Fanfics Brasil - 66 Não quero parecer tão fraca 2º Temporada - Maratona 1/5 Soul Rebel - Adaptada Vondy -

Fanfic: Soul Rebel - Adaptada Vondy - | Tema: Vondy (Dulce & Christopher)


Capítulo: 66 Não quero parecer tão fraca 2º Temporada - Maratona 1/5

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Eu me arrumava sentindo ódio dele, aquela foi a pior coisa que ele já podia ter feito comigo. Eu nunca iria me esquecer daquilo, nunca iria esquecer que um dia ele me fez escolher entre ele e minha filha.


Já estava trocada, só faltava à maquiagem e o sapato quando Anahi chegou. Ela ficou apertando o dedo na campainha sem parar, até eu abri a porta.


– Que merda!Porque não pressiona esse dedo no cu?! – disse irritada abrindo a porta pra ela entrar.


– Tá estressada? – Anahi estava segurando uma maleta, com sua maquiagem e na outra mão, seus vestidos.


– Achei que você já viria trocada.


– Eu estou supostamente de mudança pra cá meu bem. – ela disse rindo, invadindo minha casa e já subindo as escadas.


– Bem que Mai disse... Você é uma folgada! – ela foi para o meu quarto e eu a segui.


– Se eu ficasse me arrumando em casa, bem provável que o Poncho fosse pra lá e eu não iria sair nunca. – ela tirou a roupa ficando de calcinha e sutiã. Voltei a me maquiar.


– Você não falou pra ele que iria sair comigo?


– Falei. Mas, você sabe... Se ele pudesse me faria desistir de qualquer jeito.


– Não quero que ele pense que sou uma péssima influencia, só preciso de uma ajuda. ­ Falei. Ela estava se olhando na frente do espelho.


– Você viu o Christopher né? – ela me olhava através do espelho.


– Vi. – estava passando o pó.


– E pelo visto não foi nada boa à conversa de vocês.


– Não mesmo... Separamos­nos pra valer. – disse cabisbaixa.  


– O que? – ela gritou abismada.


– Ele deu a entender que agora poderia ficar com quem quisesse, porque eu fiz a escolha de não ficar com ele. – um nó se formou em minha garganta.


– Dulce, eu não acredito que você deixou o Christopher montar dessa forma. – ela se virou com as mãos apoiadas na cintura.


– E eu vou fazer o que? Me diz? Ele é cabeça dura! Ele é assim


– Ah você tinha que quebrar o barraco e expor sua opinião! E ele tinha que aceitar, querendo ou não.


– Anne é injusto ele pedir para que eu escolha entre ele em minha filha. Tudo que estou fazendo não é por mim, não é porque eu quero. é por ela... – ela ficou quieta.


– Você acha que ele vai estar naquela boate?


– Tenho certeza... Hoje ele vai fazer tudo o que odeio pra ver se o peso da consciência dele diminui... Só que eu não vou o deixar ter outra! não mesmo. Isso nunca. – disse decidida.


– Isso ai garota! E pode contar comigo porque eu estou nessa com você. – ela foi pro banheiro tomar banho. coloquei a chapinha pra esquentar e comecei a enrolar um pouco das pontas do meu cabelo, não enrolou muito, mas ficou ondulada. A campainha tocou e eu achei estranho, pois, não estava esperando ninguém.


Fui até a porta do banheiro.


– Anne, você disse ao Poncho que estaria aqui? – perguntei gritando para que ela me ouvisse.  


– Não. Eu só disse: vou sair com a Dulce. Por quê? – a água dificultava um pouco ouvir o que ela estava falando.


- Tem gente tocando a campainha.


– Ai meu Deus... Pega sua arma amiga... Vai que é ladrão?!


– Claro que não, deve ser alguém. – disse indo ver quem era. – Só espero não ser o Christopher. – murmurei pra mim mesma destrancando a porta e dando de cara com o Brian se virando para porta.


– Achei que você não estava em casa. – ele disse sorrindo a me ver 


– Estava lá em cima, por isso demorei pra descer.


– Vai sair? – ele estava parado com as mãos no bolso.


– Mais tarde. – sorri. – Entra. – abri a porta para que ele entrasse. – Anahi está lá em cima tomando banho.


– Vão sair juntas? – Sim.


– Ah, então volto em outra hora. – ele estava voltando pra porta


– Não... Não precisa. Fica aqui com a gente. – sorri. – Fica. – insisti mais um pouco.


– Eu não quero atrapalhar nada...


– Ah Brian você atrapalha demais sabe... – disse debochada e revirei os olhos.


- Quem tá ai Dul – Anahi desceu até a metade da escada de enrolada na toalha e gritou quando o viu. – Brian. –ela deu um berro.


– Oi Anne. – ele disse sem graça, afinal, ela estava de toalha.


– Eu já venho pra pular em você... Estou de toalha isso não pega bem. – ela subiu correndo.


– Doida, nasceu com um parafuso a menos. – disse rindo. Pra não deixar o Brian sozinho peguei minha bolsa que estava em cima do sofá pegando o estojinho que tinha dentro dele e voltei a fazer minha maquiagem. Ele me olhava em silêncio, enquanto eu contornava os olhos com o corretivo.


– E você e o Christopher? Brigaram ontem à noite? – olhei pra ele séria. – Tá a pergunta certa é... Não se resolveram? – dei uma risadinha de leve.


– Christopher é orgulhoso e eu sou cinco vezes mais, então, nem preciso dizer como terminaram as coisas. –ele deu uma leve risada.


– Vão pra onde? – já estava passando o blush.


– Cuidar dos negócios. – sorri safada.


– Negócios?


