Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...
Presença (Portiñon):
“Então, eu confirmei presença.”
“Você deve ser masoquista.” Christian parecia dividido entre surpresa, medo e mais surpresa.
“Ela é minha melhor amiga desde nossos cinco anos, Chris. O que eu deveria fazer?”
“Dizer que estava ocupada, arrumar um compromisso, fingir que não recebeu o convite, ignorar as ligações, não confirmar, morrer.”
Revirei os olhos. “Não posso apenas fingir que não existo e não ir.”
“Mas você também não pode fingir que não sente nada e ir.” Ele balançou a cabeça parecendo preocupado agora. “Você deve ser masoquista.” Repetiu.
“Anahi veio aqui pessoalmente. Eu não podia dizer que não iria ao seu casamento.”
“É claro que podia. Ou, bem, não podia, já que você é masoquista. Diga-me, sua dor te dá quanto prazer?”
Suspirei. “Chris, eu tenho que aceitar que eu nunca, jamais, irei ter qualquer chance com ela. Talvez ir nesse casamento seja a última prova que eu precise para seguir em frente.”
“Você acredita mesmo nisso?”
“É a última tentativa de esquecê-la. Já faz dez anos, eu não consigo mais lidar com a dor. Preciso estar lá e ver com os meus próprios olhos que ela nunca vai ser minha.”
Christian respirou fundo, antes de concordar. “Ok, mas eu vou escolher seu vestido.”
PP
“Podia ficar pior?” Dulce murmurou para si mesma quando viu a família de Anahi se aproximando dela. Ela podia jurar que sua mãe sabia muito bem de seus sentimentos por sua filha por causa de seus olhares cheios de piedade. “Olá, Aninha! Como você cresceu!” Dulce exclamou, optando por abordar o membro mais inocente por ali.
“Dulce.” Marichelo-mãe cumprimentou com um leve sorriso. “Não nos vemos a muito tempo.”
“Ocupada com o trabalho.” Dulce mentiu rapidamente. Honestamente, se ela quisesse, podia ficar semanas sem trabalhar.
“Bom, agradecemos por ter conseguido aparecer hoje.” A mulher que uma vez a considerou uma filha comentou. “Anahi queria muito que sua melhor amiga estivesse aqui.”
Dulce deu-lhe um sorriso falso. “Eu não perderia por nada.”
“Ah, aí está você, Dulce. Estava te procurando.” Christian se aproximou e acenou para o grupo. “Olá, pessoal. A decoração está maravilhosa, mal posso esperar para ver Annie entrando.”
“Atrasada como sempre.” Marichelo-irmã revirou os olhos. “O dia que minha irmã chegar pontualmente em algum lugar vai ser o mesmo dia em que canivetes vão cair do céu.”
“Você deveria ir ver como ela está, Dulce.” Marichelo-mãe sugeriu. Seus olhos brilhavam com algum tipo de conhecimento.
Dulce tentou pensar em desculpas para não ir, mas nada que podia pensar fazia sentido, então concordou silenciosamente e se encaminhou para onde havia visto Anahi entrar antes.
“Dulce!” Ana Paula chamou-a enquanto corria em sua direção.
“Sim?”
“Entregue isso para minha tia, ok? Diga para abrir antes de entrar na cerimônia.” Ela lhe entregou um envelope estupidamente rosa e sorriu.
Dulce franziu a testa, mas concordou. “Ok.”
A mulher continuou seu caminho, parando apenas para bater suavemente na porta, então entrou no quarto de tamanho médio e praticamente vazio. Anahi estava sentada em uma cadeira na frente de uma penteadeira usando um vestido branco deslumbrante. Dulce esqueceu-se de como respirar por alguns segundos.
“Wow, você está... linda.” Ela admitiu depois de longos segundos tensos. “Simplesmente linda.”
Anahi sorriu para sua amiga e se levantou para abraçá-la. “Estou feliz por estar aqui, Dul.”
“Eu disse que viria.” Dulce respirou fundo contra o cabelo solto de Anahi antes de se afastar e colocar no rosto o maior sorriso que podia naquelas circunstancias. “Acho que você é a noiva mais linda que já vi.”
Anahi corou um pouco e escondeu uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. Seus cabelos estavam soltos e caiam em cachos por suas costas em um tom loiro mel que Dulce sempre amou. “O que é isso?”
Dulce ergueu o envelope. “Ah! Ana pediu para te entregar isso. Disse que você tem que abrir antes de entrar.”
