Fanfics Brasil - 72 Turn to U (parte 1) - 2º Temporada Soul Rebel - Adaptada Vondy -

Fanfic: Soul Rebel - Adaptada Vondy - | Tema: Vondy (Dulce & Christopher)


Capítulo: 72 Turn to U (parte 1) - 2º Temporada

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POV.Dulce Maria


 


A única vez que andei pela aquela casa toda foi na festa em que roubei os certificados, eram muitos quartos, muitos cômodos, muitas portas, mas parecia não ter ninguém. O silêncio era máximo e só minha respiração que deixava o clima mais suspense me deixando com mais medo do que poderia acontecer. Estava impaciente tantos quartos para olhar e nem sinal de uma viva alma naquela casa. Desci pelas escadas de trás não tinha olhado em todos os quartos, mas desci para parte de baixo da casa, sai em um corredor que ligava a cozinha fui caminhando lentamente até que escutei um barulho de panela caindo ao chão, fiquei estática, senti meu coração chegar à boca e voltar. Apontei minha arma para frente e a segurei mais firme voltando a caminhar lentamente, passo a passo. Tinha alguém na cozinha e pelo andar e pelo ambiente era só uma pessoa que estava no local, à única coisa que nos separava era uma parede em que eu estava encostada.


Eu tinha que render a pessoa, tinha que agir friamente sem medo, sem falha, tinha que saber se era realmente Alexia que estava naquele local, ou aquilo era só um idiota brincando com a situação. Meu coração palpitava alto e eu sentia minhas pernas fraquejarem, as luzes estavam apagadas algumas partes eram iluminadas outras não. Respirei fundo contei até 10 e depois entrei na cozinha a encontrando de costas mexendo no fogão. Seus cabelos loiros enrolados em um coque, fez meu corpo enrijecer e eu tinha minha arma apontada para ela, mas minha voz falho, eu estava em choque.


– Eu odeio fazer isso... Coisa mais nojenta. Amanhã sem falta contrato uma babá. – ela se virou se deparando comigo com a arma apontada para ela estática em sua frente. Alexia segurava um copo de leite que escorregou de sua mão indo ao chão e se espatifando, ela estava tão assustada como eu. Esperei tanto por aquele momento. – C­Como você entrou aqui. – ela disse engasgada e minhas mãos tremiam com ela em minha mira.


– Sabe o quanto eu lutei pra ter esse momento? – uma lágrima escorreu do meu rosto.


– Como você descobriu que eu estava aqui? Você não pode ficar aqui. – ela gritou.


– Eu vim acabar com você! – disse com ódio.


– Dulce. – ela olhou pra trás vendo se tinha alguém por ali, mas não estávamos sozinhas. – Aqui não, vamos resolver isso em outro lugar. – Acha que eu sou idiota? – mirei o pé dela e sem dó disparei um tiro a fazendo cair no chão.


– Está ficando louca garota? – ela disse ao chão levando a mão onde havia ferido.


– Louca eu fique quando você roubou meu bebê... Louca eu fique cada vez que pensava que você estava impune pelo mundo. E agora eu vim aqui cumpri o que jurei pra mim mesma.


– Você não pode fazer isso, não aqui. – ela disse trincando os dentes.


– Eu vou fazer isso onde eu quiser esse é o seu fim vadia. – disse com a voz firme. Ela fez esforço pra levantar, mas eu a ameacei.


– Se tentar algo eu vou atirar na outra perna.


– Você é só uma piveta não pode fazer nada! – ela estava se levantando e eu dei outro tiro friamente sem pensar duas vezes.


– Filha da puta. – ela gritou.


– O que você fez com a minha bebê não vai ser nada comparado ao que vou fazer com você. – o chão era branco e estava ficando sujo de sangue.


– Porque então não acaba com isso de uma vez por todas? Vai logo da um tiro na minha cabeça e pronto... Vou morrer do mesmo jeito que sua filhinha. – senti um ódio interno e parti pra cima dela dando um chute com força em seu rosto a fazendo bater a cabeça no armário ao seu lado.


– Vadia. Eu vou honrar o nome da minha filha vou escrever vingança com o seu sangue.


– Vai me torturar é? – ela levantou o rosto rindo com o canto da boca sangrando. – O Uckermann te ensinou direitinho? Vai ser sangue frio que nem ele? – dei mais um chute em seu rosto e desta vez ela segurou meu pé me puxando, me fazendo cair ao chão e a arma cair indo pra longe. Alexia era rápida e eu não acompanha a agilidade dela, ela me deu um soco forte na cabeça me fazendo ficar tonta enquanto me enchia de tapas, não conseguia nem pensar até que uma hora me desviei e cai com a boca na coxa dela e a mordi com toda minha força a fazendo berrar e segurar com força em meus cabelos, mas eu só a soltei quando senti o gosto do sangue em minha boca. Eu não conseguia sentir dor estava cega, cega de ódio. Consegui me livrar dela e fui em direção a minha arma.


– Eu não vou me importar em meter uma bala na sua barriga e puxar suas tripas pra fora com as mãos. – disse trincando os dentes. Ela começou a rir.


– Só se garante com um revolver na mão? Porque não vem sair na mão comigo? Vem brigar de verdade. Não sabe se defender? Vai ser covarde? – ela estava me testando.


- Christina também não podia se defender e você não a pouco então, não use a palavra covardia perto de mim se não eu vou fazer você a engolir. – vi uma porta na cozinha diferente da que me levou até aquele lugar, pude ver uma maquina de lavar e ali no mínimo era a lavanderia. Peguei uma faca que estava no faqueiro em cima do galpão e abri a porta da lavanderia. Eu ia precisar amarrar aquela vagabunda. Cortei todos os varais possíveis e pegueis os fios para amarrar aquela vadia. Coloquei uma cadeira no centro da copa e voltei para busca­la. Alexia estava respirando forte com suor escorrendo na testa me olhando com ódio, ela relutou e eu bati o cano da arma em seus olhos a fazendo franzi o rosto, estiquei suas mãos e as amarrei com muita força.


Segurei­a por de baixo dos braços e a arrastei até a cadeira deixando um rastro enorme de sangue por onde passei. Com muita dificuldade a sentei na cadeira e depois a prendi amarrando todos os fios em seu corpo. Eu estava completamente cega, a queria ver morta, mas queria que ela sofresse queria que ela implorasse pra morrer eu queria a ver morrendo aos poucos. Minhas mãos estavam sujas com o sangue dela, sentia o melado do sangue no canto da minha boca.


Puxei uma cadeira me sentando a frente dela enquanto ela se mantinha de cabeça baixa.


– Porque não me mata logo? – ela disse com ódio.


– Porque eu quero ver você sofrer. Eu quero sentir que a morte da minha filha foi vingada.


– Sua filha era tão linda. – ela sorriu com maldade. Meti a mão na cara dela fazendo seu rosto virar com força.


– Porque você não matou a mim? Porque não procurou a mim? Seu problema sempre fui eu. Eu tirei o Christopher de você, eu tenho a vida que você sempre desejou ter e porque você matou a minha filha? – gritei me alterando.


– O que adiantaria só ver o sofrimento do Christopher? Eu queria ver vocês dois sofrendo eu queria mostrar como é ruim ver as pessoas felizes e sua vida uma merda. Se eu não era feliz vocês dois também não seriam.


– Era só um bebê... Apena um Bebê Alexia. – não contive as lágrimas.


– Mas doeu não doeu? Pra mim também doeu quando eu estava me recuperando tentando melhorar e do nada chega aquele convite de casamento pro meu irmão em Miami... Casamento Dulce! Você tem noção quantas vezes eu sonhei com meu casamento e do Christopher? Você tem noção que eu desisti de uma vida pra viver com ele e de repente vi meu mundo desabar quando descobri que EU já não era mais a pessoa que ele mais amava, descobri que EU não significava mais nada pra ele. Eu amava aquele homem mais do que a mim mesma.