- Sim agora sou uma mulher de negócios. – ele ficou me olhando de braços cruzados sem expressão. – Que foi? – disse incomodada com o seu olhar.


– Não quero nem imaginar o que você está aprontando.


– Nem queria pra sua cabeça não doer, mas, dessa vez, a coisa não é pequena. – beijei os meus próprios lábios para espalhar o batom.


– Brian você tá malhando mais ou é impressão minha. – Anahi surgiu descendo as escadas e secando os cabelos com uma toalha, já vestida em um vestidinho Pink bem colado. – Não está mais gostoso Dul? ­ ela disse me encarando e eu olhei o corpo do Brian um pouco sem graça


– Claire você é mestre em deixar qualquer um sem jeito.


– Seu exercício é pura academia ou, é natural, puro sexo? – Anahi disse rindo, mas eu não achei graça.


– Nem um nem outro. Não fiz nada! Vocês estão vendo coisas.


– Tudo isso é pra impressionar a Darah. – disse com ironia e ele me encarou perplexo.


– Não preciso de impressionar a Darah! Eu pago ela pra fazer o que eu quiser. – ele piscou pra mim.


- Vou pegar meu sapato. – estava descalça. Subi as escadas correndo.


POV Christopher


 Ela acabou com minhas estruturas achei que iria desarma­la daquele jeito. A colocando naquela cilada ela voltaria, mas não. A filha da puta deu um jeito de sair e ainda saiu por cima. Estava deitado na cama com os braços pra trás, pensando em um jeito de trazer a filha da puta de volta e acabar com aquela palhaçada de uma vez por todas. Ela faz falta, eu fico puto ao saber que uma mulher me domou desse jeito, que ela me tem em suas mãos como se fosse um cachorrinho e consegue tudo o que quer.


Tinha uma foto dela em cima da mesinha ao lado da cama e aquilo se tornou o foco de meus olhos.


– Você é o lobo vestido de cordeiro. – peguei a foto em minhas mãos e fiquei a admirar. Eu fui domado, eu sei. Esse sorriso me comprou e eu já não vivo mais sem ele. O que, que essa mulher tem que me deixou assim completamente atado vivendo a mercê dela?


Taquei o retrato na parede o vendo espatifar no chão, não vou me render, não vou aceitar a decisão dela. Ela escolheu isso, eu só tenho que aceitar... Eu só tenho que... Quer saber? Peguei as chaves do meu carro e sai pra distrair a mente, assim parava de pensar em tanta merda como ultimamente.


POV Dulce.


– Tô pronta. – apareci na ponta da escada chamando a atenção da Anahi e do Brian que me olharam calados por uns segundos enquanto eu descia as escadas.


– ARRASOU! – Anahi disse ainda me olhando. – Não. Para tudo. Tem certeza que você só quer resolver os negócios?


– Ai não é pra tanto. Só estou vestida conforme o ambiente. – disse sorrindo. – Vou a um lugar onde só têm vadias então nada melhor que eu me vista como uma. – disse sorrindo com vigor.


– Você está linda. – Brian me fez parar e encara­lo.


– Obrigada. – sorri sem graça.


– Vamos? – Anahi disse alto, vestindo um casaco bege. Respirei fundo.


– Vamos... – abri a porta e Brian e Anahi saíram e depois eu sai trancando a porta.


– Vai fazer o que amanhã? – Brian disse enquanto nos acompanhava até a garagem.


– Amanhã vou passar o dia todo fora, mas você podia passar aqui à noite.


– À noite? – ele franziu o cenho.


– Sim... Eu ainda não sei cozinhar. – destravei o alarme e Anahi entrou no carro.


– Quando chegar me liga e eu venho pra cá.


– Ok. – dei um beijo estalado no rosto dele e depois entrei no carro abaixando todo o vidro.


– Se cuida viu. – ele fechou a minha porta a batendo.


- Pode deixa. – liguei o carro saindo lentamente da garagem


Anahi ligou o som e ficou mudando as estações sem parar, ela nunca deixava em uma música certa, sempre enjoava fácil. Estava viajando em meus pensamentos. Não acreditava que aquela história de separação minha e do Christopher  fosse verdadeira, não podia ser verdade. Eu nunca me imaginei naquela situação, nunca imaginei que poderia ficar sem ele.


– Dul. – Anahi gritou chamando minha atenção... Estava realmente viajando.


– Que foi? – a olhei um pouco confusa.


– Eu estava falando aqui sozinha que nem uma idiota e você nem estava prestando atenção em mim.


– Desculpa... Estava viajando aqui.


– E essa viagem tem nome? – sorri pelo nariz. – Fala o que estava fazendo você torrar neurônios?


– Anne, você acha que o Christopher ainda gosta de mim? – segurava firme no volante.


– O que? – ela gritou.


– Ele não se importou nem um pouco que eu decidi não ficar com ele. Sabe, eu pensei que ele iria agir feito louco! Amarrar­me, não me deixar sair, mas não... Ele aceitou numa boa. – disse triste.


– Dul vocês dois são o casal mais bizarro desse mundo. É claro que o Christopher ainda gosta de você... Pra falar a verdade ele ainda te ama! Não consigo entender vocês...


– Anne será que ele tem outra?


– Dul, se ele tivesse outra, ele no mínimo te trataria muito bem; como se você fosse uma rainha só pra você não descobrir e não desconfiar. E não é isso que ele está fazendo... Vocês dois só faltam se matar.


– Mas Anne...


- Mais nada! Meu, palhaçada essa “separação” de vocês. Sabe quando vocês vão parar com isso? Quando um se magoar de verdade. Ai sim vocês vão ficar satisfeitos!


– Sabia. – gritei a cortando e estacionando o carro catando os pneus.


