Fanfics Brasil - Love books Lovato (Dulvato) Dulce One-Shots

Fanfic: Dulce One-Shots | Tema: Dulce Maria, Anahi, Demi Lovato, Naya Rivera, Dianna Agron, Monica Raymund...


Capítulo: Love books Lovato (Dulvato)

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Inspirada em uma fic RIZZLES que li a algum tempo :)


Love Books Lovato (DulcexDemi):


“Com licença, posso ajudar?”


Com os dedos marcando a página do livro, a mulher virou a cabeça em minha direção, embora fosse difícil perceber a direção de seus olhos por trás dos óculos aviadores escuros, ela parecia me observar atentamente.


A mulher deu um sorriso torto. “Não, estou apenas olhando.”


Pisquei e olhei para o labrador parado ao lado da mulher para ver se eu não estava imaginando coisas. Não, definitivamente com aquele colete amarelo de cão-guia.


“Um...”


Uma risada rouca trouxe minha atenção de volta para a mulher. “Eu posso imaginar o olhar em seu rosto.” O final da sentença trouxe um sorriso cheio que relevou covinhas surpreendentes.


Tive que lutar para conter um rubor.


No começo, pensei que estava vendo coisas ao ver a mulher de óculos escuros e com cachos longos e castanhos com um cão-guia fielmente ao seu lado entrar na minha livraria. Mas, ao observar, percebi que sua confiança estava totalmente no seu companheiro para guiá-la entre os obstáculos. Cheguei a considerar que era algum tipo de brincadeira, mas, novamente, sua mobilidade dependia do cão. Agora eu estava intrigada.


Tentei vasculhar meu cérebro para uma resposta adequada, mas meus anos de faculdade de letras não estavam ajudando em nada no momento. “Nós temos uma seção de áudio-livros, se você quiser...”


A mulher acenou com a mão, interrompendo minhas desculpas. “Sinto muito. Você parecia muito confusa e eu não consegui me impedir. Meu senso de humor não é do agrado de todos.”


Passei as mãos pelos meus cabelos loiros e cocei minha nuca. “Está tudo bem. Não tem problema.” Garanti, apesar do meu constrangimento. Algo sobre ela me deixava confortável, mas pisando em ovos ao mesmo tempo. Isso me intrigou mais ainda. Quando a mulher correu um dedo sobre a lombada do livro, não pude conter minha curiosidade. “Você pode... hm...” Talvez seja uma pergunta muito pessoal.


“Ver?” A outra mulher completou com um sorriso leve. “Não realmente. Apenas contornos escuros. Ah, onde estão meus modos? Você é Lovato, não é? Da Love Books Lovato.” Ela estendeu a mão.


“Como você...” Apertei sua mão por mais tempo do que realmente necessário, mas sua pele era tão suave que eu não pude me afastar de imediato.


Ela deu de ombros. “Sexto sentido.” Brincou.


“Bem, sim, Demi Lovato.” Apresentei-me corretamente.


“É bom te conhecer, senhorita Lovato. Eu sou Dulce Espinosa,” Ela apontou para o cão parado ao seu lado como uma estátua. “este é Buddy.”


Ao ouvir seu nome, o cão se animou. Seus olhos marrons me observavam, mas ele permaneceu parado ao lado dela. O colete e a coleira convinham.


“É um prazer conhecê-la, Dulce. E Buddy.” Acrescentei com um sorriso para o cão, que abanou o rabo uma vez. “E, por favor, me chame de Demi.”


“Tudo bem. Você pode fazer carinho nele, Demi, se quiser. Ele é amigável.”


Estendi minha mão e imediatamente Buddy começou a cheirá-la, antes de me deixar tocar sua cabeça. “Pensei que isso não fosse permitido.”


“Você tem que quebrar as regras de vez em quando.” Apesar de verdadeiras, suas palavras eram atadas com certa sabedoria.


“Eu vejo.” Comentei enquanto endireitava meu corpo. Então congelei e empalideci rapidamente. “Quer dizer...”


“Hey, não, está tudo bem.” Ela acenou com a mão para impedir minhas desculpas. “Eu sou cega, não incapaz de entender expressões idiomáticas. Não precisa pisar em ovos perto de mim.”


“Então, você pode ver um pouco?”


