Fanfic: Apaixonado Pela Megera Da Minha Chefe | Tema: Vondy

Narrado por Dulce:

No dia seguinte, fomos para a revista. Eu continuava morrendo de medo, mas Chris me convenceu, dizendo.

Chris: Vamos, Dul. Deixa de bobagem. -me olhou daquele jeitinho safado, e brincou.- Qualquer coisa eu te protejo.

Ele continuava sem entender. A única forma disso mudar seria se ele conhecesse a minha avó. Mas sinceramente, eu esperava que isso nunca acontecesse. Assim que chegamos, avisei.

Dulce: Marina, se a minha avó telefonar, diga que não estou no Rio de Janeiro.

Entramos na sala, fechamos a porta. Cinco minutos depois, meu pai entrou, todo esbaforido. Quase não conseguia respirar.

Fernando: Filha, eu vim só para te avisar, sua avó está vindo para cá! Melhor não estarmos aqui quando ela chegar.

E saiu correndo, deixando Chris absolutamente perplexo e eu completamente apavorada.

Dulce: Vamos, Chris. Também não quero estar aqui quando a megera chegar.

Chris me olhava como quem não está entendendo nada.

Chris: Megera? Dul.. é a sua avó!

Eu não tinha tempo para explicar.

Dulce: Chris, você não entende. A María -ela me mataria se eu a tratasse de outra forma- Não tem nada a ver comqualquer tipo de imagem que você possa ter de uma avó.

Com uma risada divertida, Chris insistiu.

Chris: Você tá sendo irracional. Como pode ser possível que uma velhinha te deixe desse jeito?

Tarde demais. A porta se escancarou. Para María e sua entrada triunfal. Com o cabelo pintado de loiro num penteado impecável, o rosto sem rugas depois de um incontável número de aplicações de botox e plásticas,casaco de pele apesar do calor, salto alto, óculos escuros e o chihuahua de estimação a tiracolo. A visão real do inferno nos deixou paralisados.

María avançou em minha direção, me fazendo recuar. Exatamente como quando eu era criança. A mulher gostava de torturar. Não era uma avó normal. Quando fui morar com ela na França, aos seis anos de idade, ela fazia questão de me "educar" com o seu jeito fascista e sádico, repetindo: ``Você não passa de uma coitada. Tem uma vagabunda como mãe, e um idiota como pai.`` Até me levar às lágrimas. Então ela sorria, e me batia com força na cara, dizendo: ``Isso é para você aprender a não ser fraca! Chorar é para perdedores, Dulce. E eu não admito que você seja um fracasso como o seu pai!`` Aos oito anos, eu já tinha aprendido. Não deixava nada nem ninguém me desarmar. Até conhecer Chris. María me olhou de cima a baixo. Ignorando Chris completamente. Como se ele fosse nada. Com um risinho sarcástico, exclamou.

María: Quer dizer que você acabou virando uma pateta apaixonada exatamente como o seu pai.. será que eu não consegui te ensinar nada?

Imediatamente, Chris tentou falar.

Chris: A senhora não tem o direito de..

María soltou uma gargalhada. Sem perder a pose de rainha. Não olhou para Chris, sequer lhe dirigiu a palavra. Continuou olhando fixamente para mim.

María: Dulce, você enlouqueceu? Resolveu compactuar com os absurdos do seu pai?

Foi quando aconteceu a coisa mais improvável, o sr. Fernando, meu pai, entrou como um furacão dentro da sala.

Fernando: Agora chega, María! -ela também não permitia que ele a chamasse de mãe- Deixe a Dulce em paz!

Se colocou entre nós. Me defendendo. Me protegendo. Fiquei boquiaberta, sem acreditar. Ele nunca a tinha confrontado. Muito menos por minha causa. Mas naquele momento, vinha movido por algo que pela primeira vez me fez entender e compreender o real significado da palavra "pai". A reação de María foi idêntica à minha. Por alguns instantes, ela simplesmente o olhou, sem acreditar. Depois ordenou.

María: Não se meta, Fernando. Você é e sempre foi uma decepção total. Mas a minha neta não!

Com uma firmeza que eu nunca tinha visto, meu pai não se intimidou.

Fernando: Ao contrário de mim, a minha filha vai ser feliz, mãe. Não vou deixar que você atrapalhe.

María o olhou como se ele tivesse perdido a razão.

María: Mon dieu, Fernando! Ser feliz? Isso aqui é um conto de fadas, por acaso? Você quer mesmo ver a sua filha com um desclassificado e ainda por cima proletário?

Segurei a mão de Chris. O olhei nos olhos, implorando calma. Foi a única forma de o manter do meu lado, sem retrucar.

Fernando: Não tem como você comparar a Blanca e o Chris. A Dulce teve muito mais sorte do que eu. Escolheu uma pessoa de caráter. E que a ama de verdade.

Pela primeira vez na vida, senti insegurança em minha avó. Ela chegou a gaguejar.

María: C`est.. c`est un non-sens! Offensif, outrageant!

(Isso é.. isso é um absurdo! Ofensivo, ultrajante!)

Meu pai a pegou pelo braço, dizendo.

Fernando: Dulce, ce que vous êtes renvoyé à sa grand-mère comme une réponse?

(Dulce, o que você retorna para sua avó como resposta?)

Eu balbuciei um fraco.

Dulce: Au revoir..

(Adeus..)

Quem é a megera agora meninas? Ta ai, a Megera mor, por isso a Dul era tão cabeça dura...Misterio resolvido!