– Que foi? – Eu sabia que ele iria estar aqui nesse pulgueiro... Parece que eu adivinhei. – disse nervosa. Anahi tinha acabado de achar o carro do Christopher.


– Dul calma. – ela disse me olhando assustada.


– Calma é o cacete eu sabia que aquele filho da puta já ia vir chorar as magoas com as vagabundas! Ah, mas eu vou matar o Christopher, eu vou arranca o pinto dele fora... Ai que ódio.


– Dulce! – Anahi gritou. – Para com isso. – eu não esperava quando ela enfiou a mão na ignição pegando as chaves do carro e o travando.


– Que isso?


– Eu não vou deixar você sair daqui enquanto não se acalmar... Você não veio aqui mais uma vez pra fazer barraco, mantenha a classe!


– Anahi me da à chave do carro. – gritei com ela que ignorou.


– Se acalma, tenha compostura e eu devolvo a chave... Você só vai piorar as coisas se entrar lá desse jeito. Pensa com a cabeça garota. – bufei nervosa cruzando os braços e enterrando meu corpo no banco.


POV. Christopher


– Desce mais uma garrafa de uísque ai. – disse pra menina do bar.


Estava bebendo na companhia do Jaden e do governador. É o governador da cidade fez questão de me conhecer. O cara era importante, ele não queria me conhecer apenas pra ter minha amizade, o cara era mercenário, mandava no sistema e agora eu era o chefe do trafico, então, ele queria me conhecer pra termos pareceria nos negócios. Ele me encobriria se eu dessa uma grana gorda pra ele fazer vista grossa com o meu trabalho, ou seja, eu pagaria propina e ele não mexeria no tráfico, não interferia em nada, tudo iria funcionar por de baixo do pano e a policia e o sistema estariam recebendo muito para não me prenderem.


 – Agora que você é um homem importante Uckermann... Quero que nossa parceria vá além dos negócios. – ele riu. – Eu sinto que você é um cara inteligente e eu adoro lidar com pessoas inteligentes.


– Eu também só sei lidar com pessoas inteligentes. Gosto de fazer trocas, não gasto meu dinheiro em vão.


– Ótimo! Com esse patrimônio todo, aposto que seu dinheiro só tem triplicado... Posso até imaginar, com todo o seu dinheiro você pode sustentar até a próxima geração. – ele sorriu.


- Tenho dinheiro sim e sei muito bem investir ele. Não faço negócios em vão. – fomos servidos com outra rodada de uísque e eu matei quase a metade do copo.


– Marconny costumava­me presentear com maletas que digo serem muito valiosas. – ele sorriu. – Já que você é novo eu espero ser surpreendido e que as maletas pesem bem mais. – dei risada.


– Você está pensando em ganhar vantagem em cima de mim? – Jaden prestava a atenção na conversa bem atento, o governador e eu estávamos sentados de costas para entrada e ele de frente tendo a visão da boate


– Não. Claro que não. Se seu dinheiro multiplica, quero que minha maleta pese mais, se você não ganha dinheiro quero o peso da minha maleta continue o mesmo. – mercenário do caralho, estava irritado e aquele cara estava me tirando mais do sério, mas eu estava mantendo a calma só porque ele era importante e no futuro eu precisaria dele... Se não, eu já tinha metido um pipoco na cabeça dele. Tinha horas que ele falava e eu nem prestava a atenção ficava viajando, acho que Jaden também estava fazendo o mesmo porque sua expressão era igual a minha em alguns momentos.


– E as mulheres Christopher? Tá gostando de ser cafetão?


– Cafetão não. – o corrigi. – Não obrigo ninguém a trabalhar e muito menos exploro ninguém, elas vêm até mim e eu ofereço meus serviços... Não se refira a mim como cafetão. – ele riu.


– Você tem muitos princípios, não é senhor Uckermann??


– E não é atoa que eu estou aqui...


– Muito gostosa. – Jaden se ajeitou na cadeira com os olhos fixos na entrada. O governador se virou acompanhando o olhar dele.


- Quem é ela? – Jaden ficou em silencio. – Eu pago quanto você quiser pela aquela garota! Só dá o preço. – bufei me virando pra ver de quem eles estavam falando e quase cai pra trás vendo a Dulce entrando.


Filha da puta. – arrastei a cadeira levantando nervoso indo de encontro com ela.


POV. Dulce


Acalmei­me e Anahi topou entrar na boate comigo. Passei pela entrada e meus olhos correram pelo lugar vendo Christopher no andar de cima acompanhado de Jaden e mais um cara que eu não conhecia. Os dois me notaram primeiro que o Christopher, pois estavam me olhando, depois de um tempo meu olhar cruzou com o dele e o vi ter uma reação até que normal. Ele levantou raivoso saindo de onde estava vindo de encontro comigo.


Senti meu corpo gelar vendo os olhos dele vidrados vindo em direção a mim. “Mantenha a calma. Eu tinha só que manter a calma”. Ficava repetindo isso inúmeras vezes em minha mente e quando ele se aproximou, quase dei bandeira com minha cara de quem estava com o cú na mão.


– O que você está fazendo aqui? – ele não falava, ele cuspias as palavras junto com seu ódio a me ver.


– O que acha que vim fazer aqui? – disse provocativa, vendo os olhos dele queimarem em fúria.


– Dulce você está passando dos limites. Você está pedindo pra eu fazer uma merda... Eu não vou mais me controlar. – ele dizia as palavras quase que rangendo os dentes.


– Vou deixar vocês mais a vontade. – Anahi saiu. Eu a olhei se afastando, mas Christopher não tirava seus olhos cheios de ódio de cima de mim.


