Fanfic: Qual amor escolher? MINI-WEB

Na manhã seguinte Luciana chegou no hospital por volta de 8 horas, mas antes de ir até o quarto de sua neta passou na lanchonete e depois iria até a Capela.

Enquanto isso no quarto de Linda:

_ Linda, a mamãe vai dar uma saída hoje, mais arde estou de volta, a vovó vai ficar com você.

_ Ok mamãe, mas onde a Sra. Vai? Por acaso vai atrás do Alan?

_ QUEM TE FALOU DO ALAN? Falou com surpresa.

_ Vi na TV, falaram que ele faz milagres mamãe, traz ele aqui só a Sra. consegue.

_Como posso conseguir isso minha filha?

_ É ele mamãe. Seu amigo de infância.

_ Como você pode saber disso? Você não conheceu meu amigo.

_ Lembra da foto que a Sra., me mostrou de quando tinha uns 15 anos e tinha um rapaz ao seu lado?

_ Lembro sim minha filha.

_ Então, é ele. Ele está igualzinho na foto, só um pouco mais velho, mas continua igual e ele é muito bonito, mãe. Vocês formavam um lindo casal.  –Linda disse, vendo sua mãe corar.

_ Que isso minha filha desde que fiquei viúva não pensei mais em namorado.

_ Mas deveria mamãe você ainda é linda, jovem e precisa ser feliz.

_ Minha pequena princesa, deixe de conversar bobagens – As duas riram e então Luciana entrou no quarto vendo as duas rirem.

_ O que aconteceu de tão bom para minhas duas guerreiras lindas e amadas estarem rindo tanto?

_ Nada mãe. Respondeu Mercedes – Bem agora que chegou estou indo.

Mercedes então despediu dando um beijo no rosto de cada uma e saiu. Já na rua ficou lembrando das palavras da filha.

“(Vi na TV que ele faz milagres mamãe). Quais milagres seriam esses? Seria o que aquelas senhoras falaram? Estava próximo de descobrir”.

Lembrou também da filha dizer que ele estava igual quando tinha 18 anos, será mesmo?

Quando chegou ao centro de convenções, desistiu de entrar e estava virando para ir embora quando ouviu uma voz familiar a chamando.

_ Mercedes, é você? Não posso acreditar que saudades – disse o homem a abraçando- Como você está?

_ Oi, estou bem e você? – Disse ela chorando, abraçada a ele. “Ele ainda tem o mesmo cheiro”, pensou Mercedes.

Ele também chorando se afastou dela e pode ver o mesmo olhar cheio de esperanças, mas agora em um rosto cheio de marcas do sofrimento, mas ainda estava linda era a Mercedes que ele amava em segredo todos esses anos. Então ele pegou em sua mão e foi conduzindo para dentro e a levou até uma pequena sala, ainda faltava meia hora para começar a palestra então tinham tempo para conversar.

Mercedes contou toda sua história e ele escutava com atenção, sem eles perceberem o tempo passou e ele foi chamado pelo seu amigo que sempre o acompanhava.

_Alan já está na hora. – disse Gabriel

_ Ok Gabriel, coloque Mercedes na primeira fila, para ouvir minhas palavras.

_ Certo Alan, pode deixar. Venha comigo Sra. Mercedes – Gabriel foi a conduzindo para primeira fila.

A sala onde estavam ficava no fundo do centro de convenções, então Mercedes teve que atravessar de uma ponta a outa, lá no meio estavam as três mulheres que ficaram rindo dela na capela do hospital, quando elas viram Mercedes sentando na primeira fila (apenas para convidados especiais), se entreolharam duvidando do que estavam vendo, mas não falaram nada.

Mercedes ouvia aquelas palavras com atenção, ele falava de um amor diferente, um amor sublime, onde se amava sem esperar nada em troca e era feliz assim.

“Meus queridos, no mundo está cheio de pessoas infelizes porque amam esperando receber mais amor que deram, mais atenção que ofereceram, mas para ser feliz é simples, devemos amar sem esperar nada em troca, devemos dar atenção sem pedir de volta, pois quando fazemos isso, recebemos de volta o dobro que oferecemos”.

Ao ouvir essas palavras percebi que ele realmente falava de um amor sublime, um amor que temos apenas por Deus e que Ele tem por nós. Será que meu amigo estava com a intenção de se tornar um servo de Deus, será que ele vai se tornar padre. Logo que acabasse a palestra, ele iria me contar.

Alan estava lá falando para todos, porém sua atenção era apenas dela, ele não conseguia não pensar nela, estava com o cheiro de perfume dela no seu corpo, seu coração estava batendo mais forte, suas pernas estavam estremecidas as mãos suadas, e ele sabia bem porquê. Tudo o que sentiu quando se despediu dela para iniciar sua jornada por busca de conhecimento, estava de volta aquela mesma sensação de desespero, aquela mesma vontade de dizer que a amava, depois de tudo que ela lhe contou seu amor apenas aumentou, sentiu vontade de demonstrar todo seu amor, para tentar fazer com que a dor que ela sentia acabasse.

A palestra estava no fim ele não sabia o que fazer, mas sabia que precisava falar com ela, ou melhor o que falar sabia, porém não sabia como.

No final da palestra Alan desceu e foi até Mercedes, mas antes que pudesse encontrar com ela, alguns dos ouvintes já estavam a sua volta, falando de como foi lindo suas palavras.

_ Alan, foi lindo tudo o que disse -  uma das ouvintes falava para ele. Enquanto isso Gabriel foi até Mercedes e levou até Alan.

_ Você me faz a me recuperar a cada dia minha paz interior – continuou dizendo a mulher. Quando Mercedes chegou mais perto reconheceu a voz daquela senhora, era a mesma que estava na capela.

Alan respondeu:

_ Não fiz dana do que você falou, pois a sua paz estava ai com você todo o tempo, o que fiz foi apenas te lembrar. _ Ele nesse momento viu Mercedes ali em sua frente.

_ Mercedes, o que achou da palestra?

_ Achei tudo lindo Alan, de onde você tira tanta inspiração?

Nesse momento a mulher que falava com ele, se virou e não acreditou no que viu, era ela, aquela mulher humilde da capela, como podia ela realmente conhecia Alan.

_ Minha queria amiga de tantos anos, nunca tinha tido a possibilidade de me ouvir. Ele continuou se esquecendo da sua ouvinte.

_ Verdade meu amigo, fiquei feliz em ouvi-lo, sentia falta de ouvir o som da sua voz. Nessa hora ela ficou corada, como e porque disse aquilo, o que ele iria pensar.

_ Também estava com saudades de ouvir sua voz. Mercedes vamos sair daqui? Precisamos conversar a sós.

_ Onde vamos Alan?

_ Vamos dar uma volta. Mercedes almoça comigo?

_ Não sei.

_ Por favor não se recuse. Ele disse olhando em seus olhos, e quando ele viu aqueles olhos que ele nunca esquecera.

_ Certo Alan, vamos almoçar.

Então Alan e Mercedes saíram do Centro de Convenções, a mulher que estava conversando com ele ficou lá boquiaberta, incrédula. E ele a levou para uma praça, um lugar lindo, que muito tempo não via, pois com todos os problemas não tinha tempo para admirar a beleza do lugar.

_ Alan aqui está indo. Fazia tempo eu não via toda essa beleza que este lugar tem.

_ Mercedes você precisa abrir seu coração para ver que a beleza existe em toda parte.

 Ela ficou sem saber o que fazer, ela estava perdida em seu mundo de tristeza em que se encontrava por causa de sua filha.