrancelha para a mentira da latina e sua desesperada tentativa de fazê-la ficar. Sua namorada sabia que ela estava com calor durante todo o tempo na frente do fogo. Ela sorriu e se inclinou para colocar um beijo casto na bochecha da mulher mais jovem. Os olhos de Naya ainda estavam fechados quando Dulce se afastou.

“Os paparazzi me seguiram e tenho certeza que estão lá fora esperando. Eu deveria...”

Ela foi interrompida por um par de lábios grossos e suaves. “Mas, meu amor, é sábado à noite, não há pressa.” Naya sussurrou enquanto distribuía beijos pelo queixo, bochecha e lábios da mexicana.

Com a respiração presa na garganta, Dulce podia sentir sua força de vontade deslizando mais e mais a cada toque. “Bem...” Ela estava ofegante e Naya sorriu vitoriosa. “Talvez mais uma taça de vinho antes de ir.”

A latina se sentou e puxou Dulce junto com ela, até que estava separadas apenas por um fio de cabelo. “Coloque uma música enquanto eu pego. Eu gostaria muito de dançar com você, querida.”

Totalmente hipnotizada pelos redemoinhos castanhos cintilantes que eram os olhos de Naya, Dulce assentiu e foi até a estante grande no lado oposto da sala. Ela olhou a extensa coleção de CDs, até que se decidiu pelo clássico. The Beatles era uma paixão que ambas compartilhavam. Ela mal havia colocado o CD no rádio quando um par de braços a cercou por trás, puxando-a para uma valsa lenta.

Elas balançaram no ritmo lento da melodia.

“Tenho medo de pensar o que meus pais poderiam pensar. Uma jovem, presa nas garras de uma latina sedutora.” Dulce brincou. Seus pais já sabiam do relacionamento a algum tempo e estavam totalmente de acordo. Infelizmente, eles não conheciam Naya, por causa da perseguição constante de paparazzi. “Você deve ter colocado algo na minha bebida... Nem sei se quero que você pare.”

“Eu não faria tal coisa, querida.”

“É claro que não.” Dulce sorriu. “Você me ama.”

Naya riu, seu peito tremendo no som retumbante. “Eu amo. Tanto.”

A mulher de cabelos vermelhos como o fogo que crepitava na lareira se afastou, os olhos brilhavam intensamente. Ela ficou na ponta dos pés para beijar os lábios tentadores. “Eu também te amo.”

Mais tarde naquela noite, Dulce estava olhando pela janela do quarto, estudando a escuridão. “Eu deveria ir.” Ela repetiu, apesar de não acreditar mesmo naquilo. Naya cantarolou em reconhecimento, mas se recusou a soltar a cintura de sua namorada. “Este dia foi tão incrível e agradável...”

“Está frio lá fora e está nevando, querida.”

“E eu tive horas incríveis, mas...”

“Eu tenho sorte que você decidiu vir e eu estou feliz por você estar aqui e por ter gost...”

“Eu realmente deveria ir.”

“É muito perigoso, querida. Olhe lá para fora.”

“Eles vão desconfiar, você sabe.”

O olhar no rosto de Naya fez seu coração quebrar um pouco. Era um mix de tristeza, desespero e desejo. Ela estaria viajando amanhã, de volta para o México, para sua vida, e Naya ficaria ali, tocando em frente sua vida na cidade onde sempre sonhou em morar. Dulce não podia culpá-la, ela também queria aproveitar cada minuto daquele dia antes de ter que embarcar no avião na manhã seguinte. Deus sabe quando elas iriam conseguir se ver de novo com a agenda tão lotada.

“Amor, eu nunca vi tanta neve antes.” Naya murmurou pensativa.

“Mas eu tenho que voltar ao hotel. Não posso dormir aqui, tenho que estar no aeroporto às seis.”

“Bem...”

“Não se atreva, Naya Marie Rivera.”

“Você iria congelar lá fora, meu amor.”

“Vou pegar um de seus casacos emprestados.”

“Está falando sério? Dulce, a neve está chegando até os joelhos lá fora!”

“Naya, isso é maravilhoso. Você foi incrível.” Dulce envolveu seus braços ao redor da latina. “Mas eu...”

“Não vá.” Sussurrou Naya com a voz trêmula, seu hálito causou arrepios quentes pela espinha de Dulce. “Você vai morrer lá fora e eu estou bem apaixonada por você, sabe.”

“É mesmo?”

“Uhn.”

“Você pode viver com os rumores e promete não ameaçar ninguém?”

“Bem, isso vai exigir algo de você também.”

“O que?”

“Que tal mais um drink?”