Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...

Nada... e tudo (Portiñon):

É um desastre prestes a acontecer e todo mundo sabe disso, mas ninguém quer intervir. Christian está dando um passo para trás e alegando que não é trabalho dele ficar no caminho, e ele olha para você como se você estivesse louca por sugerir o contrário. O resto do pessoal está praticamente ignorando a forma como Dulce e a morena alta estão dançando, com os quadris se movendo juntos em total desrespeito com o arredor. Você deseja que poderia ir para a pista de dança e fazer o mesmo.

Mas você não pode, porque a morena de olhos verdes está praticamente transando na perna da sua melhor amiga, e ela parece muito com uma ex-namorada que arrancou o coração de sua amiga a alguns meses. E você sabe que, quando a manhã chegar e o álcool tiver ido embora, ela vai se arrepender, e você vai ser a única a pegar Dulce do chão novamente.

“Vá buscá-la, Any.” Poncho diz, dando-lhe um pequeno empurrão no ombro, apenas o suficiente para começar a andar. Você percebe que não foi o empurrão que lhe deu confiança para andar, mas as duas, ou três, doses de tequila.

O bar está previsivelmente cheio e é difícil chegar até a pista de dança, mas você consegue. Sua cabeça está pulsando com a música e seu corpo se espreme entre a massa de garotos bêbados que parecem inteiramente animados por vê-la se aproximando. Você revira os olhos quando eles gritam uma série de sugestões inadequadas, e um suspiro de alivio cai de seus lábios quando você finalmente chega até a cabeça vermelha que você estava procurando.

Você chama sua atenção segurando seu ombro. “Hora de ir.” Você diz, inclinando-se para ela, deixando seus lábios escovarem contra sua orelha. O arrepio que rola pelo corpo dela não passa despercebido por você.

Olhos castanhos olham para você. “Ok.”

Uma parte de você odeia que é tão fácil fazer com que ela se dobre tão facilmente à sua vontade, mas, naquele momento, você está feliz que ela está se afastando da morena com um sorriso triste.

“Ela me ligou hoje.” Diz Dulce, interrompendo seu debate interior. “Lali.”

Você aperta sua mandíbula para não dizer nada que possa se arrepender, mas, por dentro, você está gritando. Lali Esposito. Como ela ousa sequer pensar em chamá-la? “Sério? Quando?” Você pergunta satisfeita por saber que sua voz é calma.

Dulce dá de ombros. “Quando você estava se trocando no camarim.”

Bem, isso pelo menos explica a dançarina sósia. Você se aproxima e segura seu rosto em uma mão. A suavidade de sua pele nunca deixa de te surpreender. “Por que você atendeu?”

“Eu não sei.” Ela revira os olhos e balança a cabeça.

Ela parece tão quebrada que seu coração se parte por ela. Você a puxa para um abraço e ela praticamente derrete em você. “Está tudo bem.” Você sussurra quando percebe que ela está chorando em seu ombro.

Quando você considera a situação sobre controle, você se afasta e tenta secar as lágrimas com os polegares, mas não pode deixar de pensar que ela é a mulher mais linda que você já conheceu. Seu olhar cai para seus lábios. Ela é tão linda. Tão quente. Tão amorosa. Tão boa. E isso te mata, porque ela sempre acaba machucada.

“Por favor.” Ela sussurra e seus olhos deixam os lábios carnudos. Ela está olhando para você com os olhos vermelhos, tentando transmitir o quão quebrada e necessitada ela está. Não tem como negar o que ela está pedindo de você, e não tem como negar que uma parte de você sempre se perguntou como seria.

Você sabe que é errado, mas inclina a cabeça e chega mais perto, mas, mesmo se a sua vida dependesse daquilo, você não conseguiria fechar a distância final para reivindicar seus lábios. Porém, você não precisa. Ela mesma faz isso. Seus lábios se encaixam perfeitamente nos seus e, quando ela geme contra sua boca, qualquer controle que você tinha desaparece. Seus olhos rolam para trás e você a empurra contra a parede frágil logo atrás dela.