– Eu disse que queria metade dos seus negócios, estou aqui para aprender como tudo funciona. – dei de ombros cruzando os braços


– Você deve gostar desse joguinho. – ele passou a mão nos cabelos irritado. – Você não vai mesmo desistir desse inferno? – ele encarava meus olhos de uma forma desafiadora.


– Você sabe que não.


– Ok. – ele deu as costas e saiu andando.


– Christopher. – passei em sua frente e segurei seu peito o impedindo de andar. Desta vez eu estava encarando ele. – Eu vim aqui por um objetivo e eu não vou desistir dele.


Ótimo, então se vira. – ele tentou andar, vi os caras que estavam sentados com ele nos olhando.


– Aquele é o Jaden. – disse tentando passar um tom de oferecida.


Ele me encarou sério


– Nem pense em se aproximar daquela mesa. – desta vez ele que me segurou.


– Christopher eu vou cumprimentar o Jaden... Me solta. – me livrei da mão


– Dulce não... – o ignorei e caminhei atravessando a boate indo onde Jaden e aquele homem que eu não conhecia estavam.


Olhei pra trás e Christopher vinha atrás de mim pegando fogo.


– Jaden. – me mostrava toda sorridente como se tivéssemos intimidade.


– Oi patroa. – senti uma salva de palmas ao escutar aquela palavra


– Tudo bem? – me curvei dando um beijo em seu rosto. – Oi. – cumprimentei o outro cara que estava na mesa. Um velho todo socialmente vestido fumando um charuto fedido e bebendo.


– Então você é a Sra. Uckermann? – o velho disse sorridente e nessa hora não esperava por aquilo... Christopher  passou a mão em minha cintura me prendendo junto ao corpo dele.


Olhei pra ele sem entender nada, mas ele estava agindo naturalmente.


– Sim sou eu. – disse sem graça com a situação


- Muito prazer em conhecê­la, minha cara. – o velho pegou minha mão e deu um beijo estalado nela e ele não tirava os olhos das minhas pernas.


– Dulce, esse daqui é o governador. – Christopher  disse entre dentes, nos apresentando oficialmente. Eu ainda não tinha entendido o que aquele ser estava fazendo agarrado em mim, mas tudo bem, porque aquilo tinha sido uma crise de ciúmes nítida.


- Uckermann, você está de parabéns. – o velho disse. – Sua mulher é realmente muito linda. 


Eu sei. – ele disse sendo grosso. Fui puxar uma cadeira pra sentar, mas ele me puxou apertando minha mão com força. Meus dedos chegaram a estralar, eu iria sentar do lado do tal governador, mas ele puxou uma cadeira entre Jaden e ele me fazendo sentar ao seu lado.


Tirei meu casaco ficando só com o vestido que deu uma encolhida assim que me sentei, umas das garotas veio de pressa e o levaram para dentro da chapelaria. Pude notar o olhar do Jaden e do governador em minhas pernas, mas Christopher acabou com a palhaçada rapidinho.


– Trás mais um copo. – ele disse pra menina que passou por nós. – Quanto é mesmo que quer receber governador?


– Ã? Ã? – ele disse confuso desviando o olhar de minhas pernas.


– Jaden vaza. – Christopher disse sério. – Pode deixar que eu me viro aqui... Vai arranjar alguma coisa pra fazer. ­ Jaden levantou bufando e saiu da mesa.


A garota colocou um copo em minha frente me servindo com o uísque, mas eu estava enjoada, no mínimo minha gastrite nervosa estava atacada eu não molhei nem o bico com a bebida, queria mesmo era tomar um bom copo de coca ou até mesmo água.


– Sua mulher também participa de seus negócios? – o velho perguntou curioso. – Não...


– Participo. – interferi o que Christopher estava falando. – Também estou envolvida, tudo o que é dele é meu. Ajudo Christopher a cuidar dos negócios. – disse sorrindo.


– Pois bem, fico lisonjeado em fazer negócios com uma dama tão linda como você. – sorri sem graça.


– Não vai precisar fazer negócios com ela, porque eu cuido da parte da propina. – Christopher disse com um tom arrogante.


– E você meu bem, cuida de que parte dos negócios? – ele estava ignorando completamente o estado enfurecido do Christopher, o que ele queria era ficar me indagando.


– Das boates. – Christopher respondeu em minha frente. – Eu cuido do tráfico e ela administra as boates.


– Vocês tem mesmo uma sintonia muito grande, posso ver isso de longe.


– Vai governador, não tenho o dia todo, quanto você quer? ­ Christopher estava tão arrogante... Mantive­me quieta.


– Quanto acha que devo receber? – ele disse sorridente.


– Nunca dou o primeiro lance. – eu tinha aprendido aquela do primeiro lance, ele nunca dava mesmo o primeiro lance ele sempre dizia que a pessoa que dá o primeiro lance sempre perde e ele não gostava de perder.


- Começamos com 300 mil na sua primeira semana? – o velho não tirava aquele sorriso de dentadura da cara.


– 250 mil – Justin retrucou.


– 280 mil...


– 200 e não se fala mais nisso. – não disse... Ele sempre fechava com o valor que ele queria, já tinha presenciado cenas como aquela algumas vezes.


– Quem levará o dinheiro pra mim?


– Jaden sempre fará o transporte da grana. – já estava entendendo tudo, Justin estava no meio de uma negociação de propina.


– Jaden é um homem de confiança?


– Ele jurou com a própria vida...


– Ele trabalhava pro Marconny


- Não vivo pelo passado. – Justin dizia as palavras friamente e eu prestava a atenção em cada detalhe.


– Ok Uckermann... Já está na minha hora, tenho que estar em casa amanhã cedo... Bem que você podia me emprestar uma de suas garotas. – o velho era bem abusado.


