Fanfics Brasil - Prólogo- Parte Quatro Um Perfeito Cavalheiro

Fanfic: Um Perfeito Cavalheiro | Tema: Vondy


Capítulo: Prólogo- Parte Quatro

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Hoje vou postar do o prólogo, amanhã se der tempo começo a postar o primeiro capítulo, vou postar sempre que tiver tempo!




 


Então ela pigarreou e deu um passo à frente,
com um sorriso de nervosismo. Ela não passava
muito tempo com o conde, mas era levada à sua
presença toda vez que ele visitava Penwood Park
e ele sempre lhe dava alguns minutos de seu
tempo, perguntando-lhe sobre as lições antes de
despachá-la de volta à ala infantil.
Ele com certeza ainda iria querer saber como
iam seus estudos, mesmo agora que estava casado.
Com certeza iria querer saber que ela havia
aprendido a multiplicar frações e que a Srta. Timmons
dissera, havia pouco tempo, que sua
pronúncia em francês era “perfeita”.
Mas ele estava ocupado dizendo alguma coisa
às filhas da condessa e não a escutou. Dulce pigarreou
mais uma vez, agora mais alto, e disse,
numa voz que saiu um pouco mais esganiçada do
que ela pretendia:
– Milorde?
O conde se virou.
– Ah, Dulce – murmurou. – Eu não vi que você
estava aqui.
A menina ficou radiante. Ele não a ignorara,
afinal.
– E quem vem a ser esta? – perguntou a condessa,
dando um passo para a frente a fim de
observá-la melhor.
– É minha pupila – respondeu o conde. – Srta.
Dulce Saviñón.
A condessa encarou Dulce e a avaliou. Então,
estreitou os olhos.
E estreitou mais um pouco.
E um pouco mais.
– Entendo – disse ela.
Nesse momento, todos os que estavam na sala
souberam que ela entendia mesmo.
– Rosamund, Posy – chamou a condessa,
virando-se para as filhas –, venham aqui.
As duas foram no mesmo instante para o lado
da mãe.Dulce arriscou dar um sorriso para elas.
A menorzinha retribuiu, porém a mais velha, que
tinha os cabelos cor de ouro, entendeu a deixa da
mãe, empinou o nariz e olhou com firmeza para
o outro lado.
Dulce engoliu em seco e sorriu de novo para a
menina amistosa, mas desta vez ela mordeu o lá-
bio inferior, indecisa, e olhou para baixo.
A condessa se virou de costas para Dulce e
disse ao conde:
– Imagino que tenha mandado preparar quartos
para Rosamund e Posy.
Ele assentiu.
– Na ala infantil. Bem ao lado de Dulce.
Houve um longo silêncio e então a condessa deve
ter decidido que algumas batalhas não deveriam
ser travadas na frente dos criados, porque
tudo o que retrucou foi:
– Eu gostaria de subir agora.
E saiu, levando o conde e as filhas com ela.
Dulce observou a nova família subindo a escada
e, quando eles desapareceram, se virou para
a Sra. Gibbons e perguntou:
– Você acha que eu devo ir junto para ajudar?
Eu poderia mostrar a ala infantil para as meninas.
A Sra. Gibbons balançou a cabeça.
– Elas parecem cansadas – mentiu. – Tenho
certeza de que precisam de um cochilo.
Dulce franziu a testa. Tinham lhe dito que
Rosamund tinha 11 anos, e Posy, 10. Elas com
certeza estavam um pouco velhas demais para
cochilarem durante o dia.
A Sra. Gibbons deu alguns tapinhas em suas
costas.
– Por que não vem comigo? Um pouco de companhia
me faria bem, e a cozinheira me contou
que acabou de preparar uma fornada de biscoitos
amanteigados. Acho que ainda estão quentinhos.
Dulce assentiu e a seguiu. Teria bastante
tempo para conhecer as duas meninas naquela
noite. Ela lhes apresentaria a ala infantil, então as
três se tornariam amigas e logo seriam como
irmãs.
A menina sorriu. Seria maravilhoso ter irmãs.
Acontece que Dulce não viu mais Rosamund e
Posy – nem o conde e a condessa – até o dia
seguinte. Quando entrou na ala infantil para
jantar, percebeu que a mesa havia sido posta para
dois, não para quatro, e a Srta. Timmons (que
havia, como por milagre, se recuperado do malestar)
disse que a nova condessa lhe informara
que as filhas estavam cansadas demais da viagem
para comer naquela noite.
Mas as meninas precisavam ter aulas. Assim, na
manhã seguinte, chegaram à ala infantil,
seguindo logo atrás da condessa. Dulce já estava
fazendo suas atividades havia uma hora e levantou
o olhar da lição de aritmética cheia de interesse.