– Não... Você nunca amou o Christopher! Você sempre teve posse, obsessão por ele. Amor não machuca, não destrói o amor é puro Alexia.


– Você não sabe o que está falando... Você acabou com tudo! Se você não tivesse aparecido Christopher e eu estaríamos bem até hoje e Christina seria MINHA filha e dele. Você se meteu no lugar errado.


– Eu não pedi pra amar o Christopher, eu não procurei o Christopher. Simplesmente aconteceu o destino nos uniu e nos deu a coisa mais sagrada de nossas vidas que você fez partir cedo de mais...


– Vocês não mereciam ter aquela garotinha... Ela tinha que ser minha, minha. – ela gritou se alterando.


– Você perdeu seu filho... Você é estéril, você é oca. Não pode ter filhos esse foi o castigo que você recebeu por toda a maldade que fez.


– Não me arrependo de nada que fiz. – ela disse rangendo os dentes


– Eu não pude ver minha filha crescer... Eu não pude a proteger em noites que ela sentisse medo, ou quando ficasse doente. Eu vivi um inferno, mas eu tinha um homem que me amava e estava lá sendo meu porto seguro NUNCA me deixando cair. Quando eu pensava em desistir ele estava lá, me colocando pra cima. A perda da minha filha foi a pior coisa de nossas vidas, mas você sempre tentou e nunca conseguiu destruir nosso amor. É verdadeiro Alexia. Eu só preciso dele pra viver e ele de mim e não a pessoa nesse mundo que mude essa lei.


– Ainda bem que vocês serviram um pra consolar o outro. – ela estava com raiva. – Sabe sua neném era tão quietinha eu achei que não conseguiria sair com ela do hospital sem ser notada, mas ela não deu um pio saiu ficou em meus braços como se me conhecesse como se 21/06/2015 Fanfic eu não fosse estranha. – dei um murro na boca dela a calando. Saiu nervosa pra cozinha, mais uma vez tomada pelas lagrimas abri as gavetas freneticamente procurando por um pano encontrei um pano de prato, peguei um jarro com agá e voltei até ela.


- Eu estava conversando numa boa com você, mas desisto te fingir que te entendo. – puxei o cabelo dela com força deitando sua cabeça para trás, amarrei o pano em sua face a cobrindo toda. Segurei sua cabeça pra trás e joguei a água em seu rosto, sufocando duas vias respiratórias provocando um afogamento. Enquanto ela não parou de se debater eu não parei com o sufocamento, quando percebi que ela tinha ficado desacordada a soltei e sua cabeça caiu mole para o lado. Desamarrei o pano do rosto dela.


– Acorda vagabunda. – bati a arma com força no rosto dela demorou um pouco, mas depois ela recobrou os sentidos voltando com a respiração forte e ofegante. – Acorda porque isso não é nem o começo. – os supercílios dela estavam sangrando por causa da batida da arma.


– A sua sorte é que eu estou amarrada se não iria quebrar seus ossos com a mão piveta. – ela disse trincando os dentes.


– Eu também estava impossibilitada quando você levou minha filha então não ache que eu estou agindo covardemente porque você está tendo tudo o que merece e mais um pouco.


– É muito engraçado te ver brincando de ser justiceira... Quero saber de uma coisa como vai ser sal vida depois que acabar comigo? Seu desejo sempre foi esse, não? E depois que tudo acabar como vai ser? Christina não vai voltar. – ela riu. – Vai cometer suicídio e me acompanhar até o inferno? – bati a arma em sua cabeça e ela não se cansava de apanhar, parecia que quanto mais eu batia mais resistente ela estava.


Pude escutar um barulho de coisas caindo no andar de cima e aquilo me assustou por um minuto fiquei parada sem me mover encarando Alexia tentando ouvir mais algum bralho que deixasse viável que tinha mais alguém na casa.


– Tem mais alguém na casa? – meu coração estava disparado.


– Só eu estava aqui. – ela disse me encarando. – Acaba com isso de uma vez, me mate e tire meu corpo logo daqui. Vamos não é isso que você quer? Vai Dulce. – ela estava desesperada.


– Porque quer tanto morrer?


– Você disse que me queria implorando pela morte então aqui estou eu, me mate logo vadia desgraçada! – minha cabeça entrou em uma confusão enorme por um momento estava calma fria e calculista, mas por outro estava apreensiva. Não sabendo de que forma Alexia deveria pagar, olhei minhas mãos cheias de sangue e aquilo me deu uma repulsa enorme de mim mesma. Senti nojo de mim, fui andando para trás observando minhas mãos imundas com o sangue dela e não eu não podia ser assim. Onde eu estava? Onde a Dulce que o Christopher se apaixonou estava, aquela não era eu, estava como se tivesse tomado um choque de realidade no momento errado. – Dulce me mata. – Alexia gritou e eu a olhei.


– Não... Não. – algo atordoava minha mente me deixando louca me fazendo sentir o mesmo sentimento que senti quando ela levou Julie de mim estava me sentindo impotente, sentindo que minha neném não voltaria mais e mesmo que eu tirasse a vida da Alexia eu não a teria como imaginava em meus sonhos.


– Me mata logo. – ela gritou com ódio.


Mas tudo parou achei que estava em mais uma de minhas crises, achei era mais uma coisa da minha cabeça.


– Mamãe. – meus olhos acompanharam o som e eu pude ver uma garotinha sentada no ultimo degrau nos olhando do alto da escada segurando um ursinho de pelúcia envolvida em um cobertor amarelo.


Pisquei várias vezes tentando me livrar daquela visão, mas não. Aquilo era real não era coisa da minha cabeça. Aquela garotinha existia e eu estava a vendo. Meu coração se encheu de alegria e não sei por que meu coração palpitava mais rápido causando impulsos estranhos em meu corpo, como se eu a conhece há anos como se ela fizesse parte de mim.


– O que... Quem é... Você teve uma filha? – Alexia tentava se soltar a todo custo.


– Você quer a mim se concentre em mim. – ela gritou com fúria.


– Sua filha Alexia? – o meu momento de realidade havia passado e tudo o que eu estava sentindo passou trazendo meu ódio à tona trazendo tudo de volta o que eu estava sentindo. – Não me disse que tinha uma filha. – as poucas luzes não me ajudavam a ver a garotinha perfeitamente.


Fui me aproximando lentamente das escadas a subindo para ir até garotinha.


– Não toca nela. – Alexia gritava arranhando a garganta. – Dulce não toca nela. – ela esperneava na cadeira e aquilo era música para meus ouvidos


– Oi. – me abaixei ficando de frente para garotinha, que me olhava assustada. – Alexia como é mesmo que matou a minha filha? – disse sorrindo sem desviar meus olhos daquela coisinha linda.


– Por favor, venha resolver comigo... Dulce eu te imploro deixa ela em paz. Não toca nela. – Alexia gritava sem parar.


– Não precisa ter medo. – sorri. – Eu não vou te fazer mal. – a peguei em meus braços descendo as escadas com ela em meu colo.


Podia ver a vagabunda se debulhar em lagrimas e eu nunca pensei que um dia na minha vida veria Alexia chorando, não daquele jeito. Ela implorando ela estava rouca de tanto gritar e eu apenas a ignorava iria fazer com a garota dela o mesmo que ela fez com a minha. Cortava­me o peito em saber que tiraria a vida de uma pobre garotinha, mas era isso. Alexia sentira a mesma dor que eu senti.


Deixei a menina sentada em cima do balcão e me aproximei de Alexia que me olhava com piedade.


– Quer ver ou show? – disse próximo a ela.


– Você... Você não pode fazer isso. – ela disse me olhando com ódio.


– Eu só estou te dando o troco. – disse sorrindo.


Sai de perto dela e fui buscar uma faca em um faqueiro em cima do balcão. A garotinha permanecia em silêncio e parecia estar assustada, mas ela não chorava, e nem dizia nada apenas olhava tudo com os olhos estalados. Não devia estar entendendo o que sua mãe estava fazendo amarrada em uma cadeira chorando que nem louca... Mas foi assim que me senti há alguns anos atrás quando a minha filha foi tirada de meus braços.


