Alfonso PASSARA boa parte da vida sob pressão. Lapidara seu corpo para torná-lo uma arma forte, potente, pronta para enfrentar e vencer qualquer perigo. Teve certeza de que jamais se sentira tão fora de controle quanto no momento. Era como se Anahi tivesse se tornado um súbito vício que não conseguia largar.
– É tão bom tocar você – suspirou ela, segurando-lhe os ombros e, então, deslizando as mãos por seus músculos bem definidos para lhe sentir os contornos dos bíceps.
– Você é tão forte. Grande.
– Você ainda não viu nada – disse ele com um riso rouco.
– Então me mostre – desafiou-o Anahi. Usando as unhas, percorreu-lhe os braços e ombros com suavidade e o puxou mais para junto de si. Ele soltou um grunhido por causa das carícias e da demonstração de iniciativa. Aquela era uma mulher que indubitavelmente sabia o que queria e não deixava que timidez a impedisse de obter nada. Havia algo mais sexy? Ainda assim, era melhor que fossem a algum outro lugar. Uma vez que vivia na base naval e estava atualmente de licença, ficara na casa de Matheus, Portanto, essas opções estavam descartadas. Um hotel parecia algo vulgar naquelas circunstâncias. A casa dela? Anahi se inclinou para frente, pressionando os seios suavemente em seu peito para lhe depositar beijos delicados ao longo do maxilar. Quando chegou à orelha e lhe mordiscou o lóbulo, seu hálito quente o fez soltar outro grunhido. Ele não conseguiria se controlar até terem encontrado algum lugar. Precisava tê-la. Ali mesmo. Agora. Estreitando os olhos, observou a praia escura. As chances de serem apanhados eram mínimas. Para diminuí-las ainda mais, levantou-se e ergueu-a nos braços consigo.
– Uau! – exclamou ela ofegante, abraçando-o automaticamente pelo pescoço. Alfonso estreitou-a junto a seu peito e contornou as pedras, carregando-a até as sombras além, longe do alcance de possíveis olhares curiosos.
– Assim está melhor – disse satisfeito quando a formação de pedras bloqueou a festa, as luzes e os convidados. Sentou-a com gentileza numa das pedras do outro lado, cuja altura lhe deixou os seios ao alcance da boca. Colocou-se entre as pernas dela, exatamente onde queria estar.
– Perfeito. Antes que Alexia pudesse comentar algo, ou pior, protestar, tomou-lhe os lábios com um novo beijo. Tinha um gosto tão doce. E um perfume delicioso, com uma nota qualquer de morangos. Repousou as mãos nos joelhos dela por um momento, aquecendo-lhe a pele antes de subir e lhe acariciar as coxas. Viu-a estremecer, ficar com a respiração em suspenso. Como era sexy… E tinha uma pele tão macia. Era como a sua válvula de escape. Quando a tocava, tudo em sua mente se desvanecia. Todos os pensamentos sombrios, o vazio. Era como se o frio e a desolação do mês anterior desaparecessem. Em vez disso, tinha um único foco de interesse. Prazer. Senti-lo. Proporcioná-lo. E mantê-la totalmente concentrada naquela paixão entre ambos, para que não pensasse em deixá-la diminuir. Porque tinha certeza de que, se ela o parasse, acabaria perdendo a cabeça e bancando o tolo com uma estupidez