Fanfic: Apaixonado Pela Megera Da Minha Chefe | Tema: Vondy

thalita: Pse gatinha, mas aguenta ai, kkk. 

Narrado por Dulce:

Penélope: Dulce, meu bem, relaxa..

A frase de Penélope era uma tentativa de melhorar meu estado de espírito? Ou mais uma ironia da minha vida em ruínas? Fosse o que fosse, meu senso de humor tinha desaparecido. E Penélope tinha tentado, de todas as maneiras possíveis.

Dulce: Para. Chega! Não adianta, não consigo.

E Penélope sem entender nada obedeceu. Ficamos deitadas lado a lado, dividindo um silêncio constrangedor que pareceu infinito. Até ela se sentar e sugerir, parecendo verdadeiramente preocupada comigo.

Penélope: Quem sabe se você me contar eu possa ajudar?

Minha primeira reação foi negar. Tinha vergonha de pensar, sentir. Mais ainda de confessar os obscuros movimentos das minhas emoções ridículas. Mas Penélope insistiu.

Penélope: Vamos lá.. desabafar vai, no mínimo, te dar um pouco de alívio.

Eu estava sentada com Penélope num dos restaurantes mais caros e sofisticados da cidade. Esperando por alguém, que eu não sabia quem era. Foi quando um moreno de cabelos negros e olhos profundamente azuis -lindo, elegantíssimo, verdadeiro pedaço de mau caminho- caminhou até nós, ignorando altivamente os olhares de admiração que o acompanhavam. Ele cumprimentou Penélope, e depois se virou para mim, esperando ser apresentado. No que foi prontamente atendido.

(Ele tava com terno viu)

Penélope: Tom, Dulce. Dulce, Tom. Vocês dois foram feitos um para o outro. Podem acreditar..

Quando Penélope terminou de falar, meus olhos brilhavam. Impossível ter outra reação diante de um plano tão diabolicamente maquiavélico.

Tom: Penélope, quero morrer seu amigo!

Foi o comentário de Tom, com o qual concordei em gênero, número e grau.

Duas semanas se passaram numa rapidez incrível. Os dias, assim como meus sentimentos, pensamentos, minha vida, eram agora um poço de dualidades. Trabalhar ao lado de Chris era um tormento. Gastava minha energia inteira alimentando uma raiva que se diluía cada vez que ele sorria para mim. Por um lado tentava fazer o mínimo possível, para não facilitar em nada o trabalho da nova direção. Coisa difícil, quase impossível para alguém de iniciativa como eu. Tinha uma vontade quase compulsiva de solucionar rapidamente questões que Chris, na sua inexperiência absoluta levava horas para resolver. Eu continuava enfeitiçada pelo mau caráter desleal. Exatamente por isso todas as noites saía com Tom. Para os lugares mais badalados, fazendo questão de chamar a atenção e sermos sempre fotografados. Tom era uma companhia extremamente agradável. Lindo, rico, culto, charmoso, elegante, sofisticado, divertido e separado, posso até dizer que na mesma situação que eu. Nosso acordo era simples. Eu fazia fachada para que a ex-mulher dele pensasse que ele estava em outra e ele o mesmo comigo. Penélope e eu. Depois da última tentativa de sexo fracassada, acabamos nos tornando amigas. E ela parecia não se importar com minha eterna ladainha: Chris. Falava sobre ele a noite inteira, sem parar. Às vezes com raiva, às vezes carinhosamente. Depois ficava calada, com o olhar triste e perdido. Penélope então se aproximava, me abraçava, e sentenciava.

Penélope: Dulce, minha querida. Infelizmente, você continua apaixonada..

Aos poucos aconteceu o inesperado, Tom também se tornou um grande amigo. Amizade era algo que eu nunca tinha experimentado. Além de Suelen -que era mais uma companheira de sacanagem- antes de Penélope e Tom eu nunca tinha tido amigos de verdade. Que me aceitassem e admirassem como eu era, compartilhassem meu humor ácido, e principalmente não quisessem me mudar. Exatamente o contrário de Chris e meu pai. Esse era outro que passei a achar abominável. Andava pela revista todo satisfeito, se divertindo com o novo brinquedinho -me doía ver a intimidade dele com Chris- e com a humilhação que eu era obrigada a suportar.

Quando os via juntos, meu sangue fervia. Tinha vontade de gritar. Ainda não entendia, nem conseguia acreditar que Chris tivesse me trocado por um cargo de presidente. Mas tudo bem. Os dois não perdiam por esperar. Eu tinha acabado de receber o relatório mensal dos funcionários. O resultado me fez exultar.

Dulce: Você já deu uma olhada nisso, Sr. Christopher Uckermann?