Aproximei­me dela escondendo a faca em minhas costas criando coragem pra matar aquele pobre anjo. Criando frieza o suficiente para fazer aquilo.


– Fala pra titia... Fala pra mim como é seu nome princesa? – ela me olhou com medo e apertou seu ursinho com força.


– Dulce para. – Alexia viu a faca se movimentar em minha mão, mas aquela altura eu não via mais nada estava completamente cega.


– Você gosta de bonecas? – Alexia não parava de gritar. Pela primeira vez ela respondeu a uma pergunta minha.


Ela balançou a cabeça positivamente dizendo que gostava de bonecas.


– Você também é uma boneca. – disse sorrido alisando seus lisos cabelinhos e a puxando para um abraço passando a faca para frente a deixando apontada nas costas da garota.


– Dulce para. Pelo amor de deus você não pode fazer isso. – Alexia gritou tentando se livrar das cordas. – Dulce. – a olhei sorrindo pela ultima vez em ponto de bala pronta pra esfaquear a garota. Quando aquelas palavras me fizeram petrificar. – Dulce ela é a Christina pare, por favor... Você não pode a matar. – Alexia gritou em pranto e eu parei congelada sem me mover.


Meu corpo ficou mole e a faca caiu das minhas mãos que perderam o jogo, dei três passos pra trás ainda muito assustada, meu coração parecia que iria rasgar meu peito de tão rápido que batia. A garotinha me olhava e eu não acreditava.


– Por favor, não faça nada com ela. – Alexia choramingava se martirizando. Enquanto eu e a menina nos encarávamos.


Minha filha aquela era minha filha! Senti o amargar na boca o frio congelar a espinha. Sentia dificuldade em respirar meu peito se elevada e descia em uma dificuldade enorme... Minha princesa, minha pequena, minha filha a minha Christina. Era ela, ela estava ali em minha frente a me encara. Aquilo não era mais um sonho em que eu acordava aquilo era realidade ela estava ali de volta para mim, de volta para os meus braços. Sentia minhas mãos tremerem e eu as levei até a boca a tapando chocada com aquele choque de noticias.


O destino a tinha trazido de volta para mim, aquilo não era um sonho. Não Dulce aquilo era o que você sempre quis o que sempre sonhou. Sua neném estava ali estava de novo em sua vida.


– Christina? – perguntei ainda incrédula e Alexia soluçava longe.


Demorei um pouco, mas depois me aproximei dela a apertando em meus braços sentindo um cheiro gostoso vindo de seus finos cabelos. As lagrimas me tomaram e eu a enchi de beijo e a apertei mais uma vez em meus braços. A coloquei no chão me ajoelhando na altura dela.


Uma alegria que não sabia explicar foi à mesma coisa que senti quando a vi nascer, quando a peguei pela primeira vez em meus braços. Ela tinha a boca tão perfeita e desenhada como a do Christopher e os lábios carnudos como os meus, seus olhos eram iguais aos meus, mas o jeito de olhar e de morder o canto da boca quando estava confusa era completamente igual ao do Christopher...


– Minha princesa. – a abracei novamente.


Ela não estava entendendo nada.


Um barulho estrondoso me fez pular de susto às janelas laterais se quebraram e eu me levantei de pressa do chão colocando Julie atrás de mim, minha arma estava longe. Fiquei parada em sua frente querendo a proteger.


Christopher entrou pela janela apontando a arma e eu senti um alivio em meu peito.


– Christopher. – gritei aliviada por ter visto e corri em sua direção.


Choquei meu corpo no dele e ele me segurou forte. Selei nossos lábios com força ainda chorando.


– Christopher eu disse... Eu sabia. Eu sempre soube. Ela Christopher ela voltou pra gente ela está aqui, nossa princesa voltou. – disse de forma rápida atropelando as palavras.


– Dulce. – ele segurou meu rosto. – O que aconteceu? Você está bem? Você está... – ele olhou o local vendo Alexia amarrada. – Você a pegou. – ele disse com um brilho no olhar.


– Christopher você tem que ver com seus próprios olhos. – peguei em sua mão o puxando em direção a Christina, mas fomos surpreendidos.


Eu não sei de onde e nem como, mas Marconny surgiu apontando uma arma nos surpreendendo. Christina estava onde havia a deixado e aquilo me fez assustar. Christopher segurava forte em minha mão, mas eu queria correr para pega­la.


– Que cena comovente. – Marconny estava batendo palma. – A família está prestes a ficar feliz e completa isso me fez querer chorar. – pude escutar os homens do Christopher destravarem as armas.


– Você fugiu, mas eu vou te mandar pra lá de novo. – Christopher disse entre dentes.


– Manda seus homens recuarem que nos quatro temos um longo papo Uckermann. – ele disse entre dentes.


– Não tenho nada a conversa com você. – Christopher disse com sua arma também apontada.


– Acho que tenho muita coisa pra conversa ou vai querer que eu acabe com a vida da sua filha de uma vez por todas. – Christopher me encarou confuso.


– Christopher, por favor. – sussurrei com lágrimas nos olhos. – Pela Christina. – ele não estava entendendo nada.


– Não tenho o dia todo Uckermann. – Marconny disse impaciente. Com um sinal Christopher fez um gesto e os homens dele que estavam parte quase dentro da sala e outros no jardim se retiraram.


– Liga pro Jaden. Sei que ele é o chefe dos teus homens. – ele estava mandão e Christopher não queria obedecer, não desgrudava meus olhos de Christina.


– Não tenho que ligar pro Jaden. – Justin disse nervoso.


– Liga e coloca no viva voz. Quero poder ouvir suas ordens a ele. – rezava baixinho pra sair daquela cilada e ficar em paz com minha filha. Depois de um tempo Christopher chamou Jaden no rádio.


– Jaden.


– Fala patrão .


– Evacuem a casa e se mantenham pra fora do portão. – Christopher engoliu em seco.


– Está acontecendo alguma coisa?


– Faça o que eu to mandando. – Christopher disse frio desligando o rádio.


– Como as coisas mudam... Até um uns meses atrás eu era o chefe desse cara e agora você virou o patrão. – Marconny começou a rir.


Alexia soltou um gemido de dor chamando a atenção dele que focou os olhos nela.


– Eu vi tudo e garota... Tem certeza que é ao lado dele que você quer viver? – fiquei quieta. – Você acabou com a minha deusa. Você foi fenomenal. – ele bateu palmas. – Achava que iria ter que interferi porque ela te machucaria, mas não eu estou até agora de boca aberta por ver o quanto você é fria, o quanto você foi calculista. Chego até me arrepiar.


Christopher me olhou e depois olhou Alexia e mais uma vez me olhou e desta vez ele pode notar que minhas mãos estavam sujas de sangue.


– O que você quer? – Christopher disse grosso.


– Vocês dois me devem muita coisa. – Marconny disse sorrindo.


– Eu não devo porra nenhuma pra você. – Christopher gritou.


– Baixa o tom porque você deve. Você e ela acharam que passariam a perna em mim. Acharam que me derrubariam e tudo ficaria por isso mesmo? – ele puxou o cabelo da Alexia fazendo a cabeça dela levantar.


Christina tinha uma expressão de que queria chorar, mas ela se mantinha parada agarrando seu ursinho com força olhando o que Marconny fazia com Alexia. Eu estava calculando um jeito de ir pega­la.


– Porque você ainda não se contenta que a sua casa caiu faz tempo e já era pra você meu irmão... Morreu.


 - A minha casa não caiu. – ele riu. – Armaram pra mim.


– Você foi burro, eu só me aproveitei do momento não armei nada pra você.


– Conta pra ele deusa... Conta pra ele como foi que aquelas notas surgiram com a minha assinatura. Conta pra ele que você planejou tudo. – eu não estava entendendo nada e pela cara dele Christopher também estava boiando.