Anahi pegou o envelope e sorriu. “Obrigada.” Dulce se afastou para observar o buquê, que estava em cima da cama. “Se importa se eu ler isso agora?”
“Vá em frente.” Dulce deu de ombros e tentou manter seus olhos longe de Anahi. Seu coração parecia estar sofrendo o suficiente já.
O papel era tão rosa quando o envelope, mas, apesar de seu tamanho, só havia duas frases escritas nele.
“Abra os olhos. Ela te ama.”
Anahi franziu a testa confusa. Então olhou para Dulce e observou sua amiga olhando uma foto sua e de Manuel em um barco. Ela realmente, realmente, pela primeira vez, olhou para Dulce. Seu olhar parecia feliz enquanto olhava para seu rosto, mas, ao perceber o homem ao seu lado, ele perdeu todo o seu brilho, seu rosto caiu, e ela colocou a fotografia para baixo rapidamente.
“Devo estar preocupada com o fato de que minha sobrinha de 12 anos percebeu algo que eu não vi durante toda sua vida?” Anahi se questionou mentalmente. Provavelmente sim. Porque estava muito na cara.
“Dulce?”
“Hm?” Sua amiga murmurou com os olhos ainda vagando pelo quarto.
“Posso te perguntar uma coisa?”
“Claro.”
“Por que você está aqui?”
Dulce respondeu com um sorriso zombeteiro. “Você me levou um convite, não se lembra?”
“Não. Por que você está aqui?”
“No seu quarto?” Dulce parecia confusa com a pergunta. “Sua mãe disse que você estava atrasada, então me pediu para vim falar contigo.”
Anahi abaixou a carta lentamente e suspirou. “Por que você está aqui?”
Dulce finalmente olhou para a loira, com a testa franzida, e a cabeça levemente inclinada. “Não entendo o que está tentando perguntar. Já lhe disse. Você me convidou, eu vim, sua mãe pediu para eu falar contigo, eu vim.”
“Por que você veio no meu casamento?”
Dulce arqueou uma sobrancelha bem feita (por Christian, aliás). “Não estamos tendo um argumento em círculos aqui?”
“Se você me ama, por quê veio ao meu casamento?”
Os olhos da ruiva se arregalaram brevemente, antes de seu rosto se tornar uma máscara sem emoção. “Você é minha melhor amiga. Não perderia o dia mais importante da sua vida.”
“Dulce...” Anahi suspirou. “Por que está fazendo isso com você mesma?”
A mandíbula de Dulce se fechou com força e seus olhos pareciam gritar por socorro. “Não sei do que está falando, Anahi. Se é sobre o vestido, saiba que eu discordei categoricamente sobre seu tamanho, mas Christian insistiu.”
“Não faça isso, Dulce. Não fique aqui e veja eu me casar.” Anahi quase implorou. “Você não merece essa dor.”
Dulce olhou para o lado, então para o tapete ao lado dos sapatos de Anahi. “Já lhe disse que não sei do que está falando.”
“Não fique aqui e veja a mulher que você ama se casar com outra pessoa. Por favor, vá embora. Estou falando isso como sua amiga, Dulce, eu não quero que você se machuque mais e...”
“Honestamente, Anahi, é a última frase que mais me machuca e não todo seu casamento.” Dulce olhou para cima novamente e parecia ter ganho uma nova onda de coragem. “Você acha que sabe o que é melhor para mim. Como uma amiga, como você mesma destacou. Acontece que todos parecem pensar que sabem o que é melhor para mim, mas talvez eu não queira o melhor, talvez eu queira ficar até o fim, até o último segundo, para ouvir você dizer que aceita e que vai se tornar a senhora Manuel Velasco, só para ir embora com o coração partido e chorar por semanas, até conseguir me levantar e finalmente, finalmente, conseguir seguir em frente com a minha vida sem a sua imagem me perseguindo diariamente para todos os lados que eu olhe.”
Todo o discurso de Dulce foi dito em um único fôlego e agora ela estava ofegante, mas determinada. Suas palavras escorriam raiva, mas sua postura gritava confiança. Ela estava com o peito livre de um peso.
“Não faça isso.” Anahi implorou mais uma vez. “Vá embora, Dulce, por favor.”
Dulce estalou os lábios e olhou para o tapete mais uma vez, antes de concordar. “Tudo bem, acho que já tenho as imagens necessárias.” Zombou. “Boa sorte em seu casamento, espero que seja feliz, de verdade.”
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“Eu aceito.” Seu noivo respondeu com um largo sorriso.
