Fanfics Brasil - 7 Uma Aventura Alucinante

Fanfic: Uma Aventura Alucinante | Tema: Ponny


Capítulo: 7

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Quando a largou, havia um brilho de satisfação nos olhos cinza-aço. Infantilmente, Anahi passou a mão pela boca, como se assim pudesse apagar a sensação do beijo. Inútil. Ela estava consciente de que o toque da mão dele em seu seio tinha despertado uma ansiedade profunda que jamais pensara existir.
- Na minha casa ou na sua?
A pergunta fria e cínica trouxe Anahi de volta à realidade:
- Em nenhuma das duas - respondeu. - Sustento o que eu disse, Alfonso: não quero você.
- Mas eu quero você - retrucou ele -, e parece ter esquecido que desta vez eu estou com a vantagem. Não estamos rodeados de amigos, Anahi. Estamos sozinhos e não há ninguém que me impeça de obrigá-la a entrar no meu carro e levá-la para o meu apartamento. E pode ter certeza de que eu faço isso.
- É capaz de me forçar só para satisfazer o seu orgulho masculino? - Uma certa aversão vibrou na voz dela e, por instantes, viu algo hesitante naquele olhar; depois ele se tomou ardente de novo.
- Por que não? Seria uma experiência interessante.
- Isso quer dizer que normalmente você não precisa usar a força? - perguntou, amarga, sentindo medo, mas não querendo demonstrar.
- Em geral, não -- admitiu Alfonso, e um leve tremor nos lábios dele demonstrou que estava irritado. - Seria mesmo uma experiência interessante. Mas não sei se você iria gostar. Nem mesmo uma mulher experiente gosta de ser violentada.
Violentada? Anahi arregalou os olhos e disse, assustada:
- Eu dou parte na polícia. Isso é crime. Você vai preso...
- Não vou - disse Alfonso, cruel. - Acha que, depois, do jeito que agiu na festa, algum júri vai acreditar em você? Todos viram que você me provocou. Quantos anos tem? Vinte e três? Vinte e quatro? Idade bastante para ter tido vários amantes. Isso nunca pega bem, num processo.
Era um pesadelo, pensou Anahi. Aquilo não podia estar acontecendo. Mas estava e tinha certeza de que Alfonso faria o que ameaçara. Violentada! Estremeceu, horrorizada. Vários amantes, dissera Alfonso. Conteve uma risada histérica. Não tivera um só amante. Derrick que o dissesse! Respirou fundo, pensando febrilmente num meio de escapar. Podia sair correndo, mas Alfonso a alcançaria. Sentira que o corpo dele era musculoso, ágil, muito mais forte do que o dela.
- Então?
- Está bem - suspirou ela, tentando relaxar-se. - Vamos para o meu apartamento.
Ele a olhou com atenção, como se quisesse ler-lhe os pensamentos. Anahi parou de respirar, rezando para ele não desconfiar do que tinha planejado.
- Está certo - concordou ele. - Me dê a chave da porta, como prova de confiança - ironizou. - Nunca bateram a porta na minha cara até agora, Anahi.
Com as mãos trêmulas, ela abriu a bolsa, pegou a chave e a deu a ele, que continuava a segurá-la firme por um braço e a fez ir para o carro. Era um Maserati vermelho-escuro. Pelo jeito, Alfonso não tinha problemas de dinheiro, pensou Anahi, enquanto ele abria a porta e esperava que ela sentasse no lugar do passageiro.
- Não tente abrir a porta, eu a tranquei por fora - disse, enquanto entrava pelo outro lado.
A intimidade do interior do carro fez soar um alarme em Anahi. O estofamento era cor de creme, macio, e no ar pairava um traço da colônia que Alfonso usava. O carro movimentou-se, suave.
- Onde você mora?
Ela deu as indicações de modo automático.  Se hesitasse e Alfonso a levasse para o apartamento dele, nem queria pensar nas conseqüências. O que começara com a intenção de demonstrar àquele homem que não podia ter tudo o que quisesse, simplesmente porque queria, transformara-se num pesadelo. Não podia suportar o modo pelo qual Alfonso queria se vingar da humilhação que sofrerá e não iria ter que suportar, se tivesse sorte. Estava com as mãos no colo e cruzou os dedos, numa superstição infantil, rezando para o porteiro da noite estar no saguão do prédio, quando chegassem.  Ela mais sentiu do que viu as sobrancelhas de Alfonso se erguerem, quando indicou o prédio. Cada apartamento tinha um boxe para carro, mas Anahi não o fez ir para a garagem. Indicou-lhe para parar diante do luxuoso edifício e ficou imóvel, esperando que ele abrisse a porta para ela sair.
