Fanfic: Apaixonado Pela Megera Da Minha Chefe | Tema: Vondy

jujuba_rbd: Hum...te entendo as minhas começaram a duas semanas, vida de estudante é foda!

Narrado por Dulce:

No dia seguinte, quando o expediente acabou, um Chris absolutamente sorridente entrou na minha sala, sem bater. Eu estava profundamente irritada. Ele sabia, impossível não perceber. Aquele era para mim, o começo de um pesadelo. Daqueles que a gente sabe que não tem como conter. Jantar com Chris na casa do meu pai. Não sei o que me apavorava mais: Chris, meu pai ou eu mesma. Minha voz saiu tensa.

Dulce: Vamos?

Christopher me seguiu sem dar uma palavra. Eu realmente não estava para conversa. Liguei o som do carro, para não dar espaço para palavras. Quando parei o carro em frente a casa do meu pai, Chris estava paralisado, sem respirar. Da guarita, o segurança abriu o portão sem nada perguntar. Conhecia meu carro, e a placa. Contornei o jardim que meu pai adorava. Parei em frente à escadaria da porta principal do enorme casarão de dois andares. Desci do carro. Chris me seguiu. Tentando disfarçar, mas era evidente que estava impressionado.

Chris: Puxa, sua infância não deve ter sido nada fácil..

Aquilo me fez ri. Olhei para ele, me olhando com aquele jeitinho implicante e safado. Achando incrível como ele conseguia fazer meu humor melhorar. O manobrista totalmente uniformizado se aproximou. Antigo, mais de 20 anos de casa, como todos os empregados de meu pai.

Miguel: Boa noite, dona Dulce.

Dulce: O que tem de boa?

Respondi, atirando a chave do carro. Ele se esforçou, mas não conseguiu pegar no ar como fazia anos atrás.

Dulce: Você está velho, Miguel. Hora do meu pai te aposentar.

Ele me olhou magoado. Exatamente como eu queria e adorava. Chris me seguiu. Pela respiração dele eu podia sentir que estava revoltado. Antes que eu chegasse na porta, ele me puxou pelo braço. Reprovou.

Chris: Precisava tratar o senhor daquele jeito, Dul?

Olhei para ele perplexa. Será que Chris não entendia nada?

Dulce: É só um empregado, Chris..

Os olhos dele se fixaram profundamente nos meus. Daquele jeito que só ele conseguia ter coragem de me olhar. Antes de perguntar.

Chris: E eu? Também sou só um empregado?

Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu.

Consuelo: Boa noite, Dulce!

Olhei para Chris tentando fazer com que ele entendesse.

Dulce: Viu? São todos iguais..

Entrei, passando por Consuelo sem nem cumprimentar. Apenas tirei o casaco e atirei em cima dela, que disse.

Consuelo: Seu pai está no escritório..

A fuzilei com o olhar. Era por isso que eu odiava ir na casa do meu pai. A criadagem era abusada demais. Além do fato de me conhecerem desde criança, ainda tinha o agravante de meu pai insistir em tratá-los quase como iguais. Vergonha, absurdo total. Imediatamente a coloquei no lugar.

Dulce: Ninguém te perguntou nada.

Segui pelo corredor, sem olhar para trás. Chris deu boa noite para ela e depois me seguiu quase correndo. Parei na porta do escritório, olhei para Chris, e disse.

Dulce: Nunca, jamais volte a tratar pessoas inferiores a você como iguais.

Ao invés de olhar para mim, Chris estava com o olhar parado, completamente sem graça. Me virei e percebi o porque. Meu pai, parado com a porta aberta às minhas costas. Os olhos dele brilharam, decepcionados, como se não acreditasse. Não entendi a razão, uma vez que eu não tinha dito nada demais. Nada que eu já não tivesse dito milhares de vezes naquele mesmo lugar.

Fernando: Pensei que você tivesse mudado, Dulce. Mas parece que eu estava enganado..

Dulce: Nossa, pai, mudar para que? Me acho perfeita.