Fanfic: Apaixonado Pela Megera Da Minha Chefe | Tema: Vondy

Narrado por Dulce:

Eu e Chirs jantamos e após o jantar ja estava bem tarde e tinhamos que terminar um cronograma de reuniões, como Chirs morava longe (como eu digo onde judas perdeu as botas) falei, na verdade foi quase uma ordem:

Dulce:Vc dorme na minha casa!

Assim que chegamos, Paz -a empregada, que na verdade se chamava Pasqualina, mas eu não era obrigada a conviver com um nome horroroso desses, não é verdade?- abriu a porta, com um boa noite simpático.

Dulce: Paz, esse é Chris, meu assistente. Depois que preparar meu banho arruma um dos quartos de hóspedes pra ele.

Paz: Sim, minha menina.

E sumiu no corredor que levava aos quartos. Chris disse que queria ir ao banheiro. Indiquei o mais próximo da sala. E acrescentei.

Dulce: Se quiser tomar um banho a Paz providencia pra você.

Mas ele recusou. Com um olhar indecifrável. E saiu caminhando rapidamente em direção ao banheiro.

Paz: Seu banho ta pronto, Dona Dulce.

Mandei Paz fazer um chá pra mim e pro Chris. E que dissesse para ele ir me encontrar no meu quarto. Chá era uma coisa que eu adorava. Tinha dos mais diversos e variados sabores e nacionalidades. Naquele dia especificamente, pedi um turco, maravilhoso, que sempre me relaxava. Entrei no meu quarto, peguei a máscara que guardava no frigobar, e fui tirando a roupa a caminho da banheira. Mergulhei na água quase fervendo -do jeito que eu gostava- coloquei a máscara gelada no rosto, e com um suspiro de prazer, me deixei ficar lá deitada.

Narrado por Ucker

Tomei um banho rápido afinal de contas, a Dulce ainda queria trabalhar. Molhei os cabelos. Saí do banheiro vestido com as minhas roupas. Agora sim era eu mesmo.

Estava perdido olhando as telas que ocupavam boa parte do corredor, quando tomei um susto ao ler o que estava escrito em uma delas: Portinari! Será que era cópia? Que pensamento besta, claro que não! Dulce seria incapaz de ter ou usar algo que não fosse extremamente original. Nesse instante cruzei com Paz no corredor, ela estava indo em direção ao quarto de Dulce, segurava nas mãos uma bandeja com um bule de porcelana e duas xícaras de chá.

Paz: Sr. Chris, a Dona Dulce pediu que fosse encontrá-la no seu quarto

Notei que a mulher à minha frente exibia um sotaque porto-riquenho. Sei por que já tive um tio que era casado com uma porto-riquenha, e sua pele morena e seus cabelos muito negros não deixavam dúvidas quanto a sua nacionalidade.

Quando a mulher falou que a Dulce me esperava no quarto, fiquei mudo, quase, se não fosse a mulher à minha frente repetir o recado por achar que eu não havia compreendido

Ucker: Estou indo... -eu disse completamente pensativo-

Paz fez um movimento de que iria me acompanhar, no entanto, eu apanhei a bandeja das suas mãos.

Ucker: Eu levo ja que estou indo para la mesmo.

Paz: A Dona Dulce pode n gostar,menino.

Ucker: N esquenta,com ela eu me entendo -falei tentando esboçar um sorriso mas foi impossivel a Dulce estava totalmente insuportavel naqueles ultimos dias-

Paz: Se insiste..  -Fez um cumprimento de cabeça e já ia se retirando quando eu a chamei-

Ucker: Paz... -Ela virou-se novamente na minha direção- Seu nome é Paz? Só Paz? -Olha que pergunta idiota!-

Paz: Não -Sorriu- Me chamo Pasqualina, mas a Dulce adora encurtar o nome das pessoas.

Ucker: sim... -ta explicado pq ela botou meu nome para Chirs ve se eu mereço devo ter grudado chiclete na cruz o que ela tinha de insuportavel tinha de linda-

Paz: Posso lhe ajudar em algo mais?

Ucker: N...