- Você mora aqui?              
- Moro - respondeu, tensa com o tom ríspido dele,
Tinha comprado aquele apartamento ao chegar em Londres. De certo modo, havia sido um erro, pois a maioria dos condôminos eram casais de certa idade e, além de um ou outro bom-dia ou comentários sobre o tempo, nunca conversara com ninguém. O saguão estava bem iluminado e George solidamente sentado à maciça escrivaninha. Anahi sentiu a tensão diminuir.   O porteiro da noite reconheceu-a imediatamente e sorriu, enquanto ela entrava. Pegando a coragem com ambas as mãos, Anahi voltou-se para Alfonso, um sorriso forçado nos lábios: - Muito obrigada pela noite magnífica - disse, esperando que George não notasse o tremor em sua voz. - Boa noite. Por um instante, pensou que ele fosse reagir com violência. Sentia George olhando para os dois e, quando já achava que a jogada não tinha dado certo, Alfonso disse:
- Boa noite, Anahi. - A mão dele deslizou do braço de Anahi para o pulso; levou a mão dela aos lábios, num gesto que provocou um aceno de aprovação de George. - O jogo não terminou... Está apenas começando!
O que aos olhos de George era um caso de amor começando, não passava de um aviso para Anahi: Alfonso não desistira da vingança!
Só depois do Maserati se afastar é que ela suspirou, aliviada, e voltou-se para o porteiro, dizendo:
- George, perdi a minha chave. Pode abrir a porta do meu apartamento? Acho melhor mudar a fechadura. Todo cuidado é pouco, hoje em dia.               .
- Pode deixar que eu cuido disso amanhã - ofereceu-se George. - Vou pegar as chaves mestras e subo com a senhora, para abrir.
George era zelador e porteiro noturno do prédio. Simpatizara com ela desde que se mudara e comentara com sua mulher que aquela moça o fazia sentir-se protetor e que um dia ela iria arranjar um namorado... E, agora, parecia ter arranjado um à sua altura: bonitão, forte, dono de carro esporte...
Sem saber que era alvo dos comentários do zelador e de sua mulher, Anahi tratou de se deitar. Sentia a garganta, dolorida. Estremeceu. Bem que Maite a avisara de que Alfonso poderia ser perigoso. E ela rira. Não tinha vontade de rir, agora, e desejava nunca mais ver Alfonso Herrera. A primeira coisa que iria fazer, no dia seguinte, era pedir a George que não esquecesse de mudar a fechadura. Quando a raiva esfriou um pouco, achou que talvez Alfonso não continuaria a persegui-la. Mas não conseguia dormir, sabendo que ele tinha a chave de seu apartamento. Passou as mãos pelos .seios, que reagiram de leve ao toque delicado, e emoções que jamais experimentara antes reviviam, fortes, enquanto lembrava Derrick. Alfonso... Derrick... seu pai... Eram todos iguais. Todos os homens eram iguais. Virou de bruços, enfiou o rosto no travesseiro e as lágrimas que vinha contendo desde o momento em que Alfonso a beijara começaram a correr, quentes e livres, afinal.


 


 


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Autor(a): Lari AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 20



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  • annykiss Postado em 07/06/2016 - 17:07:14

    Buaaaaaaaaaaahhhhhh

  • annykiss Postado em 07/06/2016 - 17:06:29

  • annykiss Postado em 07/06/2016 - 17:05:38

    Putz!! Você Abandonou A Fic... Desde Do Começo Do Ano Passado Eu Toh Montando Barraca Aki, Resperando Cê Parecer •---•

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:29:12

    OLÁAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • Belle_ Postado em 11/07/2015 - 02:08:49

    Posta mais plzzz '-'

  • belle_ Postado em 08/04/2015 - 20:00:17

    Continuaaaaaaa!!!!!!!!!!!!! POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!!

  • fersantos08 Postado em 05/04/2015 - 16:34:24

    Continua <3

  • belle_ Postado em 05/04/2015 - 16:32:26

    CONTINUAAAAA!!!!!!!!!!!

  • anajulia_ponny Postado em 20/03/2015 - 10:13:10

    CONTINUA POR FAVORRRR

  • anajulia_ponny Postado em 22/01/2015 - 10:20:42

    Ahhhhhh mds continuaaaaaa


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