Um gemido baixo deixa sua garganta quando suas mãos se fecham em seu quadril, puxando-a para mais perto enquanto ela aprofunda o beijo, empurrando a língua corajosamente em sua boca, tomando tudo que você nem percebeu até agora que estava disposta a lhe dar.

Mas, tão rápido como começou, parou.

Ela se afasta com uma expressão de horror completo. “Oh meu deus.” Ela sussurra com os olhos assustados e suplicantes por perdão. “Eu sinto muito. Por favor, não me odeie, Annie. Não vai acontecer de novo.”

Seu tom era definitivo e as palavras contam você como uma faca. “Eu nunca poderia te odiar, Dulce.”

Ela apenas balança a cabeça e você sente seus olhos se encherem de lágrimas por causa da rejeição. “Eu vou... sair.” Dulce se recusa a te olhar quando desvia de seu corpo para ir até a porta.

“Ok.” Você sussurra.

Parecem anos até que você consegue reunir coragem o suficiente para chegar até a mesa. Christian está longe de ser visto, assim como Dulce. Poncho está olhando para você e ele sabe que algo está errado, mas você apenas balança a cabeça em resposta à pergunta não feita. Você toma em apenas um piscar de olhos uma tequila esquecida na mesa. O álcool queima, mas acalma.

“Eu vou embora. Vejo vocês em alguns dias.”

“Até mais, Any.” Maite e Christopher dizem em coro enquanto você desliza algumas notas sobre a mesa para ajudar com as despesas de metade das tequilas da noite.

Você sai do bar e se depara com uma noite fria. Sua cabeça está baixa quando escuta o som de uma voz familiar chamar seu nome.

“Do que você precisa, Chris?” Você pergunta ao se virar. Por cima de seu ombro alto, você vê Dulce encostada contra a parede exterior do bar com a cabeça entre as mãos. Você não tem dúvidas que Christian a estava consolando.

Sua expressão é curiosa e você fica feliz que ele não parece com raiva. “O que aconteceu?”

“Nada.” Você responde automaticamente. “Tudo.” Admite depois de alguns segundos. “Ela me beijou. Eu a beijei.”

Seus olhos se arregalam. “Por que diabos você faria isso?”

“Ela pediu. E eu queria beijá-la.”

“Você está apenas brincando com a situação?”

Você balança a cabeça. “Não. Mas ela não quer que aconteça de novo, então é melhor arrumar sua calcinha, Christian. Vamos apenas riscar isso do diário ou marcá-lo como um erro induzido pelo álcool. Vamos seguir em frente.”

“Foi um erro?”

Você balança sua cabeça tristemente. Você não sabia o quanto queria até ter. Nunca poderia ser um erro. Podia não ser nada, mas para você era tudo. “Não.”

Os olhos de Christian se suavizam e ele lhe oferece um pequeno sorriso. “E se ela se sentir da mesma maneira?”

“Ela sabe onde eu moro, Christian.” Você diz a ele antes de se virar e começar seu caminho até uma estação de táxi a alguns metros. “Eu te vejo mais tarde.”

Você mal teve tempo de retirar sua camiseta quando chega em casa. Havia alguém batendo em sua porta. Você não queria criar esperanças, mas recolocou a camiseta rapidamente e foi até a porta. Você quer olhar pelo olho mágico, mas não tem coragem, então apenas abre a porta e espera o melhor.

Dulce parecia perdida, quebrada, cheia de esperança e medo. Você suspira e a puxa para dentro. “Você queria?” Ela pergunta.

Sua voz é tão suave e frágil que quebra seu coração mais uma vez, mas você sorri ao assentir. “Sim.”

Ela respira fundo com um pequeno sorriso no canto dos lábios, e você sente seu coração inchar com carinho por ela.

“O que mudou?”

“Nada... e tudo.”