– Marconny me tira daqui. – Alexia disse depois de muito tempo em silêncio.


– Eu já sei de tudo. Todo esse tempo na cadeia serviu pra investigar vocês dois, até que ponto eram culpados e eu descobri. Descobri que os dois queriam me ver cair. Alexia me drogou e me fez assinar aqueles papeis depois os papeis caíram em sua mão com minha assinatura legível. Você deu o golpe em mim e ela... Ela teve tudo o que queria. Ficou dominando Miami sozinha enquanto você cuidava de Atlanta e me colocava atrás das grades.


– Você foi traído pela sua própria aliada. – Christopher riu.


– Ela nunca foi minha aliada. Eu sempre a usei das piores formas a deixando achar que era mais esperta que eu. Eu a tirei de você fiz ela se tornar a pior pessoa do mundo. Eu ensinei a ela como controlar o mundo e agora eu vim cobrar os favores que prestei a ela.


– Marconny me deixa tirar a Christina daqui e depois você resolve isso. – falei sem pensar.


– Ninguém vai sair daqui.


– Christina? – Christopher me olhou confuso. Marconny nos olhava com um sorriso sarcástico, maligno se formando em seu rosto ele estava com uma cara psicopata medonha.


– Ela tá viva Christopher. Nossa menina está aqui. – me escapou uma lágrima pelo olho esquerdo. Ele me olhou confuso e eu dei um passo pra trás e ele teve a visão completa da Christina parada do outro lado da sala agarrada ao seu ursinho que apertava com tanta força.


Christopher estava parado com o corpo enrijecido os olhos fixos em Christina e ao mesmo tempo sem transparecer nem um tipo de emoção. Ele estava calado, mudo, sem emoção apenas encarando minha garotinha que olhava tudo muito assustada.


– ChriChristina? – depois de muito tempo a voz do Christopher saiu falhada quase em um sussurro. – Você sempre esteve com a minha filha sua vagabunda. – ele tentou pra cima da Alexia, mas com muita dificuldade sobre a mira do Marconny eu o impedi.


– Se der mais um passo a pequena morre Uckermann... E dessa vez você poderá fazer o enterro. – meu corpo gelou.


– Se seu assunto é comigo e com a Alexia porque não deixa a Caissy sair com a Ju­ela. – ele não conseguiu pronunciar Julie engasgou. Ainda estava sem acreditar.


– Assunto em família é bem mais emocionante não acha Bieber?


– Eu me rendo por elas. Fico aqui se você as deixar saírem.


– Marconny seu louco tira a Christina daqui. – Alexia gritou e me assustei quando um homem todo de preto desceu as escadas. Agora mais do que nunca eu tinha que proteger a Christina nem que se fosse preciso dar a minha vida por ela.


O cara estava com um capuz o que não me deixava ver seu rosto, mas eu conhecia aquela estrutura corporal que não me era estranha. Meu coração disparou quase rasgando o peito indo na boca quando ele tirou a toca.


– Boa noite patroa. – ele curvou a cabeça pro lado sorrindo de uma forma maníaca.


– Peter? – um nó se formou em minha garganta.


– Não preciso fazer as honras de apresentá­los... Já que meu fiel escudeiro trabalhou tão bem pra você não é ninfetinha.


– Vocês? – franzi o cenho tentando entender.


– Sempre. – Peter sorriu. – Alias tenho que agradecer a você se não fosse por vocês. –ele encarou Alexia. – Nunca conheceria meu mestre da forma que conheci. – ele sorriu.


– Seu mestre?


– Sempre comendo bola né patroa? Nunca se ligou em nada do que dizia a você?


– Você nunca me disse nada.


– Sempre te contei tudo. – ele riu. – Só que eu não era muito direto sabe... Eu brincava com as palavras. – ele piscou.


Christopher estava só estava observando tudo, mas eu podia sentir o tamanho da tensão dele pelo jeito em que seu punho estava fechado. Só queria poder saber o que ele estava pensando. Aquilo era um enigma para mim.


– Eu vivi em segredo... Você nos ajudou muito. Creio que se estivesse trabalhando para o Uckermann talvez nem tudo teria dado tão certo como hoje. Ele era o primeiro alvo, meus serviços teriam que ser prestados a ele, mas eis que você fez com que surgisse um plano B, que por sinal foi muito bem executado. Sua separação com ele caiu dos céus para mim e Marconny, que vamos recuperar tudo o que perdemos. Se tudo corresse como planejado Uckermann não seria o novo chefe do tráfico... Alexia e eu tínhamos planejado tudo muito bem, Marconny cairia e ela cuidaria de Miami e a tão sonhada Atlanta ficaria comigo. Christopher não estava nos planos, não nos meus. Mas parece que a garotinha dos olhos azuis não aprende a lição, parece que ela não cansou de ser rejeitada e mais uma vez tentou presentear o seu grande amor platônico me dando uma rasteira. Ela armou. – ele tinha ódio no olhar. – Armou deu um jeito que as assinaturas do Marconny fossem parar em suas mãos assim você planejou e aplicou o golpe que eu daria. Você tomou o meu território não o do Marconny, Uckermann. Alias você caiu de gaiato em uma história onde não deveria nem ser citado


– Então... Alexia...


– Sim. Ela tentou me derrubar deixando você no comando, mas nem tudo estava perdido. Você não foi tão esperto quanto parecia e digamos que ao invés de matar o Magnata. – ele sorriu com fervor. – Você apenas o mandou pro xilindró. Nem tudo estava perdido. Nem tudo tinha ido por água abaixo até o dia em que eu decidi me aliar ao poderoso mestre outra vez e de uma vez por todas derrubar você e a grande deusa dos olhos azuis. – ele gargalhou. – Entende o ditado “dois coelho em uma cajadada só”? Pois é dele que usufruirei esta noite.


Marconny arrancou as cordas que prendiam Alexia na cadeira e a fez levantar. Ela estava com os pés estourados não conseguia ficar em pé, mas ele a obrigou a forçou e lançou lhe uns tapas por causa de sua luta tentando se livrar. Pude escutar por fim o choro alto de Christina e aquilo fez minha cabeça entrar em êxtase e meu coração apertar, parecia que estava sendo esmagado eu a olhava. Via todo seu desespero os vendo tratarem Alexia daquele jeito. Christopher estava pensativo, ele ia agir, uma hora ia agir eu o conhecia aquilo era instinto dele.


– Mamãe. – Christina gritou com os braços estendidos na direção da Alexia que apanhava feito cachorra do Marconny. Minha cabeça martelava mais e mais. E eu não pude me segurar, quando a vi dar os primeiros passos na direção dela não pensei duas vezes e corri para pega­la.


– Christinna. – gritei a fazendo me olhar. Seu olhar cruzou com o meu e aquele barulho explodiu várias vezes como se fosse um eco dentro da minha mente. Eu podia escutar repetidas vezes o barulho da arma ao ser disparada.


– Dulce. – pude escutar Christopher gritar, mas nem um minuto se quer desviei meu olhar de Christina que mantinha seus olhos fixos em mim até a hora em que cai ao chão.


Senti meu corpo inteiro gelar, choques passavam por mim. Minha boca estava seca e eu sentia o ar faltar.


– Dulce. Dulce fala comigo. – senti a mão gelada do Christopher em meu rosto e eu estava lutando com as pálpebras tentando as deixar abertas. – Dulce. – ele pressionou a mão no meu tórax e quando a levantou estava ensanguentada. Eu tinha sido atingida, não sentia nada meu sangue estava quente, eu só estava entrando em transi. – Ei, ei não desmaia... Não desmaia. – Christopher disse mantendo minha atenção.