Desta vez, não sorriu para as duas. De alguma
maneira, parecia melhor não fazer isso.
– Srta. Timmons – falou a condessa.
A tutora fez um aceno de cabeça e murmurou:
– Milady.
– O conde me disse que você ensinará minhas
filhas.
– Farei o melhor possível, milady.
A condessa fez um sinal para a menina mais
velha, a de cabelos dourados e olhos azuis. Dulce
pensou que ela era tão bonita quanto a boneca de
porcelana que o conde havia mandado de Londres
para seu aniversário de 7 anos.
– Esta é Rosamund – apresentou a condessa.
Ela tem 11 anos. E esta – continuou, fazendo um
gesto em direção à outra menina, que não havia
tirado os olhos dos sapatos – é Posy. Ela tem 10.
Dulce fitou Posy com muito interesse. Ao contrário
da mãe e da irmã, ela tinha os cabelos e os
olhos muito escuros e o rosto um pouco
rechonchudo.
– Dulce também tem 10 anos – comentou a
Srta. Timmons.
A condessa apertou os lábios.
– Eu gostaria que você mostrasse a casa e o
jardim às meninas.
A Srta. Timmons assentiu.
– Muito bem. Dulce, deixe sua lousa aí.
Poderemos retornar à aritmética...
– Apenas às minhas meninas – interrompeu a
condessa, com a voz de certa forma quente e fria
ao mesmo tempo. – Quero falar com Dulce a
sós.
Dulce  engoliu em seco e tentou olhar a condessa
nos olhos, mas não conseguiu passar do
queixo. Enquanto a Srta. Timmons se retirava
com Rosamund e Posy, ela se levantou, aguardando
as próximas orientações da nova esposa do
pai.
– Eu sei quem você é – começou a condessa no
instante em que a porta se fechou.
– M-milady?
– Você é a filha bastarda dele, e não tente negar.
Dulce não respondeu. Era verdade, é claro,
mas ninguém jamais dissera aquilo em voz alta.
Pelo menos não diretamente a ela.
A condessa segurou o queixo de Dulce, apertou
e puxou até que a menina foi forçada a fitá-la
nos olhos.
– Escute o que vou dizer – continuou ela em
tom ameaçador. – Você pode viver aqui em Penwood
Park e pode ter aulas com minhas filhas,
mas não passa de uma bastarda, e é tudo o que
será. Nunca, nunca, cometa o erro de pensar que
é tão boa quanto o resto de nós.
Dulce soltou um pequeno gemido. As unhas
da condessa estavam machucando a parte de
baixo de seu queixo.
– Meu marido – prosseguiu a mulher – sente
uma espécie de dever equivocado em relação a
você. É admirável da parte dele assumir os
próprios erros, mas para mim é um insulto tê-la
em minha casa, alimentada, vestida e educada
como se fosse sua filha de verdade.
Mas ela era filha dele de verdade. E aquela casa
era dela muito antes de ser da condessa.
De forma abrupta, a mulher soltou o queixo de
Dulce.
– Eu não quero vê-la – sibilou ela. – Você
nunca deve falar comigo e deve tratar de nunca
estar perto de mim. Além disso, não deve falar
com Rosamund e Posy fora das aulas. Elas são as
filhas da casa agora, e não devem ser obrigadas a
conviver com pessoas da sua laia. Você tem alguma
pergunta?
Dulce balançou a cabeça em negativa.
– Ótimo.
Com isso, ela saiu da sala, deixando a menina
de pernas bambas e lábios trêmulos.
E os olhos cheios d’água.


 



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Com o tempo, Dulce aprendeu um pouco maissobre sua precária posição na casa. Os criadossempre sabiam de tudo, e tudo acabava chegandoaos ouvidos da menina.A condessa, cujo nome de batismo eraAraminta, insistira naquele primeiro dia queDulce fosse retirada da casa. O conde se recusara.A mulher não precisava amar Dulce, ele disseracom frieza. N&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • lorac Postado em 06/12/2015 - 11:33:57

    continuaaa pleaseeeeeeeeee

  • Lêh Postado em 04/11/2015 - 23:24:21

    gente, eu não gosto de ler adaptações, mas essa estou sem palavras.. continuaaa (irei divulga-la em minha fic)

  • Duda_fabulosa Postado em 10/05/2015 - 11:03:15

    Continuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaa pfv !!!!

  • sweetpink Postado em 09/05/2015 - 14:47:51

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa , leitora nova , <333 ta perfeita sua web :3

  • juliana_clemente Postado em 02/01/2015 - 17:28:45

    Oiiie...primeira leitora uhuuul...continua


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