qualquer. Como implorar. Prosseguindo com o beijo voluptuoso, entrelaçou a língua com a dela numa cadência erótica, afagando-lhe as pernas sob o vestido. Segurou-lhe a parte detrás da coxa, ajeitando-a sobre a pedra onde estava sentada para que as pernas repousassem junto aos seus quadris. Com a ponta dos dedos, contornou-lhe a beirada da calcinha de maneira provocante. Primeiro, mais junto à coxa e, então, avançando, até lhe chegar perto do centro da feminilidade, com movimentos circulares, lentos. A um dado momento, quando seus dedos desceram mais uma vez, insinuou-os sob o elástico da calcinha. Adorou a maneira como a sentiu estremecer, retesando os músculos, expectante por seu toque, mas suas carícias ainda não se tornaram tão íntimas. Percebia quanto estava ofegante, provavelmente com o coração disparado, tomada por um desejo que se refletia no ardor com que correspondia ao seu beijo. Enquanto lábios estimulavam e as línguas se encontravam com puro erotismo, ficou evidente que ambos lutavam para manter o controle. Ela lhe instigava um desespero que nunca sentira antes. Tinha um gosto que ia além das palavras. Tão delicioso e incrível... E seu corpo curvilíneo o atraía como nunca, seu calor envolvendo-o. Precisava de mais. Tinha de senti-la. Insinuou os dedos novamente sob o elástico da calcinha e, dessa vez, desfez o pequeno laço na lateral que a mantinha no lugar. Puxou-a. Anahi soltou um gemido abafado quando a calcinha deslizou por suas pernas, enquanto Alfonso a mudava de posição sobre a pedra para livrá-la da minúscula peça. Ansiando por tocá-la, ele colocou a calcinha no bolso de trás do jeans. Sem demora, entreabriu-lhe as pernas e voltou a buscar-lhe as partes mais secretas e, enfim, mergulhou os dedos em seu calor úmido. Com os movimentos, a saia do vestido subira, expondo-lhe o corpo tentador a seu olhar ávido enquanto a tocava. Era uma visão deliciosa. Tentando-o, excitando-o ainda mais. Não tinha o poder e nem queria resistir à tentação quando surgia na forma de Anahi. Querendo ver-lhe a reação, fitou-a nos olhos quando lhe encontrou o ponto mais sensível. O gemido abafado dela o encheu de tanto prazer quanto o seu próprio toque. Ela arqueou os quadris, como se quisesse intensificar a pressão da massagem. Sempre disposto a deixar uma dama feliz, ele fez exatamente isso. Anahi soltou um gemido em meio a um suspiro entrecortado, em meio ao beijo ardente que trocavam, e estendeu as mãos, afagando o peito dele devagar, sentindo os contornos dos músculos, fazendo-o desejar livrar-se da roupa para ver o que faria em seguida. Seu toque era perfeito. A medida certa de delicadeza e pressão enquanto descia mais as mãos, ao longo do abdome musculoso dele. Alfonso conteve a respiração, querendo que ela descesse mais, que o tocasse com a mesma intimidade com que a estava tocando. Que dessem o máximo de prazer um ao outro. Deixou-lhe os lábios por um momento, afundando o rosto em seu pescoço macio, sentindo-lhe a fragrância agradável do cabelo, ficando cada vez mais excitado enquanto seu toque se prolongava.