– A Christina. – disse ainda cansada. – Christopher pega a Christina. – o cansaço estava tomando conta de mim. Respirava com dificuldade. Meus olhos rolaram na sala e estava vazia... Podia ser um delírio, mas eu não conseguia mais ver ninguém. Peter, Marconny, Alexia. Todos haviam sumido eu só via Christopher em cima de mim tentando estancar o sague dizendo várias vezes.


“Dulce não desmaia. Dulce... Dulce não desmaia”...


POV. Christopher


Quando vi Marconny apontar a arma pra ela, não tive tempo de correr. Dulce agiu pelo impulso e ele não pensou duas vezes e atirou. Ela estava perdendo sangue de mais.


– Ei Ucker isso foi tiros? – Jaden disse ao radio


– Jaden. Jaden ele baleou a Dulce. – disse nervoso tentando estancar o sangue.


– Estamos entrando patrão. – segundos depois havia homens meus por toda


– Christopher que porra é essa que, que tá pegando aqui? – Ryan entrou assustado vendo a Dulce em meus braços.


Rasguei o vestido dela para ter uma visão melhor do ferimento e parecia ser profundo eu não iria conseguir estancar o sangue até chegar ao hospital.


– Ryan me ajuda aqui. – me levantei erguendo Dulce em meu colo. O corpo dela estava mole e ela estava desacordada com os batimentos lentos. – Pega a Christina. – disse nervoso e ele me olhou assustado.


– Christina? Tá ficando louco meu irmão.


– Ryan presta atenção. Você vai pegar a Christina e vai seguir meu carro, não deixa ninguém chegar perto dela, não deixa ninguém tocar nela... Cuida dela pra mim como se fosse sua própria vida.


– Ucker você tá ficando...


 


– Eu quero a minha mãe. – ela nos interrompeu chorando e Ryan pode ver com os próprios olhos que eu não estava ficando louco


- É­Essa é a Christina? – ele disse gaguejando.


– Ryan eu não tenho tempo cuida dela.


– Tá, tá. – ele disse meio nervoso e eu sai com a Dulce em meus braços até o carro.


– Chefe nós vamos atrás deles...


– Jaden sai da minha frente essa não é minha prioridade agora. – coloquei Dulce com cuidado no banco de trás do carro e sai pelos portões feito louco.


Olhava pelo retrovisor e Ryan sempre estava com o carro colado ao meu. Minha cabeça estava a mil, olhava pra trás e ver Dulce desacordada no banco de trás estava me deixando louco, enterrava mais meu pé no acelerador tentando chegar logo ao hospital mais próximo. Mas eu não podia perder a visão de Christina  eu não poderia perdê­la outra vez.


POV Alexia.


Marconny me enfiou dentro do porta malas do carro, sentia meu corpo inteiro dolorido e sentia também a velocidade alta em que o carro estava correndo. Eu só queria a minha bebe de volta, só queria a minha filha mais nada.


Senti o carro começar a se movimentar de vagar até que parou. Meus ouvidos estavam atentos a casa movimentação estranha, os passos foram chegando mais perto até que senti a claridade em meu rosto e o porta malas foi aberto.


– Deusa você está horrível. – Marconny me puxou para fora com brutalidade e eu cai ajoelhada no chão.


– Marconny você não podia ter deixado a Christina lá. – gritei nervosa e ele gargalhou.


– O que? E trazer aquela insuportável junto? O plano era ter você e a ninfetinha se aquela burra não tivesse corrido tudo teria dado certo. – ele bofeteou no rosto me fazendo cair de quatro.


– Mestre você não deveria ter atirado na menina o plano não era esse. – Peter disse um pouco nervoso.


– Cala a boca. – Marconny gritou nervoso e eu tentei encontrar um jeito de fugir enquanto os dois discutiam. – Eu não esperava ter o Uckermann e os homens dele por lá isso não estava no plano.


Minhas pernas estavam arregaçadas não conseguia ficar em pé. Cacei algo que pudesse me ajudar, mas o chão era feito de terra pedras e nada pontudo que me ajudasse, me arrastei de quatro até o carro tentando ficar em pé os dois estavam discutindo e não me notaram. Marconny não era idiota quando coloquei minha mão na porta do carro ele a bateu com força prensando meus dedos, senti a eletricidade da dor passar pelo meu corpo e o fitei com ódio.


– Você não vai fugir. Aliás, temos contas a acertar... Peter a pendura pra mim. – ele ordenou


– Não toca em mim seu podre. – gritei nervosa.


Ele me ergueu pelos braços e me arrastou fácil para dentro de um casebre abandonado. Não sentia minhas pernas nem muitas partes de meu corpo que parecia estar dormente. Peter puxou um gancho do alto do teto e amarrou meus braços para cima me prendendo aquilo.


Eu estava queimando em ódio.


– Acha que eu não consigo me livrar disso? – disse provocativa.


– Deusa não vamos complicar as coisas com a raiva que estou posso quebrar todos os ossos do seu corpo só pra ver você implorando pela morte.


– Isso nunca vai acontecer. – disse trincando os dentes. – Você nunca vai me ver implorando nada a ninguém.


– Sabe que eu gosto disso? Gosto desse seu jeito turrão durona de ser adoro ver você queimando em ódio. Isso é um dos prazeres da minha vida.– ri baixo.


– Acha mesmo que esse otário vai ser fiel a você? – gargalhei. – Ele é o maior imbecil de todos os tempos. Não precisei de muito para passar a perna nele. Você está se aliando a pessoa errada.


– E eu sei. – ele riu malignamente. – Eu não confio em ninguém além de mim. Os outros são apenas degraus que eu uso para subir. – Peter estava de frente pra mim e quando Marconny deu um tiro na cabeça dele a queima roupa o sangue espirrou em meu rosto me sujando. – Agora é apenas você eu e meus homens... Eu vou te ensinar a nunca mais ficar contra mim. Eu vou te ensinar a ser uma boa menina Deusa. – ele sorriu maquiavélico.


Alguns homens começaram a surgi dentro do casebre, todos que faziam a segurança dele antigamente estavam ali.


– Levem esse presunto pra porque o show vai começar. – ele disse rindo


Os homens arrastaram o corpo do Peter pra fora. Marconny pegou um chicote em cima de uma mesa vindo à minha direção.


– Eu vou te ensinar Deusa, você vai se comportar direitinho a partir de hoje. – ele amordaçou minha boca e depois rasgos a blusa que eu estava.


Pressionei os olhos quando o vi pegar um chicote gigante em cima de uma mesa velha e o estralar no chão depois rir sem parar. Quando senti aquele negócio arder nas minhas costas, concentrei meus pensamentos apenas em uma pessoa minha pequena princesa. Só assim aguentaria tudo aquilo. Marconny era impiedoso batia aquele negocio em mim com fervor fazendo minha pele rasgar a casa chibatada.


Flashback on.


Corria apressada com a bebe escondida dentro de uma bolsa, meio aberta pra que a pequena pudesse respirar. Meu coração palpitava alto e forte debaixo da minha caixa torácica, minha respiração estava rápida e descompassada, meu corpo recebia espasmos, o sangue corria rápido pelas veias. A adrenalina consumia cada parte do meu corpo, me incentivando cada segundo mais. Olhei pros lados pra ver se vinha alguém e nada, então, corri até o carro colocando a bolsa no banco de trás. Nada de seguranças nem ninguém, ninguém tinha me visto passar pelos corredores.


Minutos depois, parei o carro em um hotel fuleiro de alta estrada. Peguei a mala de dentro do carro e entreguei a um dos capangas do Marconny que veio me ajudar.


– Tira isso de perto de mim. – disse com nojo entregando a bolsa a ele.


– Dona Alexia, não podemos ficar aqui por muito tempo a equipe do hotel está desconfiada.


– Isso não vai durar por muito tempo. – entrei em um dos quartos e fechei as porta.


Meu coração ainda batia descompensado. Não estava acreditando que consegui executar tudo sem ser pega por ninguém, foi mais fácil do que eu imaginava.


Peguei meu celular dentro do bolso da calça e disquei o numero de Christopher rapidamente, e esperava ele atender me joguei na cama esperando o idiota atender o celular.


