Fanfic: MARCA DE UMA LAGRIMA[VONDY]

Cancúm
Algumas Horas depois

Ucker havia voltado para o quarto. A noite havia sido agradável. Ele jantara bem, curtira uma boa música, dançara com fãs. Agora que havia chegado no quarto, estava se preparando para enfrentar a fúria de Dulce. Ele acendeu a luz. E tirou os sapatos. Se aproximou da porta do closet e colou o ouvido na porta para ver se ouvia algum ruído. Nada.
Ucker: Dulce, voltei. Vou te soltar se me prometer que não vai me bater.
Nenhuma resposta.
Ucker: Então vou te deixar aí a noite inteira.
Ainda não houve resposta. Ucker ficou apreensivo e resolveu abrir a porta do closet.
Ao abrir, levou um susto. Dulce estava encolhida, escondendo o rosto nas pernas a cabeça abaixada. Ele se aproximou dela e ela se encolheu. Ucker se sentiu subtamente mal.
Ucker: O que houve com vc?
Dulce ainda não respondeu. Ele se aproximou um pouco mais dela e viu que ela estava soluçando. Suava frio e tremia. Ele se ajoelhou na frente dela e tentou fazer ela reagir, mas ela não se mexia.
Ucker: Essa não... O que eu fiz? Era para ser apenas uma brincadeira.
Ao ouvir aquilo, Dulce se mexeu apenas um pouquinho. Ele teve que se abaixar, pois percebeu que ela estava falando alguma coisa.
Dul: (voz muito baixa) Eu tenho claustrofobia. E séria. Não suporto lugares pequenos e escuros.
Dito aquilo ela se encolheu de novo, como se estivesse presa em cativeiro. Ucker tremia de nervoso. Ele não sabia. Nunca soubera que Dulce tivesse alguma fobia. 
Ucker: (muito nervoso) Desculpe eu... Eu não sabia. Se eu soubesse eu juro que eu não faria isso, por favor eu...
Ele a viu escorregar lentamente para o chão. Estava quase desmaiada.
Ucker: Dulce. (se abaixando e dando tapinhas nela) Dulce!
Não adiantou.
Ucker estava tremendo. Sentia uma culpa imensa. Ele não a suportava, mas nunca quis ver Dulce naquele estado. Ele a pegou no colo e a colocou na cama.
Ucker: Pensa... Claustrofobia... Ela só desmaiou, não teve nenhuma sequela. Vou pegar um pouco de álcool e ela vai ficar bem.
Ele pegou um pouco de álcool e colocou no algodão, aproximando o conteúdo do nariz de Dulce. Ela tossiu e começou a se mexer, acordando aos poucos. Ucker ficou aliviado. Enquanto Dulce acordava, ele colocou as mãos na testa dela. O suor havia parado, o tremor estava sob controle. Ela ia ficar bem.
Dulce piscou algumas vezes e acordou. Ao encarar Ucker, ela se levantou da cama correndo e foi para a porta. Queria ficar longe dele.
Ucker: Dulce, me desculpe. Eu não sabia, eu juro que eu não sabia.

Dul: (furiosa) Não sabia? NÃO SABIA? NÃO É VC QUEM SABE TODOS OS MEUS "PODRES JORNALÍSTICOS"? NÃO É VC QUE SABE TUDO SOBRE QUEM EU SOU, SOBRE COMO EU SOU UMA VADIA, TRAIDORA E TUDO? E VC VEM ME DIZER QUE NÃO SABIA?
Ele se sentiu mal. As palavras dela tinham fundamento. Ele sempre se achara tão entendido quando o assunto era ela... Sempre dissera que nada havia para se conhecer de Dulce Maria porque tudo que ela era significava futilidade.
Dul: RESPONDE! NÃO É VC QUE SABE TUDO?
Ucker: Aparentemente não sei de nada. Eu jamais faria isso se soubesse que vc tinha claustrofobia, juro. Sou tudo o que vc quiser, mas nunca quis ver vc nesse estado. Perdão.