– Você é uma delícia… – sussurrou, beliscando-lhe suavemente o clitóris intumescido. Foi como disparar um gatilho. O corpo inteiro dela se retesou, a respiração ficou ainda mais ofegante. Alfonso podia apostar que ela se tornava quase insaciável uma vez que o fogo do desejo se alastrava. O bastante para saborear ao máximo tudo que ele tinha a oferecer, para desfrutar cada instante, para lidar com a intensidade do próprio apetite sexual que o dominava. Anahi estava em brasa. Tomada por uma paixão incrível, excitada como nunca. Deixando a cabeça pender, recostou-a na rocha que havia atrás, enquanto ele a penetrava com um e, depois, dois dedos, escorregando-os habilmente por seu calor úmido. Estava a mercê de Alfonso, que controlava a intensidade do seu prazer, que o aumentava mais e mais. Oh, sim, mais prazer. Mais. Ela pressionou o corpo contra a mão dele e seus quadris ondularam, arqueando-se, para acentuar ainda mais os movimentos de seus dedos. Ofegante, com a mente rodopiando, fechou os olhos e concentrou todo o seu ser no toque experiente de Alfonso. Nas sensações que lhe proporcionava. O cheiro fresco do oceano se mesclou à colônia máscula e sutil dele, fazendo com que tudo parecesse ainda mais surreal. E a excitasse ainda mais. Os ruídos das pessoas festejando, do outro lado das pedras, causou-lhe nervosismo, a preocupação com a possibilidade de alguém ir naquela direção acrescentou uma nova dimensão às sensações. Estranhamente, a noção do perigo a deixou eufórica e a fez sentir-se ainda mais ousada. Jamais fora exibicionista. Nunca lhe atraíra a ideia de ser beijada em público e muito menos a de ter orgasmos onde alguém pudesse flagrá-la a qualquer momento. Mas aquilo era... Deus do céu . A respiração ficou acelerada enquanto Alfonso a estimulava habilmente com seus dedos. Sensações abrasadoras percorriam seu corpo, dando-lhe a impressão de que se desfazia em lava incandescente. Mal conseguia pensar com clareza agora e manter o fôlego. Todo seu ser se concentrava em Alfonso. Em seus dedos, na pressão. Oh, sim, na pressão. Aflita para que ele se sentisse tão bem quanto a estava fazendo sentir-se, ergueu a cabeça para fitá-lo nos olhos, enquanto a afagava com deliciosa intimidade, e correu as mãos por seus ombros e braços musculosos. Era um corpo incrível. Uma obra de arte.
Queria tocá-lo por inteiro, explorar-lhe os contornos másculos, deliciar a si mesma e a ele com tudo que pudesse lhe oferecer. Mas recostada com abandono naquela rocha, não tinha forças para se mover agora. Não enquanto Alfonso estava lhe dando tanto prazer com seus dedos experientes. Estava tão concentrada nisso que mal notou que ele insinuou a outra mão por baixo do seu vestido em direção aos seios, só percebendo quando segurou um e o apertou para lhe sentir a maciez.
– Ahhh, Alfonso... – sussurrou ofegante, inebriada, olhando para as estrelas brilhantes acima com a visão turva. Alfonso esfregou-lhe o mamilo com o polegar. As sensações de deleite explodiram entre o clitóris e o seio com incrível intensidade. Com um gesto ágil, ele lhe abriu o fecho dianteiro do sutiã sob o vestido solto. As alças deslizaram pelos braços dela e, detestando a sensação de confinamento, puxou o sutiã aberto depressa pelo lado de um dos braços e o deixou cair no chão, sem se importar onde pararia. Segurou, então, a cabeça de Alfonso com ambas as mãos, guiando-o para si. Viu o brilho febril do desejo em seus olhos azuis por um instante antes de beijá-lo na boca com sofreguidão, como se quisesse devorá-lo. Beijando-a com idêntico ardor, explorando-lhe a maciez da boca com a língua, ele manteve o mesmo ritmo nas carícias que lhe ministrava por baixo do vestido vaporoso. Com uma das mãos lhe estimulava o seio, girando o mamilo entre o polegar e o indicador e, com a outra, lhe explorava o centro da feminilidade na mesma cadência. Os dedos moveram-se mais depressa por seu calor úmido e escorregadio, penetrando, massageando o clitóris, até que Anahi achou que iria desfalecer de tanto prazer. O clímax que a arrebatou foi tão intenso que não pôde conter um grito extasiado. Ciente de que havia gente mais além na praia, esforçou-se para conter mais gritos e gemidos, conseguindo abafá-los. Tudo à volta rodopiou: sua cabeça, as estrelas, o deleite que envolvia seu corpo. Antes que pudesse se recobrar, antes que os espasmos que a percorreram cessassem, Alfonso se moveu. Ela percebeu vagamente o som de um invólucro sendo aberto enquanto ele se preparava. Suas coxas se entreabriram como que por vontade própria, como se implorassem por senti-lo por inteiro naquela mesma posição. Em vez disso, porém, Alfonso segurou-a, erguendo-a da pedra e virando-se ao mesmo tempo, de maneira que foi ele a recostar-se na rocha. Anahi soltou uma exclamação surpresa e, então, deliciada, quando se deu conta do que estava acontecendo. Cingiu-o pela cintura com as pernas ainda trêmulas depois do êxtase fabuloso. Com suas mãos grandes e fortes, ele segurou-a pelas nádegas, posicionando-a. A ponta aveludada da rija masculinidade tocou-lhe a parte mais sensível, ansiando por avançar.