– Alô. – disse Christopher com a voz um pouco rouca.


– Oi papai do ano. – sorri brincando com o zíper da minha calça.


– Alexia… ­ rosnou e eu sorri novamente


- Estava com saudade de ouvir sua voz.


– Não precisa me ligar, minha voz vai ser a última que você vai ouvir antes de morrer. – disse com um tom debochado.


– E a sua filha a minha. Ela é tão linda... Dá até dó.


– Dó de que? – perguntou e ri baixinho.


– Ela é tão linda. Isso me faz lembrar quantas vezes eu sonhei em como seria nosso filho… Lembra quando passávamos horas sonhando com ele? Depois de ter você ao meu lado pra sempre ter um filho com você era o que mais sonhava.


– Acha que tenho tempo para ficar te ouvindo?


– Sei que não, mas deveria. Christina é o nome dela né? Não pensava que ela era tão linda, ela é sua cara.


– Fica longe da minha filha e da minha mulher. – disse entre dentes.


– Woo! – gargalhei. Ele é um idiota. – Dulce sofreu muito na hora do parto? Porque na hora em que a visitei ela parecia tão serena, parecia estar muito bem. Pena que é uma péssima mãe, como pode dormir e deixar sua filha sozinha?


– Alexia eu vou te matar!


– Será que ainda terá força? Acho que sua mulher vai ficar destruída. Mas juro que não a machuquei foi tudo muito rápido, não sou como você que gosta de tortura. A final ela é muito pequena pra isso.


– Do que você está falando? – Ela estava linda dormindo naquele berço. Tão pequenininha, me emocionei ao pegá­la. Tão boazinha, nem chorou ao vir ao meu colo, àquela roupinha tudo tão meigo. Senti medo em pegá­la, mas ela é tão boazinha, ficou numa boa e saímos daquele hospital nojento numa boa. Não fomos notadas. – Do que você está falando? Onde está a Christina? – gritou e afastei o celular um pouco da orelha.


– É impressão minha ou está dirigindo falando ao telefone? – debochei.


– Alexia, espero que não tenha feito nada com a minha filha.


– Christopher nem doeu, mas quando você não estiver dirigindo ligo pra te contar o fim trágico. – ri e desliguei, jogando meu celular em cima da cama.


Comecei a gargalhar alto me divertindo com tudo aquilo, só pensar o estado em que Christopher estava há uma hora como aquela me deixava feliz de mais. Bateram na porta me interrompendo;


– Dona Alexia. – outra batida.


Bufei nervosa e abri a porta com muita indelicadeza.


– O que, que é?


– Aquilo... Digo o neném está chorando muito. – mordi os lábios pensando um pouco. – Mate­a. – disse séria.


– Que?


– Simples se ela não coopera acabe com tudo. Mate a bonequinha chorona...


– Me desculpe senhora, mas eu não posso matar um ser tão inocente como aquele.


– Não pode? – dei de ombro. – Peça para outro imprestável de bobeira.


– Posso perder meu serviço, mas eu não vou fazer isso. E também não vou deixar nenhum de meus homens fazer isso. – revirei os olhos nervosa abrindo a porta do quarto com força.


– Ok. Eu faço. – sai pisando forte em direção aquele choro irritante que vinha do quarto ao lado.


Estava cega de ódio e escutar aquele choro tão fininho estava me irritando mais. Um dos capangas estava parado ao lado da bolsa com a menina ainda dentro, mas é claro que aquele verminho ia estar chorando, até eu choraria se estivesse presa por horas dentro de um bolsa.


Olhei aquilo, enrolado confortavelmente em uma manta roxa encolhidinha dentro da manta e senti dó, pela primeira vez tive dó da situação. Ela chorava tão alto que fazia meus tímpanos doerem, mas era um choro manhoso um choro que eu sabia como sanar. Afastei o segurança e a tirei de dentro da bolsa e ninando­a em meus braços. A pequenina sorriu, me fazendo sorrir também.


– Você gosta disso sapeca. – brinquei puxando o queixinho dela e ela soltou outro sorriso fazendo eu me encher de alegria.


A fitava com adoração, como poderia ser tão parecida com o Christopher? Ela era a copia perfeita dele.


– Acho que ela está com fome. – o verme disse quebrando o silêncio e me fazendo despertar.


– Ela não vai precisar de comida já, já vai partir de uma dessa pra melhor. – peguei a bolsa e caminhei de volta com a neném no meu braço para o quarto em que estava.


Coloquei aquela coisinha deitada na cama e ignorei completamente quando ela começou a chorar se espernear na cama.


– Ah você não sabe calar a boca? – gritei nervosa tapando os ouvidos, mas não adiantou ela ainda continuou berrando sem parar. – Você poderia ficar quietinha até a hora da sua morte. – a peguei de novo em meu colo e ela sanou o choro outra vez.


Peguei um papel e uma caneta e comecei a rabiscar um bilhete ao Brian. Ele nunca aceitaria o que fiz, mas não me importava só assim conseguiria me sentir bem só assim eu iria conseguir ficar em paz. Desgraçando a vida do Christopher.


A coisinha acabou dormindo no meu colo enquanto eu escrevia o bilhete, abri a porta do quarto e o vento gelado me fez tremer. Um dos capangas veio até mim.


– Deixe Brian em qualquer lugar com o carro dele por perto e deixe isso onde que ele possa enxergar. – entreguei o bilhete a ele.


– E a neném.


– Daqui a pouco chamo vocês para pegarem o corpo dela. – fechei a porta na cara dele.


Olhei o relógio no alto da parede e já fazia quase uma hora que tinha falado com o Christopher.


– Hora de falar com o papai de novo... Quais suas últimas palavras? – ela não me respondeu, gargalhei. – Esqueci você ainda não fala.


Deitei a bonequinha na cama, mais uma vez a olhando com adoração. Seus traços tão perfeitos, me faziam sorrir atoa. Disquei o numero de Christopher outra vez, e esperava ele atender enquanto acariciava os cabelos cerdosos daquela princesa.


– Alexia filha da puta o que fez com a Christina? – ele atendeu com a voz ofegante.


– Uau. – gargalhei. – Então já está sabendo? Como está se sentindo em perder algo que ama?


– Alexia, é só um bebê.


– E isso importa? Você a ama certo?


– Isso é covardia.


– Por quê? Só porque mexi com os seus sentimentos? Porque quem está sentindo a dor agora é você? Só por isso é covardia.


– Não faz isso… Não a machuque.


– Dói né. – ri debochada. – Dói saber que perdeu algo que ama, dói saber que tiraram isso de você sem te dar oportunidades… Isso não é nem metade do que sinto. Sabe essa dor que está dilacerando teu coração? Não é nem metade do quanto o meu está quebrado.


– O que você quer? O que quer para devolvê­la? Deixe­a em paz, seu problema não é comigo? Resolve comigo.


– Poupe­me Christopher. – gritei nervosa fazendo a neném pular de susto. – Lembra tudo o que já fez comigo. Lembra tudo o que já fiz por você? Não há nesse mundo pessoa que te ame mais que eu, mas pra você isso é pequeno, colocou fácil outra em meu lugar. Você e todos acham que não tenho sentimentos, acham que não sou nada. Eu tenho que me fuder e vocês serem felizes, desde quando o mundo foi feito só para vocês? Você me jurou… Você jurou que sempre seria eu, que você sempre me amaria, mas me trocou assim que conheceu a Dulce. Ela te deu uma filha. Entende o quanto isso dói? Entende que a vida que ela está vivendo é minha? Que ela está vivendo o meu sonho, eu que deveria ter um filho seu. Não! Você não entende porque esses sentimentos pertencem à Alexia e isso não importa pra ninguém.


– Quer que eu fique com você? Se isso for preciso para que devolva a Christina eu faço.


– Não te quero por pena… Não quero por dó. Não mereço isso. Você não é mais capaz de me amar.


