Fanfics Brasil - capitulo36♡ Sedução AyA Hot (adaptada)

Fanfic: Sedução AyA Hot (adaptada) | Tema: Ponny AyA


Capítulo: capitulo36♡

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Anahi conteve a respiração enquanto uma onda de excitação a percorria. Movida por seus preconceitos e reservas pessoais, nunca se sentira atraída por um homem de uniforme, nem roupa camuflada de tipo algum. Soldados não faziam o seu tipo. Exceto Alfonso. Foi dominada pelo súbito temor de que, se não tomasse cuidado, apenas ele passasse a fazer seu tipo. Da maneira como as coisas iam, acabaria nunca mais tendo olhos para mais ninguém. Alfonso  pegou-lhe a mão e entrelaçou os dedos de ambos com gentileza. 

– Estou lhe dando apoio moral. Ele adorava a maneira como ela ria. Era um som tão agradável, tão alegre e rouco. E seus olhos azuis pareciam dançar. O rosto se iluminava, adquirindo uma expressão feliz. Adorava segurar-lhe a mão, sentir-lhe o contato dos dedos macios e elegantes. Um alívio tão intenso que o fez querer ajoelhar-se dominou-o. Anahi estava ali. Conseguira resgatá-la, mantendo-a viva, sã e salva. Não podia dizer que nunca se preocupara numa missão. Desde a morte de Phil, a preocupação era como uma segunda pele, sempre presente. Mas medo? Nunca entendera o que era o verdadeiro temor até o momento em que abrira aquela pasta de arquivo e descobrira que Anahi era a refém nessa missão. Usara o medo, controlara-o a ponto de conseguir usá-lo para alimentar seus passos, para se manter totalmente vigilante. Para resgatá-la e levá-la a total segurança. Ainda não estavam lá exatamente. Mas ao vê-la rir dessa maneira descontraída, voltar a recobrar sua vivacidade enquanto o terror começava a se dissipar, sentia-se dominado por emoções como nunca sentira antes. Dava-se conta de que desejava coisas que jamais considerara antes. De que estava se importando, se envolvendo demais. Matheus o acusara de estar “na fossa” por causa de Anahi. Percebia agora que apenas estivera numa fase de espera. E se tivesse as palavras, se soubesse exatamente o que dizer, teria feito alguma declaração emocional grandiosa. De repente, sentiu um nó na garganta, e os pelos na nuca se eriçaram. Devia a vida a esses sinais de alerta. Assim, fez uma pausa automaticamente, avaliando o perigo. Anahi compreendeu. Ela não representava uma ameaça para a sua segurança física. Era uma ameaça ao seu estilo de vida. Se deixasse essas emoções crescerem, cederia a qualquer coisa que ela pedisse. Como deixar a vida militar. Desistir de sua carreira. Deixar o cabelo crescer um pouco mais. Droga, tinha certeza de que até arranjaria um daqueles cachorros de estimação que as mulheres carregavam na bolsa se ela pedisse. Lentamente, esforçando-se para não deixar transparecer nenhum desses pensamentos inquietantes, soltou-lhe a mão. Preferiria ter o medo de volta. Ou ao menos aquele tempo de distância segura que a raiva dela ocasionara. Por que agora que Anahi estava ali, bem à sua frente? Com todos aqueles pensamentos malucos e emoções formando um redemoinho em seu íntimo? Ela era um perigo maior do que o arremedo de terrorista e seu bando de imbecis naquele complexo.

 – Acho que o apoio moral faz mesmo parte das suas funções no trabalho – disse Anahi com o riso um tanto tenso, levando-o a se perguntar se também não estaria emocionalmente sobrecarregada. Duvidava. Ela já enfrentara o risco de morte. Era provável que nem sequer estivesse levando em conta o fato de terem se reencontrado. O que era bom. Tinha de manter as coisas desse jeito. Garantir que sua posição como fuzileiro, sua ligação de trabalho e até amizade com o pai dela, permanecessem claras na mente de Anahi. Isso a faria querer manter distância dele. E, esperava, também faria com que ele próprio mantivesse sua distância, com que conseguisse recorrer o bastante ao treinamento e à disciplina para manter as mãos longe dela. Antes que pudesse dizer algo que confirmasse que o fato de ter segurado a mão dela fora mesmo apenas um gesto solidário, de apoio, antes que pudesse citar o almirante de algum modo na conversa, a luz do rádio piscou e um ruído característico indicou que uma mensagem acabava de chegar. Salvo por um comunicado inesperado. Sem querer alarmá-la, manteve o sorriso imperturbável.