– Escolha qualquer uma, menos a Bruna. – aquilo sim me fez ferver em ódio. Quase dei um tapa na cara dele, mas, me segurei mais do que imaginava que poderia.


- Amor, a Bruna é a melhor garota que temos aqui... Porque não deixa o governador levar ela? – disse provocando com os olhos fuzilando os deles.


– Bruna é exclusividade da casa, ela não faz programas.


– Ok. – sorri tentando ser simpática. – Então venha comigo governador eu vou escolher a sua companheira, garanto que o senhor vai gostar. – ajeitei meu vestido para quando eu levantasse não ficasse curto mostrando mais do que devia.


– Dulce ele sabe muito bem escolher sozinho. – Christopher ficou de pé.


– Mas eu quero ajudar. Como administradora da casa quero que ele saia satisfeito... Licença. – me retirei da mesa. – Vamos? – o velho mais que de pressa se prontificou em pé me seguindo.


- Quero ver se você tem mesmo um bom gosto para escolher as garotas. – o velho disse enquanto caminhava em um corredor estreito que ligava ao camarim onde as garotas estavam se arrumando para o show


Assim que abri a porta do camarim encontrei Bruna parada de frente pra porta, ela ainda tinha uns hematomas no rosto, mas abaixou o olhar assim que a olhei com superioridade


– Meninas, quero que conheçam o governador. – elas pararam o que estavam fazendo e me olharam. Bruna encostou­se a uma prateleira e ficou de braços cruzados e cabeça baixa. – Só escolher governador. – os olhos dele rodaram a sala toda e caíram bem em cima da vagabunda.


– Aquela jovem ali no fundo parece ser muito atraente. – ele disse com um sorriso de orelha a orelha.


– Ah! Aquela ali é escrava da casa. – fiz questão de falar alto para que todas ouvissem. – Escolhe outra melhor.


– Tudo bem. A loirinha ali da esquerda. – a amiga da Bruna que estava com ela no banheiro quando bati nela.


– Quer que embrulhe pra presente? – disse irônica e ele gargalhou.


– Não será preciso... Muito obrigada pela a ajuda Sra. Uckermann


- De nada quando precisar é só chamar. Amiguinha, hoje você será a acompanhante do governador. – ela assentiu com a cabeça e depois saiu indo trocar os trajes. – Eu vou ficar no salão. Se precisar, estou por lá. – o velho safado ficou lá enchendo o saco das meninas.


Não sei por que o corredor foi ficando menor, ou melhor, meus olhos começaram a ficar embasados. Pude ver em meio aos meus devaneios Christopher se aproximando, mas as luzes psicodélicas não ajudavam e só faziam com minha cabeça girasse mais e mais me deixando tonta a ponto de apoiar uma mão na parede para não cair


- Que porra é essa? Não viu que esse babão estava dando em cima de você? – Justin gritava próximo a mim, mas eu estava realmente passando mal. Sentia meu rosto gelado e minhas mãos soarem. – Você é mesmo uma filha da puta eu já estou cansado Dulce...


– Para de gritar. – disse nervosa levando minha mão na cabeça e aquilo fez ele se calar. – Para. – engoli em seco sentindo o vomito chegar a minha garganta, minha visão começou a voltar ao normal.


Christopher me olhava confuso sem entender o que estava acontecendo


– Você tá bem? – ele disse confuso falando um pouco alto, o som estava alto. Estava voltando ao normal, me recompondo.


– Estou ótima. – sai andando e esbarrei nele com força.


O que tinha acontecido? Nem eu sabia, tive um puta de um mal estar, fazendo meu corpo inteiro quase cair ao chão.


Decidi saber onde Anahi estava. Caminhei tropeçando um pouco nas pernas e embolando o salto, nem tinha bebido e estava andando que nem bêbada. Comecei a procurar e encontrei­a em uma parte mais sossegada, ela estava com uma garrafa de conhaque aberta em sua frente e um copo cheio com gelo. Anahi estava debruçada no balcão com um olhar triste


Ah eu não acredito no que estou vendo. – disse me aproximando e ela ergueu a cabeça ficando com os cotovelos apoiado no balcão.


– Isso daqui é um saco... Já fez o que tinha pra fazer? – me encostei de costas para o balcão apoiando os cotovelos e virada para o salão.


– Pra falar a verdade nem sei o que vim fazer aqui... Nem eu sei o que estou fazendo da minha vida. – disse cabisbaixa.


- Toma isso. Livra de todas as magoas. – ela empurrou o copo de conhaque para o meu lado e eu estendi a mão o pegando e virando tudo de uma vez sentindo minha garganta queimar.


– Quer ir embora? – entortei a boca e ela pensou um pouco.


– Nem pensar! – disse dando uma ultima golada em seu conhaque e me puxou pela mão – Não deixei de transar com o Poncho a noite toda pra ver você deixar o Christopher escapar por causa dos seus caprichos... Agora que estamos aqui, vamos nos divertir!


Deixei Anahi me puxar e fomos pro meio da pista, começou a tocar If I Die Tomorrow e ela começou a dançar feito louca. Ria dela, mas, a acompanhava, descendo até o chão.


Roubei a garrafa da mão de um cara que passava e com a primeira golada, percebi que era Whisky. Bebia e dançava como se aquilo fosse me fazer esquecer de todas as merdas que vinha acontecendo comigo.


Coloquei as mãos nos joelhos e empinei o bumbum enquanto balançava meu corpo e minha cabeça. Podia sentir tudo girar e meus pés se moverem até demais. Tinha muitos caras envolta da gente e, a Anahi se deliciava com alguns


Gargalhei e parei de dançar por um segundo. Distanciei­me deles e fui ao bar.