– Você está descontrolada.


– Não! Eu estou dando o troco. Estou acabando com sua vida do mesmo jeito que acabou com minha vida.


– Alexia, não desconte na Christina o ódio que tem por mim.


 


– Agora é tarde. – sussurrei colocando meus sentimentos pra fora, mostrando como eu estava me sentindo. Eu queria que ele sentisse a mesma dor que senti quando vi que o perdi de vez, quando vi que não tinha mais o meu grande amor comido. – Não adianta mais. – chorei liberando soluços por tudo o que vivemos e acabar daquela forma. – Eu acabei com tudo, eu sou um monstro.


– Alexia o que você fez? – ele gritava desesperado


– Eu só... Eu só fiz a Christina dormir pra sempre. – ela estava realmente dormindo enquanto eu observava aquela pobre coisinha indefesa.


– Alexia cadê minha filha?


– Se foi…


– Você não pode fazer isso. Você não pode brincar assim com as vidas das pessoas. Você não pode ter feito isso com um bebê.


– Adeus Christopher. – desliguei o telefone na cara dele o pressionando em meu peito. Christina sorriu dormindo e achei aquilo encantador.


Aquela piveta nunca iria ter a minha vida. Eu apenas estava pegando o que era meu por direito. Ela levou o Christopher de mim e eu levaria o que ela tinha de importante. A partir de agora ela seria minha, eu a faria minha. Seria minha pequena filhinha.


Mas, aquela vagabunda havia tirado Christopher de mim e queria tirar minha filha também. Ele havia me trocado por aquela piveta vagabunda e era tudo culpa deles!Justin não iria tomar minha filha de mim pra viver com aquela vagabunda, ele não iria tirar de mim a única coisa que era realmente nossa, o fruto do nosso amor. Eu não permitiria nunca ela já pertencia a mim. Peguei minhas coisas e sai correndo daquele hotel, fechando a conta e pegando um taxi em direção ao aeroporto. Deixei todos os capangas pra traz e fugi tentando não deixar rastros. Iria viver com a minha filha, longe daquela piveta vagabunda. Iria fazer o meu próprio império e cuidar da minha princesa. Na minha filha, ninguém iria tocar eu nunca iria deixar.


2 anos depois


– Porque está chorando meu amor? – perguntei entrando no quarto e vendo a minha pequenina deitada na minha cama abraçada ao urso, enquanto chorava copiosamente.


Aquilo partia meu coração. Sentei na cama e a puxei pro meu colo, enquanto a enchia de beijos e carinhos.


– Por que eu não tenho um papai? No desenho todo mundo tem um papai, mas eu não tenho um papai... Até o bob esponja tem um papai e eu não. – disse apertando o pequeno urso contra seu corpo e escondendo o rosto no meu ombro.


As palavras de Christina ecoavam na minha cabeça, me deixando tonta, com falta de ar e sentia meu coração bater mais rápido. Fechei os olhos com força e passei as mãos pelos cabelos da minha princesa.


– Ele... Ele está trabalhando meu amor, ele não pode ficar conosco. – disse e abri os olhos, fitando Christina, que me encarava agora com os olhinhos brilhantes.


– Perguntei pro tio Marconny se ele podia ser meu papai e ele disse; “Sai daqui capeta via encher o saco da sua mãe”.


A coloquei sentada na cama pensando em um jeito de acabar com aquela confusão que estava na pequena cabecinha dela.


– Já sei. – fui correndo até meu quarto e peguei um velho álbum de fotos que estava jogado dentro do criado mudo. O mesmo álbum de fotos que eu via quase todas as noites. O álbum que guardava todos os momentos bons meus e de Christopher.


Sentei na cama e Christina rapidamente se sentou no meu colo, curiosa, querendo desvendar o que havia naquele álbum. O abri e ela arregalou os olhinhos, apertando o urso ainda mais.


– Tá vendo esse daqui? – ela olho pra foto com atenção balançando a cabeça.


– Esse é o seu pai. – Esse é meu papai? – perguntou e passou a ponta dos dedinhos na foto de Christopher


– É sim meu amor, é o seu pai... O meu Christopher. – ela sorriu puxando o álbum da minha mão olhando as outras fotos curiosa para saber quem era as outras pessoas.


Flashback off.


– Deusa você está apanhando há vinte minutos e não derrubou uma lagrima, nem soltou nenhum um olhar de piedade. Que foi está gostando disso? Suas costas não tem mais onde ficar lanhada... Será que você aprendeu a lição? – o encarei com ódio e superioridade. – Esse olhar não é a resposta certa.


Estava esgotada. Não sentia mais nada, as chicotadas estralavam em minha pele, mas eu não sentia. Minha boca estava seca e eu não tinha força pra mais nada. Naquele momento eu desejei morrer, desejei morrer por saber que ficaria longe da minha filha. Desejei morrer por terem tirado a única coisa que tinha de mim.


– Podem solta essa dai é osso duro de roer. Ela não vai dar o braço a torço. – dois homens soltaram meus braços e eu cai mole com a cara no chão. Marconny pisou em cima do meu rosto me esmagando com o pé. – Suas costas está medonha, eu poderia ser um ótimo tatuador. – ele fez os nojentos dele rirem. – O que acham?


– Essa mulher é de ferro? – ele desamarrou minha boca.


– Perguntaram se você é de ferro deusa. – ele disse rindo. – Levem ela pra aquele banho especial que eu mandei preparar. – dois homens me levantaram e saíram me arrastando. Via tudo rodar, e sentia meu corpo pender de cansaço eu não aguentava mais nada


Eles tiraram minha roupa me deixando de calcinha e sutiã jogada no chão quando Marconny apareceu eles me colocaram de pé outra vez.


– Mandei preparar um ótimo banho pra você deusa. Agua da melhor qualidade... E sal para curar todas as suas feridas. – ele riu e os homens me arrastaram para perto de uma piscina montada que tinha ali. Senti o desespero tomar conta de mim quando meu corpo foi empurrado caindo naquela água me fazendo arder pro completo.


– Eu podia ter jogado álcool, mas não queria ser tão mal. – minha pele queimava e cada machucado, cada ferimento parecia estar em chamas. Senti uma lágrima descer de meus olhos e pensei nela pra reconfortar meu coração. – Cansei podem tirar ela dai. Ela não sabe nem brincar, nem pra soltar uns gritinhos histéricos para dar mais emoção.


Os homens pegaram meu corpo com brutalidade e saíram arrastando pelo aquele casebre velho. O cheiro de mofo tomou conta das minhas entranhas quando eles abriram uma porta velha e me jogaram no chão de um quarto velho. Tudo doía, mas nada eu sentia. Eles trancaram a porta e eu fiquei sozinha jogada ao chão no escuro com a pouca luz que iluminava o quarto. Olhei para os lados e só tinha uma cama velha ali pra mim. O quarto era imundo e eu senti pavor ao escutar o barulho dos ratos no mesmo lugar que eu. Deitei minha cabeça no chão caindo derrotada.


POV Christopher


Ninguém saia de dentro daquela merda de sala pra me dar uma noticia estava a ponto de explodir. Ryan não me deixou invadir aquela merda, eu só queria a minha Dulce eu só queria que ela ficasse bem.


– Chrstopherer para com isso meu irmão. A menina ali tá assustada e esse seu estado não está adiantando nada.


– Ryan eu só quero saber o que está acontecendo com ela... – disse nervoso.


– Eu sei, mas você está assuntando a Christina. – ele sussurrou ela estava nos observando. – Você deveria ficar perto dela. A coitadinha ta morrendo de medo e suas mãozinhas não para de suar um minuto, você tinha que se acalmar e acalmar ela. – Ryan esbravejou.


Passei minhas mãos no cabelo. Eu estava com medo daquilo, não sabia como me aproximar, não sabia como chegar perto dela o que falar. Ela estava enrolada em cobertorzinho amarelo e sua expressão passava que estava assustada, Ryan me empurrou na direção dela e eu fui com calma.