 – Bem, dar apoio e atender ao telefone. Ou ao rádio, neste caso – comentou, adiantando-se até o moderno equipamento para ver do que se tratava. Sua expressão não se alterou enquanto leu a mensagem. O complexo pertencia a um homem chamado Hector Lukoski. Filho de um terrorista conhecido com ligações na Síria, Lukoski estava tentando fazer o próprio nome longe da sombra do pai. Bem treinado em medidas defensivas, tinha um esconderijo subterrâneo. A equipe confirmara que havia apenas um meio de acesso ao local e já o interceptara. Mas em vez de explodir o covil, foram obrigados a fazer cerco e esperar. Nenhuma ação seria tomada até que novas ordens fossem dadas, o que não se daria antes de pelo menos doze horas. Blake apertou algumas teclas para indicar que a mensagem tinha sido recebida. Anahi não iria gostar da notícia. Nem ele deveria dá-la, lembrou a si mesmo. A mensagem estava em código para que ela não tivesse que saber a respeito. Não tivesse que se preocupar. Precisava de um plano, algo simples, pois, muitas vezes, quanto menos se complicava as coisas, melhor. Faria um chocolate quente para ela, diminuiria as luzes e a convenceria a dormir.

 – O que está acontecendo? – perguntou Anahi. 

 – É apenas um boletim do tempo – disse ele, dando um tapinha num dos monitores de câmeras. – Parece que vai nevar mais. – Sei… – Estreitando os olhos para estudá-lo, ela se adiantou até a aparelhagem de rádio e os monitores e espiou a mensagem. 

– Um boletim do tempo? É mesmo?

 – O procedimento padrão é fazer uma checagem a cada duas horas. Um boletim do tempo é uma mensagem simples de usar. Se for interceptada de algum jeito, não diz nada. E é sempre bom saber como está o tempo. Ele não soube dizer se ela estava acreditando, ou não. Esse era o problema com Anahi. Na metade do tempo, era um livro aberto, fácil de decifrar e pronta para partilhar de si. Na outra metade, fazia com que ele se sentisse como um garoto nos tempos de escola tentando conversar com a primeira namorada. Incompetente e inapto.

 – Bem, ao menos a Marinha se mantém informada sobre o tempo – disse, enfim. Alfonso permitiu que os ombros relaxassem e soltou o ar que não reparara que estivera segurando. Não queria preocupá-la. O que estaria bem se o motivo fosse o de não dificultar a missão com preocupações. Mas sabia que havia outro. Era porque odiava a ideia de vê-la sofrer de algum modo. Matheus tinha razão. Ele estava com um problema. – Está pronta para um chocolate quente? – perguntou, agindo como de costume quando enfrentava um problema. Venceria uma etapa de cada vez.

 – Claro. – Ela olhou para a tela novamente branca da aparelhagem e, então, voltou a se adiantar até a mesa.

 – Posso ajudar? Parece que está sempre preparando algo para mim. Era porque, exceto pelas rações militares que tinham acabado de comer, ele acabara saboreando um pouco de cada refeição diretamente do corpo nu dela. Não vá por aí , avisou a si mesmo. A imaginação não lhe deu ouvidos, no entanto. Enquanto esquentava água num bule para acrescentar o leite e o chocolate em pó, sua mente teceu várias imagens de como Anahi ficara coberta de geleia de ameixa. Ou de creme. Ou de bolhas de sabão que haviam escorrido lentamente por seus seios, com os mamilos empinados e provocantes, só à espera de seus lábios... – Droga – resmungou, sacudindo a água quente que espirrou em sua mão. Concentre-se! Desligando o fogo, misturou o leite e o chocolate em pó na água fervente e mexeu depressa. 

