Fanfics Brasil - Prólogo- Parte Três Um Perfeito Cavalheiro

Fanfic: Um Perfeito Cavalheiro | Tema: Vondy


Capítulo: Prólogo- Parte Três

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 juliana_clementeObrigada por comentar, este capítulo está sendo dedicado a você!!




 


Dulce ficara muito satisfeita com a novidade.
A governanta dissera que o mordomo dissera que
a secretária do conde dissera que o conde planejava
passar mais tempo em Penwood Park, agora
que decidira ser um homem de família. Embora
Dulce não sentisse exatamente falta do dono da
casa quando ele não estava – era difícil sentir falta
de alguém que não lhe dava muita atenção
mesmo quando se encontrava no mesmo ambiente
que ela –, a menina achava que poderia vir a
sentir saudade dele se tivesse a oportunidade de
conhecê-lo melhor, e que, se o conhecesse melhor,
talvez ele não viajasse tanto. Além disso, a
arrumadeira do andar de cima comentara que a
governanta comentara que o mordomo dos vizinhos
comentara que a pretendente do conde já
tinha duas filhas mais ou menos da idade de
Dulce.
Depois de sete anos sozinha na ala infantil,
Dulce estava encantada. Ao contrário das outras
crianças do distrito, ela nunca era convidada para
festas e eventos locais. Ninguém nunca chegara a
chamá-la de bastarda – o que seria o equivalente
a chamar o conde de mentiroso, já que ele declarara
que Dulce era sua pupila e depois nunca
mais tornara a tocar no assunto. Mas, ao mesmo
tempo, ele jamais fizera qualquer tentativa a sério
de forçar que a aceitassem. Assim, aos 10 anos, os
melhores amigos dela eram criadas e lacaios, e
seus pais poderiam muito bem ser a governanta e
o mordomo.
Mas agora ela ganharia irmãs de verdade.
Ah, ela sabia que não poderia chamá-las assim.
Tinha consciência de que seria apresentada como
Dulce Maria Saviñón, a pupila do conde, mas elas
seriam como irmãs. E era isso que importava de
verdade.
Assim, numa tarde de fevereiro, Dulce esperava
no grande saguão junto a toda a criadagem,
espiando pela janela até que a carruagem do
conde parasse na entrada da casa, trazendo a
nova condessa e suas duas filhas. E, é claro, o
conde.
– Será que ela vai gostar de mim? – sussurrou
Dulce para a Sra. Gibbons, a governanta. – A esposa
do conde, quero dizer.
– É claro que ela vai gostar de você, querida –
respondeu baixinho a Sra. Gibbons.
Mas seu olhar não estava tão assertivo quanto
seu tom de voz. A nova condessa poderia não
gostar da presença da filha ilegítima do marido.
– E eu vou ter aulas com as filhas dela?
– Não há por que vocês terem aulas em
separado.
Dulce assentiu com ar pensativo e começou a
se contorcer quando viu a carruagem se
aproximar.
- Eles chegaram – murmurou.
A Sra. Gibbons esticou o braço para acariciar
sua cabeça, mas Sophie já havia corrido até a
janela e praticamente colado o rosto ao vidro.
O conde desceu primeiro, então estendeu a mão
e ajudou as duas menininhas a saltarem. Ambas
vestiam casacos pretos iguais. Uma tinha um laço
cor-de-rosa na cabeça e a outra, um amarelo.
Então, depois que elas deram um passo para o
lado, o conde ofereceu a mão à última pessoa a
descer da carruagem.
Dulce prendeu a respiração enquanto esperava
que a nova condessa aparecesse. Cruzou os dedinhos
e sussurrou um único “Por favor” bem
baixinho.
Por favor, faça com que ela me ame.
Talvez, se a condessa a amasse, o conde também
sentisse o mesmo. E talvez, ainda que não a
chamasse de filha, ele a tratasse como tal e então
todos formariam uma família de verdade.
 Enquanto Dulce observava pela janela, a nova
condessa desceu da carruagem. Seus movimentos
eram tão graciosos e puros que Sophie pensou na
delicada cotovia que às vezes aparecia para tomar
banho na fonte de pássaros do jardim. O chapéu
dela inclusive era enfeitado por uma longa pluma
azul-turquesa que reluzia sob o sol de inverno.
– Ela é linda – murmurou a menina.
Lançou um olhar rápido à Sra. Gibbons para
avaliar a reação dela, mas a governanta estava
muito concentrada, com os olhos fixos à frente,
esperando que o conde entrasse na casa com a
nova família para fazer as apresentações.
Dulce engoliu em seco, sem ter certeza de onde
deveria ficar. Todos os demais pareciam ter um
lugar designado. Os criados estavam alinhados de
acordo com a posição, do mordomo até a mais
rasa faxineira. Até mesmo os cães se encontravam
obedientemente sentados no canto, com as guias
bem seguras pelo cuidador.
 Mas Dulce não tinha raízes. Se fosse a filha real
da casa, estaria parada com sua tutora, esperando
pela nova condessa. Se fosse mesmo a pupila do
conde, ficaria no mesmo lugar. Mas a Srta. Timmons
havia pegado um resfriado e se recusara a
deixar a ala infantil e descer. Nenhum dos criados
acreditou nem por um instante que a tutora
houvesse adoecido de verdade. Ela estava muito
bem na noite anterior, mas ninguém a culpou
pelo fingimento. Afinal, Dulce era a filha bastarda
do conde, e ninguém queria ser a pessoa a
fazer um insulto potencial à nova condessa
apresentando-a à filha ilegítima do marido.
E a condessa teria de ser cega, burra ou as duas
coisas para não se dar conta num instante de que
 Dulce não era apenas a pupila do conde.
De repente, dominada pela timidez, Dulce se
encolheu num canto quando dois lacaios abriram
as portas da frente com um floreio. As duas meninas
entraram primeiro, e então foram para o
lado enquanto o conde dava passagem para a
condessa. Ele a apresentou, assim como as suas
filhas, ao mordomo, que por sua vez as apresentou
aos criados.
E Dulce esperou.
O mordomo apresentou os lacaios, o chef, a
governanta, os cavalariços.
E Dulce esperou.
Apresentou as criadas da cozinha, as criadas do
andar de cima, as arrumadeiras.
E Dulce esperou.
Por fim o mordomo – que se chamava Rumsey
– apresentou a criada de menor posição, uma arrumadeira
chamada Rosy, que havia sido contratada
apenas uma semana antes. O conde fez
um aceno de cabeça, murmurou um agradecimento,
e Dulce ainda esperava, sem ter a menor
ideia do que fazer.



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Hoje vou postar do o prólogo, amanhã se der tempo começo a postar o primeiro capítulo, vou postar sempre que tiver tempo!   Então ela pigarreou e deu um passo à frente,com um sorriso de nervosismo. Ela não passavamuito tempo com o conde, mas era levada à suapresença toda vez que ele visitava Penwood Park ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • lorac Postado em 06/12/2015 - 11:33:57

    continuaaa pleaseeeeeeeeee

  • Lêh Postado em 04/11/2015 - 23:24:21

    gente, eu não gosto de ler adaptações, mas essa estou sem palavras.. continuaaa (irei divulga-la em minha fic)

  • Duda_fabulosa Postado em 10/05/2015 - 11:03:15

    Continuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaa pfv !!!!

  • sweetpink Postado em 09/05/2015 - 14:47:51

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa , leitora nova , <333 ta perfeita sua web :3

  • juliana_clemente Postado em 02/01/2015 - 17:28:45

    Oiiie...primeira leitora uhuuul...continua


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