Fanfic: Pesquisa Erótica | Tema: Vondy

“Chris,” ela começou, mas ele a parou.

“Eu recebi seu livro,” ele disse, e as palavras bateram nela como uma

bomba em explosão. Uma pequena parte covarde dela tinha esperado que ele

ainda não tivesse chegado. Afinal, o romance era sua história e apesar do fato de

Chris estar de pé à sua frente, ela não podia imaginar que ele gostaria de discutir

um tema tão doloroso. Será que ele queria continuar a briga, refazer os

argumentos, repreendê-la por se comportar como uma boba? Pânico cresceu

dentro dela, então tentou agir indiferente.

“Ótimo,” ela respondeu com voz firme.

“Está muito bom,” ele acrescentou casualmente. “Realmente bom. Mas,

Olhos Castanhos —” Ele a olhou. Quando ele tinha chegado tão perto dela e

realmente apenas a chamado de Olhos Castanhos? “— Você se esqueceu de me

enviar o último capítulo.”

“Oh.” Ela lutou contra o impulso de se afastar dele. Tomando outra

respiração calmante, ela endureceu a espinha. “Na verdade, eu não escrevi o

último capítulo.”

Claramente confuso Chris simplesmente a olhou por um momento. “Você

nunca me enviou um manuscrito inacabado.”

“Bem, a coisa é,” ela continuou, rezando para que não estivesse corando

como uma boba, “eu não gostei do final original.”

“Final original?”

“Foi terrível,” ela acrescentou apressadamente. “Eu experimentei,

pesquisei, mas não deu muito certo.”

“É mesmo?” Sua voz era plana, sem emoção. Como ela queria poder saber

o que ele estava pensando.

“De fato, eu estava esperando que você pudesse me ajudar,” ela continuou.

“Ajudá-la?” Sua voz não traía nada, e ela ficou tentada a sacudi-lo,

esbofeteá-lo, qualquer coisa que pudesse conseguir algum tipo de reação dele.

“Escrever outro.” Mais uma vez seu rosto parecia como se fosse esculpido

em granito. “Afinal, estávamos trabalhando neste projeto juntos.”

“Ajudá-la como?”

“Tenho outra ideia para o final.” Sua voz soou tensa até mesmo para seus

próprios ouvidos. Ela estava desesperada para dizer às palavras que seu coração

estava gritando. “Mas pensei que talvez nós devêssemos pesquisá-lo primeiro.”

“Pesquisar.” Ele repetiu a palavra com tal desgosto que ela considerou

fugir.

E se ele a rejeitasse e ao novo final? E se já fosse tarde demais para fazer

as pazes?

“Sim,” ela respondeu rápido, antes de perder a coragem, “tenho parte do

script bem aqui.” Ela lhe entregou uma folha de papel de uma das numerosas

pilhas da mesa de jantar.

Olhando o papel, Chris empalideceu visivelmente. “Que diabo é isso? Não

tentamos isso antes? O que você está esperando aqui, Dul? Outra oportunidade

de me chutar nos dentes?”

“Não. É claro que não, Chris.” Uma lágrima solitária escorreu por seu rosto.

“Não quero te machucar de novo. Nunca mais. Confie em mim. Por favor.”

Chris vacilou quando ela lançou suas próprias palavras na cabana de volta

para ele. Ele tinha lhe pedido sua confiança e ela tinha lhe dado — bem, até certo

ponto. Agora ela estava pedindo o mesmo.

“Dulce,” ele começou, mas parou quando um soluço angustiado escapou de

seus lábios.

“Não me chame assim,” ela sussurrou.

“O quê?” Ele perguntou.

“Dulce,” ela repetiu. “Por favor, não me chame assim.”

Seja qual for a força que tinha levado Chris a seu apartamento e através da

porta da frente, pareceu lentamente escoar para fora quando ele caiu na cadeira

atrás dele.

“Eu não sei o que você quer,” ele disse miseravelmente.

“Só leia o papel. Por favor.” Ela estava bem ciente do tom de súplica em sua

voz, mas não se importou. Tudo que queria era terminar o que tinha começado na

cabana, do jeito certo dessa vez. Ele ficou em silêncio por tanto tempo, que ela

soube que tinha perdido. Ele nunca a perdoaria.