– Garrafa de vodka – sorri pro barman.


– Filha da puta, o que pensa que ta fazendo? – meu braço foi puxado com força e meu corpo se chocou com o de Christopher


Ele estava muito puto.


- Estou fiscalizando – disse cínica – Se a dona não gostar, quem vai?! Me solta Christopher


– Eu não vou mais me controlar com você! – disse apertando meu braço. Mas, me soltei abruptamente dele.


Bebia a mesma enquanto voltava pra pista. Respirei fundo e dei uma boa golada enquanto me deixava levar pela batida da musica. Um cara começou a dançar perto de mim e me afastei. Senti alguém me puxar pela cintura e me virei empurrando o cara, mas, parei ao ver que era Christopher.


- Você é minha!


Estávamos parados na mesma posição: Christopher com a mão na minha cintura e eu com as mãos em seus ombros. –


- Decidiu me deixar ajudá­lo a encontrar a Alexia? – disse sorrindo de canto e ele balançou a cabeça em sinal negativo, antes que abrisse a boca, me afastei dele – Então, não sou mais.


– Dul, Dul... Pera ai pô. – ele puxou meu braço mais uma vez me trazendo meu copo para perto dele. – Eu já não aguento mais, você está me torturando de mais com esse papo de me deixar. – gargalhei


- Ué mais foi você quem disse ou eu ou sua obsessão louca para achar a Alexia... Eu não fiz nada bebê.


– Não você fez sim. Porra Dulce você escolheu a opção errada. – ele estava tentando me envolver. Ele estava respirando tão próximo a mim que sentia sua respiração quente chicotear em meu rosto, procurando meus lábios para um beijo.


– Não... – segurei seu rosto me o impedindo de me beijar. – Christopher é só você me deixar procurar a Alexia junto com você e pronto. – ele negou com a cabeça fechando os olhos.


– Eu não posso porra. Eu não posso deixar você correr risco Dul. –ele explodiu passando as mãos nos cabelos


Então eu não posso ceder tão fácil pra você, não quando você quer tirar de mim algo que é tão importante pra mim como você. – meu queixo tremeu querendo chorar, ele virou as costas e saiu andando.


Caminhei pra longe saindo de onde estávamos comecei a sentir meus olhos marejarem. Christopher é orgulhoso, mas, eu sou cinco vezes mais.


– Vem Anne – puxei­a pelo braço e sai dali.


Peguei as chaves do carro em meu bolso e estava rezando para não encontrar Christopher enquanto saía da boate. Estava meio difícil encontrar o carro, principalmente, porque estava bem chapada


– Dulce... Dulce. – escutei alguém gritar meu nome e olhei pra trás por instinto procurando de onde vinha. Era Jaden.


– Oi. – coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha. Ele se aproximou um pouco ofegante.


– Christopher – ele respirou. – Christopher quer que você recolha o dinheiro.


– Por que? O que ele está fazendo?


– Ah. – Jaden coçou a cabeça.


Meus olhos vasculharam o local a procura dele, e não fiquei muito contente com o que vi. Christopher subia as escadas do escritório com duas taças em uma mão e na outra segurava uma garrafa de champanhe... Bruna estava atrás dele seguindo pelo mesmo caminho, enquanto estava agarrada nele e eu demorei um pouco pra voltar à realidade.


– Não. – disse ainda muito extasiada. – Diga para o Christopher que já fui embora. – sai andando em direção ao carro, apertei o alarme do carro o destravando.


– Dulce eu não acredito que você vai deixar o Christopher...


– Eu cansei Anne. – disse já com o choro na garganta. – Se ele me ama de verdade, aquilo não vai passar de uma taça de champanhe.


- Não era nem pra você deixar que rolasse uma taça de champanhe – ela gritou.


– Não... A consciência dele é o mestre, cada um tem que assumir por seus atos. Eu estou pagando pelos meus. – entrei no carro batendo a porta.


– Desde quando você ficou tão racional?


Desde que a vida só tem me feito cair. – engatei a primeira e arranquei com o carro.


Passamos o caminho inteiro em silêncio. Deixei Anahi na casa da Alee ela viu que eu não estava muito bem, mas não fiquei me martirizando e também não me deixei chorar lamentando as consequências dos meus erros.


POV. Christopher


Chamei Bruna para uma conversa séria. Já que Dulce não desistia daquele papo de querer chefiar metade dos meus negócios, eu tinha que deixar as coisas bem clara pra vadia.


Entrei na frente e assim que ela passou por mim fechei a porta e depois coloquei as taças e os champanhes em cima da mesa.


– Olha Christopher, eu não fiz nada... Sua mulher chegou me humilhando e nem os olhos eu levantei para olha­la, não fiz nada de mais desta vez


– Não disse que você fez nada então não se entregue... – me sentei a minha mesa.


– Me chamou aqui por quê? Algum erro com o meu serviço? – ela ficou de pé.


– Te chamei aqui, por que agora quem vai cuidar de tudo isso daqui não sou eu. – Não? – ela cruzou os braços.


– Mal chegou e já vai abandonar tudo?


– Não. Eu agora vou me focar só no tráfico e a Dulce vai chefiar as boates. – depois dessa noite não quero nem pensar em vê­la chefiando o tráfico. Aquele velho nem respeitou minha presença e eu não quero mais homicídios nas costas, os que eu tenho já basta.


– Você está de brincadeira com a minha cara, né? – ela disse se exaltando. – Christopher sua mulher me odeia! Ela vai fazer da minha vida um inferno! E eu preciso desse emprego.


– Não se faça de santa, por que tanto eu, como você, sabemos que você não tem nada de santa.


– E porque ela têm que cuidar das boates? Porque Jaden não pode fazer isso?