– Preparada para um pouco de paixão? – perguntou rouco.
– Claro. – Ela o abraçou pelo pescoço na expectativa do que prometia ser fantástico.
– Porque até agora tudo foi brando demais.
Ele deu uma risada descontraída que a fez sentir-se ainda melhor do que até então. Em seguida, penetrou-a, lenta e firmemente. Ela estivera enganada. Nada poderia tê-la feito sentir-se melhor. Foi como se cada célula nervosa se movesse e se concentrasse entre suas pernas e cada sensação de seu corpo estivesse ligada ao deleite produzido pelas longas arremetidas dele. Alfonso se movia devagar, com o corpo ondulando apenas ligeiramente. As mãos grandes e quentes que seguravam as nádegas dela com firmeza intensificavam as sensações, as pontas dos dedos roçando-lhe a pele sensível na parte mais interna com estimulante intimidade.
– Você vai gozar para mim – disse Alfonso numa voz tensa, quase torturada, enquanto suas arremetidas se tornavam mais e mais rápidas. Frenéticas. Como se tivesse recebido uma ordem, Anahi foi arrebatada por um clímax intenso instantaneamente. Sussurrando o nome dele sem parar, ofegando, entregou-se a um prazer tão absoluto que não houve lugar para mais nada. O brilho das estrelas acima ofuscou-se, o murmúrio do oceano desvaneceu-se, deixando-a ciente apenas do deleite que se espalhou por seu corpo. Quando, enfim, voltou das nuvens, encontrou os olhos intensos e verdes de Alfonso estudando-a, enquanto prosseguia com as arremetidas ritmadas e foi tomada por imenso contentamento. Ele era tão incrível... Estava magnífico, no auge da excitação, ofegando, mas parecendo determinado a prolongar o prazer de ambos ao máximo possível. Embora o ninho de amor improvisado de ambos ficasse numa praia pública, Anahi teve a sensação de estar num mundo mágico. Como se aquele lado das pedras os abrigasse da realidade cotidiana. De repercussões ou escolhas. Deixou a cabeça pender para trás, dando-lhe espaço para cobrir seu pescoço de beijos molhados. Foi como se ele estivesse mudando o cenário de escaldante para quente, levando-a de volta ao mundo real, à plena consciência. Ao ar morno da noite, ao som das ondas. Ao contato de suas mãos nos ombros dele, tão largos e sólidos sob suas palmas. E à ereção tão rija e latejante dentro de si.
– Mais algum? – murmurou para provocá-lo.
– Pelo menos, mais uns dois – prometeu ele, ofegante, mantendo o mesmo ritmo de seu corpo. Anahi soltou um riso eufórico. Duvidava. Não se imaginava tendo mais dois orgasmos tão cedo. Mas Alfonso a estava possuindo com tamanha dedicação que ansiou para que lhe provasse que estava equivocada...
– Está contando vantagem – provocou, afagando-lhe o cabelo rente à nuca.
– Segure-se firme. A prova está a caminho... Sem deixar de apoiá-la pelas nádegas, inclinou a cabeça e encontrou-lhe o mamilo através do tecido fino do vestido, sugando-o com vontade. Anahi estremeceu e soltou gemidos entrecortados repetidamente, ao mesmo ritmo das arremetidas de Alfonso.