Sentei na cadeira ao lado dela e ela se afastou com delicadeza


- Não precisa ter medo de mim eu não vou te machucar. – disse com calma tentando me aproximar ela abaixou o olhar. – Você sabia que... Que eu sou o seu pai? – eu não sabia como fazer aquela porra e ser direto era melhor coisa. Caissy? Porque isso tinha que acontecer é nessas horas que mais preciso de você.


Ela continuou de cabeça baixa, apetando o elefantinho em baixo de seus braços.


– Eu sou o Christopher. – ela me olhou de canto de olho. – E eu sou seu pai. – ela levantou um pouco mais o olhar,


– Eu quero minha mamãe. – ela disse com os olhinhos brilhando deixando algumas lágrimas caírem.


– Sua mamãe? – olhei Ryan um pouco perdido. – Ela... Sua mamãe boa pergunta. – cocei a cabeça. – Vem aqui. – a puxei trazendo ela pro meu colo. – Eu vou te proteger e quando sua mamãe chegar você vai estar bem protegida. – abracei e aquilo foi êxtase pra mim, senti a respiração quentinha dela chocar em meu peito e ela me apertou tão forte me causando um choque elétrico oiriçando meus pelos. Ela se enganchou em meu colo e depois de um tempo estava dormindo soltando suspiros de choro. Ela era perfeita.


– Eu ainda não consigo acreditar. – Ryan sentou do meu lado. – Cara a Julie tá viva. – ele disse aumentando o tom de voz e eu bati na cabeça dele o fazendo diminuir o tom para não acorda­la.


– A Dul sonhou tanto com isso... Ela sempre acreditou nisso. – disse olhando aquele anjinho dormindo em meus braços. – Eu só queria saber o que tá acontecendo lá dentro daquela sala... Eles não dão uma noticia uma informação não fazem nada. – disse me martirizando.


– Isso é normal Christopher. Até fazer todos os exames demora.


– E porque eu não posso entrar pra fica lá com ela... Ela precisa de mim.


– A Christina também precisa de você. – estalei a língua no céu da boca me vendo perdido.


– Christopher o que aconteceu? Ryan me ligou onde está a Dulce o que aconteceu com ela. – a voz da minha mãe ecoou fazendo Christina dar um pulo assustada despertando.


– Mãe... Mãe calma. – Poncho, Anahi, meu pai e as crianças estavam juntos. – Quem mandou você ligar pra eles? – olhei feio pro Ryan.


Christina escondeu o rosto no meu ombro envergonhada e mais assustada do que já estava com aquele bando de louco.


– Quem é essa menina? – ela perguntou prepotente. Ryan e eu nos encaramos e falar aquilo era difícil.


– Christina? – Anahi tapou a boca com as mãos chocada. Christina se mexeu em meu colo olhando pra todo mundo.


– Que brincadeira é essa Christopher? Minha neta morreu há três anos... – minha mãe disse nervosa encarando Christina em meu colo.


– Não mãe. – neguei com o balançar da cabeça. – É ela, não tem brincadeira. Essa é a Christina.


Ela me olhou confusa depois piscou os olhos várias vezes pra ver se não estava sonhando, antes dela cair desmaiada meu pai foi mais rápido e a segurou.


– Christopher cadê a Dulce onde ela está? Ela já viu essa menininha linda? – Anahi disse empolgada.


– Ela está lá dentro e ninguém me dá uma merda de informação. – gritei nervoso.


Alguns enfermeiros ajudaram à velha, eles a levaram pra enfermaria. Eu já estava impaciente eu ia invadir aquela porra não estava me importando foi quando o médico saiu procurando por mim.


– Senhor Christopher Uckermann?


– Eu. – entreguei Christina nos braços da Anahi e fui até ele. – Eai? Como ela tá? – perguntei afobado.


– Senhor Uckermann o quadro dela é pior do que pensávamos. – coloquei as mãos no rosto em forma de desespero. – A situação é pior do que pensava. Além de perder muito sangue sua mulher chegou com um agravo no quadro dela... Sua mulher está grávida e eu estou levando ela para o centro cirúrgico pra salvar a vida dela e do bebê, eu não posso esperar mais nem um minuto se não vou acabar perdendo um dos dois. – quase cai pra trás.


– Ela tá grávida? – disse pra confirmar se era mesmo aquilo que eu tinha ouvido.


– Sim pelo colo do útero ela está de quatro meses e pouco. Eu já encaminhei ela pro centro cirúrgico ela vai passar por uma cirurgia para fazer uma drenagem torácica e reparar os ferimentos no estomago. A bala entrou pelo tórax. Perfurou o diafragma, atingiu o estomago e parou pouco antes de atingir o neném. Quando tiver mais noticias eu mesmo venho avisar. – ele se retirou e eu permaneci estático onde eu estava processando aquela quantidade de informações.


 




 


                                OQUE ACHARAM DA VOLTA DE CHRISTINAAAA?


 


OBRIGADA A TODOS QUE COMENTAM FICO MT FELIZZZZZZZZZZZ 


COMENTEMMM


 



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Autor(a): julianavondy21

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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– Como assim grávida e eu não sabia de nada? – disse passando a mão no rosto nervoso. – Christopher você tem que sossegar. – Ryan esbravejou. - Sossegar? Sossegar como se minha mulher está lá dentro correndo risco de vida. – Christopher ele não disse que ela estava correndo risco. – Ana ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 268



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  • Let_pellizzaro Postado em 18/02/2016 - 18:47:45

    Gente, essa era uma fanfic muito foda da Kim, que escrevia no spirit e agora virou livro, então isso é plagio

  • anazinhacandys2 Postado em 31/01/2016 - 00:23:22

    Cade vc ?Vc abandonou a web?POR FAVOR VOLTA A POSTAR.Essa foi uma das primeiras webs q eu li desde que achei esse site.CONTINUAAAA, essa fic é MARAVILHOSA.

  • adrieli Postado em 10/01/2016 - 14:21:50

    Adorei sua fic,queria pedir permissão pra posta ela no instagram,espero resposta!!🎀❤

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 15/12/2015 - 18:41:48

    Cadê vc??????? :(. Posta logooooooooooooooooo!

  • evasavionuckermannvondy Postado em 13/10/2015 - 13:20:31

    Leitora nova *.* Continuaaaa , eu amo essa fic já li a original com o Justin e a Cassidy e eu simplesmente amei , confesso que li trocando os nomes dos verdadeiros para o Ucker e a Dulce , e agora eu posso ler sem precisar fazer isso que bom , mas uma coisa , eu estou adorando a adaptação só que preferiria que o nome da Christina continuasse Julie por tipo , sinceramente na minha opnião Christina ñ chega nem aos pé de Julie , mas é apenas opnião então , CONTINUA LOGO PQ INDEPENDENTE DO NOME A FIC É PERFEITA

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 01/09/2015 - 18:26:03

    CONTINUA!!!!!!

  • Cá Ferreira Postado em 23/08/2015 - 09:20:31

    AI MEU DEUS DO CÉU;!! ALGUÉM AÍ TA SABENDO QUE SOUL REBEL VAI VIRAR LIVRO??!!! ASSIM MEU POBRE CORAÇÃO NÃO AGUENTA G-ZUIS!!!!! A propósito: Brian vai tomar no meio do seu c*!

  • miiholiveira Postado em 11/08/2015 - 00:04:18

    Sabia que uma hora ou outra o brian ia fazer essa palha assada Taqui pariu viu

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 09/08/2015 - 11:37:14

    Poxa o Brian se bandeou para o lado inimigo, vacilou em Brian?! CONTINUA!!!!!!!!!!!!

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 09/08/2015 - 11:35:17

    CONTINUA AMORE, QUE BOM QUE VC VOLTOU NÃO QUENTAVA MAIS DE ANSIEDADE KKKKKKKK E CONTINUA


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