– Isso não é da sua conta. Se não está satisfeita mete o pé, ponho outra fácil no seu lugar.


– Sua mulher é louca! Eu não vou suportar conviver com ela sendo minha patroa... Christopher você sabe, você tem convivência com pessoas como eu, não tenho sangue de barata, não vou aguentar


– Dul é mimada e isso não vai durar por muito tempo. Ela só quer chamar minha atenção...


- E enquanto isso quem se fode sou eu?


– Quando ela sentir a pressão vai desistir fácil de tudo isso e volta pra vidinha dela. Isso só vai ser um teste, se você sobreviver a isso, vou saber que você é muito fiel a mim. – sorri safado


-Não tem controle sobre a sua vadia? Ou ela que domina as coisas? – ela disse rindo.


– Não quero conversar sobre minha vida pessoal com você... De todas as pessoas do mundo você era a última que diria algo sobre minha vida pessoal.


– Seu casamento está em crise Christopher? – ele riu provocativa e aquilo me fez subir um ódio.


– Sai e chama o Jaden pra mim. – disse nervoso.


– Ok. – ela saiu rindo.


Não estava com paciência pra nada, tudo estava me irritando. Precisava de um barato novo, ficar cheirando já não estava mais me satisfazendo.


Duas batidas na porta.


– Mandou me chamar patrão? – Jaden adentrou a sala.


– Quero que ache a Dulce e traga ela até aqui. – peguei o champanhe que ela mais gostava e estava disposto a fazer as pazes.


– Mas...


– Mas nada imbecil, mandei você a chamar pra recolher o dinheiro e até agora ela não apareceu aqui.


– Ela foi embora. – ele disse depressa.


– Foi embora? – arquei a sobrancelha, como ela tinha ido embora sem eu ver?!


– Fui fazer o que você mandou e quando cheguei até ela, ela disse que tava vazando.


– Assim do nada? – ele balançou a cabeça positivamente. – Ela me viu entrar aqui com a Bruna?


– Não... Não que eu vi.


Merda. – peguei o celular em meu bolso e fiquei tentando ligar pra ela que tocou varias vezes e não atendeu a nenhuma chamada minha.


Dulce P.O.V


Cheguei em casa por volta de umas três horas da manhã. Tirei meus sapatos que estavam esmagando meus pés, os deixando jogados na sala. Peguei meu celular no bolso do casco e o tirei o jogando em cima do sofá, prendi meus cabelos. E pude ver que tinha mensagens de voz na caixa postal.


 Subi as escadas me arrastando enquanto discava o numero da caixa postal do meu celular para escutar a mensagem. Era do Ryan. A voz da mulherzinha soou com o viva voz ligado. “Após o sinal ouça a mensagem que foi deixada em sua caixa postal” – Pii.


– Dul. – ele respirou. – É o Ryan... O helicóptero não vai poder te levar pra Miami amanhã, mas eu reservei um jatinho particular e você vai ter que fazer uma coisa que não gosta muito. – ele riu. – Vai ter que acordar mais cedo. O jatinho vai estar a sua espera umas sete horas. Vou implorar que não se atrase e depois vamos ter que combinar o dinheiro que estou gastando com você... Boa viagem e que tudo dê certo, pois estou apostando minhas fichas em você garota. Beijos. 


Também estou apostando as fichas em mim na grande burrada que fiz. – murmurei sozinha jogando meu celular em cima da cama e me despindo e logo em seguida deitando de bruços na cama afundando a cabeça no travesseiro.


Estava cansada demais para limpar a maquiagem, triste de mais para pensar na vida e, decepcionada de mais para levantar e fingir que nada demais estava acontecendo. Acabei pegando no sono


Minha cabeça estava explodindo e aquele celular estava com o toque alto. Tateei a cama o procurando e o atendi com muita raiva sem abrir os olhos


Alô. – disse com a voz um falhando por ter acabado de acordar.


– Porra Dulce! Ainda bem que te liguei. Já é seis e vinte e você ainda tá dormindo.


– Ryan eu vou arrancar a sua cabeça. – disse preguiçosamente.


– Anda, anda. Levanta garota, você tem serviços a fazer.


– O que está fazendo acordado a está hora? – disse ainda deitada.


– Estou fudendo a noite inteira. – ele riu. – Tive um intervalo e não sei por que, adivinhei que você ainda não tinha acordado.


– Não dava pra você reservar esse jatinho pra mais tarde não? – enfim me levantei, caminhando até o banheiro.


– Não. Levanta logo. Minha gata mandou um beijo pra você. – soltei uma risada com um barulho meio estranho.


– Manda outra pra ela. – abri o chuveiro enchendo a banheira.


– Falo


– Beijos. – desliguei o celular o colocando em cima da pia do banheiro e olhando meu cabelo todo desgrenhado.


Tomei banho e coloquei uma roupa simples, lá fora estava fazendo frio e ainda estava um pouco gelado. Estava com olheiras por não ter dormindo bem. Se pudesse ficava o dia todo deitada na minha cama vendo o dia passar sem me mover, sem fazer tanta merda como estava costumada a fazer


Peguei meus óculos colocando no rosto, meu ipod estava perdido, mas não tão perdido; o encontrei e o joguei na bolsa e peguei as chaves do carro, minha arma estava descarregada e eu a carreguei a colocando em minha bolsa com algumas munições extras. Tranquei todas as portas e sai. Antes de ir para o aeroporto particular, passei no Starbucks e comprei um café, pra ver se despertava de uma vez. Estava parecendo uma morta viva.


