Fanfic: Lua Nova AyA (Terminada)

Eu olhei na direção de Alfonso dessa vez; seria melhor tirar a opinião dele do caminho.

- Você quer que eu me junte á sua família?

Os olhos dele estavam duros e pretos como asfalto.

- Não dessa maneira. Você fica humana.

Eu balancei a cabeça uma vez, mantendo o meu rosto profissional, e depois continuei.

- Maite?

- Sim.

- Christian?

- Sim - ele disse, com a voz grave. Eu fiquei um pouco surpresa, eu não tinha nem um pouco de certeza do seu voto - mas eu suprimi minha reação e segui adiante.

- Rosalie?

Ela hesitou, mordendo o seu lábio inferior cheio, perfeito.

- Não.

Eu mantive meu rosto vazio e virei minha cabeça um pouco pra continuar, mas ela levantou as duas mãos, com as palmas pra frente.

- Deixe-me explicar - ele implorou. - Eu não estou querendo dizer que tenho aversões a ter você como irmã. É só que... essa não é a vida que eu teria escolhido pra mim. Eu queria que houvesse alguém pra ter votado não pra mim.

Eu balancei a cabeça lentamente, e depois me virei pra Emmett.

- Que inferno, sim! - ele abriu um sorriso largo. - A gente pode arrumar um outro jeito de arrumar briga com esse Demetri.

Eu ainda estava fazendo uma careta por isso quando me virei pra Esme.

- Sim, é claro, Any. Eu já penso em você como parte da minha família.

- Obrigada, Esme - eu sussurrei enquanto me virava direção de Carlisle.

Eu fiquei nervosa de repente, desejando ter pedido pelo voto dele antes. Eu tinha certeza de que esse era o voto que importava mais, o voto que contava mais que a maioria. Carlisle não estava olhando pra mim.

- Alfonso - ele disse.

- Não - Alfonso rosnou. A mandíbula dele estava muito apertada, seus lábios curvados na frente dos seus dentes.

- É o único jeito de isso fazer sentido - Carlisle insistiu. - Você escolheu não viver sem ela, e isso não me deixa outra escolha.

Alfonso soltou a minha mão, saindo da mesa com presa. Ele marchou pra fora da sala, rosnando por baixo do fôlego.

- Eu acho que você sabe o meu voto. - Carlisle suspirou.

Eu ainda estava olhando pra Alfonso.

- Obrigada - eu murmurei.

Um barulho alto de alguma coisa se quebrando ecoou da outra sala. Eu enrijeci e falei rapidamente.

- Isso era tudo o que eu precisava. Obrigada. Me quererem. Eu me sinto exatamente da mesma forma por todos vocês também. - Minha voz estava embargada de emoção no final. Esme estava do meu lado num flash, os seus braços frios ao meu redor.

- Querida Any - ela respirou.

Eu a abracei de volta. Pelo canto do meu olho, eu notei Rosalie olhando pra baixo para a mesa, e eu me dei conta de que as minhas palavras podiam ser interpretadas de duas formas.

- Bem, Maite - eu disse quando Esme me soltou. - Onde você quer fazer isso?

Maite me encarou, seus olhos estavam arregalados de terror.

- Não! Não! NÃO! - Alfonso rugiu, entrando na sala de novo. Ele estava na minha cara antes que eu pudesse piscar, se inclinando sobre mim, sua expressão contorcida com raiva. - Você está louca? - ele gritou. - Você perdeu completamente a cabeça?

Eu me afastei, com as mãos nos ouvidos.

- Umm, Any - Maite se intrometeu com uma voz ansiosa. - Eu não acho que estou pronta pra isso. Eu vou precisar me preparar...

- Você prometeu - eu a lembrei, olhando por baixo do braço de Alfonso.

- Eu sei, mas... Sério, Any! Eu não faço idéia de como não matar você.

- Você pode fazer isso - eu encorajei. - Eu confio em você.

Alfonso rosnou furioso. Maite balançou a cabeça rapidamente, parecendo em pânico.

- Carlisle? - eu me virei pra olhar pra ele.

Alfonso agarrou meu rosto com a mão, me forçando a olhar pra ele. A outra mão dele estava levantada, com a palma levantada pra Carlisle. Carlisle ignorou isso.

- Eu posso fazer isso - ele respondeu minha pergunta. Eu desejei poder ver a expressão dele. - Você não vai correr nenhum risco de que eu perca o controle.

- Parece bom. - Eu esperava que ele tivesse entendido; era difícil falar claramente enquanto Alfonso segurava a minha mandíbula.

- Espere - Alfonso disse por entre os dentes. - Não precisa ser agora.

- Não há razão pra não ser agora - eu disse, as palavras saindo em desordem.

- Eu estou pensando em algumas.

- É claro que está - eu disse acidamente. - Agora me solte.

Ele libertou meu braço e cruzou os braços no peito.

- Em cerca de duas horas, Charlie vai estar aqui procurando por você. Eu não duvidaria que ele chamasse a polícia.

- Os três deles - eu fiz uma carranca.