Dulce sorriu e balançou a cabeça, parecendo confortável com o assunto. “Formas claras e escuras. Mas as palavras permanecem indefinidas.” Ela deu de ombros. “Buddy vai ler para mim.”


Com seu sorriso no lugar, Dulce colocou o livro para baixo. Abafei um riso. “Você está procurando algum gênero específico?”


“Estava atrás de suspense e investigação policial.” Dulce respondeu enquanto se inclinava para perto de uma prateleira como se tentasse distinguir os livros. Por fim, ela me enfrentou novamente. “Diga-me a verdade, Demi. Estou muito longe?”


“Bem, nós estamos na seção de contos eróticos agora.”


Dulce deu um riso incrédulo e olhou para Buddy. “Depois de todo este tempo, você foi escolher hoje para me orientar para o caminho errado.” Ela acariciou entre as orelhas do cão para deixá-lo saber que ela não estava realmente com raiva. Acabei rindo e o sorriso de Dulce cresceu. “Aí está o seu riso. Eu queria ouvi-lo. Pode se dizer muito sobre o riso de alguém.” Apenas continuei com o olhar fixo nela, sem saber o que dizer, o que não acontece quase nunca. “E agora eu vou parar de dar com a língua nos dentes.” Dulce completou com um leve rubor subindo por seu pescoço. “Desculpe. Então quer dizer que agora estou cercada por imagens de homens nus?”


Ri suavemente. “Sim.”


“Não é bem o meu tipo.” Ela deu de ombros, mas seu tom denunciava que ela não estava falando apenas dos livros.


“Qualquer autor específico que esteja procurando?”


“Não realmente. Mas eu adoro os livros de Agatha Christie, se você tiver sorte de ter algum que eu ainda não tenha descoberto... Você pode mostrar o caminho.”


“Claro. Posso...”


“Sem problemas.” Ela colocou a mão no meu antebraço estendido e começamos o caminho até o outro lado da livraria. Sim, longe assim. “Vamos lá, garoto.” Buddy acompanhou nosso passo rapidamente. “Qual o seu gênero favorito?”


Fui pega de surpresa pela pergunta, mas respondi sem hesitação. “Eu gosto de todos eles.”


“Ah, vamos lá! Tem que haver um preferido.”


“Não realmente. Foi por isso que abri uma livraria, porque gosto de todos eles. Vejo todos como arte.”


“Arte.” Ela repetiu enquanto soltava meu braço e pegava um livro da prateleira onde havíamos parado. “A beleza está nos olhos de quem vê. Ou ouve, no meu caso. Ou toca.”


“Eu nunca percebi quantas expressões idiomáticas giram em torno da visão até agora.” Balancei a cabeça.


“A maioria das pessoas não percebe. Você ficaria surpresa com o que elas deixam passar. Com o que elas deixam de apreciar.” Novamente, seu tom bordava conhecimento e me deixou curiosa. Ela falou como se estivesse lendo minha mente. “Faz sete anos. Sofri um acidente de carro, alguns meses em coma com o cérebro inchado fazem seus olhos pararem de funcionar. Por favor, não diga que sente muito. Descobri que você tem que rir de suas desgraças.” Ela deu de ombros.


Nós estávamos muito mais perto do que o socialmente aceito, mas eu não podia encontrar forças para me afastar. Seu calor corporal me envolvia em uma estranha familiaridade confortável demais para quebrar a magia.


“É verdade o que dizem.” Sua voz tirou-me do meu devaneio. “Quando você perde um sentido os outros se desenvolvem. J’adore, Dior. Um ótimo perfume.”


Fui atingida com uma timidez repentina. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e olhei para baixo em uma fraca tentativa de impedir meu rubor de se espalhar.


“Eu adoro o cheiro de livros.” Dulce declarou suavemente. “Adoro o cheiro das livrarias.” Ela soltou uma risada curta. “Acho que já ocupei muito do seu tempo. Obrigada por ajudar a Buddy e a mim. Você se importa?” Ela acenou com os livros e estendeu a mão.


Meu coração se afundou rapidamente, mas coloquei meu braço em sua mão para guiá-la de volta para a parte da frente da livraria e para o caixa. “Foi por Buddy.” Brinquei enquanto dava a volta no balcão.


“Sabia. Ele é ótimo com as garotas. Eu sou apenas a assistente.”