Não foi difícil de chegar ao tal aeroporto, estacionei meu carro onde um cara apontava me mostrando a vaga. Peguei minha bolsa e meu café saindo do carro. No meio da pista tinha um jatinho e acho que é naquele que partiria. Senti um frio na barriga e quando fui me aproximando um cara surgiu do nada sorrindo para mim


– Me deixa adivinhar... Você é a Dulce? – ele parou em minha frente.


– Sim sou eu. – disse levantando os óculos os repousando na cabeça.


– Sou Peter. – ele estendeu a mão para mim


. – Ah! Ryan me falou sobre você. – ele era o tal cara que Ryan instruiu bem para me ajudar nas buscas em Miami.


– Chegou bem na hora. – ele olhou de lado para o avião que tinha ligado suas turbinas. – Espero que possa te ajudar em alguma coisa.


– Também espero fazer algo que preste. – sorri desanimada. – De onde você é? – perguntei curiosa.


– Amigo de longa data do Ryan.


– Hum.


- Sei que é esposa do Uckermann. Conheço aquele louco. – ele riu


– Os conhece de onde?


– Digamos que esses moleques não são nada santinhos e já foram pegos pela lei e já precisaram de minha ajuda algumas vezes.


– Você é policial? – perguntei confusa.


– Não... Já fui, sou exonerado. Trabalhei dois anos no FBI, mas descobri que tinha talento para um outro lado da lei se é que me entende. – ele piscou os olhos.


– Uau. – disse chocada.


– É mesmo inacreditável.


Um homem que estava um pouco mais distante da gente o chamou em seu radio dizendo algo que não pude ouvir, só escutei ele dizer repetidas vezes “Positivo” “positivo”.


– Acho que já podemos embarcar. – ele disse empolgado.


Respirei fundo mantendo a calma. Ele saiu caminhando na frente e eu fui logo atrás. Meu coração batia mais rápido, causando arrepios em meu corpo, subi as escadas entrando no avião. Peter pediu licença e foi falar com o piloto enquanto me acomodava em uma das poltronas. Será mesmo que era essa vida que eu queria ter? Será que eu aguentaria ficar longe da pessoa que mais amo por uma doce e incrível vingança? Será que eu perdi o Christopher pra sempre, e a uma dessas Bruna estava nos braços dele, o fazendo me esquecer de vez? Esses pensamentos me atordoavam de um jeito perturbador.


– Já vamos decolar. – Peter apareceu me avisando.


Assenti com a cabeça, limpando qualquer vestígio de lágrima do meu olho abaixando os óculos e colocando os fones do Ipod ouvindo “California king Bed”.


E quando eu pensei em desistir de nós


Você se virou e me deu um último toque


Que fez tudo parecer melhor


E, ainda assim, meus olhos ficaram mais úmidos


Tão confusa, quero te perguntar se você me ama


Mas não quero parecer tão fraca


Talvez eu seja um sonhador californiano



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Autor(a): julianavondy21

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Prendi os cabelos em um coque frouxo no alto da cabeça e de top e calcinha que parecia um shortinhos, peguei minha escova a enchendo com pasta de dente e voltei para o quarto escovando os dentes indo escolher a roupa que usaria. Não demorei muito já tinha quase em mente a roupa que usaria. Quando minha boca ficou cheia, fui para o banheiro a enxaguar. C ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 268



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  • Let_pellizzaro Postado em 18/02/2016 - 18:47:45

    Gente, essa era uma fanfic muito foda da Kim, que escrevia no spirit e agora virou livro, então isso é plagio

  • anazinhacandys2 Postado em 31/01/2016 - 00:23:22

    Cade vc ?Vc abandonou a web?POR FAVOR VOLTA A POSTAR.Essa foi uma das primeiras webs q eu li desde que achei esse site.CONTINUAAAA, essa fic é MARAVILHOSA.

  • adrieli Postado em 10/01/2016 - 14:21:50

    Adorei sua fic,queria pedir permissão pra posta ela no instagram,espero resposta!!🎀❤

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 15/12/2015 - 18:41:48

    Cadê vc??????? :(. Posta logooooooooooooooooo!

  • evasavionuckermannvondy Postado em 13/10/2015 - 13:20:31

    Leitora nova *.* Continuaaaa , eu amo essa fic já li a original com o Justin e a Cassidy e eu simplesmente amei , confesso que li trocando os nomes dos verdadeiros para o Ucker e a Dulce , e agora eu posso ler sem precisar fazer isso que bom , mas uma coisa , eu estou adorando a adaptação só que preferiria que o nome da Christina continuasse Julie por tipo , sinceramente na minha opnião Christina ñ chega nem aos pé de Julie , mas é apenas opnião então , CONTINUA LOGO PQ INDEPENDENTE DO NOME A FIC É PERFEITA

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 01/09/2015 - 18:26:03

    CONTINUA!!!!!!

  • Cá Ferreira Postado em 23/08/2015 - 09:20:31

    AI MEU DEUS DO CÉU;!! ALGUÉM AÍ TA SABENDO QUE SOUL REBEL VAI VIRAR LIVRO??!!! ASSIM MEU POBRE CORAÇÃO NÃO AGUENTA G-ZUIS!!!!! A propósito: Brian vai tomar no meio do seu c*!

  • miiholiveira Postado em 11/08/2015 - 00:04:18

    Sabia que uma hora ou outra o brian ia fazer essa palha assada Taqui pariu viu

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 09/08/2015 - 11:37:14

    Poxa o Brian se bandeou para o lado inimigo, vacilou em Brian?! CONTINUA!!!!!!!!!!!!

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 09/08/2015 - 11:35:17

    CONTINUA AMORE, QUE BOM QUE VC VOLTOU NÃO QUENTAVA MAIS DE ANSIEDADE KKKKKKKK E CONTINUA


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