A tensão se formou novamente num crescendo, e ela cedeu ao poder que ele tinha sobre seu corpo. Não havia dúvida de que ali estava um homem que adorava um desafio e, se lhe prometera mais dois orgasmos, ora ela os desfrutaria de bom grado! Ele prosseguiu em seu intento, mordiscando-lhe agora um mamilo e depois o outro através da seda molhada do vestido. Anahi deixou a cabeça pender para trás mais uma vez, como se flutuasse no ar. Os mamilos estavam túmidos, latejantes, e as sensações espalharam-se dali até as partes mais sensíveis de seu corpo. Longos espasmos percorreram seu corpo em onda após onda de deleite.
– Esse foi um – disse Alfonso, ofegando, triunfante. Enquanto Anahi se recuperava de mais um mergulho vertiginoso no êxtase, deu-se conta de que ele estava dando todas as cartas. E não era algo ruim, uma vez que não podia se queixar de quanto havia sido beneficiada... Mas não era do tipo passiva e tinha as suas próprias cartas na manga. Queria que ele fosse arrebatado pelo mesmo prazer que estava lhe proporcionando. Repetidamente também. Queria enlouquecê-lo, fazê-lo gemer seu nome sem parar, levá-lo a um ponto em que não teria como manter o controle. Nem que tentasse. Queria senti-lo explodir de prazer, saber que o deixava tão louco por ela quanto ficava por ele. Mas na atual posição em que estava, não havia muita alternativa, pois, caso se movesse ou se inclinasse para tentar usar as mãos ou os lábios, poderia acabar caindo sentada na areia. Ou pior, atrapalharia a posição perfeita que ele encontrara em que lhe
afagava o clitóris com seu membro a cada arremetida que dava. Só podia contar com os quadris, que ele segurava. Ainda assim... Recorrendo aos exercícios de Pilates que fazia três vezes por semana, contraiu os músculos internos e flexionou os glúteos para poder segurá-lo com firmeza enquanto deslizava dentro dela. Alfonso soltou uma exclamação de surpresa. De agradável surpresa. E um grunhido satisfeito. Sua arremetida seguinte foi forte e profunda. Então, deu um gemido abafado e não pôde mais manter o controle. Oh, então pensara que podia resistir, não era? Anahi abriu um sorriso malicioso. E tornou a contrair os músculos em torno dele, dessa vez ondulando os quadris. Os movimentos a levaram a mais um orgasmo e foi o quanto bastou para que, enfim, Alfonso também se entregasse com abandono ao próprio êxtase. Deu arremetidas rápidas, frenéticas. Um prazer intenso dominou-os simultaneamente, seus corpos se movendo como um só. Anahi deixou a cabeça desabar no ombro dele e os músculos de suas pernas ficaram trêmulos demais para que conseguisse continuar cingindo-o pela cintura. Assim, desceu-as, até que os dedos tocaram a areia macia. Sentia-se como se tivesse corrido numa maratona, recebido uma massagem corporal completa e se entupido de chocolate, tudo de uma só vez. Totalmente incrível... Alfonso se moveu um pouco, mas não a soltou. Os sons da música, das vozes da festa de casamento na praia foram carregadas até ambos pelo ar da noite, acima do murmúrio das ondas. Subitamente, a realidade voltou com grande impacto, penetrando nas brumas do deleite sexual. Fez com que Anahi ficasse ciente de que estava praticamente nua, embora o vestido mantivesse sua decência intacta. De que acabara de ter vários orgasmos acompanhados de gemidos incontroláveis com um quase estranho, numa praia pública, com um grupo de pessoas festejando não muito longe dali. Deus do céu, o que estivera pensando? Aonde fora parar o seu bom senso? E por que não tinha dúvida de que, havendo escolha, teria feito tudo novamente? O que isso dizia a seu respeito? E tomada por repentina encabulação, contraiu mentalmente o rosto e não pôde deixar de se perguntar o que Alfonso estaria pensando a seu lado. Além de se sentir grato por um sexo esplêndido? Sentindo frio de repente, embora a temperatura não tivesse mudado, soltou-se do abraço. Incapaz de encará-lo, esfregou os braços com ambas as mãos e olhou demoradamente ao redor à procura da sua roupa de baixo.