“Quarenta dólares.” Declarei após devolver-lhe os livros. Mordi o lábio inferior e respirei fundo para puxar algum tipo de coragem do meu interior. “E como sua assistente anota números de telefone?” Para alguém que abriu uma livraria por causa das habilidades sociais escassas, eu estava tendo muita coragem.


Dulce congelou, com a mão na carteira, com os lábios meio abertos. “Eu...” Vi seus cílios se mexerem várias vezes por trás de seus óculos. “Eu tenho um telefone com comandos de voz.” Comentou enquanto tirava o aparelho do bolso.


Peguei-o e digitei meu número rapidamente. “Aqui.” Entreguei-lhe o aparelho com um sorriso.


Dulce guardou o celular, me entregou o dinheiro, e suspirou alto. “Eu realmente gostaria de poder te ver.” Confessou com um tom bastante decepcionado.


“Uma descrição serviria?”


“Como eu vou saber que não está acrescentando ou tirando conteúdo?” Ela brincou.


“É só pedir para Buddy.” Retruquei em diversão.


Sua risada rouca voltou com alegria, o que trouxe um sorriso ao meu rosto. “Posso?” Pediu educadamente acenando com os dedos.


“Claro.”


Ela ergueu as mãos e tocou meu rosto suavemente. Começou na minha testa, minhas sobrancelhas, na pele suave das minhas pálpebras, para a maça do meu rosto, meu nariz, minha mandíbula, meu queixo e, por fim, meus lábios.


“Absolutamente linda.” Declarou por fim ao abaixar as mãos com um sorriso um pouco tímido. Engoli em seco, completamente envergonhada por suas palavras. “Vamos lá, garoto! Você tem uma nova amiga para chamar.” Ela me deu um último sorriso e acenou para Buddy liderar o caminho.


Melhor dia de trabalho da minha vida.


DD


“Então você vai mesmo nesse encontro?” Minha irmã mais velha, Dallas, perguntou pela décima vez naquela semana. Contei-lhe tudo sobre Dulce assim que a vi para almoçar mais tarde naquele dia e quase surtei quando Dulce realmente me ligou dois dias depois.


“Já lhe disse que sim.” Revirei os olhos enquanto estudava alguns vestidos que poderia usar. “E você pode parar de me perguntar isso e me ajudar a escolher algo para usar. Foi por isso que te chamei, lembra?”


“Demi, você não sabe nada sobre essa mulher além de que ela é cega e tem um cachorro fofo.”


“Cão-guia.” Corrigi-a rapidamente. Buddy não era apenas um cachorro. Ele era a razão por Dulce conseguir se locomover sem muitas dificuldades. “E ela também não sabe nada sobre mim. Não é para isso que os encontros servem?” Retruquei com sabedoria.


Dallas suspirou alto o suficiente para eu saber que ela não queria que eu fosse mesmo. “Você vai se sentir desconfortável o tempo inteiro se for de vestido.” Ela se aproximou do meu guarda roupa e vasculhou um pouco. “Nem sei qual o motivo para você se vestir, ela nem vai ver mesmo.” Seu objetivo era apenas sussurrar para ela ouvir, mas eu entendi suas palavras e virei-me com um pouco de raiva.


“O problema é ela ser cega? Dallas, pelo amor de Deus, eu não me importo se ela for cega ou tiver vinte mamilos espalhados pelo corpo. Ela é uma das pessoas mais interessantes que já tive o prazer de conhecer. E é claro que eu vou me vestir. O fato dela enxergar ou não o que eu for usar não vai me impedir de me produzir.”


Ela apenas suspirou mais uma vez. “Seja como for. Aqui, coloque isso.”


Ela me entregou uma camiseta branca com gola V, um blazer preto e uma calça. “Tem certeza?” Fiz uma careta para a escolha, como se ela tivesse me ofendido de alguma forma.


“Você pediu minha ajuda, lembra? Acho que vai ficar bacana.”


Suspirei e balancei a cabeça. “Não. Vou usar o vestido vermelho.”


Dallas estava de costas para mim, mas eu podia imaginá-la revirando os olhos. “Use o que quiser.”