O padre começou seu discurso para Anahi naquele momento, mas ela não estava realmente prestando atenção. Dulce havia desaparecido de seu quarto a passos rápidos e foi a última vez que Anahi a viu. Só teve tempo de perguntar brevemente para Christian se ele sabia sobre ela, mas sua resposta foi curta: ‘ela pegou as chaves do carro e foi embora’. Ela havia mesmo ido embora.
E Anahi estava incomodada com aquele fato. Ela se sentia... decepcionada. Juraria para sempre que o motivo era sua melhor amiga não estar em seu casamento, por causa de sua briga, por causa de sua ausência. Mas, no fundo do seu coração, ela sabia a verdade. Ela estava decepcionada por Dulce não ter lutado por ela.
O que ela queria, afinal? Que Dulce pedisse para ela abandonar o casamento e ir viver uma nova vida com ela? Que Dulce tentasse sequestrá-la estilo novela mexicana? Que Dulce declarasse seu amor em voz alta? Que Dulce a beijasse e prometesse mil coisas caso Anahi ficasse com ela?
O que ela estava pensando? Foram anos de um amor sem futuro. Dulce lutou por ela durante treze anos. Com palavras, gestos, presentes, olhares, sorrisos, pedidos. Ela havia perdido toda e qualquer esperança. Ainda mais ali, no seu casamento com um homem bem sucedido e que a amava. Dulce não podia lutar mais. Ela não queria lutar mais. Anahi não podia exigir isso dela.
Anahi foi tirada de seus pensamentos quando alguém limpou a garganta. Ela olhou em volta e percebeu que era sua hora de dizer ‘aceito’. Ela estava prestes, de verdade, mas seus olhos pararam em sua sobrinha, que estava segurando uma folha bem mais discreta. Era uma folha branca, mas as palavras eram feitas com uma caneta preta na língua que Anahi havia inventado com sua sobrinha quando ela ainda era criança. Era uma mistura de espanhol, inglês e francês, e mais algumas palavras que elas inventavam e davam um significado. A muitos anos elas não se comunicavam daquele jeito, mas Anahi se lembrava com perfeição das palavras.
“Abra os olhos. Você a ama também.”
“Não.” Anahi não sabia se estava respondendo ao padre ou à mensagem de sua sobrinha.
“Como é?” Manuel sussurrou em alarme.
Anahi olhou-o completamente surpresa. Como é? Ela também se perguntou. “Não, não, eu não quis dizer isso, estava pensando em voz alta.” Ela viu sua sobrinha revirar os olhos, então balançou a cabeça. “Espera. É isso mesmo que eu disse. Eu não aceito.”
Sussurros começaram a crescer e se tornarem mais altos. Os convidados estavam atordoados, chocados, e loucos pela fofoca. Manuel parecia surpreso e triste. “Anahi, o que está fazendo?”
“Eu sinto muito.” Anahi tirou suas mãos das dele e se afastou dois passos. “Eu não posso... Eu...” Ela tirou a aliança e entregou para ele. “Eu tenho que ir.”
As pessoas só podiam observar enquanto a noiva corria pelo corredor até a saída da igreja.
Mas foi só até aí que Anahi planejou. Ela não tinha um carro, não sabia para onde Dulce tinha ido, estava usando um vestido de noiva e as pessoas estavam começando a sair da igreja para saber o resto da história. Alguém assoviou atrás dela e Anahi se virou. Christian jogou um celular na sua direção e mostrou os polegares.
Era uma boa ideia. Dulce não iria atender se ela ligasse, mas se fosse Christian...
Anahi ergueu a barra do vestido enquanto continuava a descer os degraus da igreja com o celular no rosto. Tocou cerca de cinco vezes, antes de Dulce atender.
“Onde você está?” Anahi perguntou antes que Dulce pudesse sequer falar algo.
“Ãn... Christian? Você está com a voz bem mais... feminina. Está treinando para algum concurso de drag Queen de novo?”
Anahi só teve tempo de lançar um olhar surpreso para Christian, antes de se concentrar no assunto. “Onde você está?”
“Onde nós estacionamos o carro, oras. Não posso te deixar sem carona.”
Anahi desligou o celular e acenou para Christian ir até ela. “Onde vocês deixaram o carro?”
“Na rua de trás.” Ele respondeu. “Por quê?”
“Vamos ter que conversar sobre concursos de drag Queen depois.” Anahi gritou por cima do ombro enquanto corria para fora dos portões e virava a esquina. Christian corou ao sentir todos os olhos sobre ele.