– Bem, acho que você cumpriu o que prometeu – disse numa voz tão trêmula quanto seu riso. Teria passado as mãos pelo cabelo, mas depois de submetido à brisa do mar e às mãos de Alfonso, achou que devia estar mais volumoso que o do palhaço Bozo. Limitou-se a entrelaçar os dedos. Sobressaltou-se quando Alfonso pousou as mãos em seus braços.
Olhou-lhe o rosto automaticamente, encontrando-lhe o olhar. Acalentada pela tranquila afeição que viu naqueles olhos verdes, sentiu parte da tensão se dissipar. Por que estava envergonhada? Por causa de sexo saudável entre duas pessoas que o partilhavam de mútuo acordo? Sentiu súbita impaciência em relação às inibições atípicas e tolas que a haviam dominado. E desejou que essa impaciência fosse o bastante para afastá-las. Alfonso soltou-lhe um dos braços e ergueu a mão para lhe traçar o contorno do lábio inferior com o polegar. Uma carícia gentil seguida de imediato por um beijo igualmente gentil. Quando recuou um pouco, ela suspirou.
– Eu diria que ambos cumprimos o que prometemos um ao outro – disse num tom manso. Provavelmente, as palavras não foram destinadas a tranquilizá-la, nem tiveram uma intenção específica, mas Anahi sentiu-se mais tranquila assim mesmo. Deram-lhe a sensação boa de que Alfonso não fazia mau juízo a seu respeito e de que ele saíra de seu normal tanto quanto ela própria.
– Acho que sim. – Ela, enfim, abriu um sorriso largo, já livre da tensão anterior e dominada por uma onda de alegria.
– Talvez você queira entrar de volta no clube para encontrar aquele amigo com quem falou rapidamente, não é? Mordeu o lábio inferior, ansiosa por ouvir a resposta. Alfonso não a fez esperar demais.
– Não. Mas podemos entrar e tomar um drinque se você quiser. – Alfonso não se mostrou muito entusiasmado, mas não a soltou e, portanto, ela deduziu que não estava muito animado, pelo drinque, mas não tinha nada contra a companhia. Respirou fundo. Tinha dito a si mesma “apenas uma noite”. E já havia provado que não era uma garota casta que precisava de um anel de noivado para uma noite de sexo quente – ora, nem mesmo de um jantar! Assim, não havia nada que a impedisse de desfrutar a sua noite inteira .
– Quer ir até o meu apartamento? – sugeriu.
– Tenho que chamar um táxi. Um sorriso vagaroso e sexy curvou os lábios de Alfonso. Do tipo que lhe iluminava os olhos e fazia com que Anahi quisesse abraçá-lo com força porque era irresistível.
– Estou com a minha caminhonete aqui. – Soltando-a, ele tirou a calcinha dela do bolso do jeans e a estendeu.
– Acho que vai querer isto. Guardei-a no bolso para que não ficasse cheia de areia.
– Ora, você é um autêntico cavalheiro – sorriu ela, pegando a calcinha de renda branca.
– Você já sabe disso. E gosto de pensar que as únicas marcas que vai ter nas suas coxas são da minha barba de um dia. Anahi prendeu o fôlego. O coração disparou. E seu corpo, que deveria estar saciado o bastante para durar um longo tempo, vibrou.
– Então, vamos ver se podemos fazer com que isso aconteça logo. – Anahi vestiu rapidamente a calcinha e estendeu a mão. Quando Alfonso a segurou e entrelaçou os dedos de ambos, ela deu início a um mantra mentalmente: Uma noite, uma noite, uma noite.
Uma noite e tanto.
Voltteiii e como hot *-* Desculpas meninas pela falta de posts
mais tarde se eu conseguir posto mais.BJS