Eu já estava bastante atrasada, então terminei de me arrumar o mais rápido possível e saí correndo do meu apartamento antes que pudesse mudar de ideia. Havíamos combinado que, já que eu era a única que podia dirigir, eu iria buscá-la em sua casa e partiríamos dali. Eu havia ligado para diversos restaurantes durante os últimos dias, atrás de algum que permitisse cães-guias, mas depois de receber diversas desculpas percebi que algum advogado deveria observar melhor estes estabelecimentos. Por fim, achei um lugar com mesas do lado de fora que permitia cachorros, desde que estes não fossem muito agitados. Havia feito uma reserva naquele lugar na mesma hora.


A casa de Dulce era bem diferente do que eu havia imaginado. Havia um gramado enorme na frente e alguns brinquedos de cachorro espalhados, além de um jardim no canto da cerca com várias flores. A casa em si não era muito grande, mas parecia aconchegante o suficiente, e sua cor verde dava certa alegria em comparação com as outras casas brancas.


Não tive que tocar a campainha, já que Buddy saiu rapidamente pela portinha de cachorros assim que me ouviu atravessando o gramado. “Oi, Buddy.” Cumprimentei com um leve afagar entre suas orelhas.


“Buddy! Você não pode honestamente pensar que eu consiga desviar destes brinquedos sozinha!” Veio a voz divertida de Dulce de dentro da casa. Buddy, imediatamente, entrou e, minutos depois, a porta se abriu. “Buddy me disse que você está linda.”


Por algum motivo, corei em suas palavras. “Não sei se pode confiar em um cachorro para isso, mas eu sei que você está deslumbrante.”


“Obrigada.” Dulce também pareceu corar um pouco, mas seu sorriso torto estava no lugar. “Pedi para minha irmã escolher. Fiquei com medo que ela me desse uma camiseta da Barbie para usar... Não que eu tenha uma camiseta da Barbie.”


Ri alegremente. “Sem camiseta da Barbie, fique tranquila.”


Dulce sorriu um pouco aliviada. Antes que pudéssemos falar, uma mulher apareceu atrás de Dulce com um sorriso divertido. “Eu não consegui achar.” Brincou. “Maria, prazer.” Ela apertou minha mão.


“Demi.”


“Ah, eu sei, Dulce não para de falar de você.” Ela desviou habilmente de uma cotovelada. “Não seja agressiva. Bom, eu vou sair e deixar vocês prosseguirem com esta noite. Juízo!” Ela exclamou por cima do ombro enquanto se afastava rapidamente.


Dulce suspirou. “Irmãs. Não se pode confiar nelas, não se pode decorar a casa sem elas.” Sorri alegremente. “Vamos indo, então. Tenho medo de deixá-la entrar. Ouvi Maria mexendo em alguma coisa no armário e acho que ela pode ter colocado um quadro de pessoas nuas na minha parede... Não que eu tenha um quadro de pessoas nuas.”


Balancei a cabeça. “Claro. Você tem um belo quintal, aliás.”


“Obrigada.” Dulce sorriu enquanto fechava a porta. “Buddy plantou as flores, eu só cuido para elas não morrerem.”


“Estou vendo que Buddy faz tudo por aqui. Ele não tem uma folga, não é mesmo?”


Dulce deu de ombros. “O levo uma vez por semana para tomar banho. É toda a folga que ele precisa.” Brincou com seu sorriso torto. Suas covinhas apareceram brevemente e tive que sorrir mais uma vez. Parecia ser a única coisa que eu fazia em sua presença.


DD


“Não. Não. Não. Não. Não.”


“Panelas não entendem negativas, querida.”


Virei-me um pouco surpresa, não a ouvi entrar. Suspirei e voltei minha atenção para a panela, onde pequenos estalos podiam ser ouvidos. “Deveriam, iriam facilitar muito minha vida.”


Dulce passou seus braços em volta da minha cintura e beijou meu ombro. “Acho um bonito gesto que se esforce para conseguir fazer um jantar especial, mas você não precisa ter todo este trabalho. Sei que deixa os cardápios de entrega na gaveta de cima.”


Sorri, apesar de estar decepcionada com minhas habilidades culinárias. Eu sabia fazer coisas fáceis e ficavam deliciosas, mas era só tentar inventar algo novo que as coisas saiam do controle. “Buddy lhe contou?”