– Está fazendo bagunça – comentou Anahi, virando-se na cadeira para poder olhá-lo. – Tem certeza de que não posso ajudar? Alfonso olhou para a mesa. O queimador do fogão portátil ainda chiava com respingos de água do chocolate quente e pó acumulara-se em torno do bule. Ele mexera a mistura com tanta força que as costas da mão haviam ficado salpicadas de pó e água. 

– Pronto, aqui está o seu chocolate quente – disse, indicando o bule. Precisando continuar em movimento, passar para outra atividade que não envolvesse o corpo nu de Anahi, tornou a checar os monitores e, em seguida, foi até a abertura da tenda, onde afastou a falsa cortina para o lado, abriu um pouco o zíper e espiou para fora. A paisagem continuava totalmente branca. Não era de admirar.

 – Não vai querer um pouco? Um pouco dela ? Sim, muito ... 

– Não. Obrigado – acrescentou ele, tentando abrandar a rispidez. Lançando-lhe um olhar, viu que ela colocara metade da bebida numa caneca de lata e que segurava o bule no ar, olhando-o com uma expressão inquiridora. Precisava realmente se controlar. Era apenas um descontrole induzido pela adrenalina, combinado com o fato de estar na presença de uma mulher que o obcecara. Nada demais. Era o momento de passar para a fase dois do seu plano. Fazê-la dormir. Atravessou a tenda, pegando o bule. Seus dedos se roçaram. Queria mais. Estava desesperado para tocá-la outra vez. Mesmo que fosse apenas as mãos dela ou o cabelo. Ainda tinha sonhos perturbadores, eróticos, com aquele cabelo acetinado. Ela o prendera numa grossa trança onde a luz produzia reflexos acobreados. Lembrava-se de como era entrelaçar os dedos pelo cabelo dela, das sensações de quando as mechas macias haviam deslizado por sua pele, de sua textura sedosa e fragrância. Num instante, passou de soldado a homem. Um homem excitado como nunca.

 – Como está o chocolate?

 – Espantosamente bom. – Anahi sorveu mais um gole e arqueou uma sobrancelha para olhá-lo. – Tem certeza de que não vai tomar um pouco? Alfonso colocou o bule de volta na mesa. 

– Fiquei satisfeito com o jantar. – Mas estava aflito por mais espaço do que a tenda propiciava. 

– Você deve estar exausta. Por que não termina o chocolate quente e tenta descansar um pouco?

 – Achei que poderíamos conversar. – Ela abriu um sorriso doce e maroto, fazendo com que Alfonso se retorcesse por dentro de frustração. Ela deveria parecer fatigada. Não encantadora. Nunca tivera de lutar contra todas essas necessidades emocionais e sexuais antes enquanto estivera a serviço. E não estava gostando nem um pouco da experiência.

 – Conversar? Sobre o quê?

 – Pensei em perguntar por que você especificamente foi incumbido da missão de me resgatar. Além de oferecer apoio moral, no que mais é especialista?

 – Sou o rádio operador. Comunicações, idiomas; essa é a minha área.

 – Parece divertido. – Anahi usou, porém, um tom que não denotava humor, nem divertimento. Olhou para a caneca de lata por um momento com ar pensativo e, então, encontrou-lhe os olhos com os seus.

 – Nós dois somos especialistas em comunicação. Parou aí, como se estivesse diante da porta entre o agora e o amanhã, como se não tivesse certeza de que queria abri-la.

 – E você achou que não houve comunicação entre nós – disse ele, concluindo que teriam de passar por aquela porta cedo ou tarde.

 – E você acha que sim? O tom de Anahi não foi de desafio. Pareceu apenas curiosa, o que o levou a perguntar se ela esgotara o suprimento de emoções negativas. Já vira isso antes. Era como observar alguém que tivesse chegado ao limite e passasse a agir numa espécie de vácuo emocional. Não duraria. Por mais tolice passageira que fosse, porém, esperava que a equipe os tirasse dali logo, antes que arranjasse suprimento novo. Hesitou antes de responder. Havia uma grande chance de que ela ainda tivesse raiva estocada em algum lugar. E apesar de ele querer distância, aquela era uma tenda pequena demais para dividir com uma mulher furiosa. Por outro lado, não havia como não ser sincero. 