Paz: Então se me dá licença. -Virou-se novamente.-

Ucker: Paz! -Chamei-a novamente.-

Paz: Sim? -Disse paciente.-

Ucker: Os outros, as.. digo, antes de mim, assistentes da dona Dulce, vinham aqui? -Disse encabulado- Entravam no quarto dela?

Paz: Que a Dulce não nos ouça -Baixou o tom de voz- Assistentes dela sempre trabalham muito. Nunca dormiram aqui, mas vinham com freqüência para terminarem um trabalho ou outro.

Ucker: Valeu pela informação -Acenei com a cabeça. Vi-a dobrar o corredor. Bom, ao menos eu sabia que ela não estava me provocando ao pedir que eu fosse ao seu quarto.-

" Se controla Christopher, é trabalho, só trabalho! ". Pensei enquanto entrava no quarto dela.

Ucker: Uau! -Disse ao me confrontar com aquele ambiente que parecia ter saído de uma revista. Andei mais um pouco. Ela não estava no quarto. Estava no banho. Suei frio. Tropecei em um tapete branco felpudo que ficava próximo à banheira onde aquela mulher. Completamente nua estava submersa. Minhas mãos tremeram, as xícaras se encostaram. Quase deixei o chá derramar.-

Narrado por Dulce:

Não sei dizer quanto tempo fiquei de olhos fechados naquela banheira. Não tinha dormido a noite inteira, me divertindo com os amigos do Diego. Estava exausta. Acabei cochilando, com um sorriso satisfeito nos lábios. Fui acordada por um barulho estranho. Como se alguém tivesse tropeçado ou engasgado. Tirei a máscara do rosto e vi Chris, com uma bandeja nas mãos, me olhando, paralisado.

Dulce: Vai ficar aí parado? Bota meu chá aqui do meu lado, pega o seu e senta.

Apontei a beirada da banheira. Ele hesitou, por segundos apenas. Logo depois já estava sentado do meu lado. Pegou um bloquinho e uma caneta, pronto pra anotar. Esperto ele. Eficiente demais. Ele evitava me olhar. A espuma já tinha praticamente se dissipado. Dava pra ver perfeitamente meu corpo dentro da água.

No que me dizia respeito, se ele era homem, uma minhoca ou um rato, pouco importava. Meu assistente não podia ter esse tipo de besteira. Precisava aprender a ser frio e impessoal. Era pra isso que eu o pagava e treinava.

Dulce: Não vai tomar seu chá?

Perguntei. Ele foi obrigado a me olhar. Era óbvio que fazia um esforço imenso pra manter os olhos nos meus, mas, mesmo sem querer, os olhos corriam para debaixo da água, incontroláveis. Chris percebeu que eu o fitava. Com um sorriso irônico nos lábios. A voz soou um pouco trêmula, fraca, quando finalmente respondeu.

Ucker: N gosto de chá mas obrigada.

E voltou a olhar para o bloquinho nas mãos. Com uma voz - não sei por que, mas juro que foi quase suave - acabei dizendo:

Dulce: N é um chá qualquer. Tem um sabor, impossível de explicar, para saber você precisa.. provar!

Mantive os olhos fixos em Chris. O garoto largou a caneta e o bloco, pegou a xícara de chá e bebeu o líquido devagar.

Dulce: E então o que achou?

Queria ver a expressão dele, mas ele se manteve de costas, impenetrável. Respondeu com um tom de voz muito diferente do normal.

Ucker: É... é muito bom.

E voltou a beber, saboreando o chá. Um sorriso de satisfação bailou em meus lábios. Não ia ser tão difícil, afinal. O rapaz tinha bom gosto, com certeza. No mínimo um bom paladar. E era muito, mas muito fácil mesmo se acostumar com coisas boas e caras. Peguei minha xícara, bebi lentamente, até acabar. Chris também tomou a xícara inteira. De costas pra mim o tempo todo. Fui direta, seca, fria como sempre ao falar:

Dulce: Isto é um problema para você?

Nem assim ele se virou. Respondeu ainda de costas, com a voz muito abafada.

Ucker: O que?

Meu tom de voz foi muito mais suave.

Dulce:Eu estar despida te incomoda, Chris?

Quando ele finalmente se virou, os olhos estavam em brasas. Por um momento olharam dentro dos meus para em seguida descerem, como se quisessem me devorar.

E agora? Oq vai pegar entre esses dois?