Dulce riu seu riso rouco e se afastou um pouco, deixando apenas suas mãos na minha cintura. “Buddy também me contou que você tem um quadro da Barbie no corredor.”


Ri também e joguei a panela dentro da pia. Podia lidar com ela depois. “Ah, não, você não deveria saber disso ainda!” Brinquei.


Se tornou algo de rotina. Normalmente, eu era uma pessoa socialmente desajeitada, que mal podiam entender um sarcasmo, mas, depois de conhecer Dulce, eu havia me tornado mais solta e mais despreocupada. Podia fazer piadas, provocações e falar com novas pessoas sem medo.


Em apenas um ano, ela havia me tornado uma pessoa melhor em diversos aspectos. É por isso que decidi tentar fazer algo especial naquela noite. Era nosso primeiro aniversário. Mas, aparentemente, teríamos que comer pizza. Ninguém estava realmente reclamando.


“Buddy não é muito bom em guardar segredos, pensei que já sabia disso. Peça com queijo extra.” Pediu quando me ouviu abrindo a gaveta dos cardápios.


DD


“Buddy, já lhe disse para não pegar as coisas do chão.” Dulce repreendeu o cachorro, que apenas apoiou sua cabeça em cima do joelho de sua dona.


Mordi meu lábio nervosamente. Estava sentada na poltrona ao lado e, com medo de ver a reação da minha namorada de três anos, virei meu olhar para a sala. Havia dois quadros ao lado da TV. Dulce e eu estávamos sorrindo em uma das imagens. Seus óculos escuros estavam longe de ser vistos e seus olhos brilhavam, apesar de estarem meio perdidos sobre qual direção olhar. Na outra, eu abraçava Dulce por trás, enquanto ela segurava a guia de Buddy. No fundo, a imagem da minha livraria criava uma boa lembrança.


Vi dois tênis de Dulce ao lado de sua porta, seu casaco pendurado em uma cadeira e sua bengala escorada em uma parede. Mais distante um pouco, no armário da cozinha, vi sua xícara favorita e três potes de vidro que eu tinha certeza que deveria ter devolvido a algum tempo. No braço do sofá, o celular de Dulce parecia um bom contraste no tecido escuro. E eu nem precisava entrar no quarto para saber que seu travesseiro estava na cama e que uma das portas do meu guarda-roupa era ocupada por seus pijamas, moletons e outras roupas. No meu banheiro, sua escova descansava ao lado da minha e seu frasco de xampu esperava ser usado novamente.


Foi quando decidi voltar minha atenção para ela. Não era precipita, não era loucura, não era idiotice. Era a melhor ideia que eu já tive e eu queria ver sua reação.


“O que é isso, Buddy?” Dulce fechou os dedos em volta da caixinha de veludo e franziu a testa. Ela não estava usando os óculos e, por isso, consegui ver quando ela tentou distinguir a imagem com seus olhos cegos. Era praticamente inútil, mas ela não perdeu esta mania. “Diga que não pegou um dos pés do...” Ela parou ao ver que o objeto se abria. Seus dedos tatearam a superfície até achar o anel preso na almofadinha. Eu sabia que ela não o veria, mas passei semanas procurando o anel perfeito. “Demi...” Sua voz sumiu.


“Você abriu meus olhos para um mundo totalmente novo.” Falei baixinho. “E eu adoro este mundo, mas amo que você está nele. Quer fazer parte deste mundo comigo até a última batida do nosso coração?”


Observei quando ela engoliu em seco, então se levantou e caminhou com confiança até mim. Meu apartamento já estava guardado em sua mente como um perfeito mapa. Ela não precisava de Buddy ou de sua bengala para se locomover ali, mas Buddy sempre a acompanhava em suas visitas.


“Nada me faria mais feliz.” Ela me beijou. Senti uma explosão de felicidade como da primeira vez que nos beijamos no final do nosso primeiro encontro. Como da primeira vez que assistimos a um filme juntas e ela escutou a tudo com o rosto virado para mim fazendo pequenas perguntas sobre as características físicas dos personagens. Como da primeira vez que andamos juntas no parque e eu peguei a mão que não estava segurando a guia de Buddy e ela se virou para sorrir para mim. Igual, mas muito melhor.


“Eu te amo.”


“Obrigada por não ligar sobre meus defeitos.” Ela murmurou.