– Achei que nos comunicamos muito bem. Nós nos concentramos numa coisa e conseguimos transmitir bastante bem um ao outro nossos desejos e necessidades. Um brilho especial passou pelos olhos dela. De interesse. Calor. Uma curiosidade perigosa. Alfonso se preparou. Mas tão logo ela demonstrou a emoção, tratou de reprimi-la. Com gestos lentos, deliberados, Anahi pousou a caneca na mesa e se levantou. 

– Acabei de perceber que estou exausta. Vou me deitar. Alfonso só permitiu que o alívio o dominasse depois que ela deitou num dos catres, ainda vestida, e se cobriu com o cobertor térmico. Para ajudá-la a pegar no sono, ele diminuiu as luzes no interior da tenda. 

– Boa noite – falou num tom manso. Ela não respondeu por um momento. Então, na forma de um suspiro, disse: – Boa noite. E obrigada.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • MilkaGenise Postado em 16/01/2016 - 14:52:02

    Que historia maravilhosa!

  • franmarmentini♥♥ Postado em 10/04/2015 - 18:36:58

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa não creio que acabou a fic* fimmmmmmmmmmm não creio amei de mais essa fic* bjusssss amei as duas fics não sei qual votar kkkkkkkk

  • franmarmentini♥♥ Postado em 10/04/2015 - 16:51:34

    volteiiiiiiiiiiiiii de viajem >)

  • franmarmentini♥♥ Postado em 02/04/2015 - 17:41:18

    .AMORESSSSSSSSS IREI VIAJAR E JÁ TO COM VÁRIAS FICS EM ATRASO MINHA VIDA TA UMA LOUCURA MAS NUNCA NUNCA VOU DEIXAR DE LER...VOU IR VISITAR A CIDADE ONDE MINHA MÃE ESTÁ INTERRADA QUE FICA PERTO DE PITANGA PARANÁ E É NO SITIO ENTÃO PROVAVELMENTE EU NÃO TENHA COMO LER PQ TENHO MUITOS TIOS LÁ E QUERO VER SE CONSIGO VISITAR TODOS...VOLTO NA TERÇA FEIRA E PROMETO TENTAR COLOCAR EM DIA TODAS AS FICS O QUANTO ANTES BJUSSSSSSSSSSSSSSSS A TODAS AMO VCS!!!!!!!!! FUI...

  • Mila Puente Herrera Postado em 27/03/2015 - 14:27:55

    Voto na primeira MINHA VIDA DUPLA :3

  • Mila Puente Herrera Postado em 27/03/2015 - 14:26:10

    NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO CM ASSIM VC ACABA E NN AVISAAAAAAAAAAAAAAAAAA NÃO ESTAVA PREPARADAAAAAAAAAAAAAAA AI MDS :'(

  • Lavi Postado em 27/03/2015 - 14:17:42

    Se vc gosta de Ponny Hot dê uma vai adorar *Amores Incertos*. http://fanfics.com.br/fanfic/44265/amores-incertos-ponny-adaptada-rebelde Não esqueça de favoritar, comentar, mandar mensagem, indicar.. rss c: Beijos :*

  • Mila Puente Herrera Postado em 26/03/2015 - 16:00:36

    O pai da Anny é um ridiculo nojentoooooooo :@@@@@ Ain Alfonso agarra logo essa muie KKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 26/03/2015 - 15:53:50

    Aaah ponchito não ah falhas na argumentação dela . plmds .. Aceita logo isso . vou ter um troço com esses dois :(

  • Mila Puente Herrera Postado em 25/03/2015 - 14:07:34

    Eitaaaaaaaaaaaaaaa sinto q o convidado é o Pon :/ Ain já ta acabando? Quero nãaaaaaaaao :'( Plmd #PonnySeAcertem Postaaaaaaaaaaa <3


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