Fanfic: Marriage Contract | Tema: Rebelde, RBD, Trendy

        Essa rotina se seguiu por muitas semanas. E a cada semana, era uma semana a menos “noiva”, pensava Dulce.

        Hoje teria que ir em uma reunião com a organizadora do casamento juntamente com Poncho. Teriam que decidir hoje, o local, a decoração, buffet, e as inúmeras coisas que se tem em um casamento.


        O vestuário ficaria por conta do irmão de Poncho e sua mulher. Leigh e Maite se não se engana.


        Os saltos daquela mulher a sua frente a incomodavam. Ficou pensando em como a maioria das mulheres dessa empresa utilizam saltos iguais aquele. Deviam ter o que? 15 cm? 18 cm? 50 metros? Pouco importa. O que importa é que jamais conseguiria andar em alguma coisa igual àquela.


        A mulher abriu uma porta do lado esquerdo do corredor o que indicava que seria ali o lugar onde ele se encontrava com os organizadores.
        Sua relação com ele era rotineira. Cumprimentos e olhadas rápidas eram o jeito como se tratavam.


        Assim que entrou na sala não pode deixar de reparar no quanto ele estava elegante. O pior foi quando ele deu uma piscadela e um sorriso. Não pode deixar de ficar vermelha. Cretino. Sabia que não gostava quando ele fazia isso, mas ainda assim o fazia. Ultimamente, estávamos distantes um do outro, ele fica até altas horas no escritório ou na sede da empresa. Não tive coragem de perguntar o por quê.


        E lá se foi uma tarde inteira ouvindo aqueles organizadores, que mais pareciam os noivos que os organizadores de tão perdidos que se encontravam, até que Poncho interrompeu-os.


- Pelo que pesquisei, achei interessante o Palácio de Versailles. Daria um ótimo salão de festas, sem contar que seria uma cerimônia dos sonhos para qualquer garota. – ele olhou pra mim e deu outra piscadela juntamente com um sorriso. Esqueci como se respira. E pelo visto não fui a única. – E sobre a decoração, acho que poderíamos seguir a ideia do estilo vitoriano do lugar e utilizar as cores que mais se encaixam com o ambiente.  E quanto a música, eu e a minha adorável noiva iremos decidir com o tempo, mas o principal diga-se que já está decidido. – Os organizadores engoliram em seco e concordaram acenando a suas cabeças e com um sorriso falso no rosto.

-------

        - Às vezes, tenho a impressão que você leva seus subordinados a teme-lo. – enquanto voltávamos para casa. Ele me olhou brevemente com o canto dos olhos e em seguida começou a rir sarcasticamente.


- A vida é assim. Você doma ou é domado. Você mata ou morre. Todos somos como fios, nos desgastamos com o tempo e, chega uma hora podemos nos arrebentar de forma irreparável. -


- Nós somos iguais a Navios, Alfonso. Nós começamos como um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Quando começa a chover dentro de uma casa, ela nunca vai voltar a ser o que era. Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através das nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles. Mas, uma vez que o navio se racha, a luz consegue entrar. E a luz consegue sair. - quando volto meu olhar para ele, percebo que me encara boquiaberto. Volto a olhar para janela rapidamente, enquanto ele volta seu olhar para o trânsito lentamente.


- Você é especial. – ele diz. – Nunca achei uma garota que tivesse uma mente tão aberta a sua. – minhas bochechas começam a ganhar outra coloração. – Acho que pela primeira vez tive sorte na minha vida. – minhas bochechas ardiam como se tivesse levado um tapa.

--------


        Assim que chegamos em casa, eu, como sempre vou diretamente ao quarto onde minha mãe está e Poncho direto ao escritório e, assim voltemos a nossa comum rotina.

        Mas repentinamente, e fora do comum, sou encostada na parede.


- Alfonso o que pensa que está... – sou interrompida com o que eu menos esperava. Um beijo.


__________________________________________


Pov’s Alfonso



        Depois de toda aquela merda de reunião com os organizadores do nosso casamento e toda aquela conversa com a Dul, não me sinto nenhum um pouco disposto para continuar a trabalhar hoje. Ainda mais depois daquela conversa com a Dul, eu quero apenas aproveitar mais meu tempo com ela.


        Ela já se encaminhava para o quarto de sua mãe, mas eu fui mais rápido e a encostei na parede fazendo ela se assustar. Ela ia protestar, mas roubei um beijo de seus lábios. Ela ficou intacta no início, tentou se afastar, mas não desisti!


        Continuei tentando, até ser correspondido. Passei a ponta da minha língua entre seus lábios pedindo passagem, que foi cedida.


        O beijo foi ficando mais intenso e, quando tentei enlaçar suas pernas na minha cintura, ela se separou de mim, e fiquei dando selinhos em seus lábios até encosta-la na parede.


- Lys... é melhor pararmos. – ela disse colocando a ponta do dedo indicador nos meus lábios, sem me encarar. Quando ela ia se afastar, coloquei meus braços em cada lado de seu corpo, sem deixa-la passar, e a abracei firmemente. E ela correspondeu.