Segurei seu rosto entre minhas mãos. “Sua visão não é seu defeito. Seu defeito é deixar a toalha molhada em cima da cama, falar muitos palavrões e gritar com a televisão mesmo que eles não possam ouvi-la e você não possa vê-los. Em nome dos vizinhos, deixe os jogadores em paz.” Dulce riu. “Seu defeito, talvez seja, ter que me fazer largar de todas as expressões idiomáticas sobre visão.”


“Hey, eu não fiz você fazer isso. Disse que poderia falar o que quisesse.”


“E é por isso que eu te amo.”


“Eu também te amo.” Dulce suspirou depois que eu deslizei a aliança em seu dedo anelar. “Deus.” Zombou baixinho balançando a cabeça.


“O que?”


Ela respirou fundo e, por um momento, parecia poder ver todo o meu rosto com seu olhar penetrante, mas suspirou novamente. “Eu gostaria de poder te ver.”



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Autor(a): chavinonyportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • siempreportinon Postado em 14/11/2016 - 14:57:47

    Você escreve muito bem, parabéns!!! Só li as histórias PORTINON e sinceramente acho que deveria fazer uma fic só portinon

  • tammyuckermann Postado em 30/10/2015 - 01:08:35

    Posta maaais amo as partes portinon *-*

  • dulvatoforever Postado em 06/09/2015 - 02:57:51

    Faz mas fanfics dulvato s2

  • juhdul7 Postado em 03/08/2015 - 22:41:26

    Maravilhosos capítulos! Incríveis!! Amei!!

  • Julia Klaus Postado em 02/08/2015 - 20:31:52

    Suas postagens são muito perfeitas hehehehe Adorando!! Amei a do Poker ali kkkkk

  • Lidi Postado em 26/07/2015 - 13:47:18

    Sinceramente, essa ultima portiñon Presença, era tudo que queria que tivesse acontecido no casamento da Anahí! kkkk mas né

  • Kah Postado em 06/04/2015 - 10:16:47

    Caraaa. Como amo tudo isso aqui. Vc tem escrito tão bem, uma escrita que te envolve tanto em cada capítulo. Acho que seus dois últimos capítulos Portinon foram definitivamente os melhores das duas, Poker então nem se fala, rs. Nossa é incrivel como vc prende nossa atenção desde o título da One-shot, bom, pelo menos a minha, não havia lido nada do gênero ainda e estou simplesmente encantada. Por favor, quando for escrever um livro vou querer ir no lançamento kkkkkk. Ahh em Bun in the oven (DulcexNaya), na hora de mudar as cores da parede me lembrei de Portinon em La Familia, quando as duas deitadas no chão da cozinha abordavam o mesmo assunto.

  • Dannyk Postado em 05/04/2015 - 17:17:00

    ADOREI essas OS's ... Teve a Lali em um cap <3 (Que emoção que você conhece a minha Marianinha) Continua (DULCE X NIKKI COF COF) tão ótimos *-*

  • AnnieSilva Postado em 02/04/2015 - 23:41:26

    Nossa, amei o Poker ( Portinõn ) <3 <3

  • camimaschio Postado em 24/02/2015 - 21:21:00

    Bom, primeiramente: eu já fiquei muito feliz quando você disse que faria one-shots, pois não é uma pratica muito comum ainda em alguns shippers e as vezes quem faz não sabe fazer, deixa uma coisa sem pé nem cabeça, o que não é seu caso. Segundo: você não se prendeu só em um casal, você Ta fazendo uma mistura muito maneira, mudando a Dulce de vários jeitos e trejeitos! E a pondo com pessoas que nem imaginei, Ta ficando muito maneiro! Terceiro: suas one-shots me prenderam de uma maneira absurda (claro, alguma mais que as outras). As vezes simplesmente volto e releio algumas haha. sua escrita está maravilhosa, tudo, simplesmente tudo, está incrível! Parabéns! O que me levou à enfim comentar aqui foi o fato de eu parar para ler Se Io Potessi 3 (ou mais) vezes em um mesmo dia. Então eu parei e me perguntei se já tinha lhe dito o quanto suas one-shots estão incríveis tanto com enredo quanto com estrutura. Parabéns pelas one-shots, não são fáceis de se escrever. Parabéns!


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