Anahi reconheceu o carro azul de Christian rapidamente e viu Dulce escorada na porta mexendo no celular com um cigarro preso entre os lábios. Ela não sabia quando sua amiga havia adquirido aquele hábito, mas Dulce teria que parar se quisesse beijos regulares.
“Não faço ideia de como você confundiu minha voz com a de Christian, mas você me deve desculpas por isso.” Anahi declarou logo que chegou perto o suficiente do carro.
Dulce deu um pulo de deixou seu celular cair no chão. Ela se virou e ficou com a boca estupidamente aberta. Ela tirou o cigarro lentamente e lambeu os lábios antes de falar. “O que está fazendo aqui?”
“Eu disse que não. Na hora do aceito. Eu disse não.” Anahi tinha um sorriso enorme e assustador.
Dulce franziu a testa. “Ok.”
“Pergunte-me porquê.”
“Por que?”
“Porque eu quero que você chupe uma bala de menta para eu poder te beijar e te levar em um encontro no próximo sábado.”
Dulce sorriu e apagou o cigarro contra o pneu do carro. “Eu também confirmo presença nesse evento.”
Autor(a): chavinonyportinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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siempreportinon Postado em 14/11/2016 - 14:57:47
Você escreve muito bem, parabéns!!! Só li as histórias PORTINON e sinceramente acho que deveria fazer uma fic só portinon
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tammyuckermann Postado em 30/10/2015 - 01:08:35
Posta maaais amo as partes portinon *-*
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dulvatoforever Postado em 06/09/2015 - 02:57:51
Faz mas fanfics dulvato s2
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juhdul7 Postado em 03/08/2015 - 22:41:26
Maravilhosos capítulos! Incríveis!! Amei!!
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Julia Klaus Postado em 02/08/2015 - 20:31:52
Suas postagens são muito perfeitas hehehehe Adorando!! Amei a do Poker ali kkkkk
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Lidi Postado em 26/07/2015 - 13:47:18
Sinceramente, essa ultima portiñon Presença, era tudo que queria que tivesse acontecido no casamento da Anahí! kkkk mas né
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Kah Postado em 06/04/2015 - 10:16:47
Caraaa. Como amo tudo isso aqui. Vc tem escrito tão bem, uma escrita que te envolve tanto em cada capítulo. Acho que seus dois últimos capítulos Portinon foram definitivamente os melhores das duas, Poker então nem se fala, rs. Nossa é incrivel como vc prende nossa atenção desde o título da One-shot, bom, pelo menos a minha, não havia lido nada do gênero ainda e estou simplesmente encantada. Por favor, quando for escrever um livro vou querer ir no lançamento kkkkkk. Ahh em Bun in the oven (DulcexNaya), na hora de mudar as cores da parede me lembrei de Portinon em La Familia, quando as duas deitadas no chão da cozinha abordavam o mesmo assunto.
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Dannyk Postado em 05/04/2015 - 17:17:00
ADOREI essas OS's ... Teve a Lali em um cap <3 (Que emoção que você conhece a minha Marianinha) Continua (DULCE X NIKKI COF COF) tão ótimos *-*
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AnnieSilva Postado em 02/04/2015 - 23:41:26
Nossa, amei o Poker ( Portinõn ) <3 <3
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camimaschio Postado em 24/02/2015 - 21:21:00
Bom, primeiramente: eu já fiquei muito feliz quando você disse que faria one-shots, pois não é uma pratica muito comum ainda em alguns shippers e as vezes quem faz não sabe fazer, deixa uma coisa sem pé nem cabeça, o que não é seu caso. Segundo: você não se prendeu só em um casal, você Ta fazendo uma mistura muito maneira, mudando a Dulce de vários jeitos e trejeitos! E a pondo com pessoas que nem imaginei, Ta ficando muito maneiro! Terceiro: suas one-shots me prenderam de uma maneira absurda (claro, alguma mais que as outras). As vezes simplesmente volto e releio algumas haha. sua escrita está maravilhosa, tudo, simplesmente tudo, está incrível! Parabéns! O que me levou à enfim comentar aqui foi o fato de eu parar para ler Se Io Potessi 3 (ou mais) vezes em um mesmo dia. Então eu parei e me perguntei se já tinha lhe dito o quanto suas one-shots estão incríveis tanto com enredo quanto com estrutura. Parabéns pelas one-shots, não são fáceis de se escrever. Parabéns!