Fanfic: A Aposta - VonDy - Adaptada | Tema: VonDy / RBD

Dulce saltou da caminhonete e olhou para a casa enorme. Era exatamente como ela se lembrava. Uma casa em estilo colonial impecavelmente posicionada sobre vários acres de terra com vista para o rio Columbia. Nada havia mudado muito, além da pintura, que parecia mais nova do que ela se lembrava. Um azul-escuro delineava as janelas e um branco perfeito brilhava na maior parte da casa. Ao lado havia uma garagem para sete carros, uma casa de piscina e uma casa de brinquedo que era maior que o apartamento todo de Dulce. 

— Pronta? — perguntou Christopher, aparecendo ao lado dela. Respirando fundo, ela olhou para a casa mais uma vez antes de fazer que sim com a cabeça. 
— Lá vamos nós pra guerra. 
— Guarde suas armas — murmurou Christopher, fazendo Dulce rir exatamente quando a porta se abriu. 
— Que fantástico! Dulce! Ah, garota, você me deixa sem fôlego! — Armando Herrera Uckermann a envolveu com seus braços gigantescos e a beijou na testa. Do alto de seu 1,95m, não parecia que ela havia recebido um abraço, mas sido envolvida por um. 
— Dulce? É a Dul? — Uma voz feminina gritou de trás de Armando. 
— Ei, sra. Herrera Uckermann! — Dulce tentou dar um abraço na mulher, mas foi repreendida.
— Ora, você sabe que eu já disse pra me chamar de Bets!

Bets era o apelido da mãe de Alfonso. Quando Dulce era pequena, tinha dificuldade para pronunciar Betsey por algum motivo, então simplesmente a chamava de Bets. Mas, com 22 anos, não tinha certeza se ainda tinha permissão para isso. Com um sorriso agradável, Dulce abraçou Bets. 
— Senti saudade de você. E tinha sentido mesmo. Desesperadamente. A mão quente de Bets envolveu a de Dulce. Ela a conduziu até o sofá e começou a tagarelar sobre Alfonso. 
— Nós sabíamos que vocês dois iam acabar juntos um dia! Não te disse, Armando? — Ela deu um risinho e estendeu a mão para pegar o chá gelado, com as longas unhas vermelhas retinindo no copo. 
— Agora, querida, sabemos que você e Alfonso estão tentando manter as coisas em segredo, mas... bem, nós adoraríamos se vocês se casassem aqui!

Dulce sentiu o pânico apertar o peito. 
— Nós adoraríamos! — Ela olhou para Christopher em busca de ajuda, mas os olhos dele tinham assumido aquele tom escurecido que diziam que ele mataria qualquer um que respirasse na sua direção. — Mas, sabe, a questão é que... Não temos certeza se vamos casar aqui. Nós dois trabalhamos tanto, e pensamos em simplesmente ir até Vegas ou alguma coisa assim.
— Vegas? — perguntaram pai e mãe. Eles sacudiram a cabeça ao mesmo tempo e riram.

— Ah, querida, eu tinha me esquecido do seu senso de humor! Por que a pressa? Por que se casar em Vegas, a menos que... — Bets olhou para Dulce, com os olhos semicerrados. Ai, meu Deus. Ah, não, será que ela está pensando... — Você está grávida! — gritou ela, quase derramando o chá no chão! — Ai, meu Deus! Ai, pobre de mim. Ah, a vovó vai ficar tão feliz! 
— Não estou... — contestou Dulce. 
— ... Ela não está contando a ninguém ainda — interrompeu Christopher com um sorriso diabólico. — Vocês sabem, a mídia e tal. 
— Ai, ai, ai! — Bets correu pela sala até finalmente parar na frente de algumas prateleiras. — Ai, querida, não se lembra de quando você e Alfonso costumavam brincar de casinha? E Ucker... — Bets olhou para Christopher e apontou — ... Você não brincava com eles? Porque eles precisavam de uma pessoa a mais para fazer o papel de... 
— Cachorro. — Dulce sorriu para Christopher e sufocou uma risadinha. — Ele era o nosso cachorro quando a gente brincava de casinha. 
— Ah, que fofo. — Bets piscou para Christopher e voltou a vasculhar os álbuns de fotos. — Tenho certeza que tenho algumas fotos que podemos usar no casamento.

Dulce, ainda tentando controlar o próprio pânico, engoliu em seco antes de perguntar: 
— Por que precisamos de fotos? 
— Você sabe. — Bets acenou com a mão no ar. 
— Para a montagem do vídeo! Vocês precisam ter uma montagem de vídeo! Vídeos são a última moda. Você sabe, fotos de bebê, fotos de formatura, esse tipo de coisa. Os convidados adoram! 
— Mas e Vegas? — perguntou Dulce numa voz esperançosa. 
— Elegante. — Bets sacudiu a cabeça com vigor. 
— Nós vamos pagar tudo. E vocês vão se casar aqui, na Abadia Herrera Uckermann. 
— Ótimo — murmurou Dulce e, em seguida, olhou na direção de Christopher.

Ele tinha sumido. Ela se inclinou sobre o sofá e o viu na cozinha, abrindo uma cerveja. Ah, o néctar dos deuses! Bem quando ela mais precisava de alguma coisa forte, e a família de Alfonso achava que ela estava grávida. Ai, meu Deus. Ela teria que beber escondido. Teria que se esgueirar até a cozinha só para roubar um pouco de tequila para entorpecer a culpa e a dor. Os pais dele iam matá-la e a odiariam para sempre. Isso significava que ela realmente teria que se casar com ele e depois ficar cega à incapacidade dele de manter o*******dentro das calças. E depois teria que começar a acumular coisas e adotar gatos para preencher o vazio da sua vida. A bebedeira ia aumentar. Alfonso a odiaria e, numa tentativa desesperada de recuperar a juventude, ela morreria na mesa tentando fazer uma cirurgia plástica. Isso. Não. Podia. Acontecer! 
— Eu, hum, vou ver o que Christopher está aprontando! — Dulce voou da cadeira e correu até a cozinha.

Até, Comentem. Beijoss..